domingo, 10 de dezembro de 2023

A lua e o sol.

A lua não tem luz própria. Nas fases minguante e crescente, podemos vê-la, também, na claridade diária. Seu desaparecimento na fase nova é normal. O sol, como gato e rato a persegue, e quando a encontra em sua plenitude, envia aquela luz exuberante das juras eternas aos casais enamorados. Ademais, no amor, não é diferente. As paixões exacerbadas extrapolam e às vezes, vêm às brigas num crescente de mágoas e os perdões mínguam em êxtase, numa intensificação extrema, como prazer, alegria e medo. O medo faz com que nos desapeguemos de todas as convicções sobre o amor. Se verdadeiro, nos enche de alegria cotidianamente. Se falso, a desconfiança se avizinha e nos deixam apáticas. Por isso, sigo o meu caminho, conforme a letra da linda música ‘My Way’, interpretada pelo magnífico Frank Sinatra. Tudo o que eu fiz da minha vida, foi do meu jeito. Por isso, a claridade do sol, me envolve em amizades plenas e fidedignas, sem crescentes e minguantes, sempre nova para um amanhecer de alegrias que propiciam o bem-estar de uma grande amizade. O amor faz com que tenhamos nossas próprias luzes.

 

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

O teu rosto.

As minhas mãos tremulam. Agora, umedecidas tocam o contorno de teu rosto. Este com feições de felicidade. Quem me dera! Ser compartilhado e proprietário desses preciosos sorrisos, que encantam os meus propósitos. De estar perto de ti, respirar o mesmo ar que oxigena teus pulmões, sufocando todas as desventuras vividas, pela ausência da minha alegria. Ao conhecer-te, os meus olhos partiram-se em dois. A minha outra metade estampada na retina, estas transmitidas ao meu cérebro, deleitam-se em verdades sinceras, sobrepujando meus humildes objetivos de permanecer eternamente ao teu lado. À noite chega e me asfixia ainda mais. Essa tua face que me olha, do fundo de um espelho, são sombras de meus devaneios, onde me faltam palavras e sobram-me imagens. Estas eu guardarei eternamente no meu vibrado coração, porque eu simplesmente, não suporto a ideia de rever o teu retrato escurecer, e os meus sonhos, perecer.


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

As minhas rusgas com as rugas.

Nem todas as rugas do meu rosto simbolizam um desgosto. É compreensível, que o avançar da idade, as células desgastadas, em sequência, esgarçam-se, com o passar dos tempos. Nossas fisionomias sofrem transformações. Falo isso, somente pela capa. Internamente a situação piora. Surgem artrites, artroses, atrofias, várias categorias de doenças, que dificultariam as quantidades de números da ‘CID’. (Cadastro Internacional de Doenças). A situação piora com a peregrinação de idosos em hospitais, públicos e particulares, onde à Saúde persevera pelo mau atendimento à população, com desvios contumazes de verbas públicas. Também é comum, a falta de especialistas para atender essa classe humilhada da terceira idade. Contudo, o governo federal, apequenou-se com aporte de verbas para essa Pasta, programada para o ano que vem, na casa de quase seis trilhões de reais. O Brasil é praticamente um continente, portanto, uma quantia bem aquém do desejado. Temos também a inoperância de servidores desqualificados, que vivem à custa da Nação. Falo isso, porque eu sou funcionário público aposentado e vivenciei vários companheiros praticarem a ‘moleza de corpo’, atitudes que não se coadunam em quaisquer repartições públicas. Alguns, não desempenhavam suas atividades satisfatoriamente. Isso sem falar nos incompetentes catedráticos em Tik Toks, de olho nos celulares, essa modalidade nova, com a invenção tecnológica, que para as nossas angústias, aumentam às desesperanças para um melhor atendimento. Rogamos por perspectivas melhores de sobrevivência que é notória, nessas atividades que envolvem vidas humanas. Estamos na mão de Deus, mas eu penso que ele também não suportará a carga pesada emanada pelos três poderes da República. Os Poderes desagregaram a população. Nós, Tomés, não acreditamos em ressurreição política em Brasília. Por enquanto a vitória da vida sobre a morte, está fadada ao extermínio da população brasileira.

domingo, 3 de dezembro de 2023

Magno, uma luz alegre.

