Deixe-me entrar nessa tua floresta quase intransponível, onde eu sempre procurei realizar meus sonhos, no qual tuas enoveladas mechas, mescladas de preto e branco, me enchem de prazer de dias extasiantes, como galhos e sombras que guardam segredos. Deixe-me perder em teus labirintos em silêncio, com balbucios meus de indecências aos teus ouvidos. Quero sentir-te pulsar em minhas veias, como terra sob meus pés trôpegos de amor. Quero beber e alimentar-me do orvalho que teus lábios de mel adormecidos em favos desconcertantes como escondidos entre galhos que teus segredos e sombras guardam mistérios. Nessa minha vontade insaciável de desvendar a imensidão que vive em ti, como chuva que invade, sem pressa, mas com força para ficar. Quero entender o silêncio das tuas noites, das tuas memórias. Deixe-me entrar na tua vida. Não, para ser o dono dela. Mas, para aprender com tudo como uma dança, em celebração da confiança compartilhada e alegrias multiplicadas.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
Eu, o jacaré e a solidão.
Por um descuido, em uma noite enluarada, meus grandes olhos me denunciaram. Os caçadores. pularam na água com muita impetuosidade. Tentei dar o giro da morte, com a isca lançada ao lago, sem sucesso. Um tiro acabou com a minha força esvaída em sangue, no abate comercial, em busca de lucros. Dali, eu fui preparado, como uma iguaria especial, o meu couro, com sua durabilidade e aparência exótica, um produto valiosíssimo, transformado em bolsa, sapatos e acessórios. Vendido para várias grifes internacionais, protegi os pés de pessoas ilustres e famosas, para novas caminhadas. Um novo ciclo de renovação. O meu símbolo de poder e resistência, e a superação de desafios, foram testados e infelizmente, encurtados. Enfim, nesse mundo interconectado, onde as ações humanas têm consequências profundas sobre outras formas de vida, gerou novamente um impacto negativo no meio ambiente. Hoje, enfurnado em uma velha caixa de papelão, entre outros calçados, sujo, desgastado e um pouco rasgado, em marcas permanentes da minha vida, em prantos e agonia sufocada. O couro, uma vez macio e firme, agora parecia rachado, como se o tempo tivesse se infiltrado nas suas fibras e o feito envelhecer de forma irreversível, sem falar no abominável cheiro, entre mofo e poeira. Por fim, a verdadeira beleza de um sapato não está em sua aparência, mas na jornada que ele percorre. Assim como ele, ainda tenho muito caminho pela frente. Conforme a última estrofe “do famoso Roupa Nova”, a verdadeira beleza de um sapato não está em sua aparência, mas na jornada que ele percorre. É só você me calçar, que eu aquecerei o frio dos seus pés. Basta você iluminar meus olhos no lago da esperança. Lá estarão abertos às novas sensações e destemidos de perseguições, com giros de paixões.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2025
O que eu vivi, na passagem peremptória da minha vida.
Hoje, eu resolvi falar de mim. Caminhei por estradas tortuosas. Desde cedo, enfrentei desafios pessoais significativos, que me serviram de alerta e ótimas oportunidades de crescimento. Desde a infância, percebi que as dificuldades não eram obstáculos, mas sim pontes para o meu desenvolvimento. Em vários momentos da vida, enfrentei situações que me forçaram a sair da zona de conforto e várias tentativas de buscar soluções criativas e resilientes. Comecei cedo a labutar com carteira de trabalho de menor de idade, Sempre procurei seguir meus instintos. Trabalhei em algumas boas empresas, mas sempre procurando dar o máximo de mim, ao longo da minha jornada de revés e conquistas. Mas o que mais me motiva não são apenas as vitórias, mas as lições que as experiências me trouxeram. Ao superar os desafios, descobri minha capacidade de adaptação, minha inteligência emocional e a importância de ter uma visão positiva diante das adversidades. O que aprendi com isso é que a verdadeira força está em persistir, mesmo quando o caminho parece incerto. O início de minha trajetória foi em uma empresa farmacêutica, no centro da cidade. Dentre tantos candidatos, perfilados à procura de emprego, eu fui o escolhido, pela minha espontaneidade e tranquilidade de responder com sinceridade as perguntas formuladas pelo chefe de recursos humanos da empresa. Naquela época, o racionamento de luz imperava no Rio de Janeiro e demais capitais, e o meu trabalho consistia em entregar cartas do setor de compras. Eu subia e descia todos os dias às escadas dos prédios, para entregar as propostas de compras, e infelizmente era contemplado na hora do corte promovido pela Light, no que me resultou algumas varizes. Mais tarde, eu fui promovido para controle de estoque de remédios e perfumarias no setor de expedição de mercadorias. Lá eu fiquei por pouco tempo. Observado pelo pessoal da contabilidade, eu fui promovido por aquele setor e a minha tarefa inicial era arquivar os comprovantes de pagamentos e controle dos pedidos de funcionários. Mais tarde, eu fui transferido para o setor de faturamento. Lá, eu aprendi a calcular mapas de custos, vendas, impostos federais e municipais, balancetes e imposto de renda da empresa. Saí de lá em 1977, no auge da carreira como chefe de setor. Na tentativa de ajudar o meu finado pai, que ganhava pouco com a sua aposentadoria, nós adquirimos um bar e mercearia, para uma nova experiência no comércio. Essa empreitada não deu certo. Nós trabalhávamos duro, todos os dias sem exceção. Fomos obrigados a vender o estabelecimento, por conta de frequentes assaltos em nosso trabalho. De lá, eu fui trabalhar em uma fábrica de galões e baldes para empresas petrolíferas, em São Cristóvão, também no setor de contabilidade. Lá eu exercia a função de chefia de faturamento de equipamentos e serviços correlatos à plataforma de petróleo. De lá por intermédio do amigo Ulisses, eu fui trabalhar em uma empresa de prospecção de petróleo, no centro da cidade. Nessa ocasião eu fiz a inscrição para o concurso do BNH, e fui aprovado. Dois anos depois eu tomei posse no Banco. Em 1986, o presidente Sarney extinguiu o Banco e todos os funcionários transferidos para a Caixa Econômica Federal. Sou casado, tenho quatro filhos, cinco netos. Sou feliz. Como disse, eu reverbero as oscilações da minha trajetória de vida, que eu considero resoluto às minhas expectativas, resumidas neste pequeno texto com a simplicidade que Deus me deu em conseguir meus objetivos, pronto para novas conquistas nesse incessante girar de mundo, enquanto vida eu tiver.
domingo, 29 de dezembro de 2024
Amor! Uma ausência sentida.
