Pai, há quatro meses eu me pergunto, o
porquê, do senhor sempre me dizer que era um injustiçado. De forma antagônica a
música “Caprichos do Destino”, a sua vida pautou em várias situações em que a
sorte lhe sorriu.
Portanto, Deus, em vários
momentos soube compensá-lo na sua grandiosa orientação aos seus filhos, sem
discriminação aos seus semelhantes, no comportamento com as pessoas, na vida
pública ilibada, sendo o portador de um caráter invejável e inigualável, e que
sempre nos transmitiu que para viver bem não era preciso ser desonesto. Enfim,
agradecemos ao senhor por tudo que nos ensinou e quis o capricho do destino que
nos deixasse, cumprindo a sua missão honrosa, sem máculas perante seus filhos,
parentas e amigos. Soube o senhor, também, enfrentar com dignidade os percalços
que a vida lhe impôs, sem se desesperar, abraçando para si toda a
responsabilidade e hombridade de um grande chefe de família. Portanto, nós consideramos
pelo menos eu, que o senhor teve muito mais momentos de felicidade,
principalmente junto a sua família e que muitos talvez, tivessem a inveja da
sua força de vontade que nunca pensou em desistência, sendo implacável nas suas
realizações, enfrentando a vida sem derrotas. Deus lhe deu o direito de viver sim.
Apesar de o senhor sentir aparentemente que não tinha felicidade, em nenhum
momento acovardou-se com a sua vida cotidiana, trabalhando arduamente para
servir aos seus. Infelizmente ficamos órfãos da sua sabedoria.
Prá mim, o senhor foi e é um
espírito de luz. Um grande iluminado. Como diz o ilustre poeta, seu sobrinho e
nosso tio Carlos Magno. “Enxuguemos a tristeza do nosso olhar”. Apesar disso,
em nossos “corações cabem tanta dor.” Eu, especialmente, quando me lembro dessas
sábias frases, busco força na minha inseparável amiga “saudade”, a qual vincula
toda a esperança, caso Deus nos dê essa oportunidade, de nos encontrarmos em
outra vida e relembrarmos juntos, com muita galhardia às alegrias e tristezas
vividas em nosso imenso planeta Terra.
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