segunda-feira, 31 de março de 2025

Dramas da terceira idade.

A velhice chegou! Os músculos flácidos por desgaste proporcionado pelo tempo anunciam um novo estilo de vida. As doenças e limitações, agora recorrentes, retornam e atacam quaisquer corpos debilitados, com muita força e de forma inexorável. Faço ginástica, fisioterapia. Procuro manter a saúde do corpo e da mente para uma melhor qualidade de vida. Penso eu que prosseguir com exercícios, para melhorar a mobilidade e fortalecer o corpo, é essencial para o pessoal da melhor idade. Faço várias atividades. Gosto de escrever, ler bons livros, visitar logradouros públicos da minha cidade, assistir filmes interessantes da sétima arte. Não ligo para redes sociais. Essas já não me influenciam. Tenho meus próprios pensamentos adquiridos com a sabedoria e independência, e que valorizo pelo tempo da minha vida, sem me preocupar com interferências externas. Estou resignado e satisfeito com a minha idade. O tempo me fez entender que a maturidade alinhada às minhas limitações físicas e inspirações são enriquecedoras para aproveitar uma forma saudável de envelhecer. No final da vida, o mar sempre será de almirante, com ondas imprevisíveis, onde somos os comandantes da nossa própria navegação, escolhendo como enfrentar as marés da vida, com sapiência e resiliência. 

Uma dor silenciosa.

O brilhoso tapete de cores vivas atrás da minha porta ainda adorna o meu quarto, que um dia foi momento de prazer; continua frio e ondulado por nossos movimentos íntimos, extravasados de ânsias voluptuosas, em testemunho silencioso de desejos e apreensões. O seu adeus, o último suspiro que a ausência do seu calor entre suspiros e caladas como a noite nos preservava, emudeceu-me em devaneios. Cada ruga na superfície da aconchegante lã ao chão parece refletir um instante perdido, em que nossos corpos se entrelaçavam em um silêncio profundo, que a noite envolvia nossa intimidade com um manto de segredo e calmaria. Agora, tudo é quietude, e a falta do seu calor ainda se faz presente, como um eco distante de um tempo que se foi, mas deixou seu rastro. Não mais nas suas palavras ou gestos, mas no toque silencioso da memória, gravado nas ondulações daquele que, ao pé da nossa cama, nos protegia de males quaisquer. A noite, sem você, se tornou apenas um pano de fundo frio, sem os mesmos sussurros, sem o mesmo calor. Já não durmo na minha cama. As saudades do seu rosto, no chão, onde a poeira instalou-se de forma definitiva na minha vida, assentada ao seu suor que energizava o meu coração em calores de intimidades e emoções. Uma pena tê-la perdido em palavras saudosistas de paixões, as cores vivas do meu coração.

sábado, 29 de março de 2025

A foto da saudade.

Com as mãos trêmulas, eu seguro a sua antiga foto, quase viva, em minhas mãos, como se o tempo tivesse parado por uma ilusão e por um momento. Um amor desprendido ao espaço, vagando sem destino, sem limites e sem retorno. Pedaços de mim se desfazem ao tocar essa lembrança, como se cada fragmento se soltasse, perdendo-se na imensidão do que já não é mais. O cheiro da saudade é como um eco, que ressoa, mas não preenche o vazio que ficou. Naquele retrato, somos inteiros, antes da despedida, antes das palavras não ditas. E, agora, o que resta é o silêncio, esse que fica entre as linhas do passado e as que jamais foram escritas. Às vezes, fecho os olhos e quase posso ouvir sua voz, mas sei que é uma ilusão, uma sombra do que se foi. A foto, no entanto, me mantém conectado, me lembra do que fomos, do que sou mesmo sem você. E assim, nesse instante suspenso, revivo uma parte de mim que ainda lhe espera, mesmo sem saber se há algo para esperar. Se o amor é fantasia, eu me encontro em pleno carnaval. A minha saudade em grande desfile, cheia de cores e sentimentos, no que a minha realidade se transformou em agonia e tristeza. Por isso, hoje, na mesa de um botequim, procuro esquecer, em goles amargos, libertando essa derrota, a profunda marca em meu dilacerado coração, por um pranto de emoções contundentes. A vida é assim. Não escolhemos o nosso destino, da mesma forma em que a lua desnuda a superfície, que julgamos impenetrável, ela aquece os corações de casais apaixonados em delírios mentais, como uma força misteriosa e avassaladora de prazer.

 


sexta-feira, 28 de março de 2025

A política e o judiciário confundem alhos com bugalhos.

Em tempos de polarização, muitas vezes vemos discursos políticos que buscam criar divisões artificiais, tratando temas complexos como se fossem simples, ou fazendo comparações entre opostos que não se sustentam na realidade. Isso pode enganar a população e gerar um ambiente onde é difícil alcançar consensos ou propor soluções verdadeiramente eficazes. A confusão entre alhos e bugalhos na política também pode ser uma estratégia de desinformação. Ao misturar argumentos e distorcer fatos, é mais fácil manipular a opinião pública, criar incertezas e distrações, afastando o foco das questões essenciais. No fim, o resultado é uma política que se perde em simplificações e comparações equivocadas, dificultando o progresso e o entendimento real das necessidades da sociedade. A política deveria ser o espaço para discutir ideias de forma clara e racional, sem confundir aquilo que é realmente importante com questões periféricas ou irrelevantes. A questão do STF (Supremo Tribunal Federal) gerar insegurança jurídica na política é um tema muito debatido no Brasil. A insegurança jurídica ocorre quando há falta de clareza ou previsibilidade nas decisões tomadas pelos tribunais, especialmente nas jurisdições mais altas, como o STF. Isso pode gerar um ambiente de incerteza, no qual cidadãos, empresas e até mesmo os próprios governantes não sabem exatamente como a lei será interpretada ou aplicada, o que pode afetar negativamente a confiança no sistema judicial e nas políticas públicas. No caso do STF, a alegação de insegurança jurídica está muitas vezes relacionada à interpretação das leis e à forma como decisões são tomadas pelo Tribunal. Algumas questões alimentam esse debate, inclusive quando o STF determina e parece ir contra a jurisprudência estabelecida ou de outras instâncias, criando uma percepção de imprevisibilidade. Isso ocorre, por exemplo, quando o Tribunal decide questões que envolvem a interpretação de normas constitucionais de maneira que contradiz decisões anteriores, ou quando as interpretações são vistas como muito amplas ou imprecisas. Outra crítica é o que muitos chamam de "ativismo judicial", quando o STF delibera decisões que vão além da sua função de interpretar a Constituição, passando a atuar de maneira mais proativa em questões políticas e sociais. Isso pode ser visto como uma usurpação das funções do Legislativo e do Executivo, além de gerar insegurança quanto à separação dos Poderes. Em alguns casos, decisões do STF podem ser interpretadas como um "legislar", em algo que não é da sua competência. O STF, como guardião da Constituição, tem o papel de interpretar a Carta Magna, mas há momentos em que suas decisões podem ser vistas como muito subjetivas, principalmente quando se trata de temas polêmicos, como direitos fundamentais, reformas econômicas e até mesmo questões políticas. Quando os ministros do STF adotam diferentes posições sobre o mesmo assunto, isso pode gerar a sensação de que a interpretação da Constituição é volúvel. Como o STF tem a capacidade de decidir sobre questões políticas relevantes, sua atuação pode ser vista como uma forma de intervenção na política. Decisões que envolvem o impeachment de presidentes, a cassação de mandatos ou a interpretação de regras eleitorais, por exemplo, podem gerar tensões políticas, especialmente quando os partidos ou os governos envolvidos não concordam com os posicionamentos da Corte. Em situações em que o STF decide questões fundamentais de forma inesperada, com base em interpretações novas ou surpreendentes, há um sentimento de que o direito não é estável, o que gera insegurança jurídica. A decisão que envolveu a prisão após condenação em segunda instância, por exemplo, gerou muita controvérsia, pois foi alterada diversas vezes ao longo do tempo. Por outro lado, há quem defenda que o STF age dentro de sua função de interpretar a Constituição e que suas decisões são necessárias para garantir os direitos constitucionais, especialmente quando o Legislativo ou o Executivo não atuam de forma eficaz para resolver questões de interesse público. De acordo com essa visão, a atuação do STF, mesmo que gere desconforto ou controvérsias, é essencial para a manutenção do Estado de Direito e da democracia. Em julgamentos decisivos em indiciamentos contra o ex-presidente Bolsonaro, essa metáfora é bem-vinda para o momento contemporâneo.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Os medos da velhice.

Hoje, eu sinto que aqueles transtornos, provocados pelo tempo e pelas euforias da velhice, atingiram-me em cheio. As atividades cotidianas que antes me traziam prazer já não são prevalentes. Já não sinto ânimo para dedilhar as minhas rotinas e vivências da vida, das minhas canções, prosas e versos, no meu companheiro de pinho envernizado, e até mesmo do meu teclado, onde as notas musicais brilham os meus olhos, vidrados em música, e que ambos foram presenteados por filhos, que sempre me incentivaram musicalmente. O meu cérebro, ainda ativo, não é como as cordas musicais desafinadas em escalas. É extensão de minhas emoções desalinhadas, nesse sentido. O medo, a apatia e a ansiedade não me causam preocupações, assim como a irritabilidade e o isolamento, nessa aceitação silenciosa da transição normatizada do ser humano, nas impermanências da vida. A minha preocupação sempre será a perda de memória, um temor de que minha identidade se apague para sempre. Por isso, eu procuro exercitar cotidiana e exaustivamente no teclado do meu velho notebook, o que me resta de saudades e resgates, que um dia, fluíram com mais facilidade e harmonia. Mesmo que meu futuro seja incerto, eu sigo com sabedoria, aceitação da minha idade e, principalmente, o amor que eu tento passar aos meus herdeiros e amigos, que sempre me proporcionaram alegrias, no que creio enxergar os dias e as noites, o farol, que ilumina e sinaliza a minha mente, sem apagões prematuros.

 

 

terça-feira, 25 de março de 2025

Nem tudo são flores.

