Amor de carnaval
Depois do carnaval ela vai sentir que a folia já não existe
em mim.
Brincamos nesses blocos de rua, eu de pierrô, ela de
colombina, pensando que isso tudo não viraria monotonia.
Enganamo-nos, ela com a sua maneira fria de agir e eu com a
maneira quente de explodir.
E disso tudo restaram às cinzas. Por que razão essa tristeza agora agoniza em
mim?
Não, eu nunca fui um pierrô apaixonado e ela nunca foi a
colombina que eu esperava nos meus sonhos.
Agora só nos resta a desfilar no bloco da solidão. Talvez
essa desilusão tenha sido um sinal de alerta. Jamais procurarei amor de
carnaval.
Porque os enganos
são coisas de folia. E o verdadeiro amor não são coisas de fantasia. São coisas do coração. E para ele nunca direi
não.
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