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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A lição de Paulinho


 Paulinho era um menino que não ligava para nada, apesar de seus pais sempre aconselhá-lo a habituar-se à limpeza, este só fazia o contrário. Não gostava de escovar os dentes, de tomar banho e de vez em quando é que ele lavava as mãos.

Muito guloso ele adorava chupar pirulitos e comer quaisquer tipos de guloseimas embaixo das cobertas. Quase que diariamente, quando ia se deitar, ele abria a sua latinha preferida, que ficava permanentemente escondida no armário da cozinha, e seguia para seu quarto, onde saboreava os docinhos, assistindo a televisão, deitado e aconchegado em sua coberta. Toda a vez que a sua mãe ia fazer a cama encontrava o lençol e a colcha molhados e pegajosos, sujos de doce, provocados pelo açúcar. Quase todo dia Paulinho era repreendido por seus pais, sempre pelos mesmos motivos, e este não ligava para o que eles diziam.

Ele somente obedecia, quando era ameaçado com a correia da calça de seu pai.

Numa noite, cansado de se distrair assistindo a televisão, Paulinho adormeceu com alguns doces em suas mãos.

Atraídas pelo açúcar, algumas formiguinhas subiram em fila indiana na cama de Paulinho e rapidamente se infiltraram nas cobertas do menino que ficou com as mãos e parte do rosto inchado e avermelhados pelas mordidas das formiguinhas.

Paulinho acordou esbaforido e gritando muito de dor, saiu correndo para o quarto de seus pais, a fim de que eles o tirassem daquela situação.

Passado o susto, Paulinho aprendeu como era importante obedecer a sua família e basicamente passou a realizar sua higiene pessoal, o que é imprescindível ao ser humano.

É sempre bom aprender, ouvindo os ensinamentos dos pais.

A formiguinha e o camaleãozinho


 A formiguinha “Anita” passeava e trabalhava ao mesmo tempo, pois levava sua comidinha para estocar, fazendo longos caminhos até o seu esconderijo, num lugar bem escuro, que não entrava sol, para não passar privação quando o inverno chegasse.

 Todos os bichinhos brincavam no bosque, enquanto ela trabalhava.

 Assim toda vez que “Anita” passava carregando seus alimentos, o camaleãozinho, chamado “Esperto”, fazia gozação com seus gestos e contava a todos os animaizinhos da redondeza que “Anita” estava guardando para ele.

 Pois logo se ele quisesse, seria só colocar a língua no buraco em que os alimentos estivessem para trazê-lo a boca sem ter que caçar com suas próprias patas.

 Os meses se passaram, e chegou o longo inverno, trazendo até geadas, naquela localidade em que habitavam os animaizinhos. A maioria deles recolheu-se para seus abrigos, saindo de seus lugares somente para caçar, pois tinham que sobreviver.

 A formiguinha “Anita” estava tranquila em sua casinha, enquanto alguns animaizinhos apavorados, com fome e muito frio, procuravam algum abrigo para ficar.

 O camaleãozinho “Esperto” por sua vez, saiu para caçar e não encontrou nada. Quando chegou a sua toca, esta se encontrava fechada pelo gelo. Então foi sorrateiramente ao abrigo da formiguinha “Anita”, e tentou esticar a língua para alcançar os alimentos, que estavam bem guardadinhos na parte alta dos fundos, mas a entrada estava bloqueada com uma fina camada de gelo, impossibilitando-o de agir.

 Sem lograr êxito, e quase sem voz, começou a gritar o nome da formiguinha “Anita” para salvá-lo daquela situação.

 “Anita”, com pena do camaleãozinho, que se achava “esperto”, perdoou-o, deixando-o entrar, e o linguarudo levou uma bronca da formiguinha, que com ele repartiu alimento e alojamento naqueles longos períodos de frio, mas foi logo exigindo que o camaleãozinho devesse ter mais responsabilidade e se preparasse para os próximos invernos.