Lembro-me de pouca coisa, lá na Agrário de Menezes, em Vaz Lobo. Uma rua movimentada, onde nós crianças, brincávamos, sem perigo como atualmente. O meu primo Carlos Magno, era o de menor idade entre nós, mas nos acompanhava nas travessuras. Como as crianças não se metiam em assuntos de adultos, algumas vezes eu não o encontrava na residência do meu avô Armando. Hoje, creio eu, que ele passava uns tempos com a sua mãe Hilda, uma mulher bonita e elegante com seus lindos olhos claros, azuis ou verdes, que já não vivia mais com o meu tio, que se enveredou para a música e radicalizou-se em São Paulo. Perdoe-me minha memória. Às vezes falha. Veio à adolescência e cada um seguiu seu objetivo. Quis o destino que nos reencontrássemos um pouco mais velhos e retornamos a nos encontrar, novamente, nos idos anos noventa, com mais tempo de conversas e diversões. Recordo-me que uma vez em seu aniversário, lá no quilometro dezessete das Américas, ele fez um mocotó de excelência. Aquele dia espetacular, ainda na memória, com muitas músicas e entretenimentos familiares. Novamente, nos distanciamos, porque por força do trabalho, fui gerenciar uma agência da Caixa, lá em Itaguaí, sendo obrigado a residir próximo àquela cidade, em Muriqui. Ocasionalmente, nos víamos na Taquara e conversávamos sobre a vida. Ele com aquele faceiro e bonito rosto alegre me oferecia um cafezinho quente, depois, seguia para vender suas mercadorias a  cativos clientes, com mais um dia incansável de labuta. Na última vez em que nos encontramos, foi nas minhas Bodas de Ouro. Até então eu não conhecia a Denise pessoalmente, uma pessoa muito cativa e de alma generosa que proporcionou muitas alegrias com dedicação e amor, de forma exclusiva,  sua passagem por aqui. Digo isso, porque nos tornamos amigos a partir daquela data. Uma pessoa de um caráter incontestável. Infelizmente, poucos meses depois, veio à nefasta notícia da doença do meu primo. Ele ficou internado e seu quadro agravado pela enfermidade. Não tive coragem de visitá-lo, sendo o desfecho inevitável. As lembranças não se apagam. O tempo e a saudade encarregam-se de reservar um lugar nos nossos exauridos corações. Essa é a vida. Passamos por ela, sem nos apercebermos que somos uma partícula desse maravilhoso universo, e ao pó regressaremos irremediavelmente.

 

O envelhecer.

Eu hibernei por muitos anos, e acordei aos setenta e três anos. Antes tarde, do que nunca. Fiz uma catarse sobre a minha vida. Hoje, já não me importo com opiniões alheias. As mudanças vieram para ficar, com equilíbrio entre perdas e danos no amadurecimento de ideias, outrora levadas literalmente, como, as minhas ‘convicções’. Contudo, as atitudes e opiniões são voláteis aos seres humanos, e felizmente aconteceu comigo. Atualmente, eu não tenho certeza de nada. Tudo me apraz. Brincar com a minha mais nova neta, ter amigos, diversões, sem importar com os disse me disse, de quaisquer pessoas. Esse processo demorou a chegar e essa nova experiência me deixa mais leve, uma purificação espiritual. As alterações fisiológicas me ocorreram nesse período, e aceito normalmente a passagem do tempo, no entanto, eu encaro a velhice, ativo, sem descuido à minha saúde, com uma boa percepção funcional, dando sequência, isso, sim, a minha principal energia e novo pensamento, para o inevitável futuro, finalizando a minha senilidade social, a qual eu não abro mão. Resignado e contente, acordo todos os dias, independente do tempo, e agradecido a tudo que conquistei na minha trajetória de vida.

 

 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Prova de fogo.

 

Fui resgatado. Nunca estive tão bem agora. A resposta de Deus veio ao meu coração. O fogo que surgiu em mim veio para provar que tudo na vida tem explicação, mesmo quando olho o seu rosto, que como o sol, sempre brilhante e brasante, esquentam as minhas veias dilatadas com fervor. Lentamente abaixo a cabeça, na esperança de passar minhas turbulências, insofismáveis de amor, no meu enlouquecedor silêncio, guardado em segredo, que sem as chaves no peito, carrego nesse mundo imperfeito, as agruras da dor.


quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Crupiê

Eu ainda não assimilei bem quem está dando as cartas. Assim que eu as recebi, já embaralhadas, elas permaneceram na mesma posição. Eu fiquei receoso em desvirá-las, porque sabia das duas alternativas: alegria ou tristeza. Sem curiosidade, pedi a um senhor, que estava atentamente assistindo à disputa, e doido para apoderar-se da minha vaga. Prontamente, cedi-lhe o meu cobiçado espaço, e fiz um breve passeio por todas as mesas do cassino observando as jogatinas que rolavam. Pôquer, blackjack, bacará, maquinas caça-níqueis, além de várias outras categorias de diversões monetizadas. A vida é uma roleta, aonde tentamos de tudo. Em uma das bancadas, reparei também, nos gestos rápidos do operador de mesa, em relação ao carteado. Observei as estratégias dos membros para todas as ações da operação. Acredito que o jogo seja limpo, sem manipulação. As distribuições de fichas, cartas ou o girar da roleta, dependem de indivíduos qualificados para o cargo, que habilmente, com destreza, executam suas tarefas com altivez. Inevitavelmente, o pessoal perde sucessivamente, em quaisquer modalidades do passatempo, sem notar na ânsia de sua sobrevivência ao jogo. Na roleta, uma das preferidas dos participantes, que depositam freneticamente todas as suas emoções, até ao último centavo, com frustração de seus integrantes, nessa emocionante e momentânea montanha-russa de lucros. Na humana existência, não é diferente. Há algo que determina a nossa estada no salão de jogos do planeta. Um livre arbítrio de escolhas, onde ganhamos sobrevida e gradualmente, não percebemos das perdas, impostas pelo tempo das jogadas, más ou não, individualizadas, no ciclo dos momentos de vida. Enquanto a bola branca passeia na circunferência entre o vermelho e preto e repousa no número zero, o único da cor verde da esperança, os vitoriosos eufóricos extravasam suas felicidades. Infelizmente, chega o dia em que o salão escurece. O jogo acaba com a chegada do azar. Por isso, não perca tempo com as jogadas da sua vida. Tente sempre ser feliz, fazer o bem sem olhar a quem, sem menosprezo aos seus. Esses são uns dos inumeráveis ganhos da sua alma, porque sempre teremos um crupiê, em nosso encalço. No jogo da vida, não existe mistério, tanto no prazer, como na infelicidade. O movimento das peças do destino é uma forma de entretenimento de nossas vidas.


sábado, 28 de outubro de 2023

Amizade colorida e as cores.

Dentre as cores, a vermelha é a minha preferida. No caso, para o bem. Sou da compreensão, sobretudo no amor, quando é verdadeiro. Notadamente, a laranja, dá energia e amarela, a alegria, que sempre acompanha os nossos dias. Cotidianamente, acordo e olho à planície com o verde da esperança, sem a tranquilidade que me aparece no céu azul, cor de anil. A violeta me faz ter uma religião. Sou católico, não praticante. Sou, também, uma pessoa séria e o meu cérebro cinzento indica quando eu devo estar de luto, não por muito tempo. Pretendo gradualmente, usar o branco da paz, que inquieta a minha paciência. Como uma amizade colorida, uma categoria de relacionamento, não exige necessariamente, que os envolvidos sejam amigos. Essa intimidade física descompromissada, não significa fidelidade. Na verdadeira amizade, existem também, sentimentos negativos, um deles o ciúme. Enfim, a amizade aquece nossos corações, conforta as nossas almas e oferece afeto sem esperar nada em troca. Cumplicidade, fé e energia, uns dos pilares da amizade, me permite dizer que para essa, eu fico com a azul. Amizade e fidelidade sempre. Para mim, as cores da amizade têm valor. Os simbolismos cromáticos são as magias das nossas intenções e resignações.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Lisarb

Estamos vivendo um grandioso retrocesso no Brasil, razão pela qual, eu inverto as letras do nosso, quase, continente. As queimadas na Amazônia continuam batendo recordes, com grandes focos neste mês de outubro, alcançando, quase o triplo da média histórica mensal. A ministra do meio Ambiente, Marina Silva, não consegue debelar a prática do desmatamento, demonstrando sensação de fraqueza em suas afirmações. O cenário é tão preocupante que a capital, Manaus chegou a ser coberta por fumaça, no estilo Gaza, atualmente. Lula, o presidente, ex-presidiário, com sua tropa de choque, torrando os milhões do nosso erário em viagens internacionais, supérfluas, sem objetividade, e o Brasil, relegado em segundo plano. Causa-me estranheza, os togados do Supremo, calados, com toda calamidade pública instalada em nosso território, já que são políticos. Aqui no Rio de Janeiro ‘o perdeu mané’, já está valendo, pelo que se viu no dia vinte e três de outubro, a marginalidade imperando e dominando toda zona oeste, além do retorno, novamente, de líderes de quadrilha serem nomeados para operarem na maravilhosa cidade do crime, com aquiescência da Justiça brasileira sem falar da Bahia, estado administrado pelo (PT), há alguns anos, onde a anarquia e falta de comando, impera sem parcimônia,  cujas informações, maquiadas pelos veículos de informação alinhados com políticos de Brasília, se calam para não causarem constrangimentos, aos seus protegidos. Se eu fosse listar tudo sobre esse questionado governo, seriam necessários vários capítulos com análises mais profundas em suas horrorosas e fracassadas atitudes ministeriais, com um número elevado de ministérios, faltando pouco para consolidarem os contos da Pérsia, de ‘As Mil e Uma Noite’. As inversões de valores há muito, por aqui, enraizadas, poderão ter os dias contados. Depende de nós. O Brasil não pode virar Lisarb.

