O solitário
Sou um
solitário, foi o que eu disse a Lua.
Nunca fui de
argumentar sobre o passado, porque já não existe.
Caminho
sozinho, porque a minha sombra também não me quer.
Não nego que
a minha readaptação nessa vida foi árdua e enfadonha.
Seguirei com
os meus pensamentos intensos e profundos.
Porque resistirei
à única tentação de conhecê-la.
A morte! Ela
será o momento inevitável de reviver em outro mundo.
Entre a vida
e a morte, para mim, só existe uma semelhança, que é a da dor.
Acho que são
gêmeas e se completam sempre em um novo ciclo.
A dor da
existência é a que nos permite acalentar os sonhos não realizados e às vezes com
a participação de pessoas de nossos relacionamentos.
Na dor da
morte, a pessoa fica literalmente sozinha como estou.
Na partida
para a outra realidade, arrumarei uma nova companheira.
Se aparecer
um novo satélite no céu, poderão dizer que sou eu.
Mas nada adiantará
se eu estiver perto da Lua.
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