Já
era tarde da noite, num sábado, em Vinte e Nove de Maio, estávamos Tânia,
Almir, Aline, Augustus, Ramón, Gláucia e eu, estávamos justamente
conversando sobre o papai e revendo fotos antigas no computador. Comentamos que a
fisionomia dele era imutável, pois não sofrera qualquer mudança que nos
caracteriza com o passar dos tempos. No quarto do meu apartamento, ouvi a porta
da sala mexer e preocupado em não terem tocado a campainha, fui verificar e ao
a abrir a porta não vi uma viva alma. Fora um ledo engano, era a alma do meu
pai. Alguns minutos depois, recebi a ligação do meu sobrinho Anderson. Ele me
passou a informação da gravidade em que meu pai se encontrava, mas a notícia
fatal veio a mim através do meu próprio pai.
Inesquecível será esse dia. A sua partida me deixou perplexo.
Agora sinto a saudade pulsar nas veias. E sem nos consultar, Deus o levou. O
meu pranto já se enxugou. A lembrança é a sabedoria que o pai celestial nos
deu. O inconformismo fica em segundo plano, quando nos recordamos dos entes
queridos. Às vezes me surpreendo
a sós. Retendo a sua trajetória
na memória. E nas minhas orações
penso em Deus. Ele existe para
tranquilizar a saudade.
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