Estou na esquina da sua vida. Sempre a desejar-lhe as multicoloridas adorações. Nesse mistério, em que você me urdiu os seus segredos, os quais nos tornaram cúmplices de dilemas e atitudes, devasta a minha emoção em intensidade emocional. Nas ruas dos desenganos, onde sou um viajante perdido numa trilha, em busca de mais uma vez, do nosso encontro em que estou perdido nas sombras de um grito silenciado. Nessa incompreensão em que o tempo inimigo me traz lembranças e sensação de perda. Sou aquele que persegue expectativas. Sou também resiliente aos dias amargos que me fazem sofrer, agora com sua ausência. As flores do meu jardim mal desabrocharam e perdem-se despetaladas pelos ventos da sua essência e a sua capacidade de iludir, também, seus desejos imperados de renúncias em sua vida. No palco da minha vida, os monólogos, em isolamento profundo, são constantes, sem aplausos e sem receptividade. Eu aceito o seu enigma, a sua temperança de controlar suas atitudes e reações. Sou perseguido por ironias e talvez por piedade. O que esconde a sombra do meu coração nesse labirinto de emoções? Procuro ficar sentado em quaisquer ângulos da rua, por onde almas em desequilíbrio por vários motivos passam por mim, que invisível, denota o perdão aos sobreviventes, pela falta de amor. Sou mais um viajante à procura da alma, um novo espelho e coragem para recomeçar. Um reencontro com a realidade de sentimentos, na cura das minhas ansiedades e aflições.

Estratégia malsucedida.

Sabe aqueles dias em que a gente acorda sem perspectivas? Hoje, eu me sinto assim. São problemas de saúde e de justiça que se acumulam diariamente na minha vida. Fui acometido de hiperplasia benigna desde 2013, e até hoje não foi possível resolver o meu problema pelo ‘SUS’. Eu recebi uma oferta de um urologista particular para realizar o procedimento, que era muito caro para meu orçamento. Por ora, eu estou sem dinheiro. Participei de leilão público em 2010. Naquela época, eu tinha um dinheiro sobrando na minha conta e arrematei uma casa em ‘Vila Valqueire’, num bucólico bairro próximo a onde resido. Naquela época, eu não sabia da minha doença. Esse leilão teve consequências graves para mim. Fiz o conserto estrutural da casa, com trocas de rede elétrica, sanitária e hidráulica. Aproximadamente seis meses depois, apareceu na minha casa o ‘Oficial de Justiça’ e queria que eu assinasse a intimação, julgando que eu era invasor. Retirei imediatamente o pedreiro e seu ajudante das suas atividades, no interior da casa, e solicitei ao oficial da lei que me aguardasse, pois eu iria à minha casa para levar até ele a minha escritura, registrada em cartório com o meu nome como arrematador. Quando ele viu o documento, fez algumas anotações na intimação e disse-me que eu perderia a casa, porque ela havia sido arrematada um ano antes da segunda arrematação em cartórios distintos, apesar de ter registro mencionado em nome do primeiro arrematante. Ele estava certo. Eu perdi a minha casa e a ilusão depois de prolongada luta no cartório, e a tese de ‘só é dono, quem registra’, caiu por terra. O primeiro arrematante reside na Avenida Atlântica em ‘Copacabana’ e sua amizade com membros do judiciário foi fundamental, o que facilitou as manobras no meu prejudicado processo. Sei também das podridões dos meios políticos e do judiciário da nossa falsa democracia, que contribuem para isso. Há dez anos, eu luto na justiça, através de várias petições, efetuadas pela assistência jurídica gratuita, na ‘Defensoria Pública’, para a devolução do meu dinheiro dispendido, com juros e correção monetária, além dos danos causados pela injustiça que me proporcionaram, dando-me a sensação de frustração e desamparo dos meios jurídicos, com falhas e adversidades somente para os desassistidos pela justiça em prol dos poderes monetários, nesse mundo capitalista.

domingo, 23 de março de 2025

A traição da mente.

A mente humana, embora um dos instrumentos mais poderosos da nossa existência, por muitas vezes é bem traiçoeira. Ela não é apenas um reflexo do que sabemos, mas também moldada por nossas crenças, emoções, experiências passadas e até mesmo pelo nosso inconsciente. Ocasionalmente, a mente nos leva a acreditar em coisas que não são verdadeiras, nos impede de enxergar a realidade ou forma distorções que afetam a nossa percepção do mundo. Quando a mente nos trai, ela se manifesta de diferentes formas. Pode ser por meio de pensamentos obsessivos, ansiedade, inseguranças infundadas ou até mesmo falsas memórias. A mente, ao tentar proteger-nos, pode nos envolver em medos que inexistem por criar barreiras emocionais que limitam nosso crescimento ou até nos enganar com ilusões de controle e perfeição. Em muitos casos, ela atua como uma espécie de filtro, distorcendo as informações de maneira que elas não correspondam à realidade. Isso ocorre, por exemplo, quando uma pessoa experimenta uma situação difícil e, devido à carga emocional, interpreta tudo o que acontece como negativo, mesmo que não seja. Outro exemplo claro está nas crenças limitantes. Muitas ocasiões, internalizamos ideias de fracasso ou incapacidade que não são verdadeiras, mas que se tornam uma realidade dentro de nossa mente, moldando as nossas ações e decisões. Isso ocorre porque a mente, com seus processos automáticos, gera um ciclo de reforço de padrões negativos. Por outro lado, a mente também pode nos trair ao nos convencer de que estamos em controle quando, na verdade, estamos sendo guiados por impulsos inconscientes. Nossas ações, momentaneamente, são mais influenciadas por nossos medos, desejos e instintos do que pela razão. Mas, ao reconhecer essas armadilhas mentais, podemos aprender a lidar com elas. A autorreflexão, a terapia, a meditação e outras práticas de autoconhecimento são ferramentas poderosas para entender e desafiar os enganos que nossa mente nos impõe. Quando conseguimos olhar para dentro com honestidade, podemos começar a desmascarar as mentiras que nossa mente conta e, assim, viver com mais clareza, liberdade e paz.

Porque, embora a mente possa nos trair, também é através dela que encontramos a chave para a transformação e o autoconhecimento. O desafio é aprender a navegar em suas armadilhas e descobrir sua verdadeira força.

 

sábado, 22 de março de 2025

A cadeira do amor.

Sempre, às minhas refeições, relembro você, com muita saudade, ao observar a sua cadeira macia e almofadada, por ora vazia, em que antes acolhia seu corpo que me enchia de alegrias e desejos. Agora, um espaço silencioso, uma peça de museu, sem vibração. Aqui sempre foi o seu lugar. Apesar de eu estar diferente, ainda a espero na minha porta de ilusão. É muito triste viver sozinho. Sei que você tentou por várias vezes procurar em seu mundo as certezas de uma nova vida e ambições de que seus projetos fossem realizados. Essa sua dolorosa partida me transformou também. Já não sou aquela pessoa sonhadora que se contentava com a espera de carinhos e afetos, em trajetórias de dor. Alimento-me, diariamente, de sentimentos antigos, por nossas juras e promessas descumpridas. Hoje, eu sou aquela luz ofuscada pelo tempo. Já não ilumino os meus pensamentos, uma escuridão interior, abafada pela dor e pelo tempo. Se, por acaso, você bater um dia em minha porta, penso eu, que o peso da minha solidão se dissiparia novamente, como névoa ao sol, e a nossa casa, tão vazia e silenciosa, se encheria novamente de vida. No entanto, todas as manhãs, eu acordo com uma brisa diferente em meu rosto. Acho que estou à espera do seu retorno, talvez decepcionada com o infeliz moinho das suas esperanças e aspirações. Não importa! A sua cadeira sempre estará aqui, neste mesmo lugar que você deixou, por onde passamos bastantes dias felizes, abrigados de ternura e paz, alimentados e partilhados de motivações e envolvidos pelos mesmos sentimentos.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Aniversário do meu amigo e compadre Ulisses Ferreira de Souza.

Hoje, um dia especial! Estive com amigos e parentes no salão de festa do anfitrião Ulisses, para comemorar seus oitenta e cinco anos. Eu o conheci na época em que ele exercia a chefia no setor de ‘Faturamento’ da extinta ‘Matriz da Fábrica Melhoral’. Companheiro de labuta e de grande caráter, que me ensinou tudo sobre toda a atividade da seção e, mais tarde, por afinidade, nos tornamos compadres. Minha mulher e eu batizamos a Tania. Chegamos lá, por volta das treze horas, onde já estavam seus demais colegas de outra grande empresa, ‘Petrofértil’, em que ele exerceu sua função na área de ‘compras’. E lá, no condomínio, juntamente com os parentes e amigos próximos no total de quatorze pessoas, fiquei feliz de também rever o amigo Antônio 'Paraíba', no auge de seus noventa e um anos, distribuindo simpatia. Um pouco mais, já com todos reunidos, surgiu o dono da festa. Há algum tempo eu não o via. Fiquei estarrecido e compadecido com o meu compadre. Ele estava sentado em uma cadeira de rodas, e aquilo mexeu comigo. Aquele homem, que esbanjava aquela energia e que sempre foi uma referência de força e liderança, tornou-se agora fisicamente mais fragilizado, com perda de movimento e visão. Todos nós o recebemos com aquele sorriso acolhedor. A homenagem seguiu com muita emoção, mas também com um clima de celebração da vida e da história que Ulisses construiu. Almoçamos um belo churrasco, patrocinados por Vania, Carlyle, Tania (minha afilhada) e seu neto Thiago. Tentei puxar conversa com meu ilustre compadre, para ativar a sua memória, e observei atentamente suas poucas palavras de resposta, embora mais lentas. Quase monossilábicas em voz suavizada pela idade. O tempo, o algoz de nossos sentidos, que passa e debilita o corpo que se enfraquece, não dá oportunidade de escaparmos de sua garra. A tarde passou em clima de reflexão e carinho, e todos nós, após o tradicional ‘Parabéns pra você’, nos despedimos do cansado aniversariante que subiu de elevador ao seu andar para dormir. Todos nós levamos um pedaço daquele Ulisses que, apesar das dificuldades da idade, ainda nos ensina o valor da amizade verdadeira, da resiliência e da importância de deixar um legado de conduta para os seus, como também tudo o que ele representou e ainda representa em nossas vidas. Que o senhor continue sendo essa fonte de inspiração para todos que tiveram a sorte de cruzar seu caminho. Feliz aniversário, meu amigo e compadre. Que a paz, o amor e a alegria continuem acompanhando você sempre.

 

quinta-feira, 20 de março de 2025

A saudade e a esperança.

