A formiguinha “Anita” passeava e
trabalhava ao mesmo tempo, pois levava sua comidinha para estocar, fazendo
longos caminhos até o seu esconderijo, num lugar bem escuro, que não entrava
sol, para não passar privação quando o inverno chegasse.
Todos
os bichinhos brincavam no bosque, enquanto ela trabalhava.
Assim
toda vez que “Anita” passava carregando seus alimentos, o camaleãozinho,
chamado “Esperto”, fazia gozação com seus gestos e contava a todos os
animaizinhos da redondeza que “Anita” estava guardando para ele.
Pois
logo se ele quisesse, seria só colocar a língua no buraco em que os alimentos
estivessem para trazê-lo a boca sem ter que caçar com suas próprias patas.
Os
meses se passaram, e chegou o longo inverno, trazendo até geadas, naquela
localidade em que habitavam os animaizinhos. A maioria deles recolheu-se para
seus abrigos, saindo de seus lugares somente para caçar, pois tinham que
sobreviver.
A
formiguinha “Anita” estava tranquila em sua casinha, enquanto alguns
animaizinhos apavorados, com fome e muito frio, procuravam algum abrigo para
ficar.
O
camaleãozinho “Esperto” por sua vez, saiu para caçar e não encontrou nada.
Quando chegou a sua toca, esta se encontrava fechada pelo gelo. Então foi
sorrateiramente ao abrigo da formiguinha “Anita”, e tentou esticar a língua
para alcançar os alimentos, que estavam bem guardadinhos na parte alta dos
fundos, mas a entrada estava bloqueada com uma fina camada de gelo,
impossibilitando-o de agir.
Sem
lograr êxito, e quase sem voz, começou a gritar o nome da formiguinha “Anita”
para salvá-lo daquela situação.
“Anita”,
com pena do camaleãozinho, que se achava “esperto”, perdoou-o, deixando-o
entrar, e o linguarudo levou uma bronca da formiguinha, que com ele repartiu
alimento e alojamento naqueles longos períodos de frio, mas foi logo exigindo
que o camaleãozinho devesse ter mais responsabilidade e se preparasse para os
próximos invernos.
O
camaleãozinho “Esperto” aprendeu a lição e começou a fazer um bom esconderijo,
justamente como a formiguinha “Anita”, havia falado, iniciando também a
estocagem de seus alimentos e principalmente, respeitando a todos amiguinhos,
tratando-os com urbanidade e cordialidade e sem pensar em subtrair alimentos de
quaisquer animaizinhos daquele bosque.
“Deus
ajuda a quem cedo madruga...”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário