segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Amor de carnaval


Amor de carnaval


Depois do carnaval ela vai sentir que a folia já não existe em mim.

Brincamos nesses blocos de rua, eu de pierrô, ela de colombina, pensando que isso tudo não viraria monotonia.

Enganamo-nos, ela com a sua maneira fria de agir e eu com a maneira quente de explodir.

E disso tudo restaram às cinzas.  Por que razão essa tristeza agora agoniza em mim?

Será que esse sonho desfeito seria a razão de eu só conhece-la por três dias?

Não, eu nunca fui um pierrô apaixonado e ela nunca foi a colombina que eu esperava nos meus sonhos.

Agora só nos resta a desfilar no bloco da solidão. Talvez essa desilusão tenha sido um sinal de alerta. Jamais procurarei amor de carnaval.

Porque os enganos são coisas de folia. E o verdadeiro amor não são coisas de fantasia.  São coisas do coração. E para ele nunca direi não.



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