Um jardim sem flor! É assim que eu me encontro. Não, ao sentir a falta de uma palavra sua, um aceno, um sentimento de alegria em que a minha saudade e esperança ilustram bem a minha solidão, nesse estado de incompletude e anseio, pela ausência e falta de cumplicidade de dias de contentamento. Plantei outras vezes, depois que você partiu as sementes no meu fértil terreno, mas estas se perderam com o tempo. Agora floresce em mim o desejo de reencontrá-la. A saudade que se espalha como terra nua em meu jardim, em que a esperança antes era vibrante, agora luta para sobreviver. Isolado no meu silêncio, com você ainda mais longe de mim, restam apenas as lembranças de reviver o que se foi, de preencher o vazio que sua partida deixou. Não é primavera. Inicia-se hoje mais uma estação do ano. O outono serve para se fazer análises sobre tudo o que poderá acontecer nos próximos meses. E nesse equinócio que virou a minha vida, onde as noites são iguais, sem novidades, sem mudanças, persiste minha melancolia. Se for para o seu bem, eu desejo sinceramente que você siga a sua própria estrada, em busca de novos sonhos, mas tome cuidado com as ilusões, para que você não caia em abismos, mesmo cavados com os seus pés, segundo o grande poeta ‘Cartola’. Às vezes, a compreensão da vida nos atrapalha, em busca constante por explicações.

A felicidade por alguns ângulos.

Entendo que a minha felicidade não é um destino. Ela não está no acúmulo de meus bens materiais. Creio que ela deve ser mensurada na forma como vivo, apesar dessa visão limitante, por vezes fora do meu controle. Penso eu também que o prazer não é um ponto fixo no horizonte, mas sim um caminho, uma experiência que se constrói no cotidiano. Além disso, cada pessoa tem uma definição diferente de felicidade. Porque o que traz sentido e realização para um indivíduo pode não ter o mesmo impacto para outro? Para mim, o contentamento, portanto, não é um caminho único, mas sim algo que se encontra em proporções diversas em cada escolha e atitude que tomamos diariamente. A verdadeira felicidade não vem de um lugar específico, mas da capacidade de viver com gratidão, aceitação e autenticidade. Para mim, é isso que importa. É saber apreciar o presente, aceitar as imperfeições da vida e estar em harmonia comigo mesmo.

quarta-feira, 19 de março de 2025

A cobrança do tempo é real.

Quando a idade avança, inicia-se a cobrança quase que inexpugnável do tempo, e comigo não é diferente. Eu sempre tive dificuldade de enxergar, principalmente quando sentava longe da lousa em momentos escolares. Essa situação perdurou por muitos anos e, contra a minha vontade, isso foi fatal à minha saúde, o que me obrigou a usar óculos até hoje. Foram algumas trocas de lentes e armações estéticas. Fiz vários exames oculares e não foram constatados glaucoma nem catarata. No entanto, há quase trinta anos, lá no meu trabalho, tive um acidente vascular cerebral leve, só quando eu cheguei à minha residência foi que notei o que havia acontecido. Fui ao ‘Posto de Saúde’, em ‘Muriqui’, ‘Distrito de Mangaratiba’, e a minha médica constatou esse acometimento por uma variável da pressão. Fiquei com um esticão perceptível no canto do lábio direito e a cobrança chegou agora para consolidar as fases da vida. E não é só isso! Tenho também hiperplasia prostática benigna, outra má companheira descoberta nos anos noventa que dificulta bastante a micção com algumas infecções urinárias, por esse motivo. Também percorri alguns hospitais públicos, sem sucesso. Naquela época, o médico disse-me que realizaria o procedimento por vinte e cinco mil reais. Hoje deve custar mais que o dobro. Estive na lista do ‘Sistema de Regulação’ por mais de quinze anos e não sei o que houve. Veio a pandemia da ‘Covid-19’, com tratamentos suspensos ou adiados, e o meu nome foi retirado da lista, uma frustração em relação ao sistema de saúde pública e às longas esperas para ser atendido condignamente. Essas situações, por mim relatadas, fazem de mim uma pessoa resiliente, que enfrenta com coragem e paciência as adversidades de todos esses anos. Nesse complexo processo de envelhecimento, apesar de tudo, eu encaro a vida com muita alegria, porque esses prazeres são efêmeros. Isso, as doenças não irão me contaminar. Sigo com muita energia e vigor, e elas não definem a minha forma de viver. E com essa motivação, eu seguirei meu caminho até o resto dos meus dias.

segunda-feira, 17 de março de 2025

O brilhantismo da música.

As músicas me acalmam, principalmente as belas e refinadas eruditas, que em ritmos de sinfonias complexas, como a que estou vivendo neste momento de refúgio, tão difícil e adverso. Uma fuga ao tempo, num luto emocional. Minhas agitações foram estendidas por decepções e angústias atribuídas não só a mim, como também a ela, por distanciamentos reservados em novas tecnologias digitais dos tempos modernos. Tenho perambulado pelas ruas, sem harmonia rítmica e sem equilíbrio. Uma parte de mim se foi. Uma pessoa que julgava a companheira para sempre, idolatrada em meus versos e prosas, a minha inspiração maior, que preenchia ocasiões de alegrias, e que já não existem mais. Nesse meu novo itinerário, os raios solares do amanhã me satisfarão apesar das nuvens e chuvas torrenciais carregadas de maus sentimentos e que prematuramente me ensoparam de dilúvios, quase permanentes. Mas eu acordei. Procuro uma nova mão para dançar, para brilhar e juntos contemplarmos o sol iluminando as nossas novas emoções, com ventos suaves para a minha vida em reconstrução. Uma âncora forte e resistente para futura jornada itinerante, na barca do amor, sem amargar derrotas. E quem sabe uma companhia que goste de música, como eu, para dançarmos valsas com sons sincopados, em comunhão de almas, em salões soberbos de diversões, e especialmente, com graça, beleza e exuberância, na riqueza das suas qualidades e afeições à vida. Espero alcançar esse sonho com objetivo e esperança, a todo amanhecer.

domingo, 16 de março de 2025

Uma parte da minha vida.

Bom dia! Lembro-me de que, aos seis anos, aproximadamente, o meu pai adquiriu uma parte de terreno na Rua Doutor Carlos Gross, uma rua sem saída, onde se via a mata virgem e uma pedreira em exploração com renitentes avisos de explosões. Lá, ele construiu uma humilde casinha para abrigar esposa e filhos, tudo com muita dificuldade. O nosso lote era remembrado, mas separado por cerca. Na parte da frente morava o português, de nome Albano, que vendia pipocas em frente ao cinema Baronesa e Ipiranga, em dias alternados. Coitado! Teve uma morte trágica e horrível: morreu inesperadamente, de infarto fulminante, ainda bem jovem, no banheiro da sua linda casa, deixando mulher e filho. Nós morávamos na parte dos fundos do terreno, era bem maior, com muitas árvores frutíferas. Recordo-me ainda de que eu e meus três irmãos ajudávamos nosso pai, enchendo o carrinho de mão, numa barreira que existia no fim da rua. É claro que não atulhávamos o precioso produto, o nosso era em menor proporção, por nossa idade, para aterro nos cômodos da casa, que ainda seriam erguidos. Ela foi construída num local íngreme, razão pela qual demandou bastante tempo para plainar o solo do nosso lar. Tínhamos um quintal, bastante comprido, com árvores: pinha, romã, fruta-do-conde, amora, mamão, amêndoas vermelhas e brancas, além de taiobas, carás. Na cerca, que era de tela de galinheiro, a mamãe plantou a hortaliça bertalha, que se alastrava por toda a extensão do cercado. Comíamos muita bertalha com ovo do nosso próprio quintal, porque havia lá uma pequena criação de galinha e pato. Como a rua era isolada, meus irmãos e eu nos entretínhamos com várias brincadeiras. Mas isso, eu contarei mais tarde, porque nesse momento foge-me a lembrança.

 

sábado, 15 de março de 2025

Meus três quartos de vida.

Prestes a completar setenta e cinco anos, sinto-me realizado e em paz com o que vivi até agora. Trabalhei muito, por vezes em dois empregos, além de horas extras, inclusive em alguns domingos, mas não desisti. Dei tudo de mim e hoje, com a sensação de dever cumprido. Tive dois casais de filhos, todos encaminhados pelo caminho do bem, assim como meus quatro netos maiores e uma neta, ainda com cinco anos. A família, para mim, é intocável e primordial, um alicerce que deve ser inabalável. Os tempos mudaram, assim como ela. A chegada do mundo digital, um excelente benefício indiscutível, facilitou o acesso à informação e ao conhecimento, mas também trouxe desafios. Os comportamentos já não são mais os mesmos, a mulher teve que se unir ao marido em suas conquistas e os filhos, na sua maioria, passam tempo em frente às telas, entre quatro paredes, sozinhos, aprendendo essa nova realidade virtual, especialmente após a volta das aulas. O impacto da tecnologia na educação e no desenvolvimento do caráter das novas gerações enseja uma interrogação sobre a educação futura, o que é bastante inquietante. Com meus três quartos de século de vida, já vi muita coisa, e talvez veja alguma novidade, mas continuo escrevendo e inspirando minhas convicções sobre a família na amplificação de dias melhores e decisivos na nossa vida, mesmo com o efeito da inovação nas novas gerações.

O som das cigarras.

Não é época de primavera, uma das mais belas estações do ano. Sinto falta das cigarras, com seus sons inconfundíveis, instaladas em troncos de árvores, sobre ritmos frenéticos de cantorias, ao esfregarem as asas no próprio corpo, à espera da metamorfose em busca de uma parceira para o período reprodutivo, em sinfonia de ciclos, que normalmente se estendem até o mês de março, com seu fim da temporada. Era comum, quando criança, ouvir os seus exaustivos cantos ao entardecer. Elas também são importantes no papel ecológico. São vulneráveis e transformam-se em dietas de vários pássaros, pela facilidade de serem localizadas por altos sons, determinando a sua localização em benefício do equilíbrio da natureza. O meio ambiente é sensacional.

quinta-feira, 13 de março de 2025

Palavras ditas ao vento.

Na morte do prazer eu a tenho por inteira.
Renascem minhas fantasias, que antes eram agonias.
Ficando perto de ti, esqueço a distância aos teus ouvidos.
Nesse fogo que me incendeia em ruptura vascular.
Nas labaredas de confissões, de paixões, de felicidade e de paz.
Onde as cinzas me enchem de vida e que arderam em mim um dia.

Nessa entrega total onde sou teu e tu és minha.
É que nos mata em gozos sem fim.
Hesito um pouco em te falar que ainda conjugo o verbo amar.
Porque cada prazer, como a morte, as juras não têm fim.
E a cada morte tu vives mais em mim.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Eu me acho linda, no coração do leitor.

