Um jardim sem flor! É assim que eu me encontro. Não, ao sentir a falta de uma palavra sua, um aceno, um sentimento de alegria em que a minha saudade e esperança ilustram bem a minha solidão, nesse estado de incompletude e anseio, pela ausência e falta de cumplicidade de dias de contentamento. Plantei outras vezes, depois que você partiu as sementes no meu fértil terreno, mas estas se perderam com o tempo. Agora floresce em mim o desejo de reencontrá-la. A saudade que se espalha como terra nua em meu jardim, em que a esperança antes era vibrante, agora luta para sobreviver. Isolado no meu silêncio, com você ainda mais longe de mim, restam apenas as lembranças de reviver o que se foi, de preencher o vazio que sua partida deixou. Não é primavera. Inicia-se hoje mais uma estação do ano. O outono serve para se fazer análises sobre tudo o que poderá acontecer nos próximos meses. E nesse equinócio que virou a minha vida, onde as noites são iguais, sem novidades, sem mudanças, persiste minha melancolia. Se for para o seu bem, eu desejo sinceramente que você siga a sua própria estrada, em busca de novos sonhos, mas tome cuidado com as ilusões, para que você não caia em abismos, mesmo cavados com os seus pés, segundo o grande poeta ‘Cartola’. Às vezes, a compreensão da vida nos atrapalha, em busca constante por explicações.
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