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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

O destino e as escolhas de um amor

     

No firmamento existem estrelas cintilantes, mas seus olhos... ah, seus olhos! Sempre flamejantes! Guardam segredos que o céu não ousa ter um universo inteiro num simples olhar de você. Há um sol que se curva ao lhe ver passar e um tempo que para só pra lhe escutar. Você é poesia que respira e caminha, ímã mulher que magnetiza, que o mundo sozinha aninha. Mesmo amada, mesmo entregue e jurada a vida inteira ainda não lhe diz nada. Pois em você mora algo que escapa à razão, um perfume de alma, um toque em oração. E eu que apenas contemplo em silêncio profundo, me rendo à beleza que move seu mundo. Não pra possuir, nem pra desalinhar, mas pra lhe escrever... e lhe eternizar.

Amor! O sangue que corre em mim.

O sangue que corre nas minhas veias carrega mais do que vida, te transporta. Corre com a pressa de um beijo esperado, com a calma de um abraço demorado, com o brilho sereno do teu olhar. Cada batida do meu coração é um poema sussurrado em silêncio. É teu nome escrito nas entrelinhas do meu corpo. É que o amor mora em mim como se sempre tivesse sido lar. Nas veias ele dança feito promessa eterna, feito lembrança doce de um toque que ficou. Meu sangue te conhece. Sabe o caminho do teu riso, o som da tua ausência, o perfume do teu afeto. E mesmo quando não estás, tu vives aqui no pulsar calmo e certo de quem ama por inteiro, sem medida, sem razão. Porque te amar é tão natural quanto respirar, tão vital quanto o sangue que  insiste em me lembrar: sou teu, mesmo sabendo que não és minha. 

sábado, 9 de agosto de 2025

Tua ausência

Às vezes, penso que foste só um suspiro, um sopro breve no véu da existência, então teu nome pulsa em mim, feito oração dita em silêncio, sem fé. Carrego tuas lembranças como cinzas quentes, sem saber se me queimam ou aquecem, e cada gesto meu parece um eco teu, mesmo quando o mundo já te esqueceu. As noites são poços onde mergulho, buscando teu rosto na superfície do escuro, mas só encontro meu reflexo cansado, afogado no mar do que nunca foi. E se a lua brilha, é só para me lembrar do que perdi na curva de um adeus mudo, das palavras que calei por orgulho, e da tua ausência, que agora é tudo.

terça-feira, 29 de julho de 2025

Eu e uma flor.

A flor nasceu no jardim. Tão viva quanto a mim. Tem caule, folhas e cor. Eu tenho corpo e amor. Ela respira em silêncio. Eu com pulmões em movimento. Ela bebe o sol da manhã. Eu bebo a luz que a vida dá. A flor floresce, eu também. Cada um do seu próprio jeito. Ela dá frutos e sementes. Eu dou sonhos no meu peito. Se a planta é um corpo inteiro, a flor é seu coração. Bate forte pela vida. Feita de pura emoção. Então entendi, com ternura, que a flor não é só beleza. Ela é viva, tem doçura. É irmã minha na natureza.

sábado, 14 de junho de 2025

Noite de chuva.

Chovia como se o céu também a tivesse perdido. Cada gota era uma lembrança que batia no telhado, insistente, como quem pede para voltar. A janela embaçada era o espelho do meu peito e nenhuma imagem ficava, tudo escorria. Eu me sentei no chão, entre sombras e silêncios, os dedos buscando no vazio o calor das mãos dela. Lá fora, os trovões gritavam o que eu calava: que viver depois dela era habitar um mundo onde os deuses dormem e os relógios se recusam a girar. O cheiro da chuva misturava-se ao perfume que restou no lençol. Fechei os olhos. E por um segundo, ela estava ali, molhada, como naquela primeira vez, rindo, dançando com os pés nus no barro. Mas era só a lembrança. E a memória, essa traidora, também escorreu pela calha com a última esperança.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

O sol, o meu grande amigo.