Sinto a falta de seu abraço. Ele dissolve a minha dor. É o suspiro sem aviso, que em mim se esconde em silêncio profundo, às minhas fantasias em sorrisos. Eu, o sozinho navegante à deriva em um rio que flui em águas limpas e espumantes entre pedras escorregadias, atrás de um amor vibrante, como meu coração. Esse curso de água flui sem pressa, projetando sua silhueta oculta aos gestos meus, em olhares de ternura e palavras ditas em mistérios, escrita aos ventos, que a alma aflita se revela como uma câmara fotográfica, em minhas mãos. Procuro o inesperado, sem surpresa, mas sei que o amor não se apressa. Tudo ao seu tempo. Quando menos se espera ele aparece e desabrocha como flores de primavera? Talvez! Assim, que eu o encontre, enfim, saberei o que é viver, porque é no amor que encontramos a nossa paz, apreensões nas condições, pura da procura. São os válidos caminhos de predestinações ao desconhecido, nas aventuras amorosas, se correspondidas.
domingo, 22 de dezembro de 2024
O incondicional amor proibido.
Sei que é pecado e proibida a chama da incessante paixão, que arde em agonia, neste meu descompassado peito. Ela, bem intensa e plenamente avassaladora, sempre ameaçada pela sombra do impossível, desvanece em pedaços. Esse amor nasce em segredo, escondido em cantos escuros e momentos furtivos, onde a liberdade é roubada pelo medo da descoberta e pela culpa que se enreda nas almas sentenciadas pelo amor. Há uma beleza amarga nesse poder de afeto. Ele ressurge como uma flor rara, florescendo onde não deveria, mas simultaneamente, sendo condenado a murchar logo depois, antes mesmo de poder ser totalmente apreciado. Corações entrelaçados, mãos e olhares distantes, como se o mundo que nos separa fosse maior que qualquer desejo. Os ventos vieram até a mim, trazendo consigo um eco de tudo o que poderia ser, mas não é. Nele, o seu sorriso, como raio de sol, ilumina os cantos sombrios do meu coração e o seu perfume. Ah! O seu perfume, que não consigo descrever em etéreas palavras. Esse, uma lembrança que nunca se perde em aromas e que se torna eterno, como uma fragrância impossível de deixar de sentir, mesmo que eu disfarce meu sentido. Porque, mesmo sem querer, continuo a buscar por você em cada lugar, em cada momento, como se fosse o último refúgio da minha censurada solidão. Nos grandes instantes, esses castelos de carinhos que suplico em desejos, como ondas incertas do mar, onde minhas palavras não poderão apagar a dor ou a saudade que me deixa sua ausência. Tudo que me restam são simplesmente as lembranças de um amor que, por ser proibido, se tornou o mais intenso e o mais inesquecível da minha vida.
sábado, 14 de dezembro de 2024
As esperanças, sem desilusões.
Do choro se fez a noite. As minhas lágrimas brotam em dores, de emoções reprimidas. Esse desabafo profundo da minha alma cansada de esperar por definições, no silêncio da escuridão, sem compartilhamento de angústia e ansiedade, esquecido em uma prateleira coberta de pó, nesse autêntico adeus às ilusões, em olhos fechados ao acaso. A esperança sempre surge após as sombras e o passado já não tem mais importância. Sei que o sol virá em breve e secará minhas lágrimas de soluços, como promessa de cura. Ontem, marcado pela minha história de vida, em papel surrado à mesa, sob a pena da minha caneta, eu escrevi com admiração sobre uma mulher que sobrevoava como uma fênix, ressurgida das próprias cinzas, após desencontros de recomeços, em voos rasantes, procurando espaços para pousos. Eu, envolvido em narrativas, a observava, de longe, com a reverência de quem conhece o custo da reinvenção. À medida que as palavras fluíam da minha caneta, eu não conseguia evitar o sorriso suave que surgia em meu rosto, como um reflexo da certeza de que, assim como ela, todos têm a capacidade de suplantar suas dificuldades, mais uma vez, após cada queda. Ela já não acreditava nas máscaras que o destino lhe colocava à frente. Sabia que, por mais que desejasse o amor não era sempre puro e eterno, e que as vitórias nem sempre vinham com recompensas douradas. Dei fim à minha fantasia amorosa, pelas palpitações excessivas, com o coração mais vazio que antes, mas ainda com coragem. Porque, talvez seja isso o que as fênix nos ensinam. Que mesmo após perdermos alguém que amamos, a verdadeira transformação começa em nós mesmos, e algum dia uma delas pousará suavemente no meu coração, iluminada como o astro rei da manhã, secando os orvalhos com felicidades e quem sabe sem desilusões, ao cair em lágrimas de amor.
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
O roseiral do meu amor.
Os meus beijos, espalham-se pelo roseiral, bailando entre as flores de amores que, ao sopro do meu, não se desfaz. No desabrochar das rosas, uma lembrança do seu sorriso, como, ao me perder entre espinhos, da sua proteção. As dores de desejos me faz rir do seu belo sorriso de segurança. Em cada pétala de rosa, encontro o toque suave do seu nome, com a brisa de dança entre os galhos, o aroma da sua ausência, na minha incessante procura. Uma essência de nossa alma. Seu encanto se espalha pelo roseiral, como se fosse promessa sussurrando a sua privacidade de liberdade, o porquê, que só a natureza entende. Os ventos sacodem os galhos com impetuosidade entre as flores, como se o amor fosse à cor que ele carrega. Meu olhar, perdido nas sombras das folhas verdes de esperanças, no silêncio do florido jardim, procura seu rosto rubro de timidez hesitante de não corresponder às minhas expectativas. Você, a minha, especial, rosa-vermelha, um símbolo profundo e intenso de um amor apaixonado carregando segredos seus, e sem saber à procura dos meus. Quando, finalmente a encontro, o meu beijo, suave e furtivo, toca sua superfície sensível e macia, encabulada em momento único para mim, cai ao chão em desmaios, uma rendição silenciosa, na pureza do afeto, da fragilidade do amor e do poder da lembrança, que seu eterno visitante em silêncio a transforma em pétalas soltas ao chão, delirantes de fantasias, novamente, na mais bonita flor do meu apaixonado jardim. A flor eterna do meu coração, que nunca se acaba apenas, se refaz ao meu prazer.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
A cura, pela música.
Danço conforme a música, principalmente, quando ela é rica de letras e harmonias. Ela, inicialmente, transmite alegria, diversão e entretenimento. É transformadora na vida de muitas pessoas. Uma companhia constante, desde o nascimento, como as canções de ninar em minhas memórias afetivas. Ao longo da história, a música está sempre presente em momentos de celebrações, angústias, depressões, tristezas, de união e de reflexão, em sua linguagem universal. Pode ser um refúgio nos momentos de solidão, um combustível para a produtividade no trabalho, ou uma maneira de comemorar vários instantes mágicos de sucessos, na vida. Além disso, animicamente, a música tem um enorme poder de cura. Estudos científicos comprovam que ela pode reduzir o estresse, melhorar o humor e até mesmo ajudar na recuperação de doenças. Em momentos de dor, perda ou dificuldade, muitas vezes encontramos recurso em uma melodia ou em uma letra que parece entender exatamente uma forma de terapia emocional o que estamos sentindo. Nesse sentido, a música oferece não apenas uma fuga, mas também um espaço de reflexão e autoconhecimento. Para aqueles que buscam um alívio, um impulso ou uma conexão, a música sempre estará lá, pronta para oferecer tudo o que ela precisar, no mais puro e sincero molde possível. Por fim, a música é uma forma de arte que nos conecta com outras culturas, satisfazendo nossas necessidades.
domingo, 8 de dezembro de 2024
José, um vencedor!
O meu nome é José, em perseguições há dias melhores. Fui morador de rua. Trabalhava como catador de papéis e outros materiais de reuso. Eu, além de outros, fui mais um invisível da sociedade. Por compadecimento ao meu estado de vulnerabilidade, o pároco da localidade cedeu-me um espaço bem pequeno nos fundos da paróquia, o suficiente para me abrigar e proteger, um novo ensejo de viver com dignidade. A cada dia, enquanto empurro meu carrinho, lembro-me de como é frágil minha condição humana. A procura de melhoria, de vivência condigna e espiritual, de preocupações com o meu futuro, luto diariamente com abnegação para conquistas na vida profissional. Pelo menos, garanto com o meu velho instrumento de transporte de produtos de reciclagem, o mínimo para a minha sobrevivência. No entanto, não é a indiferença que me define, mas a resistência. A resistência de continuar, de não me deixar vencer pelas adversidades, de acreditar que, apesar de tudo, há sempre uma chance de recomeço. É nesse movimento constante que encontro forças para enfrentar os percalços da vida. Mesmo nas condições mais precárias, minha vontade de viver com honra e lutar por um futuro melhor supera qualquer obstáculo. Em determinado momento, um voluntário de uma organização abordou-me e incentivou-me a participar de um programa de reintegração social. Hesitei no início, desconfiado, mas algo dentro de mim me fez dar mais uma oportunidade. Foi lá, naquele projeto, o meu primeiro emprego formal, em um salão de beleza, que aprendi novas habilidades, como cortar cabelo, limpar equipamentos da loja, realizar pequenos serviços de manutenção elétrica, hidráulica e comecei a entender que, apesar de meu passado difícil, havia um futuro possível para mim. Em sequência, fiz cursos profissionalizantes na minha área e abri o meu próprio estabelecimento, com apoio de um pequeno empréstimo. Hoje sou um empresário bem-sucedido. A verdadeira vitória não está em alcançar o sucesso, mas em ajudar outros a também vencerem as dificuldades da vida. Para mim, a maior lição foi entender que, não importa o quão profundo seja o abismo, sempre é possível encontrar forças para se reerguer e sempre haverá uma pessoa que nos estimule a vencer na vida. Agradeço a Deus e às boas almas que compreenderam meu drama e que me deram a possibilidade de enxergar o meu futuro pela mudança radical da minha forma de viver, um maltrapilho que vivia à margem da sociedade e pragmático que venceu com méritos os esforços dispendidos.
sábado, 7 de dezembro de 2024
A roda do amor.
As forças misteriosas da roleta do destino em giros constantes fazem a alegria e tristeza de contumazes jogadores, espaçados por números, no aguardo da derradeira parada, premiação aos contemplados, obsequiosos aos encantos e desprezos aos perdedores da esperança. Não há garantia de que o amor virá de forma planejada ou conforme esperamos. Ele pode surgir de onde menos imaginamos, com a intensidade de um giro repentino que altera a nossa vida para sempre. Assim, não podemos prever quando ou como encontraremos o amor verdadeiro. O amor, também, não segue regra rígida e pode surgir de maneira imprevisível. Na minha ousadia eu sempre aposto no vermelho da paixão, na certeza que a aposta valha a pena. Quando, finalmente, o vermelho aparece, como um sinal de que fomos agraciados pela sorte e pelo coração, sabemos que a aposta foi mais que uma convicta escolha. Foi um mergulho no desconhecido, uma entrega ao risco, ao mistério do amor, um giro de emoções e excessivos desejos a confiar. A roleta do amor nos ensina acreditar no processo. Não podemos controlar onde a bola vai cair, mas podemos estar preparados para aproveitar as surpresas que surgem em nosso caminho. Já os vencidos, cujos corações giraram e não foram favorecidos, não significa fracasso, mas sim uma etapa de aprendizado e de preparação para um próximo giro, pronto para que o destino tiver a oferecer. Por fim, insistir em conseguir um amor é não desistir de um dos sentimentos mais universais e profundos que movem os seres humanos, em permutas constantes de afeto.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
O arc-íris e o amor.
As cores vibrantes do arco-íris surgem após a chuva, um sinal de esperança e renovação. O espetáculo da natureza que nos encanta com suas cores intensas, refletidas pela luz do sol, como se estivesse pintando um quadro no céu. Além de seu encanto visual, o arco-íris carrega também um significado profundo. Em muitas culturas, ele é visto como um símbolo de equilíbrio, harmonia e conexão entre os diferentes elementos da vida. Esse fenômeno meteorológico pode ser comparado por superação depois das tempestades da vida. O amor e o arco-íris têm algo em comum, ambos, são fenômenos que nos tocam de maneira profunda, trazendo luz, cores e emoções intensas para o nosso interior. O amor, da mesma forma, muitas vezes, aparece após desafios, como uma força que ilumina o caminho com paz e harmonia. Ele é a luz que reflete as sombras. O arco-íris é temporário, mas o amor, quando genuíno, é eterno, pelo menos, enquanto durar, por momentos, sensações e memórias. A íris, uma digital personificada, que circunda a pupila em colorido, é a moldura que ilumina o nosso olhar. Portanto, ela é um símbolo perfeito do amor, única, perfeita e cheia de tonalidade, capaz de expressar as emoções que as palavras muitas vezes não conseguem traduzir. Felizes daqueles que compartilham as cores que transformam vidas!
quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
Os encantos da lua.
Altas noites tecidas em luzes, em sonho profundo, na quietude em manto de estrelas. A lua despertou a minha amada, em cantos de pensamentos persistentes. Uma chuva de prata, um mistério e beleza em raríssimo esplendor. Vento suave, carícia que ao longe se faz presente, que em silêncio na vastidão do céu, sua presença é mansa. Não há pressa nem gritos em seu caminho. Vê no rosto dela o reflexo de um brilho distante, como perdida em imaginações de confidências. Entre elas, um laço de luz e incógnitas profundas. Um segredo silencioso, um pacto invisível a decifrar as charadas que o céu tenta esconder. Uma dança entre a luz, que eu, enciumado, vejo a lua com seus raios aconchegantes, desejando tocá-la e acariciar a sua pele macia, mas o calor do meu olhar, um escudo do universo, protege a minha querida e a faço sorrir, na curva suave da sua boca em desejos, nos seus olhos profundos como o oceano, onde o espaço sideral entre nós desaparece ao infinito. Outra noite iluminada virá e com os astros, mais uma vez, em investidas insistentes de hipnotismos bloqueados por mim, seu fiel companheiro, das horas certas e incertas, protegendo-a de fascínios. Ao amanhecer, quando o sol finalmente surgir, saberemos que essa noite, como todas que serão gravadas em nossos corações em explosões. Pois, a verdadeira magia não está na escuridão, mas no brilho que ela desperta, quando estamos juntos na paz do amor correspondido, apesar das ousadias celestiais.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
Rumo a eternidade.
O trem estava bastante lotado. As estações cheias a cada parada.
Sei que ele atravessará vales, montanhas e horizontes distantes. Este é o ‘Trem
para a Eternidade’. A composição não era feia. Vagões reluzentes e ornamentados,
com janelas que refletiam o brilho das estrelas, mesmo durante o dia. Não era
feito de aço e ferro, mas de algo etéreo, quase intangível, que se adaptava
àqueles que se aventuravam a embarcar nele, por força do chamado. Composto de
almas perdidas, pessoas que haviam conhecido o sabor amargo da saudade, da
solidão, da ilusão ou do arrependimento, em sua busca incessante por sentido e
explicações, além de compreender o grande mistério da existência, Esse comboio
não fazia promessas de paz ou de respostas, mas sim uma jornada sem volta.
Todos reunidos em silêncios profundos, acolhidos pelo tempo, todos se olhavam
com ansiedade e perplexidade ao aproximarem-se da última estação. Alguns pensavam
que o trem passava pelas memórias das pessoas, revelando cenas de vidas passadas
ou imagens de momentos ainda por vir. A maioria acreditava que o trem atravessaria
portais onde a eternidade não era um conceito abstrato. O ponto final, dizem,
não era uma estação como qualquer outra. Não tinha plataformas, nem guardas,
nem o som dos apitos estridentes. Também não havia multidões esperando ou
despedidas emocionadas. Era um lugar sem forma, sem nome, sem definição. Um
ponto onde o tempo se desfazia, e as linhas do passado, presente e futuro se
entrelaçavam em uma unidade indissolúvel. Não se tratava de um fim como estamos
acostumados a entender, mas de uma transformação. Aos olhos dos viajantes, o
ponto final era invisível. Para alguns, ele era apenas uma ideia distante, uma
miragem que nunca se concretizava. Afirmam alguns, em cartas psicografadas, que
ao chegar ao ponto final, o trem se desfez, dissolvendo-se na névoa do
infinito, e os passageiros desapareceram na vastidão do universo, tornando-se
parte dele. Outros dizem que, nesse ponto, todos os destinos se unificam, e
cada viajante encontra não uma resposta, mas uma paz silenciosa, onde a dúvida
se dissolve e a compreensão se torna algo que não pode ser explicado em
palavras. Eu só viverei essa experiência, no dia que eu partir. No meu espaço eu
desejo compartilhar com pessoas que souberam viver intensamente os prazeres da
vida. Parte superior do formulário
domingo, 1 de dezembro de 2024
Amor perdido.
Hoje, a saudade invadiu o meu quarto. Longe dos seus lábios sedutores, uma poesia tímida, como uma estrela, que ao amanhecer não sente a presença do sol. Eu perdido no silêncio dos instantes, em suspiros e lembranças de seu apaixonante corpo a contemplar sua foto pela sua ausência, em vazios no meu coração. Seus olhos, aqueles que conseguiam enredar, de me envolver em turbilhão de sentimentos, agora são apenas recordações desviadas. Seus sorrisos, que acendiam as minhas noites frias e cinzentas, hoje colhidos pelo amargo vento em memórias distantes. Assim, sigo com o peito apertado pela sua falta, amando em silêncio, os sonhos vividos a cada amanhecer. Um sentimento que cresce e floresce todos os dias sem fim, e grato por cada momento compartilhado, uma razão da minha inspiração. Se um dia você pisar no meu portal de ilusões, talvez o tempo tenha se apagado pelas perdas e dores, mas, a tristeza, a minha atual companheira, ainda será presente, como sombras que não desfazem facilmente. Eu, que me entreguei completamente aos seus encantos e reconfortos, me perdi nas promessas silenciosas em noites surpreendentes. Em um novo recomeço de uma paixão avassaladora devolvo para você em versos, caso nossos destinos, um dia, nos trouxerem de volta, juntos saberemos que o caminho não é feito só de acertos, mas de erros que nos ensinam sem as fantasias do perfeito, onde o amor em chama ardente, que sempre refloresce como flores em jardins. Você é a eterna flor das minhas angústias e fantasias que acelera e descompassa o meu coração.
Uma traição! Valores perdidos.
Uma traição consumada por mentiras, falsidade e idolatrias. Essa foi uma das experiências mais dolorosas que alguém pode vivenciar. A quebra de confiança, o sentimento de deslealdade e a sensação de violação de segredos na nossa relação amorosa, amizade, que transformou um belo período de convivência num peso emocional difícil de carregar. Perdi também a segurança, a fé depositada. Hoje, em situação de desamparo e exposto à superação de confiabilidade sobre o futuro, eu caminho só, divagando os meus pensamentos. O fingimento, o desrespeito aos sentimentos da sua fraqueza, as consequências das suas ações, fizeram-me levar a uma reconstrução interna profunda. Sei que perdoar não significa esquecer. Mas para mim, é um ato de libertação emocional. A sua traição, embora destruidora, também pode ser um ponto de virada na minha vida, uma oportunidade de refletir sobre os próprios valores e aprender a estabelecer limites. Aquele céu nublado e estrondoso, que devastou a minha vida, foi uma tempestade que se dissipa a cada dia, com um luminoso raio descortinado pelo sol. Com certeza, eu serei recompensado. A bonança sempre é esperada após uma lição. A vida é um mistério. É um viver plenamente, nos detalhes do cotidiano, e a abraçar as incertezas com coragem. A vida é imensamente preciosa, principalmente se nós estivermos envolvidos com as pessoas certas. O que fica, no entanto, é uma advertência. A importância de sentimentos, da sinceridade, da lealdade e da responsabilidade com o que se constrói ao lado de outra parceira, sem o peso da desconfiança e desilusão.
sábado, 30 de novembro de 2024
A terra que ninguém passeia.
Hoje são lembranças. As ruas silenciosas, pavimentadas com gestos de carinho. No meu coração, as veias são jardins secretos. Flores que nunca murcham com raízes profundas que sustentam a esperança. Meu coração, uma terra densa, selvagem e inexplorada, onde somente pessoas especiais passeiam. As minhas quatro válvulas regem o fluxo de sangue e regulam sentimentos, em uma só direção, por portões ocultos para alguns, decidindo o que entra e sai de nossa essência. Um espaço de fácil acesso, onde os que se atrevem, perdem-se em labirintos, emaranhados entre pedras e silêncios. As pessoas exclusivas da minha vida, com presenças silenciosas, sem forçar a porta, que sabem esperar o momento certo, em ritmos pulsados de certas conquistas, com seus brilhos intensos renovam a minha expectativa, com os poderes de sapatearem e desalinharem esse resistente músculo que em átrios e ventrículos alimentam o meu lado direito e esquerdo de emoções incontidas, um sorriso de energia, regando o meu jardim da vida, aquecidos de uma parte do meu espaço, um solo intimo compartilhado eternamente. Na minha terra, sempre haverá alguém para passear no meu coração.
sábado, 23 de novembro de 2024
Feriadão em Praia Seca.
Há mais de um ano que nós não pisávamos em Praia Seca. Então, aproveitamos o feriadão, no período de quinze a vinte e um de novembro, ocasionado pelo G 20, na Cidade do Rio de Janeiro, para descanso. Chegamos lá anoitecendo. A casa solitária e triste, onde do lado de fora, a vista era de cenário desolador. Matagal na parte da frente e de trás, do imóvel, ocasionada pelo tempo e contratempos, pela nossa demasiada ausência no local. Janelas e portas sujas, e sem brilho, pelo tempo. A grama sumira, contrastando com a falta de manutenção do imóvel. Aline iniciou o trabalho de limpeza interna, com ajuda da Tania. Por dentro a casa estava empoeirada, não muito suja, o que é normal pelo tempo que levamos para retornar. Depois, ela fez uma limpeza rápida na extensa varanda. Não tinha água da rua e resolvemos poupar a água da caixa. A bomba que aciona a água do poço artesiano estava travada. A nossa sorte foi que deixamos vários vasilhames com água para essas ocasiões. Já estamos acostumados a esse revés. Nos fins de semanas prolongados a companhia de águas faz manobra, algo inusual, no local, mas a fatura chega todo mês e a cobrança é significativa. No dia seguinte o meu genro, Ramón colocou a máquina de corte de grama para funcionar. Aparou a grama nas duas áreas da casa. Aline e eu, colocamos o mato em um terreno baldio, com uma quantidade gigante de material inservível. Troquei uma lâmpada da varanda, que estava queimada. Nós ficamos sem internet, desde sexta-feira, outro infortúnio. Esse problema foi resolvido na terça-feira. Fomos duas vezes à praia. Na primeira vez, nos encontramos com Tatiana, Fábio, Alice, Norberto e parentes, parte da família de Norberto. Foi legal o encontro. Colocamos o papo em dia. Na outra fomos sozinhos. A Carolina adorou! Enfim! Apesar dos percalços, o passeio valeu a pena. A Glaucia e Markus virão da Suíça no dia dezoito de novembro e retornaremos à Praia Seca, no final do mês de dezembro.
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Às sete notas musicais e a mulher.
Dizem que o número sete é conta de mentiroso. Para mim, ao contrário, é sublime. No bojo do corpo de uma mulher, dedilho as suaves notas dançantes em melodias sensacionais. Os acordes naturais, sustenidos e bemóis em escalas, são os segredos de sons a oferecer à minha alma. O primeiro timbre em dó é fundamental para o meu solfejo em alegrias disseminadas em semibreves sequenciais. A nota ré, uma tonalidade perfeita, descobrindo um novo tempo com ânimo em intervalos da vida. A mi, uma nota expansiva, como eu, em viagem toada pelo ar, significando a esperança em realizações. Já o fá, encoraja-me como alerta de uma força estranha que me faz cantar bem alto, sem desafinar. No entanto, o sol, pela sua luminosidade, abre meus caminhos em paixões itinerantes. O lá distante de mim em harmonias passadas, diferente de mi, em suspiros perdidos ao vento. Às notas musicais são como estrelas no firmamento, com brilhos próprios em cada ciclo da composição, que juntas impulsionam a minha trajetória, meus pensamentos e desejos. Simples e profundas, minha melodia da vida em sinfonia com o universo em pura calma como ondas sonoras. No braço do meu pinho, lembro-me do corpo de uma mulher, em curvas que falam sem palavras, despertando emoções que não se podem tocar. Em vibrações constantes, o violão e a mulher, ambos, instrumentos de fascínios, quando se entrega a quem sabe escutar e a quem sabe amar, uma caixa de ressonância. Amplificam os suspiros, silêncios e mistérios. Para mim, as notas musicais despejam amor e ajustes, sem pausas para interpretações. No pentagrama, as composições são delineadas e as modulações percebidas de carinho e afeto de canções de amor e infelizmente de sofrências.
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
O espelho e o meu tempo.
Olho para minha face desgastada pelo tempo, em frente ao velho espelho, uma reflexão profunda, mas não enganosa pelas marcas acentuadas e maltratadas da pele. Vejo que o meu limite passou. Distante, também, os meus cabelos, que se foi para sempre. Enfim, a calvície chegou e devastou a minha cabeça. Meus ombros caídos, uma imagem de cansaço desmedido, pelo peso, como um fardo invisível. Assim, trilho o meu caminho nas escolhas dos momentos vividos. Deste modo, caminho, como uma dança entre a ação e a aceitação que esse prazo traz, apesar das cicatrizes. A moldura mostra-me as formas inesperadas não só em rugas, mas nas memórias que surgem nos sentimentos que me definem. O meu desgaste físico acelera ainda mais, esse momento. Esse confronto permanente, com intervalo de horas da minha vida, mexe sempre, com o meu emocional. Eu aceito o meu corpo envelhecido em transformação. Como um contador, o tempo, o juiz parcial que retrata o meu rosto, em decadência, eu me pergunto! Onde estão a minha juventude e sabedoria? Sei onde estão! Escondidas nos escombros do espelho. São fragmentos que o tempo da minha vida me levou. Vestígios irreparáveis da minha identidade.
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
A importância de recomeçar com inteligência, após o fracasso.
O fracasso é frequentemente visto como um obstáculo, algo a ser
temido ou evitado a todo custo. No entanto, ele carrega consigo uma sabedoria
profunda, uma oportunidade de aprendizagem que, muitas vezes, é negligenciada.
Quando algo não dá certo, seja na vida pessoal ou profissional, a dor e a
frustração podem ser intensas. Contudo, é importante perceber que o insucesso
não define quem nós somos, mas sim, como reagimos. A sociedade tende a
glorificar a vitória, mas destaca raramente as lições que o malsucedido pode
ensinar. Ele nos força a olhar para dentro de nós mesmos, questionar nossas
escolhas e, muitas vezes, buscar novos caminhos. Cada erro traz consigo uma
chance de crescimento, de repensar estratégias e de aprimorar habilidades. Ao
abraçar a frustração, aceitamos nossa humanidade, nossa vulnerabilidade, e
reconhecemos que o verdadeiro progresso muitas vezes surge do desconforto da
queda. O revés também nos ensina a resiliência, a capacidade de nos reerguermos
após um tropeço. Ele nos prepara para enfrentar desafios maiores e nos dá uma
compreensão mais rica do que significa persistir diante das adversidades.