Bom dia! Sou a poesia? Abra a janela? Deixe o sol entrar! Sou a alegria imensurável, o vento que esvoaça sempre, os seus cabelos em liberdades de letras. Sou a rosa-vermelha, símbolo do amor e da paixão, que não se despetala de seus desejos. Sou uma força de beleza da vida. Além disso, a gentileza de consoantes e vogais. Inclusive o mar de calmaria, que revigora as ondas, em danças suaves de movimentos e imagens, por onde seus pés caminham em quietudes sem fim, por mais um dia de alegria. Sou a serenidade que transmite a paz e harmonia. Falo do seu corpo. Beijo-lhe com palavras e sempre faço um acordar feliz, continuamente, no meu estilo de ser, em suspiros de leveza. Sou a brisa que se alterna e suaviza a sua noite, que acalenta seus lindos sonhos. Os vários autores, que enriquecem seus vocabulários em versos, rimas e estrofes, em seus outros universos, além de flores, luares e estrelas, se renovam. Entre os maus e bons momentos, sentimentos, choros e risos, entre saudades e aflições, o poeta, sem saber, deixa depois que morrer a sua marca para a eternidade. Eu sou assim. Sou a essência de instantes, sem me importar com a minha criação, porque eu constantemente sou bem-vinda aos meus leitores. Uma semente plantada que floresce a imaginação. Entro em seus pensamentos e clareio a sua mente. Dou um suspiro de vida, na arte de celebrar as emoções e transformações. Eu posso não agradar a todos. Sei das minhas imperfeições. Mas, sei também que as vidas de amantes das minhas transcrições buscam em mim a serenidade de momentos, introspecção e solidão. Eu sou um ambiente cheio de beleza e mistérios. Caso você queira me desfolhar, eu estarei em todo tempo disposta a lhe ajudar em quaisquer prateleiras de bibliotecas, mesmo que empoeiradas, porque noto que muitos já não me procuram por diversas situações, mas sempre aberta a profundas e vibrantes inspirações de mais um belo e significativo enriquecedor do seu dia. Eu amo transformar as pessoas!

 

O amor de infância.

Você sabe aquele vazio no coração? Hoje, como cotidianamente, eu estou assim! Sem ânimo para nada! A minha energia foi embora, e meus dissabores permanecem em inconstantes dias. Eu não consegui ninguém para compartilhar da minha vida. Eu sou um solteirão carente de tudo. Somente a profunda solidão me conduz até aqui. Uma companhia difícil de lidar. Com ela, a reprimida, eu diariamente me desabafo, eu falo mal e choro copiosamente em lembranças da menina que enchia o meu peito de alegrias, mas os frustrantes pensamentos, até agora, me perseguiram principalmente nas noites, da claridade da lua que ainda ilumina a janela do meu quarto. Já tentei várias distrações, novas formas de viver, atividades ao ar livre, mas tudo em vão. Mas, ela não sai da minha mente. A minha idolatrada namorada de escola, nos tempos fundamentais. E por onde ela andará? A lembrança de adolescências me satisfaz e traz também à tona muitas emoções, principalmente as vividas na recreação escolar. Se pudesse, eu voltaria ao tempo, eu lhe diria como foi bom conhecê-la, como suas risadas me impressionavam, como o meu coração palpitava todas as manhãs entre olhares inocentes, perfilados ao ‘Hino Nacional’. Seria fabuloso, um reencontro de conexões e de respostas que se perderam ao longo dos anos em indagações, impactadas e presas à minha memória. Essa saudade que dilacera os corredores da minha mente e coração permanece ativa. Será que ela casou? Que ela tem filhos? Eu não tenho herdeiros! Só criei incertezas, desconectado de experiências, que eu imaginava viver, como a criação de uma família, com alguém especial. Por onde ela estiver eu estarei sempre alimentando o meu desejo de que ela seja bastante feliz, e a meu lado, a saudade distante e silenciosa, mais uma vivência de esperança que mantém as minhas vivas recordações.

domingo, 9 de março de 2025

O Titanic brasileiro.

Eu poderia escrever um livro sobre esse título acima, mas resolvi sintetizar o que está acontecendo no Brasil, apesar de interferências entre poderes, nessa nossa dita democracia que agracia os poderosos de plantão e o povo sucumbindo em seu derradeiro calvário de mazelas políticas e corrupções. Partidos políticos desembarcarão em alto-mar. O ano de dois mil e vinte e seis se aproxima e a debandada será geral. Todos estão como aves em séries de ‘Pesca Mortal’. Esvoaçam-se à espera da colheita, para o bem ou para o mal. Notam-se contrariedades de algumas aves em dispersão, do nosso transatlântico. A crise econômica da administração Dilma deu início à turbulência, por manobras fiscais, até o derradeiro impeachment da presidenta. Vieram depois Temer e Bolsonaro. Temer concretizou na sua gestão o controle da inflação, aprovação da ‘PEC’ do Teto e modernização trabalhista, entre outros. Bolsonaro foi responsável por uma expressiva desburocratização e modernização do sistema público, com a digitalização recorde dos serviços públicos federais, por meio da criação da plataforma digital “gov.br”, e posteriormente mediante a ‘Lei do Governo Digital’. Lançou também, em seu comando, a plataforma ‘PIX’, um sucesso, que deu início ao governo Temer. No entanto, com a chegada de Lula, no seu terceiro mandato, o leme da nossa embarcação está emperrado. O poder, com sangue nos olhos, trouxe um novo capítulo esquerdista, ligado a ditaduras e outras coisas mais, nesse momento de estagnação política. As promessas de campanha de Lula, que geraram tantas expectativas entre seus eleitores, não foram cumpridas da maneira que muitos imaginavam. A liderança do presidente parece estar imersa em dificuldades, com desafios econômicos que continuam se arrastando sem soluções claras à vista. O pacto de crescimento e progresso, que Lula prometeu, até agora não se materializou, e muitos dos que o elegeram começam a questionar sua capacidade de conduzir o país com a volta da inflação e a majoração de preços de produtos e serviços. A sua liderança parece estar presa em uma encruzilhada política e econômica. O pacto de crescimento e progresso, ao menos até o momento, não se concretiza da forma esperada, com baixa popularidade de seus eleitores. O país enfrenta um cenário de paralisia, com desafios econômicos que parecem se arrastar sem um rumo claro. O "Titanic Brasileiro", aparentemente, continua sua jornada sem um destino certo, com um governo que busca retomar os rumos, mas se depara com uma realidade complexa, onde as soluções não são tão simples. Assim, o Brasil continua a navegar em águas incertas, com os partidos políticos tentando encontrar seu lugar em um mar revolto, enquanto a população observa, aguardando por um futuro que, ao menos por enquanto, parece distante. Enquanto a polarização estiver acirrada entre extremistas de direita e esquerda, nós ficaremos à mercê das ondas. Enquanto essa disputa política persegue a maioria dos brasileiros, que continua à mercê das ondas, e poucos botes salva-vidas, e uma população cada vez mais aflita. A incompetência governamental, que por ora torna o caos no Brasil, leva muitas pessoas ao desespero, com balelas e injustiças políticas. Talvez, um dia, os sobreviventes entendam o que acontecerá com o "Titanic Brasileiro" e, quem sabe, reconstruam um futuro mais promissor. Mas, por enquanto, o país continua à deriva, aguardando um novo capitão, que, talvez, nunca apareça.

Uma escultura quase perfeita, de mulher.

Uma obra-prima que exibe harmonia, nas mãos habilidosas de um grande especialista, representando a perfeição fidedigna para o seu ideal. Detalhes meticulosos, a simetria das formas, em busca incessante da beleza em repouso. O corpo de uma mulher, esculpido com precisão, transmite uma sensação de leveza, como se ganhasse vida. O rosto dessa criatura em transformação, talvez de expressão serena ou contemplativa, parece refletir um estado de tranquilidade e força interior, com os olhos suavemente fechados ou olhando para o horizonte, imortalizando a mulher não só como um ser físico, mas como uma ideia de forte equilíbrio e harmonia. Um monumento de mulher, quase deslumbrante, vai além da mera reprodução de uma estrutura. É uma abstração da feminilidade, uma visão do que poderia ser a perfeição, uma representação do ideal que cada mulher, de certa forma, carrega dentro de si. Uma figura de beleza, uma personificação da força, da vulnerabilidade e da capacidade de se manter inteira em meio aos desafios da vida. Uma primazia inigualável e desejada por instintos observadores. A arte esculpida é assim, um convite a repercutir sobre a mulher física, como um ideal atemporal, repleto de nuances, forças e fragilidades que a tornam não só primorosa, mas profundamente humana. Uma verdadeira mulher sonhada em prosas e versos, em realidades infinitas, como também na imaginação e no coração daqueles que reconhecem a força que ela representa.

 

sábado, 8 de março de 2025

O que será sofrer, chorar e padecer?

O que é sofrer! Se você partiu sem despedidas e brigas cotidianas! Será que foi o vazio que ficou quando a sua ausência instalou-se no lugar onde você costumava estar? Será que foi a saudade que chegou sem aviso, mas abrigou-se como um peso nos meus ombros? Penso que sofrer é não poder dizer um último ‘eu te amo’, sem sequer um adeus. É a dor silenciosa que se prolonga naqueles momentos que antes eram simples, mas agora são eternos. O que é chorar! Se você enxuga as lágrimas com o calor do dia! Será que chorar é ver a dor refletida nos olhos, enquanto o coração se parte aos poucos? Será que é um pedido mudo de algo que não pode ser dito, mas que se sente intensamente? Será como o sol, que surge depois da tempestade, a esperança se faz presente, até que o choro se acalme e a dor diminua? Chorar! Então, é refletir sobre um amor que ainda pulsa, mas que precisa aprender a se curar? O que é padecer! Se você se diverte sem a minha presença. Padecer é carregar no peito a ausência de quem sempre esteve lá, e sentir que o mundo segue, mas o ritmo do coração parece ter parado. É observar os outros sorrirem enquanto você se perde na saudade.

Mas, quem sorri sem o outro, não sabe o que é realmente viver com a falta.
Será que padecer é esse constante momento de luta interna entre seguir e ficar preso ao passado? Sim! Eu já sofri, já chorei, já padeci. Valorizo as adversidades e bonanças. Atravessei momentos de dores e preparei as curas do meu coração. As palpitações diminuíram. E aos poucos a dor, o sofrer e o soluço, que antes eram como falas eloquentes, seguem os meus passos de andarilhos em ilusões e emoções nessa vertiginosa mudança da minha vida. O tempo é persistente. Quase acabou comigo. Hoje abro a janela, em renovação. E o passado? Ficou para trás. Eu preciso de um futuro diferente e só depende de mim a libertação da minha memória.

 

O amor, sem carnaval!