 O sol, meu grande amigo das horas incertas, ele que esquenta a minha solidão da noite, seca as minhas lágrimas de infortúnios vividos nas ruas dos desenganos à procura de uma nova aventura. E foi então que, entre sombras e promessas desfeitas, surgiu ela, mulher de passos leves e olhos de alvorada, trazendo nos lábios o gosto do primeiro dia, e no peito, um amor que não pedia licença para ficar. Ela não falava de eternidades, mas o tempo calava diante do seu toque. Seu sorriso era uma manhã em flor, e seus silêncios, a paz que eu jamais soube nomear. Com ela, o sol já não era apenas consolo, mas testemunha viva de um encontro raro. A aventura já não morava nas esquinas do acaso, mas no simples gesto de caminhar ao seu lado. E assim, sob o olhar do céu que tudo perdoa, descobri que o amor verdadeiro não chega com alarde, ele acende bem devagar como a luz que vence a madrugada.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Rosas de um encontro.

Como perfume que invade as veias, chegaste sem aviso ao meu coração, trazendo calma às marés alheias, feito um sussurro em meio ao trovão. Na rua onde os sonhos se perdiam, teus olhos me chamaram para ficar, e as dores que antes me consumiam se calaram, só para te escutar. As rosas rubras do nosso instante não se foram por ventos ou tempestades, floresceram num toque vibrante, em um amor que não volta atrás. Um sonho sem fim na perdição, onde me perco e quero estar, e a noite contigo, como oração, nunca deixará  a solidão voltar. Os espinhos que guardam a beleza não ferem nossos sorrisos. E unidos seguimos com a alma acesa, esnobando o passado e nossa dor. Agora caminho ao teu lado, sem medo dos dias escuros, pois no teu abraço encantado descobri meus caminhos mais puros. E ali, em silêncio e emoção, sem promessas ou obrigação, ficamos como olhares na imensidão, perdidos na doce vastidão de paixão.

Para uma namorada.

No compasso dos dias corridos, entre rotinas e silêncios sutis, há um amor que resiste calado feito chama que arde por um triz. És mulher de caminhos profundos, de gestos que o tempo moldou, com a alma firme e serena. Mesmo quando o vento soprou. Amor não é sempre florido, nem todos os dias são festa, mas há beleza no simples, na presença que nunca se resta. Se há amor, que ele seja inteiro, feito abraço no fim do dia, se há dúvida, que haja escuta, e se há dor, que venha a calmaria. Neste dia que celebra o encontro, que celebres também a ti, porque amar é também coragem. De ser quem se é, até o fim, feliz Dia dos Namorados. Mulher de amor e verdade, que o amor que tens por ti mesma seja tua maior lealdade.

terça-feira, 10 de junho de 2025

Quando você passa

Meu mundo cai, desmorona em silêncio, quando você passa, desinibida, pelos cantos do meu coração. Este que lateja, quando avista você perto, e se desalinha, tremendo, com a sua ausência. É como se o tempo parasse, e a respiração fugisse, cada olhar seu é um tremor, uma maré que me arrasta, sem pedir licença. Você não sabe, mas deixa rastros de luz na sombra dos meus dias, e mesmo sem querer, vira meu universo do avesso. E eu fico aqui, com o peito aberto, aguardando sua flor vermelha para plantar no meu coração. Eu acredito no amor, mesmo que as ilusões sejam adeus, sem sombra, sem sorrisos, somente penas vazias no vento.

Onde está o paraíso dos meus sonhos?

 Onde está o paraíso dos meus sonhos?

Da alma desenhei caminhos, com rios de névoa e ventos calmos, flores que nascem só nos silêncios e luas que brilham sob meus salmos. Sonhei com montes de eternos instantes, com olhos que curam, com mãos que não partem, im riso guardado no fundo do tempo, um lar onde os dias jamais se desaliem. Mas a cada sonho, o véu se desfaz, o paraíso, sempre além do traço, feito miragem que dança e recua, feito promessa perdida no espaço. Até o sonho, cansado e sem fé, deitou suas asas sob a madrugada. E ali compreendi: nem ele encontrou a terra sagrada, a paz desejada. Talvez o paraíso não seja um lugar, mas sim o caminho, o passo, o erro, o laço.Talvez ele more, pequeno e secreto, no breve calor de um abraço.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Uma das sabedorias dos conselhos.