 

 

terça-feira, 24 de outubro de 2023

A zona no Rio de Janeiro.

Antigamente, a zona do baixo meretrício tinha lugar fixo, onde hoje é o ‘Piranhão’, com probabilidades que ainda haja alguns imóveis nos arredores daquele lugar, para a prática milenar. O que se viu ontem, no Rio de Janeiro, um fato inédito, que manchou ainda mais a encantadora cidade com violências declaradas e abusivas, por morte de um dos principais coordenadores da milícia, a qual há décadas comanda o nosso Estado, submisso aos amigos do alheio, como traficantes, aos matadores implacáveis de inocentes, com práticas de extorsões entre outras, deixando perplexos também aos que acenaram para a décima segunda letra do alfabeto, na última eleição presidencial. Fatiada por zona, a oeste levou a pior. Criminosos incendiaram ônibus, além de trens, gerando um prejuízo, cerca de trinta e cinco milhões de reais, conforme veiculações em jornais, com credibilidade ou não. Também é certo que o ano de 2023, que ora finda, faltando dois meses, para o fatídico encerramento, traficantes e milicianos, perpetraram além de tudo, as ações de terrorismo e badernas, que proliferados em alguns bairros, praticam atrocidades no embate incansável entre eles e policiais do bem, em uma guerra sem fim. Haja vista que a corrupção enraizada no Brasil, atinge também aos agentes públicos. A Cidade Rio de Janeiro, já não aguenta mais essa situação, e poderá no futuro, ser batizada pelo mundo, com um possível nome para a nossa metrópole, a mais nova ‘Messalina’ do Brasil, onde, atualmente já há um salve-se quem puder, porque os governantes desse inerte Estado assistem pacificamente o aumento indiscriminado da criminalidade, sem forças para combatê-la.  Que Deus tenha piedade de nós e desta consagrada Cidade Maravilhosa!

 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Ah! Os meus mais de setenta. anos.

O tempo passou muito rápido, imperceptível. Quando chegou a fase balzaquiana, pensei comigo mesma. Será que o tempo vai me deixar em paz? Nada disso, eu usando o famoso, ’tudo tem seu tempo’, inevitavelmente, ele me achou. Então vieram as complicações da saúde, tonturas, fragilidade dos ossos, problemas articulares, enrugamento de pele, faltas de hormônios, libido e outras coisas mais. O importante é a minha beleza interior. Nela deposito toda a minha confiança de bem-estar. Mudei de hábitos, logo que me aposentei, sem notar que ali, era o começo do fim da minha jovialidade. Minhas condições físicas começaram a dar sinais de fraqueza, os amigos, afastaram-se gradualmente, os parentes, também se distanciam, pelas mesmas adversidades. É claro que cada um com seus obstáculos. Os profundos conhecimentos, adquiridos outrora, diminuem progressivamente, mesmo recorrendo às redes sociais. Mas, o que mais me preocupa é a dependência. Não quero sacrificar ninguém, pelos cometidos desvarios juvenis. Por isso, eu continuo praticando meus exercícios, diariamente, para melhorar a minha qualidade de vida, preocupado com o futuro. Assim, entrego na mão de Deus, o amanhã, amanhã, amanhã.

 

 


sexta-feira, 20 de outubro de 2023

O poeta, até o pó.

Além de outras comemorações, hoje é um dia especial para àqueles que gostam de escrever. Eu, ao contrário, sem fingimentos na minha personalidade e na minha dor, como dizia Pessoa em seu magnífico verso, sigo escrevendo. Ela é suportável, sem disfarces, e também, com rigidez e inflexibilidade, em meus humildes versos, quase sempre aproveitando o momento. Mesmo que eu escreva rimas sem importância, sempre haverá alguém, que notará em alguma mensagem, lá na lápide da minha última morada, onde as partículas tênues, suspensas no ar, depositarão sobre esse corpo presente, a certeza de semear novas poesias, mesmo de forma anacíclica, a minha ausência. A realidade da minha despedida.

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Ansiedade, com amor.

