Você sabe aquele vazio no coração? Hoje, como cotidianamente, eu estou assim! Sem ânimo para nada! A minha energia foi embora, e meus dissabores permanecem em inconstantes dias. Eu não consegui ninguém para compartilhar da minha vida. Eu sou um solteirão carente de tudo. Somente a profunda solidão me conduz até aqui. Uma companhia difícil de lidar. Com ela, a reprimida, eu diariamente me desabafo, eu falo mal e choro copiosamente em lembranças da menina que enchia o meu peito de alegrias, mas os frustrantes pensamentos, até agora, me perseguiram principalmente nas noites, da claridade da lua que ainda ilumina a janela do meu quarto. Já tentei várias distrações, novas formas de viver, atividades ao ar livre, mas tudo em vão. Mas, ela não sai da minha mente. A minha idolatrada namorada de escola, nos tempos fundamentais. E por onde ela andará? A lembrança de adolescências me satisfaz e traz também à tona muitas emoções, principalmente as vividas na recreação escolar. Se pudesse, eu voltaria ao tempo, eu lhe diria como foi bom conhecê-la, como suas risadas me impressionavam, como o meu coração palpitava todas as manhãs entre olhares inocentes, perfilados ao ‘Hino Nacional’. Seria fabuloso, um reencontro de conexões e de respostas que se perderam ao longo dos anos em indagações, impactadas e presas à minha memória. Essa saudade que dilacera os corredores da minha mente e coração permanece ativa. Será que ela casou? Que ela tem filhos? Eu não tenho herdeiros! Só criei incertezas, desconectado de experiências, que eu imaginava viver, como a criação de uma família, com alguém especial. Por onde ela estiver eu estarei sempre alimentando o meu desejo de que ela seja bastante feliz, e a meu lado, a saudade distante e silenciosa, mais uma vivência de esperança que mantém as minhas vivas recordações.
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