quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Os encantos da lua.

Altas noites tecidas em luzes, em sonho profundo, na quietude em manto de estrelas. A lua despertou a minha amada, em cantos de pensamentos persistentes. Uma chuva de prata, um mistério e beleza em raríssimo esplendor. Vento suave, carícia que ao longe se faz presente, que em silêncio na vastidão do céu, sua presença é mansa. Não há pressa nem gritos em seu caminho. Vê no rosto dela o reflexo de um brilho distante, como perdida em imaginações de confidências. Entre elas, um laço de luz e incógnitas profundas. Um segredo silencioso, um pacto invisível a decifrar as charadas que o céu tenta esconder. Uma dança entre a luz, que eu, enciumado, vejo a lua com seus raios aconchegantes, desejando tocá-la e acariciar a sua pele macia, mas o calor do meu olhar, um escudo do universo, protege a minha querida e a faço sorrir, na curva suave da sua boca em desejos, nos seus olhos profundos como o oceano, onde o espaço sideral entre nós desaparece ao infinito. Outra noite iluminada virá e com os astros, mais uma vez, em investidas insistentes de hipnotismos bloqueados por mim, seu fiel companheiro, das horas certas e incertas, protegendo-a de fascínios. Ao amanhecer, quando o sol finalmente surgir, saberemos que essa noite, como todas que serão gravadas em nossos corações em explosões. Pois, a verdadeira magia não está na escuridão, mas no brilho que ela desperta, quando estamos juntos na paz do amor correspondido, apesar das ousadias celestiais.

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