O
tempo passou muito rápido, imperceptível. Quando chegou a fase balzaquiana,
pensei comigo mesma. Será que o tempo vai me deixar em paz? Nada disso, eu
usando o famoso, ’tudo tem seu tempo’, inevitavelmente, ele me achou. Então
vieram as complicações da saúde, tonturas, fragilidade dos ossos, problemas
articulares, enrugamento de pele, faltas de hormônios, libido e outras coisas
mais. O importante é a minha beleza interior. Nela deposito toda a minha
confiança de bem-estar. Mudei de hábitos, logo que me aposentei, sem notar que
ali, era o começo do fim da minha jovialidade. Minhas condições físicas
começaram a dar sinais de fraqueza, os amigos, afastaram-se gradualmente, os
parentes, também se distanciam, pelas mesmas adversidades. É claro que cada um
com seus obstáculos. Os profundos conhecimentos, adquiridos outrora, diminuem
progressivamente, mesmo recorrendo às redes sociais. Mas, o que mais me
preocupa é a dependência. Não quero sacrificar ninguém, pelos cometidos
desvarios juvenis. Por isso, eu continuo praticando meus exercícios,
diariamente, para melhorar a minha qualidade de vida, preocupado com o futuro. Assim,
entrego na mão de Deus, o amanhã, amanhã, amanhã.
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