As nuvens sombrias pairam ameaçadoras sobre o palácio presidencial, como um manto pesado com a obscuridade do brilho, a falta de carisma da autoridade principal e da desesperança da população brasileira, envolta numa penumbra inquietante, por onde o sol mal consegue penetrar. Lá, onde antes a ordem e o controle reinavam absolutamente, o cenário é agora marcado por uma agitação incomum. Os animais que passeavam livremente pelos jardins da fortaleza agora se veem perseguidos por seus algozes, em ritmos implacáveis por infortúnios em suas reproduções. São emas, avestruzes e mais outras aves, subjugadas e presas a essas tristes realidades. A atmosfera, densa e misteriosa, agora reflete uma tensão crescente. O majestoso castelo, normalmente um símbolo de ordem e governança, agora parece vulnerável, cercado por uma tempestade silenciosa que não traz apenas chuva, mas também uma sensação de iminente descontrole. O cenário transmite a ideia de que o poder que ali se exerce, embora imponente, pode ser igualmente volúvel diante das forças do destino. Além dos fogos amigos de colaboradores, o cenário é desolador. Os sigilos continuam e a maquiagem sobre resultados já não choca os eleitores ressabiados. Os animais também não podem chocar porque desfrutar de ovos de emas é somente competência de presidentes de republiquetas. Agora o choque maior virá nas contas de energia, visto que o inferno solar colaborou para um maior consumo. Roguemos para que as chuvas de março tragam não apenas alívio para a seca, mas também para a alma de um país que, perdido entre promessas e frustrações, ainda busca a luz que parece bastante distante.
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