As músicas me acalmam, principalmente as belas e refinadas eruditas, que em ritmos de sinfonias complexas, como a que estou vivendo neste momento de refúgio, tão difícil e adverso. Uma fuga ao tempo, num luto emocional. Minhas agitações foram estendidas por decepções e angústias atribuídas não só a mim, como também a ela, por distanciamentos reservados em novas tecnologias digitais dos tempos modernos. Tenho perambulado pelas ruas, sem harmonia rítmica e sem equilíbrio. Uma parte de mim se foi. Uma pessoa que julgava a companheira para sempre, idolatrada em meus versos e prosas, a minha inspiração maior, que preenchia ocasiões de alegrias, e que já não existem mais. Nesse meu novo itinerário, os raios solares do amanhã me satisfarão apesar das nuvens e chuvas torrenciais carregadas de maus sentimentos e que prematuramente me ensoparam de dilúvios, quase permanentes. Mas eu acordei. Procuro uma nova mão para dançar, para brilhar e juntos contemplarmos o sol iluminando as nossas novas emoções, com ventos suaves para a minha vida em reconstrução. Uma âncora forte e resistente para futura jornada itinerante, na barca do amor, sem amargar derrotas. E quem sabe uma companhia que goste de música, como eu, para dançarmos valsas com sons sincopados, em comunhão de almas, em salões soberbos de diversões, e especialmente, com graça, beleza e exuberância, na riqueza das suas qualidades e afeições à vida. Espero alcançar esse sonho com objetivo e esperança, a todo amanhecer.
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