Eu tenho fadiga, tensão muscular, palpitações, dores de cabeça entre outras manifestações do meu corpo. Possuo, também, preocupação excessiva e exagerada. Atualmente, eu não entro no meu aplicativo bancário. Faço questão de esquecer a senha, para não haver animosidade em meu cérebro. Tenho medo de falar em público, ademais, com meu analista. Na maioria das circunstâncias, eu perco o controle sobre meus sentimentos, pressentindo que algo de ruim sempre estará prestes a acontecer. Talvez eu tenha algum trauma de infância, não sei. Às vezes, como me ensinaram, eu tento as famosas técnicas de respiração. Sempre atacado pela insônia e medo, afago a antecipação de acontecimentos. Agora estou conectado. No momento, consigo concentrar o meu raciocínio, sem afetar a insegurança de um relacionamento. Sei, ainda, que a desconfiança não é incomum em afinidades. Controlo as minhas emoções, principalmente, quando estou algumas vezes, perto de você, o remédio e a garantia, que me traz quietude, de todas as noites, sem percepção de solidão. Estou preparado para a mudança na tentativa de antecipar o perigo e ansioso na minha perseverança.

domingo, 15 de outubro de 2023

Dia do Professor.


Lembro-me de dona Carmem, minha primeira mestra, e a agradeço pelos meus primeiros contatos escolares, na adaptação e uso da mão direita, manuseando um lápis preto, carcomido na ponta, pelo nervosismo, nas primeiras letras do bê-á-bá. Recordo-me também, da primeira e única, reguada de um metro e meio de comprimento no meu braço, ao responder antecipadamente a uma pergunta formulada ao meu irmão Cândido. Lá, na Japurá, naquela grande varanda, com muita claridade, bem aberta e arejada, separada por colunas, era para nós, o espaço aconchegante e confortável, daquela humilde casa, onde nos abrigava com carinho, no intuito de ensinar com sua dedicada e sublime missão, nossos primeiros passos de aprendizagem para o futuro. Foge-me a memória dos demais colegas daquelas belas tardes, afinal eu tinha pouca idade. Já com alguma bagagem, meus irmãos e eu, ingressamos para a escola pública. Visto a diferença de idades, afinal somos nove, creio que quase todos frequentaram a famosa, Evaristo da Veiga, onde dona Iracema do Carmo Valente administrava com firmeza o educandário e todos cumpriam à risca as decisões emanadas da diretora, diferentemente de hoje. Lá, eu tive também bons relacionamentos com alunos e preceptores. Ainda guardo na memória às três educadoras: dona Terezinha. É claro que ela não sabia, mas praticavam ‘bullying’, com cochichos nos corredores da escola, por sua acentuada obesidade. Chamavam-na de ‘saco de batatas’. Eu não gostava disso e não participava dessa brincadeira. Outra, a dona Maria Helena, desejosa que eu fosse padre. Sempre deu para mim fotos com imagens de santo. Chegou até a conversar com a minha mãe, a respeito disso, e por último, a memorável, Elisabeth Victória Galvão Feijó. Essa me presenteou com um livro de ‘Mamíferos’, com uma linda dedicatória. E até hoje, eu tenho esse livro guardado com muito carinho. Tentei algumas vezes localizá-la nas redes sociais, mas só encontro seu nome em livros de inglês. Eu vivi ótimos momentos da minha vida naquele colégio. O tempo voou, e uma vez, fui interpelado em um campo de futebol, por outra entusiasta do nosso amanhã, A dona Nilza, que mandou um recado para a mamãe procurá-la e conversar preocupada, com nossos objetivos pedagógicos. Então, novamente fizemos um excelente curso, com todas as matérias, nas dependências, ao lado da linda casa da professora, visando a temível prova de admissão ao ginásio. Um grande e concorrido concurso para instruir alunos em colégios estaduais, objeto de desejo de todos os jovens, em não onerar ainda a mais os pais com pagamento de escolas particulares. Nessa época, brincava-se que quem estudava em colégios particulares era burro.  Creio que somente Alice, Marco Aurélio, e eu, ingressamos no saudoso Brigadeiro Schorcht, na Taquara, administrado pela grande docente Henriette Amado, casada com Gilson Amado, também, uma grande educadora, já em plena ditadura. Lá, nós tivemos excelentes instrutores, como: Oswaldo Marcondes, de Matemática, Borges Hermida, de História, entre outros talentosos, que discorreram com brilhantismos seus nobres conhecimentos em seus próprios livros, que transmitiam com muita facilidade a aprendizagem dos alunos. Com a idade avançando, fui estudar à noite. A necessidade do trabalho falou mais alto. Estudei no Bernardo Sayão, também na Taquara. Depois veio o casamento e o resto é outra história a ser contada posteriormente. Portanto, hoje é um dia especial, e se não fossem esses valorosos mestres eu não estaria aqui para relatar com muita alegria e agradecido aos inesquecíveis monitores, pelo que o ensino me proporcionou na trajetória da minha vida. Feliz dia do Mestre!