Meus olhos fixados às suas retinas veem as camadas mais íntimas de sua alma desnuda, onde seu corpo revela emoções, vulnerabilidades, por onde se expõem os seus segredos inimagináveis, que só seu quarto enfeitado de flores de candura, entrelaçados em pensamentos e sentimentos de pureza e delicadeza, são capazes de sentir. É no silêncio do olhar que essas verdades mais puras e sensíveis são libertas. Eu, na sua janela, entre suspiros e desejos, a observo em conexão, não só os seus gestos corporais, como também as suas sensualidades extremas e afáveis em contornos de sua estrutura, como eco que atravessa as distâncias do corpo e da mente. Sou tímido, mas digo isso, com todas as forças das minhas intenções, em verdades mais puras e impressionáveis de correspondências afetivas. Passou o carnaval. Você é a minha bandeira esvoaçante, que cintila nos seus gloriosos passos de avenida de sedução ao meu coração, uma das camadas de festim, de liberdade e de expressão vibrante, que mantém viva a minha energia do amor e da admiração, em conexão intensa e única, onde o olhar e gestos se tornam os mensageiros de emoções profundas, como o corpo e afetos, que dançam juntos na celebração da verdadeira e prazerosa intimidade. Nesse meu sonho de alegria, eu sempre acordo com o canto dos pássaros. Uma fantasia não muito distante de gratidão e alegria. Estou nas nuvens, a contemplar a lua, das noites em que você me falta e agraciado ao amanhecer pelo nascer do sol, que esquenta meus anseios em perseguições e de independência total.

 

quinta-feira, 6 de março de 2025

As nuvens sombrias sobre o palácio.

As nuvens sombrias pairam ameaçadoras sobre o palácio presidencial, como um manto pesado com a obscuridade do brilho, a falta de carisma da autoridade principal e da desesperança da população brasileira, envolta numa penumbra inquietante, por onde o sol mal consegue penetrar. Lá, onde antes a ordem e o controle reinavam absolutamente, o cenário é agora marcado por uma agitação incomum. Os animais que passeavam livremente pelos jardins da fortaleza agora se veem perseguidos por seus algozes, em ritmos implacáveis por infortúnios em suas reproduções. São emas, avestruzes e mais outras aves, subjugadas e presas a essas tristes realidades. A atmosfera, densa e misteriosa, agora reflete uma tensão crescente. O majestoso castelo, normalmente um símbolo de ordem e governança, agora parece vulnerável, cercado por uma tempestade silenciosa que não traz apenas chuva, mas também uma sensação de iminente descontrole. O cenário transmite a ideia de que o poder que ali se exerce, embora imponente, pode ser igualmente volúvel diante das forças do destino. Além dos fogos amigos de colaboradores, o cenário é desolador. Os sigilos continuam e a maquiagem sobre resultados já não choca os eleitores ressabiados. Os animais também não podem chocar porque desfrutar de ovos de emas é somente competência de presidentes de republiquetas. Agora o choque maior virá nas contas de energia, visto que o inferno solar colaborou para um maior consumo. Roguemos para que as chuvas de março tragam não apenas alívio para a seca, mas também para a alma de um país que, perdido entre promessas e frustrações, ainda busca a luz que parece bastante distante.

 

 

O desespero do meu silêncio.

No silêncio, as palavras se tornam um peso. O desespero nasce da sensação de estar preso a um espaço onde nada pode ser dito. É como amar uma mulher em silêncio e caminhar por um campo minado de suposições e expectativas, onde cada passo é dado com cuidado, sem querer assustar o que revela de mais ou de menos, as pretensões. É um amor contido e guardado em segredo, que se desvia de uma declaração, que se esconde nas sombras de uma relação que não se realiza. Nesse mutismo, o amor se torna uma carga que se arrasta lentamente, sem poder se libertar, e sem encontrar a resposta a que tanto se almeja. E o mais angustiante de tudo isso é que, muitas vezes, o amor não se revela e, mesmo que não se diga, em segredo, profundamente, a mudez nos faz deslumbrar em sonhos e fantasias, e o que deveria ser apenas a ausência de som se torna uma presença constante, um fardo em desespero que alimenta os sonhos, sobre os ombros e o coração, nos torna o amor, em algo bonito, mas também doloroso e preso em um espaço onde o impossível e o incerto se encontram. Entre sonhos e realidades, esse amor que eu tento conquistar é uma presença constante, que não se revela na minha vida. Como uma fantasia de carnaval, onde eu escondo o meu rosto, que perdido no bloco das ilusões, em uma fantasia bela que se dissolve em todo amanhecer.

 

 

Os sons dos canários da terra.

Como é bom ouvir o canto dos passarinhos! Lá em Praia Seca, os canários da terra, em revoada, trilam suas próprias músicas. Um verdadeiro espetáculo. Quando eu fazia alguma harmonia dissonante no meu violão, eles ficavam sobre os fios, que se mexiam pelas quantidades de pássaros perfilados, dobrando os seus cantos em uníssonos sons. A natureza é sábia. Pena que eu fiquei pouco tempo por lá. Mas foram nesses curtíssimos dias de carnaval que eu senti de perto a essência de paz e reflexão. Eu estou satisfeito de assistir ao vivo as sinfonias que meteriam inveja a Bach, Beethoven e outros, que foram excelentes músicos e compositores, que até hoje enaltecem nossos ouvidos transmitindo a tranquilidade sobre nossos sentimentos.  Pena que quase sempre não é assim. A simplicidade da natureza nos conforta e alivia o peso da nossa alma.

 

Pequenas frustrações de 'Carnaval".

Eu decidi passar o carnaval deste ano em Praia Seca, um distrito do município de Araruama. Cheguei ao findar da tarde de sexta-feira, e com muita sorte, sem engarrafamentos. Muito calor, mas com bastante vento, um pouco gelado vindo do mar, em clima agradabilíssimo, diferentemente da Praça Seca, onde eu resido. Como de praxe, tirei as bolsas do carro, liguei o meu modem de ‘Wi-fi’ que funcionou instantaneamente. Arrumei tudo que trouxe do Rio de Janeiro e, mais tarde, para a minha surpresa, a internet parou de funcionar. De pronto, eu liguei para a minha operadora, e colocaram como prioridade a visita na parte da manhã de sábado. Ledo engano. Hoje é segunda-feira, e eu ainda estou nessa situação, após várias ligações com ameaças de cancelar o serviço, o que se concretizou nesse mesmo dia. Entrei no site ’Reclame Aqui’ e expus a minha situação. A operadora é ‘Gigabyte “Mais”, e naquele site tem mais de sete mil e quinhentas pessoas descontentes com o serviço dessa empresa. Perdi a minha praia de sábado e de segunda-feira, na expectativa de chegada de um especialista para resolver a minha situação. Estamos aqui: minha esposa, filha, genro e neta. Dessa vez, a casa ficou vazia. Armei uma piscina para a minha neta banhar-se, apesar da falta d’água, que dificulta o nosso dia. Mas, felizmente, eu tenho um poço artesiano que quebra um galho nessas horas. Só compramos água para consumo. Ontem, levamos a nossa carnavalesca neta Carolina para pular no carnaval. Ela voltou extenuada. Brincou muito. O cansaço era natural, já que na parte da manhã, ela esbaldou-se na praia. Aqui, os dias estão primorosos, com muito sol, um excelente convite para se divertir na praia. Eu e minha esposa ficamos em casa hoje, porque aguardamos a visita do nosso salvador da pátria, com relação à internet. Retornaremos amanhã para casa. Tomara que não enfrentemos concentração de veículos para não dificultar nosso regresso. Apesar dos contratempos, deu para descansar. Uma parada momentânea de tranquilidade, sem tiros, assaltos ou violências que assolam o Rio de Janeiro, onde a insegurança é permanente.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Copacabana! Eu estou com saudade dos velhos tempos

Na quadra da praia de Copacabana, um bairro de tanta fama e beleza, precisamente na Figueiredo de Magalhães, onde eu sempre morei, atualmente, a vista não é bonita, mas sombria, entre encantamentos e frustrações. Lá de cima, eu observo o trânsito caótico, buzinaços, muitos mendigos, alguns deitados sobre os vários papelões, como lençóis e madeiras sobrepostas, forradas com panos de cortiço  substituindo travesseiros, fétidos cobertores, alguns deles envoltos em surrados jornais e abrigados provisoriamente do sol e da chuva sobre marquises de lojas comerciais, vivendo como nômades. Nem as entradas de estabelecimentos bancários escapam das investidas, por serem aconchegantes e tranquilas para os invisíveis, excluídos da sociedade num reflexo das desigualdades sociais. Uma situação típica de abandono das mazelas governamentais. Na realidade, essas vulnerabilidades concentram-se em grandes cidades, por falta de políticas públicas eficientes, que preocupam o cotidiano das pessoas, especialmente os moradores deste charmoso bairro da maravilhosa cidade. Ainda, da minha janela, percebo diariamente cenas de agressões a transeuntes, furtos e roubos de celulares à mão armada, que os amigos do alheio, em motocicletas, locupletam-se de carteiras e até das bolsas com compras de supermercados, onde impera o ‘ninguém’ é de ‘ninguém’, em guerras diárias de sobrevivência devido ao despreparo e inércia de órgãos públicos, uma triste consequência por um sistema de segurança pública falido, onde a impunidade e a sensação de desamparo reinam vertiginosa e absolutamente. Em minhas frequentes caminhadas, pelas redondezas, sem lenço e sem documento, em busca da brisa marinha, eu despretensiosamente sentei-me ao lado de Drummond, instalado confortavelmente num banco, de costas para o mar, contrariado e triste com o bairro que residiu e velhas lembranças da saudosa Itabira e dos tempos de criança. Entre vários assuntos, eu perguntei-lhe, sobre o que fazer ‘E agora, José’? E perdeu, mané! Ele olhou para mim e respondeu: Os ‘Josés e Manés’ são sofredores. Padecem dos mesmos males. A primeira expressão é uma forma literária e profunda sobre desespero e impotência. A segunda é de rua e descontraída para agora, onde o ‘perdeu’ simboliza uma sensação de fracasso e derrota. O mais importante é não ficarmos no ‘meio do caminho’. O único jeito é retirarmos as pedras que nos dão topadas. Assim como às nossas retinas fatigadas, devemos encontrar soluções e resistência diante das adversidades. Saí de lá satisfeito, com a resposta do mestre das poesias. Retornei para o meu pequeno e acolhedor apartamento. Fechei a janela e puxei a cortina solitária, como final de peça teatral. Um extremo ato de se afastar do caos exterior para buscar, no meu silêncio, algum conforto entre quatro paredes.

 

 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Quando se perde um amor?