Se eu te dou um conselho, não é por saber mais.
É que já caminhei por becos, onde a dor fez seus sinais.

Não é por ser mais sábio, nem por ter razão demais.
É só que errei tantas vezes, que aprendi a ver sinais.

Cada tropeço me deu voz. Cada queda, uma lição.
E hoje, se falo contigo. É só do fundo do coração.

Não te digo o que fazer, não espero obediência.
Só divido, com carinho, um pedaço da minha experiência.

Porque, às vezes, um aviso pode evitar uma dor.
E se minhas quedas servirem, que ao menos tenham valor.


sexta-feira, 30 de maio de 2025

As pesadas escolhas.

No instante em que escolhemos.
Tudo parece leve, fugaz.
Um gesto simples, um passo breve.
Sem pensar no que vem atrás.

Palavras ditas sem medida.
Silêncios guardados demais.
Desvios tomados na vida.
Que não voltam nunca mais.

Cada ato é uma semente.
Lançada ao solo do tempo.
Cresce calada, paciente.
Até se tornar momento.

E quando floresce, enfim, o fruto.
Nem sempre é doce o sabor.
Descobrimos, num minuto.
O real do que causou.

Ah, se soubéssemos antes.
O peso de decidir.
Mas só aprendemos adiante.
Quando é tarde para fugir.

Por isso, pense, respire, espere.
Antes de qualquer direção.
Escolhas moldam o destino.
E pesam no coração.

 


quinta-feira, 13 de março de 2025

Palavras ditas ao vento.

Na morte do prazer eu a tenho por inteira.
Renascem minhas fantasias, que antes eram agonias.
Ficando perto de ti, esqueço a distância aos teus ouvidos.
Nesse fogo que me incendeia em ruptura vascular.
Nas labaredas de confissões, de paixões, de felicidade e de paz.
Onde as cinzas me enchem de vida e que arderam em mim um dia.

Nessa entrega total onde sou teu e tu és minha.
É que nos mata em gozos sem fim.
Hesito um pouco em te falar que ainda conjugo o verbo amar.
Porque cada prazer, como a morte, as juras não têm fim.
E a cada morte tu vives mais em mim.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Eu me acho linda, no coração do leitor.

Bom dia! Sou a poesia? Abra a janela? Deixe o sol entrar! Sou a alegria imensurável, o vento que esvoaça sempre, os seus cabelos em liberdades de letras. Sou a rosa-vermelha, símbolo do amor e da paixão, que não se despetala de seus desejos. Sou uma força de beleza da vida. Além disso, a gentileza de consoantes e vogais. Inclusive o mar de calmaria, que revigora as ondas, em danças suaves de movimentos e imagens, por onde seus pés caminham em quietudes sem fim, por mais um dia de alegria. Sou a serenidade que transmite a paz e harmonia. Falo do seu corpo. Beijo-lhe com palavras e sempre faço um acordar feliz, continuamente, no meu estilo de ser, em suspiros de leveza. Sou a brisa que se alterna e suaviza a sua noite, que acalenta seus lindos sonhos. Os vários autores, que enriquecem seus vocabulários em versos, rimas e estrofes, em seus outros universos, além de flores, luares e estrelas, se renovam. Entre os maus e bons momentos, sentimentos, choros e risos, entre saudades e aflições, o poeta, sem saber, deixa depois que morrer a sua marca para a eternidade. Eu sou assim. Sou a essência de instantes, sem me importar com a minha criação, porque eu constantemente sou bem-vinda aos meus leitores. Uma semente plantada que floresce a imaginação. Entro em seus pensamentos e clareio a sua mente. Dou um suspiro de vida, na arte de celebrar as emoções e transformações. Eu posso não agradar a todos. Sei das minhas imperfeições. Mas, sei também que as vidas de amantes das minhas transcrições buscam em mim a serenidade de momentos, introspecção e solidão. Eu sou um ambiente cheio de beleza e mistérios. Caso você queira me desfolhar, eu estarei em todo tempo disposta a lhe ajudar em quaisquer prateleiras de bibliotecas, mesmo que empoeiradas, porque noto que muitos já não me procuram por diversas situações, mas sempre aberta a profundas e vibrantes inspirações de mais um belo e significativo enriquecedor do seu dia. Eu amo transformar as pessoas!

