Prestes a completar setenta e cinco anos, sinto-me realizado e em paz com o que vivi até agora. Trabalhei muito, por vezes em dois empregos, além de horas extras, inclusive em alguns domingos, mas não desisti. Dei tudo de mim e hoje, com a sensação de dever cumprido. Tive dois casais de filhos, todos encaminhados pelo caminho do bem, assim como meus quatro netos maiores e uma neta, ainda com cinco anos. A família, para mim, é intocável e primordial, um alicerce que deve ser inabalável. Os tempos mudaram, assim como ela. A chegada do mundo digital, um excelente benefício indiscutível, facilitou o acesso à informação e ao conhecimento, mas também trouxe desafios. Os comportamentos já não são mais os mesmos, a mulher teve que se unir ao marido em suas conquistas e os filhos, na sua maioria, passam tempo em frente às telas, entre quatro paredes, sozinhos, aprendendo essa nova realidade virtual, especialmente após a volta das aulas. O impacto da tecnologia na educação e no desenvolvimento do caráter das novas gerações enseja uma interrogação sobre a educação futura, o que é bastante inquietante. Com meus três quartos de século de vida, já vi muita coisa, e talvez veja alguma novidade, mas continuo escrevendo e inspirando minhas convicções sobre a família na amplificação de dias melhores e decisivos na nossa vida, mesmo com o efeito da inovação nas novas gerações.
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