segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A formiguinha e o camaleãozinho


 A formiguinha “Anita” passeava e trabalhava ao mesmo tempo, pois levava sua comidinha para estocar, fazendo longos caminhos até o seu esconderijo, num lugar bem escuro, que não entrava sol, para não passar privação quando o inverno chegasse.

 Todos os bichinhos brincavam no bosque, enquanto ela trabalhava.

 Assim toda vez que “Anita” passava carregando seus alimentos, o camaleãozinho, chamado “Esperto”, fazia gozação com seus gestos e contava a todos os animaizinhos da redondeza que “Anita” estava guardando para ele.

 Pois logo se ele quisesse, seria só colocar a língua no buraco em que os alimentos estivessem para trazê-lo a boca sem ter que caçar com suas próprias patas.

 Os meses se passaram, e chegou o longo inverno, trazendo até geadas, naquela localidade em que habitavam os animaizinhos. A maioria deles recolheu-se para seus abrigos, saindo de seus lugares somente para caçar, pois tinham que sobreviver.

 A formiguinha “Anita” estava tranquila em sua casinha, enquanto alguns animaizinhos apavorados, com fome e muito frio, procuravam algum abrigo para ficar.

 O camaleãozinho “Esperto” por sua vez, saiu para caçar e não encontrou nada. Quando chegou a sua toca, esta se encontrava fechada pelo gelo. Então foi sorrateiramente ao abrigo da formiguinha “Anita”, e tentou esticar a língua para alcançar os alimentos, que estavam bem guardadinhos na parte alta dos fundos, mas a entrada estava bloqueada com uma fina camada de gelo, impossibilitando-o de agir.

 Sem lograr êxito, e quase sem voz, começou a gritar o nome da formiguinha “Anita” para salvá-lo daquela situação.

 “Anita”, com pena do camaleãozinho, que se achava “esperto”, perdoou-o, deixando-o entrar, e o linguarudo levou uma bronca da formiguinha, que com ele repartiu alimento e alojamento naqueles longos períodos de frio, mas foi logo exigindo que o camaleãozinho devesse ter mais responsabilidade e se preparasse para os próximos invernos.

 O camaleãozinho “Esperto” aprendeu a lição e começou a fazer um bom esconderijo, justamente como a formiguinha “Anita”, havia falado, iniciando também a estocagem de seus alimentos e principalmente, respeitando a todos amiguinhos, tratando-os com urbanidade e cordialidade e sem pensar em subtrair alimentos de quaisquer animaizinhos daquele bosque.

 “Deus ajuda a quem cedo madruga...”.





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