 

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Amor em rede social.

 

Meu coração palpita, só em ver dois tiques azuis no meu Zap. Sinal que você leu, e se agita ainda mais, quando recebo seus emojis de carinhas e corações. Toda hora, uma surpresa, e eu eufórico com suas mensagens. Minha sinceridade fica estampada nos meus olhos alegres aos seus recados. Por vezes, escuto vozes em meu inconsciente, que tocam meu coração. Eu não sei se, também, nos seus. Acho que eu não estou em seus planos, seus propósitos reais, mas vivo essa fantasia e ilusão. O que começou na tela em palavras transferidas e áudios revelados desse mundo virtual, o meu coração bate e sempre baterá feliz, sempre que a pequena imagem de seu rosto aparecer, enquanto divago com pensamentos em confetes, dessa fenomenal internet.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Ilusão


Dei muitas voltas pela vida. Subi muitos outeiros. Mergulhei de cabeça, com minhas expectativas, sempre se imiscuindo de assuntos alheios. Não me interesso em viver para outros, e sim pelos outros. Faz-me bem, eu partilhar as minhas convicções. Meus sonhos não foram realizados por mágica. Será que toda a mágica é ilusão? Nos corredores, onde escolas de samba desfilam, as pessoas saem do lugar. Pulam, dançam, extravasam suas alegrias, suas emoções. Para mim, meramente combustível de um sofrido coração perdedor, em mais uma apuração, por quesitos, como: faltas de enredo, harmonia e evolução. Que nessa rede de desenganos, que me envolvem, enfim, finjo em minha mente, de seus lábios sorridentes da minha ilusão persistente. De tê-la eternamente.

domingo, 8 de outubro de 2023

Adeus


Nesse humilde verso, eu perdi a esperança, e o melhor é partir.

Eu grito, esperneio, mas a minha outra metade é silencio absoluto.

Eu suportarei bem a dor da despedida, nesse instante da minha retirada.

Todos os anos vividos são refúgios perdidos, que tristes ficaram para trás.

Nesse livro aberto, os meus neurônios falam. Esquecidos, a alma releva.

Os acordes musicais entoados em uma música, dizem tudo.

Os acalantos enxugam meus prantos e partem meu coração.

Na minha nova vida de solidão.

Jamais me tornarei proprietário do sentimento alheio.

Recomeçarei, quantas vezes for preciso, sem mágoas do meu inesquecível amor.

 

domingo, 1 de outubro de 2023

Mensagem com amor.

Ontem foi um dia atípico. Acordei bem mais cedo, que nos dias anteriores, fui ao banheiro e em seguida escovei os dentes, rangidos pela madrugada torturante infindável que se arrastou sem você em sonho interminável. Olhei a minha face cansada e marcada pelas rugas, no pequeno espelho do meu canto preferido do quarto, e lembrei-me das madrugadas, dos dias ardentes de amor, em nossos lençóis revirados. Uns adoram divertidos momentos. Eu já gosto de coisas duradoras, um longo prazo, por isso eu escolhi lhe amar por toda a eternidade. O meu choro, que importa a cor. Se eu escolher em colorido, o vermelho me servirá, e junto às rosas sempre estarei a lhe ofertar.

 


sexta-feira, 29 de setembro de 2023

O amor.

O que é o amor? As emoções mais profundas do ser humano. Um amor sozinho, nunca fica bom. Querer o bem do outro é aceitar as virtudes e defeitos da pessoa amada, agindo plenamente com esse desejo. O embaralhado das letras faz-me lembrar da bota da ‘Europa Ocidental’, capital dos conquistadores do mundo, onde o Deus Eros, com a função de unir as pessoas, através de suas flechas mágicas, representava o amor verdadeiro, da paixão e do erotismo. Não existe amor sem fidelidade, por isso: ontem, eu acordei. Apalpei o seu travesseiro, ao meu lado. O seu cheiro impregnou a minha respiração.  Minhas pálpebras tremularam e me vieram às lágrimas, resignadas pela sua ausência, pela falta de sua silhueta, de seu sorriso. No espelho da minha vida, recordo-me de seus olhos cintilantes, da sua boca febril oferecida, a procura de meus beijos sem fim, e que, unidas com o mesmo anseio, fez o despertar do incondicional amor, nos lindos versos que lhe fiz. Hoje, os nossos destinos distintos, o meu coração machucado, palpita intensamente. Minhas esperanças, eu não perderei. Que um dia, de novo a terei, com mais um sentimento inesquecível, de que o amor verdadeiro é perene e dele nunca desistirei.

