quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Às sete notas musicais e a mulher.

Dizem que o número sete é conta de mentiroso. Para mim, ao contrário, é sublime. No bojo do corpo de uma mulher, dedilho as suaves notas dançantes em melodias sensacionais. Os acordes naturais, sustenidos e bemóis em escalas, são os segredos de sons a oferecer à minha alma. O primeiro timbre em dó é fundamental para o meu solfejo em alegrias disseminadas em semibreves sequenciais. A nota ré, uma tonalidade perfeita, descobrindo um novo tempo com ânimo em intervalos da vida. A mi, uma nota expansiva, como eu, em viagem toada pelo ar, significando a esperança em realizações. Já o fá, encoraja-me como alerta de uma força estranha que me faz cantar bem alto, sem desafinar. No entanto, o sol, pela sua luminosidade, abre meus caminhos em paixões itinerantes. O lá distante de mim em harmonias passadas, diferente de mi, em suspiros perdidos ao vento. Às notas musicais são como estrelas no firmamento, com brilhos próprios em cada ciclo da composição, que juntas impulsionam a minha trajetória, meus pensamentos e desejos. Simples e profundas, minha melodia da vida em sinfonia com o universo em pura calma como ondas sonoras. No braço do meu pinho, lembro-me do corpo de uma mulher, em curvas que falam sem palavras, despertando emoções que não se podem tocar. Em vibrações constantes, o violão e a mulher, ambos, instrumentos de fascínios, quando se entrega a quem sabe escutar e a quem sabe amar, uma caixa de ressonância. Amplificam os suspiros, silêncios e mistérios. Para mim, as notas musicais despejam amor e ajustes, sem pausas para interpretações. No pentagrama, as composições são delineadas e as modulações percebidas de carinho e afeto de canções de amor e infelizmente de sofrências.

 

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