Deixe-me entrar nessa tua floresta quase intransponível, onde eu sempre procurei realizar meus sonhos, no qual tuas enoveladas mechas, mescladas de preto e branco, me enchem de prazer de dias extasiantes, como galhos e sombras que guardam segredos. Deixe-me perder em teus labirintos em silêncio, com balbucios meus de indecências aos teus ouvidos. Quero sentir-te pulsar em minhas veias, como terra sob meus pés trôpegos de amor. Quero beber e alimentar-me do orvalho que teus lábios de mel adormecidos em favos desconcertantes como escondidos entre galhos que teus segredos e sombras guardam mistérios. Nessa minha vontade insaciável de desvendar a imensidão que vive em ti, como chuva que invade, sem pressa, mas com força para ficar. Quero entender o silêncio das tuas noites, das tuas memórias. Deixe-me entrar na tua vida. Não, para ser o dono dela. Mas, para aprender com tudo como uma dança, em celebração da confiança compartilhada e alegrias multiplicadas.
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