 

sábado, 23 de setembro de 2023

Primavera é amor.

Enfim, a estação das flores. O amor já não ficará sozinho, antes despido da perfeição. Na solidão da saudade, lembrei-me dela. Qual é a minha culpa, em gostar de alguém, se o meu coração pulsa intensamente, por ela? Eu tenho inveja dos galhos floridos, assim como eu, um eterno apaixonado. Esses sabem que em breve tempo as suas companheiras partirão, com o verde da esperança, e que sem demora, retornarão a reflorescerem, em brilhos multicores, como as estrelas. O amor existe. A mais linda de todas as criações de Deus é ela, a minha amada.  A rainha de todas as flores, venerada nos meus sonhos e desejos. O que mais vale é a dedicação e cumplicidade.  Hoje, nos braços da árvore, só existe alegria, e nos meus, a felicidade de amá-la, em todos seus belos dias.

 

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

A última bolacha do pacote.


Há nove meses, eu me pergunto! Como um defenestrado, em seu exílio, na Polícia Federal, conseguiu chegar novamente, ao topo das politicagens e barganhas na Capital Federal. Em casa de malandro, vagabundo não pede emprego. Assim, os malandros eleitores, reconduziram esse indivíduo ao maior cargo da República, com alguns questionamentos sobre os votos de carta marcada, na esfera nacional. Desde que tomou posse, Luiz Inácio da Silva, como lhe é peculiar, deu inúmeras declarações controversas, e em alguns lampejos, reconheceu o erro, e pelo constrangimento pediu esfarrapadas desculpas ao povo brasileiro. Uma das repercussões negativas ao dizer que a Ucrânia havia invadido a Rússia, foi demais. Outra pérola desse comandante de política naufragada. Pessoas que sofrem de deficiência intelectual têm problemas de desequilíbrio de parafusos, entre tantas prosopopeias, que elencadas dariam um livro de muitas folhas. Na política externa, ele também, não vai bem. Suas viagens e passeios pelo mundo, com gastos exorbitantes, causam perplexidades. Como em casa de ferreiro o espeto é de pau. Esse santo da república não conseguirá fazer milagres, com suas velhas propostas de governar com muitas gambiarras de trinta e nove ministérios, mamando nas tetas do Brasil varonil, que não sucumbe com as corrupções e negociatas. Essas viagens, com muitos dispêndios do nosso suado dinheiro, são inócuas. Os esclarecidos não acreditam mais no pai dos pobres e mãe dos ricos. Parece-me que com essas viagens ele quer ser um estadista como Churchill, que colocava os princípios acima da política. Lula é sim, a última bolacha do pacote. Um biscoito insosso, partido e deteriorado pelo tempo, que oferece farelos aos desassistidos.

 

 

 

 

 


domingo, 10 de setembro de 2023

Suicídio! O início do fim.

Quando o sinal amarela? É o alerta de que a depressão chegou? Sim, o suicídio, esse último ato, executado pelo próprio indivíduo, de forma consciente e intencional, pelos fracassos em seus planos e pensamentos, e também, por entenderem que não se acham valorizados junto aos seus, é fator determinante para o início do fim. Diversas causas podem estar relacionadas ao suicídio, entre elas, socioculturais, genéticos, etc. Em razão disso, no seio familiar e escolar, nós devemos estar abertos ao diálogo permanente, observando comportamentos fora do comum, e oferecer apoio irrestrito, principalmente aos jovens inexperientes.  Para prevenção, essa ajuda é muito importante. Para isso, devemos incluí-los aos debates e palestras, por norma, com profissionais da área da saúde, em salas de aulas. Nesse dia dez de setembro, ‘Dia Mundial da Prevenção do Suicídio’, devemos sensibilizar as pessoas para que não se tenha o início pelo fim das suas preciosas vidas, com taxas exorbitantes, dessa categoria de mortalidade.

Amor oculto.

