sexta-feira, 21 de março de 2025

Aniversário do meu amigo e compadre Ulisses Ferreira de Souza.

Hoje, um dia especial! Estive com amigos e parentes no salão de festa do anfitrião Ulisses, para comemorar seus oitenta e cinco anos. Eu o conheci na época em que ele exercia a chefia no setor de ‘Faturamento’ da extinta ‘Matriz da Fábrica Melhoral’. Companheiro de labuta e de grande caráter, que me ensinou tudo sobre toda a atividade da seção e, mais tarde, por afinidade, nos tornamos compadres. Minha mulher e eu batizamos a Tania. Chegamos lá, por volta das treze horas, onde já estavam seus demais colegas de outra grande empresa, ‘Petrofértil’, em que ele exerceu sua função na área de ‘compras’. E lá, no condomínio, juntamente com os parentes e amigos próximos no total de quatorze pessoas, fiquei feliz de também rever o amigo Antônio 'Paraíba', no auge de seus noventa e um anos, distribuindo simpatia. Um pouco mais, já com todos reunidos, surgiu o dono da festa. Há algum tempo eu não o via. Fiquei estarrecido e compadecido com o meu compadre. Ele estava sentado em uma cadeira de rodas, e aquilo mexeu comigo. Aquele homem, que esbanjava aquela energia e que sempre foi uma referência de força e liderança, tornou-se agora fisicamente mais fragilizado, com perda de movimento e visão. Todos nós o recebemos com aquele sorriso acolhedor. A homenagem seguiu com muita emoção, mas também com um clima de celebração da vida e da história que Ulisses construiu. Almoçamos um belo churrasco, patrocinados por Vania, Carlyle, Tania (minha afilhada) e seu neto Thiago. Tentei puxar conversa com meu ilustre compadre, para ativar a sua memória, e observei atentamente suas poucas palavras de resposta, embora mais lentas. Quase monossilábicas em voz suavizada pela idade. O tempo, o algoz de nossos sentidos, que passa e debilita o corpo que se enfraquece, não dá oportunidade de escaparmos de sua garra. A tarde passou em clima de reflexão e carinho, e todos nós, após o tradicional ‘Parabéns pra você’, nos despedimos do cansado aniversariante que subiu de elevador ao seu andar para dormir. Todos nós levamos um pedaço daquele Ulisses que, apesar das dificuldades da idade, ainda nos ensina o valor da amizade verdadeira, da resiliência e da importância de deixar um legado de conduta para os seus, como também tudo o que ele representou e ainda representa em nossas vidas. Que o senhor continue sendo essa fonte de inspiração para todos que tiveram a sorte de cruzar seu caminho. Feliz aniversário, meu amigo e compadre. Que a paz, o amor e a alegria continuem acompanhando você sempre.

 

quinta-feira, 20 de março de 2025

A saudade e a esperança.

Um jardim sem flor! É assim que eu me encontro. Não, ao sentir a falta de uma palavra sua, um aceno, um sentimento de alegria em que a minha saudade e esperança ilustram bem a minha solidão, nesse estado de incompletude e anseio, pela ausência e falta de cumplicidade de dias de contentamento. Plantei outras vezes, depois que você partiu as sementes no meu fértil terreno, mas estas se perderam com o tempo. Agora floresce em mim o desejo de reencontrá-la. A saudade que se espalha como terra nua em meu jardim, em que a esperança antes era vibrante, agora luta para sobreviver. Isolado no meu silêncio, com você ainda mais longe de mim, restam apenas as lembranças de reviver o que se foi, de preencher o vazio que sua partida deixou. Não é primavera. Inicia-se hoje mais uma estação do ano. O outono serve para se fazer análises sobre tudo o que poderá acontecer nos próximos meses. E nesse equinócio que virou a minha vida, onde as noites são iguais, sem novidades, sem mudanças, persiste minha melancolia. Se for para o seu bem, eu desejo sinceramente que você siga a sua própria estrada, em busca de novos sonhos, mas tome cuidado com as ilusões, para que você não caia em abismos, mesmo cavados com os seus pés, segundo o grande poeta ‘Cartola’. Às vezes, a compreensão da vida nos atrapalha, em busca constante por explicações.

A felicidade por alguns ângulos.

Entendo que a minha felicidade não é um destino. Ela não está no acúmulo de meus bens materiais. Creio que ela deve ser mensurada na forma como vivo, apesar dessa visão limitante, por vezes fora do meu controle. Penso eu também que o prazer não é um ponto fixo no horizonte, mas sim um caminho, uma experiência que se constrói no cotidiano. Além disso, cada pessoa tem uma definição diferente de felicidade. Porque o que traz sentido e realização para um indivíduo pode não ter o mesmo impacto para outro? Para mim, o contentamento, portanto, não é um caminho único, mas sim algo que se encontra em proporções diversas em cada escolha e atitude que tomamos diariamente. A verdadeira felicidade não vem de um lugar específico, mas da capacidade de viver com gratidão, aceitação e autenticidade. Para mim, é isso que importa. É saber apreciar o presente, aceitar as imperfeições da vida e estar em harmonia comigo mesmo.

quarta-feira, 19 de março de 2025

A cobrança do tempo é real.

Quando a idade avança, inicia-se a cobrança quase que inexpugnável do tempo, e comigo não é diferente. Eu sempre tive dificuldade de enxergar, principalmente quando sentava longe da lousa em momentos escolares. Essa situação perdurou por muitos anos e, contra a minha vontade, isso foi fatal à minha saúde, o que me obrigou a usar óculos até hoje. Foram algumas trocas de lentes e armações estéticas. Fiz vários exames oculares e não foram constatados glaucoma nem catarata. No entanto, há quase trinta anos, lá no meu trabalho, tive um acidente vascular cerebral leve, só quando eu cheguei à minha residência foi que notei o que havia acontecido. Fui ao ‘Posto de Saúde’, em ‘Muriqui’, ‘Distrito de Mangaratiba’, e a minha médica constatou esse acometimento por uma variável da pressão. Fiquei com um esticão perceptível no canto do lábio direito e a cobrança chegou agora para consolidar as fases da vida. E não é só isso! Tenho também hiperplasia prostática benigna, outra má companheira descoberta nos anos noventa que dificulta bastante a micção com algumas infecções urinárias, por esse motivo. Também percorri alguns hospitais públicos, sem sucesso. Naquela época, o médico disse-me que realizaria o procedimento por vinte e cinco mil reais. Hoje deve custar mais que o dobro. Estive na lista do ‘Sistema de Regulação’ por mais de quinze anos e não sei o que houve. Veio a pandemia da ‘Covid-19’, com tratamentos suspensos ou adiados, e o meu nome foi retirado da lista, uma frustração em relação ao sistema de saúde pública e às longas esperas para ser atendido condignamente. Essas situações, por mim relatadas, fazem de mim uma pessoa resiliente, que enfrenta com coragem e paciência as adversidades de todos esses anos. Nesse complexo processo de envelhecimento, apesar de tudo, eu encaro a vida com muita alegria, porque esses prazeres são efêmeros. Isso, as doenças não irão me contaminar. Sigo com muita energia e vigor, e elas não definem a minha forma de viver. E com essa motivação, eu seguirei meu caminho até o resto dos meus dias.

segunda-feira, 17 de março de 2025

O brilhantismo da música.

As músicas me acalmam, principalmente as belas e refinadas eruditas, que em ritmos de sinfonias complexas, como a que estou vivendo neste momento de refúgio, tão difícil e adverso. Uma fuga ao tempo, num luto emocional. Minhas agitações foram estendidas por decepções e angústias atribuídas não só a mim, como também a ela, por distanciamentos reservados em novas tecnologias digitais dos tempos modernos. Tenho perambulado pelas ruas, sem harmonia rítmica e sem equilíbrio. Uma parte de mim se foi. Uma pessoa que julgava a companheira para sempre, idolatrada em meus versos e prosas, a minha inspiração maior, que preenchia ocasiões de alegrias, e que já não existem mais. Nesse meu novo itinerário, os raios solares do amanhã me satisfarão apesar das nuvens e chuvas torrenciais carregadas de maus sentimentos e que prematuramente me ensoparam de dilúvios, quase permanentes. Mas eu acordei. Procuro uma nova mão para dançar, para brilhar e juntos contemplarmos o sol iluminando as nossas novas emoções, com ventos suaves para a minha vida em reconstrução. Uma âncora forte e resistente para futura jornada itinerante, na barca do amor, sem amargar derrotas. E quem sabe uma companhia que goste de música, como eu, para dançarmos valsas com sons sincopados, em comunhão de almas, em salões soberbos de diversões, e especialmente, com graça, beleza e exuberância, na riqueza das suas qualidades e afeições à vida. Espero alcançar esse sonho com objetivo e esperança, a todo amanhecer.

domingo, 16 de março de 2025

Uma parte da minha vida.

Bom dia! Lembro-me de que, aos seis anos, aproximadamente, o meu pai adquiriu uma parte de terreno na Rua Doutor Carlos Gross, uma rua sem saída, onde se via a mata virgem e uma pedreira em exploração com renitentes avisos de explosões. Lá, ele construiu uma humilde casinha para abrigar esposa e filhos, tudo com muita dificuldade. O nosso lote era remembrado, mas separado por cerca. Na parte da frente morava o português, de nome Albano, que vendia pipocas em frente ao cinema Baronesa e Ipiranga, em dias alternados. Coitado! Teve uma morte trágica e horrível: morreu inesperadamente, de infarto fulminante, ainda bem jovem, no banheiro da sua linda casa, deixando mulher e filho. Nós morávamos na parte dos fundos do terreno, era bem maior, com muitas árvores frutíferas. Recordo-me ainda de que eu e meus três irmãos ajudávamos nosso pai, enchendo o carrinho de mão, numa barreira que existia no fim da rua. É claro que não atulhávamos o precioso produto, o nosso era em menor proporção, por nossa idade, para aterro nos cômodos da casa, que ainda seriam erguidos. Ela foi construída num local íngreme, razão pela qual demandou bastante tempo para plainar o solo do nosso lar. Tínhamos um quintal, bastante comprido, com árvores: pinha, romã, fruta-do-conde, amora, mamão, amêndoas vermelhas e brancas, além de taiobas, carás. Na cerca, que era de tela de galinheiro, a mamãe plantou a hortaliça bertalha, que se alastrava por toda a extensão do cercado. Comíamos muita bertalha com ovo do nosso próprio quintal, porque havia lá uma pequena criação de galinha e pato. Como a rua era isolada, meus irmãos e eu nos entretínhamos com várias brincadeiras. Mas isso, eu contarei mais tarde, porque nesse momento foge-me a lembrança.

 

sábado, 15 de março de 2025

Meus três quartos de vida.

Prestes a completar setenta e cinco anos, sinto-me realizado e em paz com o que vivi até agora. Trabalhei muito, por vezes em dois empregos, além de horas extras, inclusive em alguns domingos, mas não desisti. Dei tudo de mim e hoje, com a sensação de dever cumprido. Tive dois casais de filhos, todos encaminhados pelo caminho do bem, assim como meus quatro netos maiores e uma neta, ainda com cinco anos. A família, para mim, é intocável e primordial, um alicerce que deve ser inabalável. Os tempos mudaram, assim como ela. A chegada do mundo digital, um excelente benefício indiscutível, facilitou o acesso à informação e ao conhecimento, mas também trouxe desafios. Os comportamentos já não são mais os mesmos, a mulher teve que se unir ao marido em suas conquistas e os filhos, na sua maioria, passam tempo em frente às telas, entre quatro paredes, sozinhos, aprendendo essa nova realidade virtual, especialmente após a volta das aulas. O impacto da tecnologia na educação e no desenvolvimento do caráter das novas gerações enseja uma interrogação sobre a educação futura, o que é bastante inquietante. Com meus três quartos de século de vida, já vi muita coisa, e talvez veja alguma novidade, mas continuo escrevendo e inspirando minhas convicções sobre a família na amplificação de dias melhores e decisivos na nossa vida, mesmo com o efeito da inovação nas novas gerações.

O som das cigarras.

Não é época de primavera, uma das mais belas estações do ano. Sinto falta das cigarras, com seus sons inconfundíveis, instaladas em troncos de árvores, sobre ritmos frenéticos de cantorias, ao esfregarem as asas no próprio corpo, à espera da metamorfose em busca de uma parceira para o período reprodutivo, em sinfonia de ciclos, que normalmente se estendem até o mês de março, com seu fim da temporada. Era comum, quando criança, ouvir os seus exaustivos cantos ao entardecer. Elas também são importantes no papel ecológico. São vulneráveis e transformam-se em dietas de vários pássaros, pela facilidade de serem localizadas por altos sons, determinando a sua localização em benefício do equilíbrio da natureza. O meio ambiente é sensacional.

quinta-feira, 13 de março de 2025

Palavras ditas ao vento.

Na morte do prazer eu a tenho por inteira.
Renascem minhas fantasias, que antes eram agonias.
Ficando perto de ti, esqueço a distância aos teus ouvidos.
Nesse fogo que me incendeia em ruptura vascular.
Nas labaredas de confissões, de paixões, de felicidade e de paz.
Onde as cinzas me enchem de vida e que arderam em mim um dia.

Nessa entrega total onde sou teu e tu és minha.
É que nos mata em gozos sem fim.
Hesito um pouco em te falar que ainda conjugo o verbo amar.
Porque cada prazer, como a morte, as juras não têm fim.
E a cada morte tu vives mais em mim.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Eu me acho linda, no coração do leitor.

Bom dia! Sou a poesia? Abra a janela? Deixe o sol entrar! Sou a alegria imensurável, o vento que esvoaça sempre, os seus cabelos em liberdades de letras. Sou a rosa-vermelha, símbolo do amor e da paixão, que não se despetala de seus desejos. Sou uma força de beleza da vida. Além disso, a gentileza de consoantes e vogais. Inclusive o mar de calmaria, que revigora as ondas, em danças suaves de movimentos e imagens, por onde seus pés caminham em quietudes sem fim, por mais um dia de alegria. Sou a serenidade que transmite a paz e harmonia. Falo do seu corpo. Beijo-lhe com palavras e sempre faço um acordar feliz, continuamente, no meu estilo de ser, em suspiros de leveza. Sou a brisa que se alterna e suaviza a sua noite, que acalenta seus lindos sonhos. Os vários autores, que enriquecem seus vocabulários em versos, rimas e estrofes, em seus outros universos, além de flores, luares e estrelas, se renovam. Entre os maus e bons momentos, sentimentos, choros e risos, entre saudades e aflições, o poeta, sem saber, deixa depois que morrer a sua marca para a eternidade. Eu sou assim. Sou a essência de instantes, sem me importar com a minha criação, porque eu constantemente sou bem-vinda aos meus leitores. Uma semente plantada que floresce a imaginação. Entro em seus pensamentos e clareio a sua mente. Dou um suspiro de vida, na arte de celebrar as emoções e transformações. Eu posso não agradar a todos. Sei das minhas imperfeições. Mas, sei também que as vidas de amantes das minhas transcrições buscam em mim a serenidade de momentos, introspecção e solidão. Eu sou um ambiente cheio de beleza e mistérios. Caso você queira me desfolhar, eu estarei em todo tempo disposta a lhe ajudar em quaisquer prateleiras de bibliotecas, mesmo que empoeiradas, porque noto que muitos já não me procuram por diversas situações, mas sempre aberta a profundas e vibrantes inspirações de mais um belo e significativo enriquecedor do seu dia. Eu amo transformar as pessoas!

 

O amor de infância.

Você sabe aquele vazio no coração? Hoje, como cotidianamente, eu estou assim! Sem ânimo para nada! A minha energia foi embora, e meus dissabores permanecem em inconstantes dias. Eu não consegui ninguém para compartilhar da minha vida. Eu sou um solteirão carente de tudo. Somente a profunda solidão me conduz até aqui. Uma companhia difícil de lidar. Com ela, a reprimida, eu diariamente me desabafo, eu falo mal e choro copiosamente em lembranças da menina que enchia o meu peito de alegrias, mas os frustrantes pensamentos, até agora, me perseguiram principalmente nas noites, da claridade da lua que ainda ilumina a janela do meu quarto. Já tentei várias distrações, novas formas de viver, atividades ao ar livre, mas tudo em vão. Mas, ela não sai da minha mente. A minha idolatrada namorada de escola, nos tempos fundamentais. E por onde ela andará? A lembrança de adolescências me satisfaz e traz também à tona muitas emoções, principalmente as vividas na recreação escolar. Se pudesse, eu voltaria ao tempo, eu lhe diria como foi bom conhecê-la, como suas risadas me impressionavam, como o meu coração palpitava todas as manhãs entre olhares inocentes, perfilados ao ‘Hino Nacional’. Seria fabuloso, um reencontro de conexões e de respostas que se perderam ao longo dos anos em indagações, impactadas e presas à minha memória. Essa saudade que dilacera os corredores da minha mente e coração permanece ativa. Será que ela casou? Que ela tem filhos? Eu não tenho herdeiros! Só criei incertezas, desconectado de experiências, que eu imaginava viver, como a criação de uma família, com alguém especial. Por onde ela estiver eu estarei sempre alimentando o meu desejo de que ela seja bastante feliz, e a meu lado, a saudade distante e silenciosa, mais uma vivência de esperança que mantém as minhas vivas recordações.

domingo, 9 de março de 2025

O Titanic brasileiro.

Eu poderia escrever um livro sobre esse título acima, mas resolvi sintetizar o que está acontecendo no Brasil, apesar de interferências entre poderes, nessa nossa dita democracia que agracia os poderosos de plantão e o povo sucumbindo em seu derradeiro calvário de mazelas políticas e corrupções. Partidos políticos desembarcarão em alto-mar. O ano de dois mil e vinte e seis se aproxima e a debandada será geral. Todos estão como aves em séries de ‘Pesca Mortal’. Esvoaçam-se à espera da colheita, para o bem ou para o mal. Notam-se contrariedades de algumas aves em dispersão, do nosso transatlântico. A crise econômica da administração Dilma deu início à turbulência, por manobras fiscais, até o derradeiro impeachment da presidenta. Vieram depois Temer e Bolsonaro. Temer concretizou na sua gestão o controle da inflação, aprovação da ‘PEC’ do Teto e modernização trabalhista, entre outros. Bolsonaro foi responsável por uma expressiva desburocratização e modernização do sistema público, com a digitalização recorde dos serviços públicos federais, por meio da criação da plataforma digital “gov.br”, e posteriormente mediante a ‘Lei do Governo Digital’. Lançou também, em seu comando, a plataforma ‘PIX’, um sucesso, que deu início ao governo Temer. No entanto, com a chegada de Lula, no seu terceiro mandato, o leme da nossa embarcação está emperrado. O poder, com sangue nos olhos, trouxe um novo capítulo esquerdista, ligado a ditaduras e outras coisas mais, nesse momento de estagnação política. As promessas de campanha de Lula, que geraram tantas expectativas entre seus eleitores, não foram cumpridas da maneira que muitos imaginavam. A liderança do presidente parece estar imersa em dificuldades, com desafios econômicos que continuam se arrastando sem soluções claras à vista. O pacto de crescimento e progresso, que Lula prometeu, até agora não se materializou, e muitos dos que o elegeram começam a questionar sua capacidade de conduzir o país com a volta da inflação e a majoração de preços de produtos e serviços. A sua liderança parece estar presa em uma encruzilhada política e econômica. O pacto de crescimento e progresso, ao menos até o momento, não se concretiza da forma esperada, com baixa popularidade de seus eleitores. O país enfrenta um cenário de paralisia, com desafios econômicos que parecem se arrastar sem um rumo claro. O "Titanic Brasileiro", aparentemente, continua sua jornada sem um destino certo, com um governo que busca retomar os rumos, mas se depara com uma realidade complexa, onde as soluções não são tão simples. Assim, o Brasil continua a navegar em águas incertas, com os partidos políticos tentando encontrar seu lugar em um mar revolto, enquanto a população observa, aguardando por um futuro que, ao menos por enquanto, parece distante. Enquanto a polarização estiver acirrada entre extremistas de direita e esquerda, nós ficaremos à mercê das ondas. Enquanto essa disputa política persegue a maioria dos brasileiros, que continua à mercê das ondas, e poucos botes salva-vidas, e uma população cada vez mais aflita. A incompetência governamental, que por ora torna o caos no Brasil, leva muitas pessoas ao desespero, com balelas e injustiças políticas. Talvez, um dia, os sobreviventes entendam o que acontecerá com o "Titanic Brasileiro" e, quem sabe, reconstruam um futuro mais promissor. Mas, por enquanto, o país continua à deriva, aguardando um novo capitão, que, talvez, nunca apareça.

Uma escultura quase perfeita, de mulher.

Uma obra-prima que exibe harmonia, nas mãos habilidosas de um grande especialista, representando a perfeição fidedigna para o seu ideal. Detalhes meticulosos, a simetria das formas, em busca incessante da beleza em repouso. O corpo de uma mulher, esculpido com precisão, transmite uma sensação de leveza, como se ganhasse vida. O rosto dessa criatura em transformação, talvez de expressão serena ou contemplativa, parece refletir um estado de tranquilidade e força interior, com os olhos suavemente fechados ou olhando para o horizonte, imortalizando a mulher não só como um ser físico, mas como uma ideia de forte equilíbrio e harmonia. Um monumento de mulher, quase deslumbrante, vai além da mera reprodução de uma estrutura. É uma abstração da feminilidade, uma visão do que poderia ser a perfeição, uma representação do ideal que cada mulher, de certa forma, carrega dentro de si. Uma figura de beleza, uma personificação da força, da vulnerabilidade e da capacidade de se manter inteira em meio aos desafios da vida. Uma primazia inigualável e desejada por instintos observadores. A arte esculpida é assim, um convite a repercutir sobre a mulher física, como um ideal atemporal, repleto de nuances, forças e fragilidades que a tornam não só primorosa, mas profundamente humana. Uma verdadeira mulher sonhada em prosas e versos, em realidades infinitas, como também na imaginação e no coração daqueles que reconhecem a força que ela representa.

 

sábado, 8 de março de 2025

O que será sofrer, chorar e padecer?

O que é sofrer! Se você partiu sem despedidas e brigas cotidianas! Será que foi o vazio que ficou quando a sua ausência instalou-se no lugar onde você costumava estar? Será que foi a saudade que chegou sem aviso, mas abrigou-se como um peso nos meus ombros? Penso que sofrer é não poder dizer um último ‘eu te amo’, sem sequer um adeus. É a dor silenciosa que se prolonga naqueles momentos que antes eram simples, mas agora são eternos. O que é chorar! Se você enxuga as lágrimas com o calor do dia! Será que chorar é ver a dor refletida nos olhos, enquanto o coração se parte aos poucos? Será que é um pedido mudo de algo que não pode ser dito, mas que se sente intensamente? Será como o sol, que surge depois da tempestade, a esperança se faz presente, até que o choro se acalme e a dor diminua? Chorar! Então, é refletir sobre um amor que ainda pulsa, mas que precisa aprender a se curar? O que é padecer! Se você se diverte sem a minha presença. Padecer é carregar no peito a ausência de quem sempre esteve lá, e sentir que o mundo segue, mas o ritmo do coração parece ter parado. É observar os outros sorrirem enquanto você se perde na saudade.

Mas, quem sorri sem o outro, não sabe o que é realmente viver com a falta.
Será que padecer é esse constante momento de luta interna entre seguir e ficar preso ao passado? Sim! Eu já sofri, já chorei, já padeci. Valorizo as adversidades e bonanças. Atravessei momentos de dores e preparei as curas do meu coração. As palpitações diminuíram. E aos poucos a dor, o sofrer e o soluço, que antes eram como falas eloquentes, seguem os meus passos de andarilhos em ilusões e emoções nessa vertiginosa mudança da minha vida. O tempo é persistente. Quase acabou comigo. Hoje abro a janela, em renovação. E o passado? Ficou para trás. Eu preciso de um futuro diferente e só depende de mim a libertação da minha memória.

 

O amor, sem carnaval!

Meus olhos fixados às suas retinas veem as camadas mais íntimas de sua alma desnuda, onde seu corpo revela emoções, vulnerabilidades, por onde se expõem os seus segredos inimagináveis, que só seu quarto enfeitado de flores de candura, entrelaçados em pensamentos e sentimentos de pureza e delicadeza, são capazes de sentir. É no silêncio do olhar que essas verdades mais puras e sensíveis são libertas. Eu, na sua janela, entre suspiros e desejos, a observo em conexão, não só os seus gestos corporais, como também as suas sensualidades extremas e afáveis em contornos de sua estrutura, como eco que atravessa as distâncias do corpo e da mente. Sou tímido, mas digo isso, com todas as forças das minhas intenções, em verdades mais puras e impressionáveis de correspondências afetivas. Passou o carnaval. Você é a minha bandeira esvoaçante, que cintila nos seus gloriosos passos de avenida de sedução ao meu coração, uma das camadas de festim, de liberdade e de expressão vibrante, que mantém viva a minha energia do amor e da admiração, em conexão intensa e única, onde o olhar e gestos se tornam os mensageiros de emoções profundas, como o corpo e afetos, que dançam juntos na celebração da verdadeira e prazerosa intimidade. Nesse meu sonho de alegria, eu sempre acordo com o canto dos pássaros. Uma fantasia não muito distante de gratidão e alegria. Estou nas nuvens, a contemplar a lua, das noites em que você me falta e agraciado ao amanhecer pelo nascer do sol, que esquenta meus anseios em perseguições e de independência total.

 

quinta-feira, 6 de março de 2025

As nuvens sombrias sobre o palácio.

As nuvens sombrias pairam ameaçadoras sobre o palácio presidencial, como um manto pesado com a obscuridade do brilho, a falta de carisma da autoridade principal e da desesperança da população brasileira, envolta numa penumbra inquietante, por onde o sol mal consegue penetrar. Lá, onde antes a ordem e o controle reinavam absolutamente, o cenário é agora marcado por uma agitação incomum. Os animais que passeavam livremente pelos jardins da fortaleza agora se veem perseguidos por seus algozes, em ritmos implacáveis por infortúnios em suas reproduções. São emas, avestruzes e mais outras aves, subjugadas e presas a essas tristes realidades. A atmosfera, densa e misteriosa, agora reflete uma tensão crescente. O majestoso castelo, normalmente um símbolo de ordem e governança, agora parece vulnerável, cercado por uma tempestade silenciosa que não traz apenas chuva, mas também uma sensação de iminente descontrole. O cenário transmite a ideia de que o poder que ali se exerce, embora imponente, pode ser igualmente volúvel diante das forças do destino. Além dos fogos amigos de colaboradores, o cenário é desolador. Os sigilos continuam e a maquiagem sobre resultados já não choca os eleitores ressabiados. Os animais também não podem chocar porque desfrutar de ovos de emas é somente competência de presidentes de republiquetas. Agora o choque maior virá nas contas de energia, visto que o inferno solar colaborou para um maior consumo. Roguemos para que as chuvas de março tragam não apenas alívio para a seca, mas também para a alma de um país que, perdido entre promessas e frustrações, ainda busca a luz que parece bastante distante.

 

 

O desespero do meu silêncio.

No silêncio, as palavras se tornam um peso. O desespero nasce da sensação de estar preso a um espaço onde nada pode ser dito. É como amar uma mulher em silêncio e caminhar por um campo minado de suposições e expectativas, onde cada passo é dado com cuidado, sem querer assustar o que revela de mais ou de menos, as pretensões. É um amor contido e guardado em segredo, que se desvia de uma declaração, que se esconde nas sombras de uma relação que não se realiza. Nesse mutismo, o amor se torna uma carga que se arrasta lentamente, sem poder se libertar, e sem encontrar a resposta a que tanto se almeja. E o mais angustiante de tudo isso é que, muitas vezes, o amor não se revela e, mesmo que não se diga, em segredo, profundamente, a mudez nos faz deslumbrar em sonhos e fantasias, e o que deveria ser apenas a ausência de som se torna uma presença constante, um fardo em desespero que alimenta os sonhos, sobre os ombros e o coração, nos torna o amor, em algo bonito, mas também doloroso e preso em um espaço onde o impossível e o incerto se encontram. Entre sonhos e realidades, esse amor que eu tento conquistar é uma presença constante, que não se revela na minha vida. Como uma fantasia de carnaval, onde eu escondo o meu rosto, que perdido no bloco das ilusões, em uma fantasia bela que se dissolve em todo amanhecer.

 

 

Os sons dos canários da terra.

Como é bom ouvir o canto dos passarinhos! Lá em Praia Seca, os canários da terra, em revoada, trilam suas próprias músicas. Um verdadeiro espetáculo. Quando eu fazia alguma harmonia dissonante no meu violão, eles ficavam sobre os fios, que se mexiam pelas quantidades de pássaros perfilados, dobrando os seus cantos em uníssonos sons. A natureza é sábia. Pena que eu fiquei pouco tempo por lá. Mas foram nesses curtíssimos dias de carnaval que eu senti de perto a essência de paz e reflexão. Eu estou satisfeito de assistir ao vivo as sinfonias que meteriam inveja a Bach, Beethoven e outros, que foram excelentes músicos e compositores, que até hoje enaltecem nossos ouvidos transmitindo a tranquilidade sobre nossos sentimentos.  Pena que quase sempre não é assim. A simplicidade da natureza nos conforta e alivia o peso da nossa alma.

 

Pequenas frustrações de 'Carnaval".

Eu decidi passar o carnaval deste ano em Praia Seca, um distrito do município de Araruama. Cheguei ao findar da tarde de sexta-feira, e com muita sorte, sem engarrafamentos. Muito calor, mas com bastante vento, um pouco gelado vindo do mar, em clima agradabilíssimo, diferentemente da Praça Seca, onde eu resido. Como de praxe, tirei as bolsas do carro, liguei o meu modem de ‘Wi-fi’ que funcionou instantaneamente. Arrumei tudo que trouxe do Rio de Janeiro e, mais tarde, para a minha surpresa, a internet parou de funcionar. De pronto, eu liguei para a minha operadora, e colocaram como prioridade a visita na parte da manhã de sábado. Ledo engano. Hoje é segunda-feira, e eu ainda estou nessa situação, após várias ligações com ameaças de cancelar o serviço, o que se concretizou nesse mesmo dia. Entrei no site ’Reclame Aqui’ e expus a minha situação. A operadora é ‘Gigabyte “Mais”, e naquele site tem mais de sete mil e quinhentas pessoas descontentes com o serviço dessa empresa. Perdi a minha praia de sábado e de segunda-feira, na expectativa de chegada de um especialista para resolver a minha situação. Estamos aqui: minha esposa, filha, genro e neta. Dessa vez, a casa ficou vazia. Armei uma piscina para a minha neta banhar-se, apesar da falta d’água, que dificulta o nosso dia. Mas, felizmente, eu tenho um poço artesiano que quebra um galho nessas horas. Só compramos água para consumo. Ontem, levamos a nossa carnavalesca neta Carolina para pular no carnaval. Ela voltou extenuada. Brincou muito. O cansaço era natural, já que na parte da manhã, ela esbaldou-se na praia. Aqui, os dias estão primorosos, com muito sol, um excelente convite para se divertir na praia. Eu e minha esposa ficamos em casa hoje, porque aguardamos a visita do nosso salvador da pátria, com relação à internet. Retornaremos amanhã para casa. Tomara que não enfrentemos concentração de veículos para não dificultar nosso regresso. Apesar dos contratempos, deu para descansar. Uma parada momentânea de tranquilidade, sem tiros, assaltos ou violências que assolam o Rio de Janeiro, onde a insegurança é permanente.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Copacabana! Eu estou com saudade dos velhos tempos

Na quadra da praia de Copacabana, um bairro de tanta fama e beleza, precisamente na Figueiredo de Magalhães, onde eu sempre morei, atualmente, a vista não é bonita, mas sombria, entre encantamentos e frustrações. Lá de cima, eu observo o trânsito caótico, buzinaços, muitos mendigos, alguns deitados sobre os vários papelões, como lençóis e madeiras sobrepostas, forradas com panos de cortiço  substituindo travesseiros, fétidos cobertores, alguns deles envoltos em surrados jornais e abrigados provisoriamente do sol e da chuva sobre marquises de lojas comerciais, vivendo como nômades. Nem as entradas de estabelecimentos bancários escapam das investidas, por serem aconchegantes e tranquilas para os invisíveis, excluídos da sociedade num reflexo das desigualdades sociais. Uma situação típica de abandono das mazelas governamentais. Na realidade, essas vulnerabilidades concentram-se em grandes cidades, por falta de políticas públicas eficientes, que preocupam o cotidiano das pessoas, especialmente os moradores deste charmoso bairro da maravilhosa cidade. Ainda, da minha janela, percebo diariamente cenas de agressões a transeuntes, furtos e roubos de celulares à mão armada, que os amigos do alheio, em motocicletas, locupletam-se de carteiras e até das bolsas com compras de supermercados, onde impera o ‘ninguém’ é de ‘ninguém’, em guerras diárias de sobrevivência devido ao despreparo e inércia de órgãos públicos, uma triste consequência por um sistema de segurança pública falido, onde a impunidade e a sensação de desamparo reinam vertiginosa e absolutamente. Em minhas frequentes caminhadas, pelas redondezas, sem lenço e sem documento, em busca da brisa marinha, eu despretensiosamente sentei-me ao lado de Drummond, instalado confortavelmente num banco, de costas para o mar, contrariado e triste com o bairro que residiu e velhas lembranças da saudosa Itabira e dos tempos de criança. Entre vários assuntos, eu perguntei-lhe, sobre o que fazer ‘E agora, José’? E perdeu, mané! Ele olhou para mim e respondeu: Os ‘Josés e Manés’ são sofredores. Padecem dos mesmos males. A primeira expressão é uma forma literária e profunda sobre desespero e impotência. A segunda é de rua e descontraída para agora, onde o ‘perdeu’ simboliza uma sensação de fracasso e derrota. O mais importante é não ficarmos no ‘meio do caminho’. O único jeito é retirarmos as pedras que nos dão topadas. Assim como às nossas retinas fatigadas, devemos encontrar soluções e resistência diante das adversidades. Saí de lá satisfeito, com a resposta do mestre das poesias. Retornei para o meu pequeno e acolhedor apartamento. Fechei a janela e puxei a cortina solitária, como final de peça teatral. Um extremo ato de se afastar do caos exterior para buscar, no meu silêncio, algum conforto entre quatro paredes.

 

 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Quando se perde um amor?

Os amores perdidos são como ecos no coração, que, embora distantes, continuam a ressoar no silêncio da memória. A ausência do amor é uma dor que se infiltra, silenciosa e implacável, como um vento frio que se abate sobre um jardim florescendo. As lembranças de sorrisos compartilhados, olhares cúmplices e promessas que, de alguma forma, se desfazem no tempo. Cada amor disperso deixa marca e uma sensação de que algo incompleto permanece nas pessoas, como se uma parte de nossa alma tivesse sido arrancada e nunca mais pudesse ser recuperada. No entanto, o amor desaproveitado também ensina. Ele nos molda e nos faz refletir sobre o que realmente importa no que buscamos em nós mesmos e nos outros. Talvez, ao perdermos algo ou alguém, encontremos mais sobre quem somos, sobre os nossos desejos mais profundos e sobre a nossa capacidade de seguir. Há uma beleza triste na perda do amor, uma lição silenciosa que nos ensina sobre a impermanência da vida. Tudo é efêmero, e o amor, em sua forma de pureza, não é exceção. É neste entendimento que encontramos a esperança de que o amor pode se perder, mas a capacidade de amar permanece. Mesmo que no coração se abra uma ferida, ele ainda palpita para novas possibilidades. A perda, apesar de toda a dor, nos prepara para a renovação, para novas formas de amar e ser amado.

A solidão, compensada pela internet.

As redes sociais têm sido importantes para muitas mulheres que enfrentam a solidão se sentirem mais conectadas. Esses aplicativos se tornam companheiros dos reclusos porque oferecem uma sensação de conexão e pertencimento, e muitas vezes proporcionam interação instantânea com outras pessoas, mesmo à distância. Para aqueles que se sentem sozinhos, essas plataformas oferecem uma maneira de interagir com o mundo, com novas amizades ou até mesmo criar vínculos mais profundos, sem a necessidade de sair de casa. Além disso, oferecem espaços onde é possível compartilhar pensamentos, interesses e sentimentos, o que pode reduzir o impacto dos desacompanhados, proporcionando uma forma de suporte emocional e social. A conveniência de estar sempre disponível e o anonimato também são atrativos para que as pessoas se expressem de maneira livre e direta. Esse espaço virtual pode ser um alicerce importante para muitas mulheres, oferecendo uma rede de apoio onde a distância física não impede a troca de experiências e o fortalecimento dos laços sociais.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Uma rosa. Um amor.

A cor do querer, eu a ofereço com o mais puro ser que transpira desejos. Uma rosa, silenciosa, ao meu lado, disfarçada. E eu, calado, encantado com suas pétalas, sem suas respostas ou gestos que me trouxeram ao seu encanto, dei um sussurro aos ventos em esvoaçantes prantos. Tento tocar sua alma perfumada da sua distância, como abrigo da minha calma. Não quero que você murche, por favor, porque seus espinhos irão me ferir e as cicatrizes sem antídotos da ilusão ficarão permanentemente no meu coração. De que vale tudo o que lhe digo, se penso que você não aceita o meu sonho quase perdido, como esta rosa que pode despetalar-se, sem esperança, sem rimas de tristeza e solidão? Esta rosa acolhe a minha dor, em silêncio, sem ainda ter o seu amor. Entre sobressaltos, ansioso por suas palavras, só me restam mais rosas e suas pétalas infinitas. Eu, novamente, perdido a cada pétala que cai em minhas mãos, sinto o peso do que não foi, do que ficou para trás. E a mais bela colhida da minha coleção, que lhe ofereço, a qual é a minha ternura e esperança, depositada de dores, me faça sorrir de verdade. Um eco mudo de um amor que poderá se perder em vapor. Não corra hesitante para o meu jardim, com seu iluminado véu, por onde esconde a sua beleza de incertezas e indagações, porque no meu roseiral florescem somente as que desabrocham com olhares sinceros, sem a dor da espera, onde residem os sorrisos penetrantes e cintilantes luzes de alegrias. O vermelho, a minha preferida, onde as paixões e conquistas me dão prazer, eu a presenteio com esta rosa, e em cada pétala um pedaço de mim, em expectativas de emoções. 

O revés de um sacripanta político.

Essa frase transmite um alerta bem direto sobre os riscos e manipulações que podem acontecer no cenário político. A palavra ‘sacripanta’ é uma forma de criticar uma pessoa que age de maneira desonesta ou interesseira. Algo como: ‘Cuidado com a política, porque sempre tem alguém querendo se aproveitar dela.’ É um toque de desconfiança para alertar as pessoas sobre possíveis enganações. O revés das expectativas políticas é um fenômeno que ocorre sempre que as promessas feitas por candidatos ou partidos políticos não se concretizam da maneira esperada, ocasionando frustração entre a população, principalmente com relação à economia lenta, gastos excessivos do governo, descompromisso com a inflação, que poderá chegar a dois dígitos, caso continue dessa mesma forma, juros altíssimos e o descontentamento dos brasileiros, com o aumento expressivo de gêneros alimentícios. Crise na segurança em todo o país e discursos ultrapassados, sem renovação de ideias. Em muitos casos, o povo deposita suas esperanças em mudanças profundas e melhorias significativas, mas, com o tempo, percebe que as reformas prometidas ficam em segundo plano ou sofrem atrasos e distorções. Esse fenômeno é frequentemente alimentado por manifestações inflamadas e promessas grandiosas, mas que carecem de uma base sólida ou de um compromisso real com a execução. O revés surge e torna-se empecilho, que não são eficazes em suas narrativas pelas dificuldades do governo, em sua base de sustentação, a pressão de interesses contrários ou até a corrupção, que impedem que suas argumentações sejam efetuadas de forma eficaz. A decepção do povo com os políticos muitas vezes se traduz em um crescente desinteresse pela política, o que alimenta um pernicioso e vicioso entendimento de desilusão das instituições e nos processos democráticos, em que discursos populistas ou extremistas se aproveitam dessas contrariedades para conquistar apoio, para seu sustento. Esta revirada das expectativas políticas também reflete a complexidade do gerenciamento público, onde as soluções rápidas são quase impossíveis e as decisões frequentemente exigem concessões difíceis. Contudo, o fracasso em cumprir promessas pode ser o reflexo de um sistema político disfuncional ou de uma falta de clareza sobre as verdadeiras necessidades da população. Em última análise, o revés das expectativas políticas é uma armadilha tanto para os governantes quanto para os governados. As promessas eleitorais muitas vezes não consideram a complexidade da execução ou as limitações reais, e, quando as expectativas não são atendidas, a política acaba sendo vista apenas como um jogo de interesses, onde os vencedores são, em sua maioria, sempre os mesmos.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Os rumos e rumores no Brasil.

A economia e a política do Brasil estão constantemente em evolução, moldadas por decisões internas, dinâmicas externas e uma complexa rede de fatores históricos, sociais e econômicos. Nos últimos anos, os rumos do país são um tanto incertos, com mudanças significativas nas esferas governamentais e novos desafios econômicos e sociais surgindo a cada ciclo eleitoral. Em termos econômicos, o Brasil enfrenta uma recuperação lenta após crises fiscais, inflação elevada e uma enorme disparidade social, que vejo, precipuamente, alinhadas ao nosso dia a dia. Há rumores de que a inflação continua a ser uma grande preocupação para os brasileiros, afetando o poder de compra da população. O Banco Central tem adotado medidas para controlar a inflação, como a elevação da taxa de juros, mas isso também tem impactos na atividade econômica e no nível de endividamento das famílias. Burburinhos sobre o comportamento das taxas de juros em 2025 indicam uma possibilidade de estabilização, mas ainda com desafios pela frente. Quanto ao câmbio, o valor do real em relação ao dólar, ainda volátil, o que gera incertezas tanto para o mercado interno quanto para investidores estrangeiros. Entretanto, há especulações de que o Brasil pode atrair mais investimentos em setores específicos, como tecnologia, energia renovável e infraestrutura, caso consiga programar reformas fiscais mais robustas. Apesar da recuperação gradual do emprego, a desigualdade no Brasil permanece alta, e rumores sobre uma potencial reforma tributária indicam que as discussões sobre um sistema mais progressivo ganham força. Isso poderia impactar diretamente como os ricos e as empresas contribuem para a economia, sendo um tema importante nas próximas eleições. Quanto à tendência política, o Brasil vive um cenário de forte polarização, e as tensões entre os diferentes espectros ideológicos continuam a afetar a governabilidade. O presidente e seus aliados enfrentam desafios para resolver políticas públicas devido à resistência de setores opositores, tanto no Congresso quanto nas ruas. A popularidade do governo atual é afetada por rumores sobre o uso de políticas de base clientelista, com pouca participação da sociedade, com ideias antigas de governar e segue engessado, sem cumprir suas propostas de campanha, o que gera divisões na coletividade brasileira. As mudanças nas regras fiscais, como novos pacotes de austeridade ou um possível aumento da carga tributária para setores específicos, geram expectativas e temores no mercado e na população. Há especulações de que o governo, mesmo em nocaute, pode buscar alianças com partidos centristas, ansiosos por ministérios, para garantir a aprovação desse tema. O cenário eleitoral de 2026 é amplamente discutido, com nomes possíveis surgindo para disputar a presidência. Entre rumores e especulações, a política do país poderá ser moldada por novas alianças e desafiantes, com a busca por uma estabilidade política como um dos principais temas. A maior preocupação é como os diferentes líderes podem construir um caminho mais coeso para o país, dada à instabilidade e as crises anteriores. Os rumos econômicos e políticos do Brasil continuam a ser um tema de intensa especulação e incerteza. O futuro do país dependerá da estabilidade política que poderá ser alcançada e da habilidade do governo de lidar com os desafios estruturais, sem se esquecer de equilibrar o crescimento econômico, com menos gastos, visando redução das desigualdades sociais. As expectativas de muitos se concentram na capacidade do Brasil de superar esses desafios e, simultaneamente, promover um ambiente mais favorável para o crescimento sustentável. Os rumos e rumores deixam o Brasil apreensivo, sem falar nas políticas internacionais, que por hora, também não nos deixa relaxados confortáveis.