 

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Uma rosa. Um amor.

A cor do querer, eu a ofereço com o mais puro ser que transpira desejos. Uma rosa, silenciosa, ao meu lado, disfarçada. E eu, calado, encantado com suas pétalas, sem suas respostas ou gestos que me trouxeram ao seu encanto, dei um sussurro aos ventos em esvoaçantes prantos. Tento tocar sua alma perfumada da sua distância, como abrigo da minha calma. Não quero que você murche, por favor, porque seus espinhos irão me ferir e as cicatrizes sem antídotos da ilusão ficarão permanentemente no meu coração. De que vale tudo o que lhe digo, se penso que você não aceita o meu sonho quase perdido, como esta rosa que pode despetalar-se, sem esperança, sem rimas de tristeza e solidão? Esta rosa acolhe a minha dor, em silêncio, sem ainda ter o seu amor. Entre sobressaltos, ansioso por suas palavras, só me restam mais rosas e suas pétalas infinitas. Eu, novamente, perdido a cada pétala que cai em minhas mãos, sinto o peso do que não foi, do que ficou para trás. E a mais bela colhida da minha coleção, que lhe ofereço, a qual é a minha ternura e esperança, depositada de dores, me faça sorrir de verdade. Um eco mudo de um amor que poderá se perder em vapor. Não corra hesitante para o meu jardim, com seu iluminado véu, por onde esconde a sua beleza de incertezas e indagações, porque no meu roseiral florescem somente as que desabrocham com olhares sinceros, sem a dor da espera, onde residem os sorrisos penetrantes e cintilantes luzes de alegrias. O vermelho, a minha preferida, onde as paixões e conquistas me dão prazer, eu a presenteio com esta rosa, e em cada pétala um pedaço de mim, em expectativas de emoções. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Brigas, nunca mais.

Eu estou cansado de berros, silêncios e tropeços, dos destroços, de belos momentos.

A minha dor já não sabe onde a minha alma se encontra, perdida entre ecos de discussões sem sentido.

Que em cada desentendimento, um abraço se erga com perdão, que aliviem nossos corações.

Cada minha palavra afiada como fio de navalha, rasgando a tolerância mais funda do que eu gostaria, já não quero mais. Não quero mais ferir nossos sentimentos. Agora só a bilateral harmonia interessa.

Eu quero curar, construir, recompor o que a raiva já quebrou.

E que, no lugar dos embaraços que nos distanciam, possamos dar passos firmes em direção à reconciliação.

Quero o enlace que apaga o grito, como também o perdão que apaga a dor.

Em suspiros de amores, sutis e profundos, compartilhados sem o som, a serenidade das paixões perdidas, escondidas em gestos discretos, os sonhos de nossos mundos.

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Reencontro.

Chove no meu peito. Minhas lágrimas salgadas misturam-se às sementes caídas por beija-flores em balés alvoraçados, deixando um rastro de doçura e promessas que não se cumpriram, no silêncio da chuva interior e em cada gota desperdiçada de esperanças, perdidas em suspiros de desejos não alcançados. Um manto de sentimentos suaves e amargos. Uma flor renascerá nesse meu espaço pessoal e privado cultivado pela saudade. Nos trilhos do tempo, os destinos são como fios invisíveis. Traz de volta, o sol, o perfume das flores regadas por gotas ávidas de amor. Por ironia do destino, essas marcas profundas doadas pelo tempo, não mais guardam espaço, para o meu enfraquecimento. É fácil trocar as palavras. Só interpretamos a paz, quando chega ao coração. Este me preenche de expectativas, enquanto eu tiver folego de vida. Os medos se dissolvem em sorrisos e lágrimas. Nos seus olhos, como sempre, o brilho que o tempo não apaga. Nas asas dos colibris, as sinfonias de leveza e agilidade, deslizando pelo ar, tocam a minha alma com sua perfeição, no profundo e oculto reencontro das fantasias e alegrias, uma parte de mim, um abrigo, da minha imaginação, acolhida em seu leito, um refúgio extasiante. Uma verdadeira felicidade em cada amanhecer.

sábado, 3 de agosto de 2024

A riqueza das rosas.