Distante de ti, a minha tristeza aumenta. É infinita a grandeza de ti, mulher! Proprietária do meu coração, em não saber que o meu amor secreto, esse drama, que teimo de ato falho, em agir a minha investida, por medo de perder-te. As intensidades dos meus sentimentos são avassaladoras. Corrói minhas entranhas. Congelam minhas veias. Essas frustrações, disseminadas pelos meus pensamentos seriam um caminho para superar as minhas intenções. Penso também no meu amor-próprio. Sei também, que a probabilidade da dor do amor correspondido, seja infinita, mas não é. Nunca deixarei que a minha desilusão, seja determinante para a minha infelicidade. Contudo, o destino é implacável e nossos caminhos cruzam-se diariamente, e esse amor indomável e arrebatador me saltam aos olhos, ao ver-te radiante como o brilho do sol, nos caminhos da minha vida, em vastidão de amor intermitente. Aprendi que o amor é um conjunto de proteção, afeto e confiança, entre outros. Ele surge naturalmente, nesse conjunto de emoções.  A expectativa é da mesma forma, mãe do desencanto. Por isso, nesse jardim florido de desejos, eu curto a minha dor, regando a esperança, obstinadamente, de um dia, como num prêmio de consolação, em saber que também por ti, eu serei amado. Tu és inigualável. A misteriosa da minha solidão.

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Um vulto de mulher.

Amanheceu. Imaginando sobre você, delineei a sua escultura em meus pensamentos. Comecei pela cabeça, por onde as tarraxas comandam as cordas, com seus lindos trastes, que delimitam as notas, pressionadas pelos meus dedos. Nessa escala produzo em você diferentes notas musicais. A minha mão direita, apoiada, percorre essas casas, definindo as notas tocadas por mim. As cordas, tensionadas, importantes para os deslizes das minhas duas mãos, alisa o bojo do seu corpo, nesse maior membro do instrumento, onde eu aumento ou diminuo o volume das sensações. Logicamente, os sons se perdem na ponte dos meus devaneios, com sussurros da sua boca, ampliados pelas cordas imponentes, junto às pestanas, em apoio nesse final de braço, desejado por mim. Os marcadores de casas definem as determinadas posições, que me trazem a sua localização para tocá-la. Eu tenho nervos de aço e nesse escudo, protejo a sua proeminência das intensas palhetadas. Esse lindo mosaico na entrada da sua boca, que na lateral, predomina em cores diferentes, eu acarinho o seu tampo. Nesse rastilho de paixões, defino a altura correta em relação a sua imagem. Como uma ligadura entre corpo e braço, sobre uma das minhas pernas, possibilitam-me enxergar a maravilha desse vulto que é você. A mulher dos meus secretos sonhos, que cerceia o meu sono nas madrugadas mal dormidas com cada lágrima caída, em minhas memórias repetidas.


domingo, 3 de setembro de 2023

Tudo acabado, a vida é assim mesmo.

 

Hoje eu acordei, com a minha certeza! Sabe aquele jogo de carteado, chamado ‘sueca’, em que o adversário com uma determinada mão de trunfos, e sorridente, aguarda o momento de jogar. Pois, bem! Iniciada inadvertidamente, pelo opositor em destrunfar a jogada, visto ter somente um trunfo, e pensando que isso, seria o melhor, para a dupla? Ledo engano. O seu parceiro (a) também não tem nada a oferecer. Só números. Assim, quem ganha à jogada, depois dos três participantes colocarem números, damas e valetes, do mesmo naipe, sobre a mesa é o último jogador. Detentor do rei e da rodada, logicamente, ele fez uma ‘passagem’. Fatalmente, inicia-se uma nova jogada com o ‘As’, para obtenção da cobiçada carta, que é o número ‘sete’, valendo mais dez pontos para o ganhador. Normalmente a dupla recheada de trunfos ganha o jogo. Pois é! No jogo da vida arriscamos todos os nossos sonhos, um algo a mais, e a definição de nossa jogada, para vencer o jogo, depende exclusivamente da nossa cartada. Por isso, sozinho ou em companhia de alguém, devemos procurar os melhores caminhos de progressão. Creio eu, que sozinho, fica mais difícil, porque nossos neurônios nos levam a quaisquer trilhas e às vezes, as direções controversas geram desânimos e angústias, prejudicando nossos ideais, com poucos trunfos na manga.  A cumplicidade entre casais, no meu ver, é cabível, quando o desejo de vencer é de forma coesa. O casal tem várias prioridades e poderá vivenciá-las se tiverem uníssonos em seus objetivos com os recursos em suas mãos, abastados ou não de situações destoantes. Como exposto acima, a dupla perdedora, não foi cautelosa, o participante, tentou sozinho resolver a adversidade, sem consultar seu companheiro (a). Embora seja uma certeza irrefutável, a morte é um mistério. Feliz daquele, que conseguiu suplantar suas dificuldades, levando consigo suas ideias e projetos, mesmo àqueles que lutaram até o final, com seus propósitos, de formas inconclusivas, não apenas como morremos, mas também, sobre como vivemos. Neste texto, concluo o meu pensamento, obrigado. Estejam com Deus!