Muitos dos maiores inventores, artistas e líderes da história enfrentaram uma
série de falhas antes de alcançarem o sucesso, e isso nos mostra que a jornada
é tão importante quanto o destino. Portanto, ao invés de temer o malogro,
devemos vê-lo como um aliado no processo de evolução. É ele que nos desafia a
sermos melhores, a aprender com nossos erros e a transformar as adversidades em
trampolins para o futuro. A derrota, na verdade, pode ser um dos maiores
instrumentos de crescimento, uma etapa necessária para a construção de um
caminho mais sólido e significativo. O ato de reprovação é muitas vezes visto
como o fim de um ciclo, mas, na realidade, ele pode ser a porta de entrada para
uma nova oportunidade. Quando enfrentamos a desgraça, sentimos o peso da
derrota, a frustração de não termos atingido nossos objetivos. Mas, com o
tempo, é possível perceber que aquele momento difícil carrega em si uma lição
valiosa: a chance de recomeçar, agora com mais inteligência, mais discernimento
e mais clareza. Recomeçar depois de um infortúnio é como um segundo nascimento,
uma oportunidade de olhar para o futuro com uma perspectiva renovada. A
experiência adquirida, as falhas cometidas e as lições aprendidas são
ferramentas poderosas que nos permitem tomar decisões mais acertadas. O que
antes parecia um erro, agora se torna um ponto de partida para uma jornada mais
consciente e mais focada. Em vez de repetir os mesmos passos, passamos a
trilhar novos caminhos, mais alinhados com nossos valores e com o que realmente
desejamos alcançar. A inteligência adquirida após a perda não é apenas
intelectual. Ela envolve um conhecimento emocional que vem da autocompreensão e
da paciência. Quando caímos, podemos aprender a lidar com nossas emoções de
forma mais equilibrada, a lidar melhor com a pressão e a desenvolver uma visão
mais clara do que precisamos fazer para superar os obstáculos que surgem no
caminho. O detrimento, então, se transforma em um professor, que nos ensina a
ser mais resilientes, a tomar decisões mais inteligentes e a ter mais confiança
em nós mesmos. Além disso, a experiência do dano nos dá uma visão mais realista
e mais madura do que é necessário para alcançar o sucesso. Muitas vezes,
idealizamos os objetivos e esquecemos que o caminho para alcançá-los é repleto
de desafios e imprevistos. Quando recomeçamos, trazemos conosco um entendimento
mais profundo do que é realmente importante, do que vale a pena investir nosso
tempo e energia, e do que devemos abandonar para seguir em frente. Recomeçar
com mais inteligência é uma forma de honrar nossa capacidade de aprender e
evoluir. Em vez de nos deixarmos derrotar pela aflição da ruína, podemos usar
essa dor como um combustível para nossa transformação pessoal. Cada tentativa
frustrada é uma oportunidade para aprimorar nossas habilidades, ajustar nossa
visão e refinar nossas estratégias. Com cada recomeço, nos tornamos mais
preparados, mais fortes e, acima de tudo, mais capazes de construir um futuro
que, dessa vez, será mais sólido e mais alinhado com nossa verdadeira essência.
Portanto, o fracasso não é o fim, mas uma chance de recomeçar de uma maneira
mais sábia, mais consciente e mais inteligente. Ele nos oferece a oportunidade
de nos reinventar e de trilhar um caminho que, apesar das dificuldades, será
repleto de aprendizados e conquistas mais duradouras.
Talião, no amor.
Essa lei romana, com o conceito de “olho por olho, dente por dente”, é um princípio fundamental que merece uma reflexão interessante quando aplicada ao amor e aos relacionamentos humanos, embora, principalmente, criminal, com possibilidade de punição. Amores, carinhos, traições, decepções tendem a retribuir o sofrimento da mesma maneira. Os amores não seguem regras matemáticas ou uma simples troca de favores. Os verdadeiros são generosos, compassivos e perdoadores, compensados de maneira igual. A norma de Talião para o amor pode ser vista, então, como um reflexo de desconfiança ou desforra, um mecanismo que busca restaurar um equilíbrio quebrado por um ato negativo, e a compreensão mútua, o perdão e a busca por soluções criativas que superem a ideia de revanche. Entrementes, esse preceito segue essa regra objetiva e equitativa de justiça que visa corrigir um mal com um mal de igual proporção. O amor é uma força que transcende essa lógica de retribuição. O amor é incondicional e grandioso, buscando não apenas a reparação de danos, mas também o perdão e o crescimento das relações. A justiça do amor é curativa e restauradora, enquanto o código de Talião busca apenas equilibrar as ações por meio de uma retribuição exata. Assim, ao passo que o regulamento de Talião pode oferecer uma solução rígida para as transgressões, o amor presenteia uma possibilidade de cura e superação dos erros, muitas vezes de forma inesperada e até extraordinária.
terça-feira, 5 de novembro de 2024
Político! O ocaso do acaso.
O ocaso da política, enquanto conceito, que pode ser entendido como o enfraquecimento ou a crise dos sistemas de governos tradicionais, um fenômeno que se tem tornado cada vez mais visível no contexto contemporâneo. Esse processo envolve o distanciamento das instituições públicas em relação às necessidades e desejos da população, a perda de confiança nas elites do congresso e uma crescente sensação de impotência nas democracias modernas. Para muitos, a política parece ter se afastado de seu propósito originário de mediar os interesses coletivos e promover o bem-estar social, tornando-se, muitas vezes, um campo de disputas vazias, os propensos partidários e processos desconectados da realidade cotidiana das pessoas. No ocaso desse tema, observa-se uma crescente polarização e fragmentação das sociedades, onde as ideologias muitas vezes substituem o diálogo construtivo e a busca por consensos. O regime, que deveria ser um meio para garantir a representação e a expressão de diferentes grupos e demandas sociais, acaba sendo vista por muitos como uma arena de jogo de poder e oportunismo, onde os interesses da população perdem espaço para as ambições e corporativismos. Além disso, a ascensão das redes sociais e a crise de representação exacerbam ainda mais esse cenário. As plataformas digitais, ao invés de servirem como instrumentos de debate democrático, acabam muitas vezes amplificando o discurso de ódio, as falsas notícias e as polarizações aos extremos. Esses problemas se transformam, assim, em um espetáculo midiático, onde os conflitos se sobrepõem às soluções efetivas para os pertinentes assuntos estruturais da sociedade. Em muitos casos, a crise da ideologia também se reflete mais profunda na própria democracia. A promiscuidade entre o poder de agentes públicos e os interesses econômicos, a corrupção sistêmica e a falta de transparência nas instituições contribuem para uma crescente desilusão dos cidadãos com os processos eleitorais e com os ideais da população, na realidade brasileira. O princípio governamental, que deveria ser um instrumento de mudança social e justiça, parece cada vez mais um terreno de promessas vazias e resultados insatisfatórios. O ocaso da política, portanto, não é apenas uma questão de desgaste de lideranças ou de enfraquecimento das instituições. Ele está intimamente relacionado a uma crise mais ampla de confiança, de valores e de representação. Reverter esse processo exige um esforço coletivo para resgatar a política de seu desgaste, devolvendo-lhe sua função de representar os interesses da maioria, com base no diálogo, no compromisso com a verdade e na busca por soluções que atendam às necessidades reais da sociedade. Por fim, o ocaso do acaso reflete a nossa busca por controle, por respostas definitivas em um mundo que, por sua natureza, é inesperado. Contudo, talvez a verdadeira questão resida na forma como continuamos a lidar com essa imprevisibilidade de políticos sagazes, mesmo em um universo cada vez mais mapeado e entendido como diversas maracutaias congressistas. Nesse caso eliminamos o acaso de nossas vidas. Este afinal pode ser uma das últimas fronteiras da experiência humana, onde o inesperado ainda consegue nos surpreender e transformar-nos, torcendo por melhorias da sociedade brasileira. Só esses movimentos profundos de reflexão dos três poderes e as atitudes imprevisíveis, entre o controle e a entrega, encontrarão a verdadeira riqueza da experiência humana. Que venham dias melhores para o inigualável povo ordeiro do Brasil!