Colhi rosas no jardim. Radiantes essas flores preciosas. Pétalas delicadas em danças, que pintam o ar, com um toque de esperança. Diante da brisa, ela sorri. Ocultando seu charme com espinhos, em versos encantados, desvelando segredos do amor, sempre amado. Essa paixão ardente, em vermelho profundo. Cada cor, um conto diferente para um toque de sol. Elas, contempladas pelas manhãs em orvalho sereno, e ao entardecer em perfumes límpidos, como céu azul em espera, sempre exalando amor em delicadas danças, aos ventos. Sua beleza é sublime e rara, como um beijo da primavera, que nunca separa. Que suas cores e aromas nos guiem sempre! Em um mundo onde o amor é um presente quente, na esperança e ternura de sorrisos, mesmo que ausentes, em mistérios que nos fazem sonhar, como o branco imaculado de pureza e paz. Chega à noite. O silêncio é interrompido pelas fragrâncias roubadas de frios, no seu corpo envolto. Rosas expostas, mesmo na escuridão, onde sua beleza eterniza em exuberância, para um novo crepúsculo de emoções. A verdadeira certeza que alivia o meu coração. As rosas não mentem aos enamorados. Às vezes ardentes de paixões.


segunda-feira, 29 de julho de 2024

Meus olhos.

Olhos meus! Esses movimentos dos meus sentidos, os faróis da minh’alma.

Que desenham no infinito, as fantasias de jornadas achadas e perdidas.

Cores e sonhos que acalmam o humor, que me extasia.

Reflexos de um mundo bonito, como a brancura de espuma.

Desbravando horizontes sem fim em retinas, retidas em fotografias.

Olhos que brilham como estrelas no céu. Estes, um mistério profundo.

Cada olhar é um doce véu, revelando os segredos do mundo.

São as janelas que do meu universo, na espera por trás do olhar.

Quando piscam, soltam mistérios, em histórias de vida e de amor.

Em cada piscar essa magia rara de encantos e sedução.

Olhos meus são poesias, que refletem à luz do dia, sem a total escuridão.

 

domingo, 14 de julho de 2024

Na tristeza da minha Rosa.

Na bruma leve das paixões passadas, a rosa triste desfolha-se lentamente. Seu perfume, e agora melancólica, espalha-se no ar, sutil e ausente, por onde os espinhos em vozes consoladoras perfuram minhas veias. Eles sorriem para mim, em meus olhos comoventes, marejados de tristezas.

As pétalas, outrora viçosas e vivas, agora tingidas de sombras do passado, refletem as dores das lágrimas caídas, em cada gota, um amor despedaçado. Ah! Rosa, para mim, triste, símbolo de saudade. Teus ferrões cravados em meu peito marcam a minh`alma com sua profundidade, da paixão que se foi na dor da saudade.

No jardim do coração, tu és a ferida, que cicatriza devagar e sem pressa. Mesmo assim, tua beleza perdida em meu interior, que ainda me encanta e apesar da amargura, que me afaga e rasga-me em espaços preenchidos de ilusão, tu és a minha rosa triste. Bela e singela, em que o teu amor me ensinou em tempos compartilhados, de que mesmo após o meu padecer, atua na luz da janela, em tua partida, gemendo órfão sem despedidas, em esperanças brotadas de todos os sofrimentos.

O meu destino será como de um beija-flor, que dança no ar com tal fulgor, com suas asas brilhantes, como aurora, beijando flores com tanta dor, que em poesia viva bailam no firmamento, na distância do seu amor.