Os amores perdidos são como ecos no coração, que, embora distantes, continuam a ressoar no silêncio da memória. A ausência do amor é uma dor que se infiltra, silenciosa e implacável, como um vento frio que se abate sobre um jardim florescendo. As lembranças de sorrisos compartilhados, olhares cúmplices e promessas que, de alguma forma, se desfazem no tempo. Cada amor disperso deixa marca e uma sensação de que algo incompleto permanece nas pessoas, como se uma parte de nossa alma tivesse sido arrancada e nunca mais pudesse ser recuperada. No entanto, o amor desaproveitado também ensina. Ele nos molda e nos faz refletir sobre o que realmente importa no que buscamos em nós mesmos e nos outros. Talvez, ao perdermos algo ou alguém, encontremos mais sobre quem somos, sobre os nossos desejos mais profundos e sobre a nossa capacidade de seguir. Há uma beleza triste na perda do amor, uma lição silenciosa que nos ensina sobre a impermanência da vida. Tudo é efêmero, e o amor, em sua forma de pureza, não é exceção. É neste entendimento que encontramos a esperança de que o amor pode se perder, mas a capacidade de amar permanece. Mesmo que no coração se abra uma ferida, ele ainda palpita para novas possibilidades. A perda, apesar de toda a dor, nos prepara para a renovação, para novas formas de amar e ser amado.

A solidão, compensada pela internet.

As redes sociais têm sido importantes para muitas mulheres que enfrentam a solidão se sentirem mais conectadas. Esses aplicativos se tornam companheiros dos reclusos porque oferecem uma sensação de conexão e pertencimento, e muitas vezes proporcionam interação instantânea com outras pessoas, mesmo à distância. Para aqueles que se sentem sozinhos, essas plataformas oferecem uma maneira de interagir com o mundo, com novas amizades ou até mesmo criar vínculos mais profundos, sem a necessidade de sair de casa. Além disso, oferecem espaços onde é possível compartilhar pensamentos, interesses e sentimentos, o que pode reduzir o impacto dos desacompanhados, proporcionando uma forma de suporte emocional e social. A conveniência de estar sempre disponível e o anonimato também são atrativos para que as pessoas se expressem de maneira livre e direta. Esse espaço virtual pode ser um alicerce importante para muitas mulheres, oferecendo uma rede de apoio onde a distância física não impede a troca de experiências e o fortalecimento dos laços sociais.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Uma rosa. Um amor.

A cor do querer, eu a ofereço com o mais puro ser que transpira desejos. Uma rosa, silenciosa, ao meu lado, disfarçada. E eu, calado, encantado com suas pétalas, sem suas respostas ou gestos que me trouxeram ao seu encanto, dei um sussurro aos ventos em esvoaçantes prantos. Tento tocar sua alma perfumada da sua distância, como abrigo da minha calma. Não quero que você murche, por favor, porque seus espinhos irão me ferir e as cicatrizes sem antídotos da ilusão ficarão permanentemente no meu coração. De que vale tudo o que lhe digo, se penso que você não aceita o meu sonho quase perdido, como esta rosa que pode despetalar-se, sem esperança, sem rimas de tristeza e solidão? Esta rosa acolhe a minha dor, em silêncio, sem ainda ter o seu amor. Entre sobressaltos, ansioso por suas palavras, só me restam mais rosas e suas pétalas infinitas. Eu, novamente, perdido a cada pétala que cai em minhas mãos, sinto o peso do que não foi, do que ficou para trás. E a mais bela colhida da minha coleção, que lhe ofereço, a qual é a minha ternura e esperança, depositada de dores, me faça sorrir de verdade. Um eco mudo de um amor que poderá se perder em vapor. Não corra hesitante para o meu jardim, com seu iluminado véu, por onde esconde a sua beleza de incertezas e indagações, porque no meu roseiral florescem somente as que desabrocham com olhares sinceros, sem a dor da espera, onde residem os sorrisos penetrantes e cintilantes luzes de alegrias. O vermelho, a minha preferida, onde as paixões e conquistas me dão prazer, eu a presenteio com esta rosa, e em cada pétala um pedaço de mim, em expectativas de emoções. 

O revés de um sacripanta político.

Essa frase transmite um alerta bem direto sobre os riscos e manipulações que podem acontecer no cenário político. A palavra ‘sacripanta’ é uma forma de criticar uma pessoa que age de maneira desonesta ou interesseira. Algo como: ‘Cuidado com a política, porque sempre tem alguém querendo se aproveitar dela.’ É um toque de desconfiança para alertar as pessoas sobre possíveis enganações. O revés das expectativas políticas é um fenômeno que ocorre sempre que as promessas feitas por candidatos ou partidos políticos não se concretizam da maneira esperada, ocasionando frustração entre a população, principalmente com relação à economia lenta, gastos excessivos do governo, descompromisso com a inflação, que poderá chegar a dois dígitos, caso continue dessa mesma forma, juros altíssimos e o descontentamento dos brasileiros, com o aumento expressivo de gêneros alimentícios. Crise na segurança em todo o país e discursos ultrapassados, sem renovação de ideias. Em muitos casos, o povo deposita suas esperanças em mudanças profundas e melhorias significativas, mas, com o tempo, percebe que as reformas prometidas ficam em segundo plano ou sofrem atrasos e distorções. Esse fenômeno é frequentemente alimentado por manifestações inflamadas e promessas grandiosas, mas que carecem de uma base sólida ou de um compromisso real com a execução. O revés surge e torna-se empecilho, que não são eficazes em suas narrativas pelas dificuldades do governo, em sua base de sustentação, a pressão de interesses contrários ou até a corrupção, que impedem que suas argumentações sejam efetuadas de forma eficaz. A decepção do povo com os políticos muitas vezes se traduz em um crescente desinteresse pela política, o que alimenta um pernicioso e vicioso entendimento de desilusão das instituições e nos processos democráticos, em que discursos populistas ou extremistas se aproveitam dessas contrariedades para conquistar apoio, para seu sustento. Esta revirada das expectativas políticas também reflete a complexidade do gerenciamento público, onde as soluções rápidas são quase impossíveis e as decisões frequentemente exigem concessões difíceis. Contudo, o fracasso em cumprir promessas pode ser o reflexo de um sistema político disfuncional ou de uma falta de clareza sobre as verdadeiras necessidades da população. Em última análise, o revés das expectativas políticas é uma armadilha tanto para os governantes quanto para os governados. As promessas eleitorais muitas vezes não consideram a complexidade da execução ou as limitações reais, e, quando as expectativas não são atendidas, a política acaba sendo vista apenas como um jogo de interesses, onde os vencedores são, em sua maioria, sempre os mesmos.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Os rumos e rumores no Brasil.

A economia e a política do Brasil estão constantemente em evolução, moldadas por decisões internas, dinâmicas externas e uma complexa rede de fatores históricos, sociais e econômicos. Nos últimos anos, os rumos do país são um tanto incertos, com mudanças significativas nas esferas governamentais e novos desafios econômicos e sociais surgindo a cada ciclo eleitoral. Em termos econômicos, o Brasil enfrenta uma recuperação lenta após crises fiscais, inflação elevada e uma enorme disparidade social, que vejo, precipuamente, alinhadas ao nosso dia a dia. Há rumores de que a inflação continua a ser uma grande preocupação para os brasileiros, afetando o poder de compra da população. O Banco Central tem adotado medidas para controlar a inflação, como a elevação da taxa de juros, mas isso também tem impactos na atividade econômica e no nível de endividamento das famílias. Burburinhos sobre o comportamento das taxas de juros em 2025 indicam uma possibilidade de estabilização, mas ainda com desafios pela frente. Quanto ao câmbio, o valor do real em relação ao dólar, ainda volátil, o que gera incertezas tanto para o mercado interno quanto para investidores estrangeiros. Entretanto, há especulações de que o Brasil pode atrair mais investimentos em setores específicos, como tecnologia, energia renovável e infraestrutura, caso consiga programar reformas fiscais mais robustas. Apesar da recuperação gradual do emprego, a desigualdade no Brasil permanece alta, e rumores sobre uma potencial reforma tributária indicam que as discussões sobre um sistema mais progressivo ganham força. Isso poderia impactar diretamente como os ricos e as empresas contribuem para a economia, sendo um tema importante nas próximas eleições. Quanto à tendência política, o Brasil vive um cenário de forte polarização, e as tensões entre os diferentes espectros ideológicos continuam a afetar a governabilidade. O presidente e seus aliados enfrentam desafios para resolver políticas públicas devido à resistência de setores opositores, tanto no Congresso quanto nas ruas. A popularidade do governo atual é afetada por rumores sobre o uso de políticas de base clientelista, com pouca participação da sociedade, com ideias antigas de governar e segue engessado, sem cumprir suas propostas de campanha, o que gera divisões na coletividade brasileira. As mudanças nas regras fiscais, como novos pacotes de austeridade ou um possível aumento da carga tributária para setores específicos, geram expectativas e temores no mercado e na população. Há especulações de que o governo, mesmo em nocaute, pode buscar alianças com partidos centristas, ansiosos por ministérios, para garantir a aprovação desse tema. O cenário eleitoral de 2026 é amplamente discutido, com nomes possíveis surgindo para disputar a presidência. Entre rumores e especulações, a política do país poderá ser moldada por novas alianças e desafiantes, com a busca por uma estabilidade política como um dos principais temas. A maior preocupação é como os diferentes líderes podem construir um caminho mais coeso para o país, dada à instabilidade e as crises anteriores. Os rumos econômicos e políticos do Brasil continuam a ser um tema de intensa especulação e incerteza. O futuro do país dependerá da estabilidade política que poderá ser alcançada e da habilidade do governo de lidar com os desafios estruturais, sem se esquecer de equilibrar o crescimento econômico, com menos gastos, visando redução das desigualdades sociais. As expectativas de muitos se concentram na capacidade do Brasil de superar esses desafios e, simultaneamente, promover um ambiente mais favorável para o crescimento sustentável. Os rumos e rumores deixam o Brasil apreensivo, sem falar nas políticas internacionais, que por hora, também não nos deixa relaxados confortáveis.  

 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

As incertezas de luzes no fim do túnel.