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A fidelidade.
A fidelidade é uma das virtudes mais valorizadas nas relações humanas, seja no âmbito pessoal, familiar, afetivo ou profissional. Ela se refere à lealdade e ao compromisso inabalável com algo ou alguém, sendo uma demonstração de confiança mútua e respeito. Na esfera afetiva, a lealdade está muitas vezes associada à monogamia, onde o compromisso entre duas pessoas é pautado pela exclusividade e pela recíproca dedicação. No entanto, a deferência não é apenas uma questão de não trair fisicamente, mas também de ser fiel aos sentimentos, ao apoio emocional e aos valores compartilhados. Em amizades e vínculos familiares, o apreço se traduz na presença constante, no apoio nas dificuldades e na capacidade de manter os laços mesmo diante de adversidades. Nesse sentido, ela vai além da ausência de deslealdade e envolve um esforço ativo para cultivar o relacionamento com sinceridade e dedicação. No mundo profissional, a fidelidade pode ser vista no compromisso com os valores de uma empresa, no respeito pelas responsabilidades atribuídas e na integridade no trabalho realizado. Um profissional fiel não se limita a cumprir suas obrigações, mas também busca contribuir para o crescimento e sucesso da organização de forma ética e comprometida. No entanto, a estima também deve ser entendida com equilíbrio. Em alguns casos, ela pode ser confundida com submissão ou com a falta de autonomia, o que gera relações desbalanceadas e, por vezes, prejudiciais. Ser fiel não significa prescindir da própria identidade ou dos próprios princípios, mas sim agir de forma coerente com os compromissos assumidos. Em última análise, a cumplicidade é uma construção diária, que depende da confiança mútua, do respeito e da disposição para enfrentar desafios juntos. Ela exige, primeiramente, transparência, empatia e o reconhecimento de que somos imperfeitos, onde a fidelidade também implica em aprender a perdoar e a renovar os compromissos a cada nova etapa da vida. Assim, ser fiel a uma mulher é, antes de tudo, honrar o amor e a parceria, fazendo dela uma prioridade na vida, não por obrigação, mas por desejo de caminharem juntos, com respeito e carinho, rumo a um futuro promissor e igualitário para ambos.
domingo, 3 de novembro de 2024
Os domingos da minha vida.
As manhãs de domingo têm uma magia especial, e hoje acordei assim. Eu abri a janela, a luz do sol invadiu o meu quarto e iluminou ainda mais meu coração, ao ver a minha amada dormindo lindamente, serena e radiante, como hipnotizada por Morfeu, o aliado das noites audaciosas de amor e contentamento. Mais tarde, aquele aroma de café fresco espalhou-se pela casa, misturando-se com a sensação de um dia livre e sem pressa desse maravilhoso momento. É o início perfeito para se perder em pensamentos sobre as possibilidades de um passeio a dois, no parque, sem amigos, parentes ou simplesmente relaxar em casa com um bom livro, uma excelente visita a uma exposição ou um filme de felicidade, como os atualmente vividos por nós. As nossas danças, entre almas, se entendem e completam-se em sensações indescritíveis, como passos de valsas em compassos e movimentos contínuos de fluidez. Amar e ser amado até o fim da vida transcende o tempo. Entre lágrimas e sorrisos, com os corações abertos e as mentes dispostas a aprenderem, os domingos, assim como este, são esplendorosos, na celebração do amor, pela dádiva de exaltar a vida, principalmente quando são correspondidos de confiança e amizade.
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sábado, 2 de novembro de 2024
Dormindo na rede, sem intrigas.
No vai e vem da rede de dormir, mais uma despedida do dia, O sono
fecha minhas pálpebras, o meu corpo se entrega com uma sensação de conforto e
relaxamento, balançando exaustivamente, pelo auxílio do vento, e com um leve
barulhinho dos acabamentos de pano com metais. O silêncio da noite aliado ao movimento
da rede proporciona-me um momento único de conexão profunda com minhas emoções
e aspirações, um ambiente propício para a minha criatividade fluir. Na
liberdade de meus neurônios, em questão de segundos viajo para lugares
distantes, um portal para mundos que habitam a minha imaginação. Mas, também,
meus reais medos em confrontos escondidos pelas inseguranças refletidas. O pior
deles, para mim, é o da solidão. O desconhecido é atraente, à medida que a
noite avança e um futuro incerto é assustador. Na quietude da rede, embalado
pela suavidade, a lua se torna uma companheira também silenciosa. A sua luz
delicada e suave me transmite serenidade e um olhar de um futuro promissor.
Pela lei natural do universo, o sol da manhã desponta em meu corpo. Os
primeiros raios generosos abraçam-me trazendo calor e vida a cada fibra da
rede, que me preenche de gratidão e me lembra da importância de viver cada
momento plenamente. O embalo na rede de dormir é inimaginável, em minha
privacidade.