 O camaleãozinho “Esperto” aprendeu a lição e começou a fazer um bom esconderijo, justamente como a formiguinha “Anita”, havia falado, iniciando também a estocagem de seus alimentos e principalmente, respeitando a todos amiguinhos, tratando-os com urbanidade e cordialidade e sem pensar em subtrair alimentos de quaisquer animaizinhos daquele bosque.

 “Deus ajuda a quem cedo madruga...”.





A borboleta e o jabuti


 A borboletinha “Sniff”, não se dava muito bem com o jabuti “Coach”. Toda vez em que se encontravam havia um motivo para discussão. No entanto os demais animaizinhos ficavam preocupados, porque o Jabuti não respeitava o território dos animais residentes na floresta.

 Por onde a borboletinha “Sniff” passava com seu voo pomposo, o jabutizinho bocejava e ria simultaneamente, caçoando da forma dela desfilar com suas poderosíssimas e bonitas asas azuis.

 Gargalhando muito e colocando e retirando ao mesmo tempo a cabeça dentro de sua couraça, ele sempre pregava uma peça nos animais que por ali passavam.

Certo dia, na floresta, o jabutizinho “Coach”, quis que sentisse medo o esquilo matreiro chamado, “Bimbim”. Ele ficou embaixo d água, às margens do lago para assustá-lo, aguardando a passagem do esquilinho.

 Inocentemente, “Bimbim” veio saltitante pelo caminho, quando observou nozes nas proximidades do lago. Ao aproximar-se ele levou um tremendo susto, pois o jabutizinho “Coach” levantou rapidamente sua cabeça sobre a água, molhando o esquilinho, que com ar estupefato, correu para um abrigo próximo, enquanto o fanfarrão do jabutizinho ria e lentamente caminhava, saindo do lago, se deliciando com as suas peraltices.

 Para se vingar do jabutizinho, o esquilinho pediu ajuda a sua amiguinha borboletinha “Sniff”.



Traçaram um plano para intimidar o jabutizinho moleque a respeitar os outros animais.

 Então, o esquilinho “Bimbim” e a borboletinha “Sniff” programaram uma festa a beira do lago e convidaram a todos os bichinhos da floresta, inclusive o jacaré “Wally”, que não era muito chegado a festas. 

 O plano para amedrontar o destemido jabuti era muito simples:

Como o jabuti era lento, e não gostava de sair à noite, programaram uma corrida, em volta do lago.

 Convidaram o jabuti a participar da maratona, e este mesmo sabendo das dificuldades e para não ficar por baixo aceitou na mesma hora.

                                       
Ganharia a competição aquele que conseguisse dar a volta no lago e chegasse primeiro, com direito a levar um troféu para casa.

 Na hora da competição, todos os animaizinhos se posicionaram na linha demarcada pela borboletinha “Sniff” que era a jurada da prova.

 Sabendo que era lento, o jabuti QUIS enganar os concorrentes e tentou atravessar escondido nadando sob as águas do lago.

 Quando findou a corrida, o ganhador foi justamente o esquilinho “Bimbim”, e os demais chegaram logo atrás.



Após a comemoração do campeão, o esquilinho perguntou em que lugar o jabuti “Coach” chegara:

 Como ele não havia aparecido, e a noite estava muito escura e sem luar, começaram a procurá-lo e justamente a borboletinha “Sniff” encontrou-o, no meio do lago, de barriga para cima, boiando sobre os cascos, mexendo com as perninhas, com sério risco de morrer.

 Ela pediu ajuda ao zangado jacaré “Wally”, que com suas poderosas mandíbulas, desvirou o nosso fanfarrão “Coach”, que atordoado, agradeceu a todos e principalmente a borboletinha “Sniff” de tê-lo salvado.

 Quando chegou a margem o jabutizinho aprendeu a lição, dizendo que ao descer para o lago, perdeu o equilíbrio e virou de cabeça para baixo, sobre as águas.

 Passado o susto, ele prometeu aos animaizinhos a não caçoar mais de ninguém e também de não mais trapacear nas próximas brincadeiras.

 Então, passaram a viver harmoniosamente na floresta.