Para aqueles que abraçaram a candidatura de um presidente em declínio de visão contemporânea, o qual se apega ao passado, só daria nisso a que estamos assistindo no Brasil. A vingança é uma herança maldita a clamar nos corredores, com olhos arregalados de ódio, mas acontece que as pedras estão rolando em uma só direção, como nos tempos de ‘Maria Madalena’. Só que naquela época existia um ser imaculado, justo e honesto, que todos o respeitavam, particularmente o governador romano na Judeia, que lavou as mãos por medo de punição, pois a justiça era exercida com sabedoria e não corroborada por puxadinhos do presentemente, ‘toma lá, dá cá’. A retratação do filme sobre ‘A vida de Cristo’, que me remete àquele tempo em que o ‘Rei dos judeus’, injustificadamente preterido pela mesma população, foi julgado culpado por propagar religião e a igualdade entre os povos, que depois, sobre a cruz, ao lado de um ladrão, e, que este foi perdoado pelo magnânimo nos cometimentos de crimes, dizendo que os dois iriam para o céu. Diferentemente daquela época, aqui está um inferno. O STF anulou todos os processos contra o presidente, este retirado da prisão e seus direitos constitucionais devolvidos. O endereço não importa. Se uma pessoa cometer um crime no Rio de Janeiro e for para São Paulo e lá verificarem que o crime existiu, essa pessoa pode ser transferida para o local do evento e dar sequência no cumprimento da pena. Mas isso não aconteceu e impuseram uma verdadeira caçada aos que divergiram da ideia. Depois de todo esse enredo, culminando com a vitória do presidente, um verdadeiro carnaval das vaidades, como: ‘derrotamos as extremas-direitas’, ‘perdeu mané’, ‘missão dada é missão cumprida’, entre outras. Nesses mais de dois anos de pretenso governo, a violência aumentou exageradamente.  Assaltos de todos os tipos, inclusive com mortes, inseguranças jurídicas e violações do direito de ir e vir, impostas por vagabundos, carestia, amplitude de excessivos grupos comandados por traficantes e milicianos, entre outros. É importante refletir sobre o compromisso com o futuro do país e o papel que cada um desempenhou no processo democrático. A escolha de apoiar uma liderança, especialmente visando vantagens futuras, com lábias e bravatas, gerou esses tempos de incerteza em que estamos vivendo e sinal de alerta de um futuro aperto na economia brasileira, a continuar com gastos estratosféricos sem resolver a falta de austeridade fiscal, somente com pensamentos em arrecadar impostos. Precisamos de alguém corajoso, com visão crítica sobre as consequências desse apoio. Embora o cenário atual possa parecer desafiador, é fundamental lembrarmos que a política é feita de ciclos e transformações. Não se trata apenas de defender uma pessoa ou partido, mas de garantir que os valores de justiça, transparência e progresso prevaleçam. Aqueles que acreditaram no projeto inicial do presidente podem encontrar no presente a oportunidade de repensar estratégias, ajustar direções e buscar o que é melhor para a nação. A política não é estática; ela exige adaptação, compreensão dos erros cometidos e disposição para contribuir para o fortalecimento das instituições, independentemente do campo político. É hora de olhar para o futuro com responsabilidade e buscar, acima de tudo, o bem comum, aprendendo com os desafios do presente para construir um país mais justo e equilibrado. Os desafios e problemas enfrentados por essas áreas existem. Pode ser que haja superação, se houver mudança positiva de proteção aos cidadãos brasileiros, sem ameaças, mais transparência e avanços na governança que tragam um futuro melhor para o país. O STF não é o povo romano, e as Marias Madalenas de Brasília que abram os olhos, porque as chagas já apareceram e os sufrágios políticos comemorados por parlamentares, sem sombra de dúvidas à espreita, de olho em outra legislatura, começarão a alçar voos, desvinculando-se desse desgoverno capenga de suas vulneráveis ações. Só espero que não pousem na estátua da justiça.  Lá, Cristo é impenetrável.

 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Precaução com as redes sociais.

Nos últimos tempos, eu sei que alguns usuários desinstalaram as suas redes sociais devido ao impacto negativo que elas causaram em suas vidas. Comigo não foi diferente. Só estou ainda conservando este meu ‘blog’ e o aplicativo ‘WhatsApp’. Isto porque eu tenho uma filha que mora no exterior e este último mencionado me facilita na visualização e comunicação com mais uma integrante da minha família, que se encontra em outro continente. O crescente número de mentiras, de discursos de ódio, ataques à privacidade e a propagação de conteúdo tóxico geram um ambiente cada vez mais insustentável, praticamente, para muitos usuários das plataformas. O que antes era visto como uma ferramenta para conectar pessoas, compartilhar experiências e buscar informações, passou a ser palco de polarização, fofocas, desinformação e discursos prejudiciais, sobretudo políticos, além de pessoas que exibem seus corpos como mercadorias, em algumas delas. A pressão por padrões de beleza irreais, a comparação constante com a vida de outros e o vício em ‘likes’ também contribuem para a saúde mental de muitos consumidores, especialmente entre os mais jovens. Além disso, a exposição excessiva a conteúdos negativos, como violência, bullying e debates antagônicos, pode gerar ansiedade, estresse e até depressão. Esses fatores elencados acima me levaram a uma reflexão sobre o papel das redes sociais na vida cotidiana. Para muitos, assim como eu, a remoção desses aplicativos é uma forma de resgatar o equilíbrio emocional e buscar uma conexão mais genuína com o mundo real. Penso que a ideia de "desintoxicar-se" digitalmente está ganhando força. Essa minha atitude promove uma vida mais tranquila e focada nas relações ‘offline’, como antes, nos saudosos anos setenta, e no autocuidado de preservação às exposições. Agora sou um quase eremita das redes sociais. A decisão de eu me afastar é porque busco por um espaço mais saudável, onde eu possa viver tranquilo, sem apreensões e menos influenciado por diversas situações expostas nas ferramentas digitais, visto que este meu caminho não acrescentava em nada às publicações recebidas em meu celular e notebook. Dedico-me diariamente aos meus textos, sem distrações de conteúdos, em completa desconexão e alheio ao mundo virtual. Um cuidado pessoal em prevenção da minha saúde mental e o fortalecimento da minha criatividade. Não tenho nada contra aqueles que pensam diferentemente de mim. O importante é sentir-se bem com suas ideias, pensamentos e ser feliz com as experiências vividas pelo tempo com suas escolhas e consciências.

O caos no Rio de Janeiro.

Nos últimos anos, o Rio de Janeiro e a região Sudeste do Brasil enfrentam um aumento preocupante nos roubos de celulares, frequentemente associados a homicídios. Em 2024, o estado do Rio registrou um aumento de 40% nos roubos de celulares em comparação com o ano anterior, totalizando 13.018 ocorrências. Calcula-se que os percentuais são bem maiores, porque a maioria das pessoas, subtraídas de seus bens, não registra queixas em virtude do completo isolamento do ‘Estado’, frente ao combate às facções criminosas, mandatárias e exploradoras de todas as categorias de serviços, aqui em nossa cidade maravilhosa. Esse aumento nos roubos de celulares gera um clima de insegurança, com vítimas sendo frequentemente agredidas ou até mortas durante os assaltos. A violência associada a esses desvios de conduta leva a população a adotar medidas de precaução, como evitar o uso de celulares em locais públicos e manter os aparelhos fora de vista. Além disso, o Rio de Janeiro enfrenta desafios relacionados à gestão pública e à segurança. O estado já enfrentou crises financeiras que resultaram em atrasos no pagamento de servidores públicos e na paralisação de serviços essenciais, como saúde e segurança. Essas dificuldades podem comprometer a capacidade do governo de programar políticas eficazes, de punir severamente a infração e de garantir a segurança da população. É importante destacar que, embora o Rio de Janeiro tenha enfrentado desafios específicos, a questão dos roubos de celulares e da violência associada é um problema que afeta diversas partes do Brasil, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas. A combinação de fatores como desigualdade social, falta de oportunidades econômicas e insuficiência de políticas públicas suficientes contribui para o aumento desses crimes organizados. Para enfrentar essa situação e outros delitos, como a costumeira venda de drogas, roubos de veículos, etc., em todos os pontos de nossa belíssima cidade, são fundamentais que os governos estaduais e municipais adotem estratégias integradas de segurança pública, incluindo o fortalecimento das forças policiais e programas de prevenção ao desregramento e a promoção de políticas sociais que abordem as causas subjacentes da violência. Além disso, a colaboração entre diferentes esferas de governo e a sociedade civil é essencial para criar um ambiente mais seguro e reduzir os índices de criminalidade. Temos que dar um ‘basta’ à violência no Rio de Janeiro. Estamos prestes a uma guerra civil. Lembro-me de que, em 2018, eu, trafegando em Marechal Hermes, por um aplicativo de prestação de serviços, com uma passageira, fomos abordados por seis marginais. Levaram o meu carro, telefone e dinheiro. Sim, eu fui motorista ‘UBER’. Naquela ocasião, o ‘Exército’ estava aqui, por uma uma ‘GLO’, ordenada pelo Governo Federal, resultando no resgate do meu automóvel na comunidade do ‘Chapadão’, próximo ao local do evento. Como os políticos do Brasil, inclusive os políticos do STF, vivem em ‘Nárnia’. Sei que o legislativo elabora as ditas leis, quando lhes são convenientes, mas não vejo o judiciário preocupado com as aberrações cometidas à sociedade brasileira, porque têm seguranças particulares, carros doados à prova de balas de todos os calibres, por que razão em apoquentar-se com os verdadeiros brasileiros? Locupletam-se do erário, por emendas parlamentares obscuras, fruto de impostos dos trabalhadores dignos que não compactuam com corrupções e privilégios, totalmente às avessas da fadada ‘Carta Magna’, ao fracasso. Afinal! Essa é a nossa ‘DEMOCRACIA’! Otários, o mal necessário para uma vida boa aos ricos e milionários. Sem boa vontade, a situação tende a piorar. ‘Só Deus para nos livrar do mal e males da política’.

 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Sou uma coroa feliz.

Vivi muitos amores infelizes. Aprendi com os erros e saboreei as vitórias da vida. Caminhei por muitas vezes sozinha, em passos e compassos silenciosos, por uma estrada escorregadia, onde as minhas memórias de amores passados se distanciaram com o tempo. Fui uma mulher solitária, mas não temi a solidão. Reconheci que não deveria desistir de um verdadeiro amor. Sou uma coroa enxuta, com cabelos prateados e a pele marcada pelo tempo. Trazia nas minhas rugas a sabedoria dos anos, comprovada de persistências e obstinações. Não busquei mais aquela intensidade efêmera de outros tempos, mas a paz e a profundidade de um amor que compreendesse a quietude da minha alma. Um amor que me tocasse, não apenas com palavras, mas com gestos sinceros, com aquele olhar que percebesse o invisível, que reconhece os silêncios. A verdadeira beleza de se amar é a conexão que vai além do corpo, do prazer carnal. Então, a minha outra metade apareceu, como se o universo soubesse exatamente certo de juntar nossas almas. Uma torrente de arrebatadora paixão, como esse destino raro e valioso em minha vida, fosse um sonho. Ele apercebeu-se das minhas cicatrizes. Abraçou-me como a quietude da natureza, para preencher o meu despovoado coração. Ele não me ama pela juventude de seu corpo, mas pela força, pelo olhar sábio, pela forma de agir com leveza e coragem, as minhas verdadeiras e extremas necessidades em amar. Encontrou em mim uma parceira, alguém com quem compartilha os sossegos, os desafios e os momentos de alegria. É um amor que não se importa com nossos passados, mas que projetamos, construindo juntos os sólidos alicerces que ainda nos faltavam: a verdadeira cumplicidade, independentemente da idade. Porque, afinal, o amor genuíno não tem idade, e a vida, em sua sabedoria, nunca deixa de nos surpreender. Sou uma coroa radiante e plena de maturidade. Renasci e rejuvenesci o meu espírito sobre o amor que vagava ao relento das ilusões.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Pessoal! A coisa aqui tá preta!

Com muita indignação que eu redijo este texto. Os postulantes escolhidos de partidos políticos para dirigirem uma grande nação, através do voto, mesmo com desconfiança nas urnas, prometem mundos e fundos ao seu eleitorado. Fabricam narrativas próprias de ‘fake news’. Adulam o povo com bravatas e, por fim, o povo fica na miséria. São sessenta por cento de beneficiários do Instituto Nacional de Seguros Sociais, que ganham um mísero salário mínimo. Fazem cálculos e criam índices da maldade para prejudicar os velhinhos, como eu. Cerca de noventa por cento estão encalacrados com a ‘ajuda’ do governo com empréstimos bancários, que mesmo com taxas baixas e longas parcelas que agravam ainda mais a situação, visto que o empréstimo pode ser quitado em até seis anos. O governo espera dilatar mais esse prazo, sacrificando ainda mais os desfavorecidos, dando mais lucros aos famigerados bancos, sejam estatais ou privados. Enfim, uma cilada para os incautos. A economia está estagnada e o Governo, cordato para a gastança consumada, sem ajuste fiscal, com o rombo desenfreado e juros nas alturas. A alta nos preços dos produtos alimentícios gera uma preocupação crescente, especialmente para as famílias mais pobres, sendo as mais impactadas por essa situação. Além disso, não adianta conclamar a população para o boicote de itens mais caros, se o governo não tem o antídoto para sarar os custos elevados das mercadorias. Para muitas pessoas, a alimentação é um dos maiores gastos do orçamento doméstico, e quando os preços aumentam, é inevitável que o poder de compra diminua, levando a uma série de dificuldades. Aliado a isso, nós tivemos recentemente o aumento dos combustíveis, que impactará ainda mais os preços em todas as categorias, principalmente o setor de serviços. Portanto, a alta dos preços dos alimentos não é apenas uma questão econômica, mas também uma questão de justiça social. É urgente que o governo e a sociedade busquem soluções para mitigar esses impactos, seja por políticas públicas que garantam a acessibilidade aos alimentos básicos, seja por medidas que possam reduzir a especulação e o aumento exagerado dos preços. Sem isso, os mais pobres continuarão sendo penalizados de maneira desproporcional, exacerbando a desigualdade e limitando as oportunidades de uma vida digna para muitos. Os famosos, atores, cantores, influencers, meios de comunicação que prestigiam toda essa situação, entre outros, recebem as benesses da ‘Rouanet’ e mais vantagens do perpetrado sistema. Os falsos moralistas e socialistas que bajulam vivem permanentemente do dinheiro do capitalismo. Para isso, o capitalismo serve um fisiologismo que os que entendem de política não caem mais. É, meu caro amigo! ‘A coisa aqui tá preta’. É pirueta para cavar o ganha-pão. E no ‘governo’, ninguém segura esse rojão, prestes a explodir. Enquanto isso, uma fabricante de carros chineses presenteou carros híbridos aos magnânimos dos Três Poderes, inclusive jornalistas da ‘queridinha’ do momento, e o povo pagando as contas, inclusive a gasolina, já que há falta de energia na nebulosa Brasília das mazelas desgovernadas e bem arquivadas, para não vir a público. A desigualdade descontrolada é real e será permanente. Mas isso, só o novo pleito dirá. Que nós aguardemos a ‘Marieta’ nos mandar beijos e lembranças, já que um dia chove, noutros dias, bate o sol. Que, nas próximas eleições, as nossas colheitas venham sob o azul do céu e ensolarado. Chega da cor vermelha!

 

sábado, 8 de fevereiro de 2025

A desmotivação.

Sombras silenciosas em minha vida. Hoje, esta é a realidade de minha desmotivação emocional, alimentada por várias fontes, que me causa impactos tristes e profundos. A insegurança, medo do fracasso, ansiedade e falta de apoio são insuficientes até naquele momento de insatisfação. Precisei lidar com desafios e restaurar minhas atitudes, sem as frustrações que me ocorriam diariamente. Detesto ser comparado com ‘alguém’, justamente quando as apontam sobre minhas falhas e vulnerabilidades. Afinal! Sou um ser humano, com convicções conflituosas sobre meu destino. O desespero avassalador que se instalou em mim em paralisia afetou as ideias que impediram os desejos de seguir como foi o meu estilo de vida. Isso tudo provocou várias ações descoordenadas, inclusive as motoras, que me dificultaram caminhar e desviar dos pesadelos que percorri. Minhas relações interpessoais outrora sadias suscitaram dúvidas, já que eu não me achava tão importante em grupos de familiares e amigos. Vivemos em uma era de redes sociais, onde as pessoas compartilham apenas seus melhores momentos, criando a ilusão de vidas perfeitas e sem deslizes. Isso me fez acreditar que fiquei para trás. Penso que sou escasso em tecnologias ou que minhas conquistas não são tão significativas. O tempo vai me curar, mas não quero cicatrizes. Peregrinei pelas noites escuras e vazias, temporárias ou não, mesmo sabendo que haveria algo lá no final do túnel da solidão, nessa batalha interna de pensamentos, de experiências profundas e desafiadoras. Eu persisti e fui mais uma vez vencedor na luta e recuperação de meus sentimentos, com novas perspectivas de vitórias e realizações, sem desmotivação.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Uma herança para a minha família.

Não sei, mas acho que eu sou diferenciado e privilegiado pela luz divina. Eu sempre vivi a teoria do bem contra o mal, em meus pensamentos. Viver sem prejudicar o semelhante é, sem sombra de dúvida, uma das maiores vitórias que um ser humano pode conquistar, ao longo da sua longeva caminhada ao infinito. Graças a Deus! Comigo não foi diferente, na minha vida pregressa, marcada por muitos desafios, sufocando e superando obstáculos alcançados por minhas iniciativas nas lutas diárias que me trouxeram até aqui, agora na paz no meu próprio lar, conquistado com muita resiliência e obstinação em prol da minha família, mas sempre com respeito aos próximos, que também lutam por seus ideais. Esse é o legado que deixarei para filhos e netos, um caráter da minha significante consciência livre de consequência e remorso. Eu costumo dizer que, por mais paradoxal que seja a compunção, é a morte antecipada. Aos mais sensíveis, ela remói os pensamentos em arrependimentos e infortúnios. Minhas ações, pautadas em acolhimento com segurança patriarcal da minha família, garantiram a minha integridade e determinação de valores recebidos de meus pais, lições essas que devemos crescer às nossas próprias custas, sem impactos sobre os outros, sem egoísmos, conflitos em deferência ao próximo. Isso tudo me permite dizer que eu sou um verdadeiro conquistador de troféus aos meus propósitos, na galeria da vida. Um compromisso diário com altruísmo, empatia e um grande senso de justiça. Sinto-me grato por tudo e seria ótimo que a minha principal herança sirva de fonte de inspiração para todos que a mim rodeiam e para as futuras gerações. A verdadeira herança de preceitos que vão muito além de bens materiais. A costumeira e autentica decência e honradez  aos meus descendentes.

 

  

A justiça! Tardia, sem falhas e omissões.

O destino do pecador nos remete a interpretações e ensinamentos. Independentemente de quaisquer religiões, baseado em busca de redenção. Entretanto, para aqueles que rejeitam a oferta de perdão e persistem no pecado sem arrependimento, o destino seria a condenação eterna, descrita em algumas passagens bíblicas como um afastamento definitivo de Deus, simbolizado por imagens como o "inferno" ou a "segunda morte". No cristianismo, isso é frequentemente entendido como a consequência da livre escolha humana de não se reconciliar com Deus. Além do cristianismo, outras religiões e filosofias também abordam o conceito de pecado e destino de formas variadas, mas muitas vezes com ênfase na justiça, no arrependimento e na busca pelo bem. No budismo, por exemplo, o conceito de ‘carma’ sugere que as ações de uma pessoa, boas ou más, determinarão as suas experiências futuras, enquanto no islamismo, a salvação também está atrelada ao arrependimento, à fé e à misericórdia divina, refletindo a sua moralidade, responsabilidade e as consequências das suas ações. Nesse sentido, o destino do pecador não seria necessariamente uma condenação eterna, mas uma consequência de uma vida vivida em desarmonia com princípios éticos e espirituais. Por fim, o destino do pecador é um assunto profundo e intrigante, tocando tanto questões espirituais e religiosas quanto reflexões sobre a moralidade humana e a justiça divina.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Sem obstáculos para 'Heras'.

Uma cerca de tela que escora a hera, uma planta da família das trepadeiras, crescente, vertiginosamente, intransponível, que me é proibida e que nos separa permanentemente. Ergueu-se entre nós, em silêncios e distâncias que não se medem. À noite, meus olhos são faróis à espreita em vigílias de um coração perdido, que ainda bate, mas distante, por onde as fragrâncias do seu cheiro transpassam por ínfimas frestas livres que se perdem na poeira da saudade e na esperança de um suspiro da sua presença. Nessa muralha viva que insiste e persiste dessa separação aprofundada, o verde das folhas de expectações que me envolvem nas alturas não são fronteiras para meus desejos. O amor se torna uma ponte invisível, uma verdade intocável, uma realidade que vai além das circunstâncias físicas e se encontra no coração, onde ninguém pode intervir. Sei também que ela me ama com uma intensidade tamanha, e que as barreiras, quase inalcançáveis, que mesmo expandidas, transcendem os limites do amor. Ela me ensina, também, que o amor, em sua essência mais verdadeira, é uma entrega sem condições, sem limitações, onde o coração é livre para se expandir até onde o desejo e a alma permitirem. Não haverá ‘heras’ compactuadas e compactadas para fraquezas e desistências, ou tentáculos de plantas que liberam suas toxinas a um ideal. Assim, ela e eu pensamos que o amor permanece livre de limitações, mais imenso que quaisquer empecilhos.