terça-feira, 21 de maio de 2019

Os caminhos desse chão


Vou seguindo os caminhos desse chão.
Sei que estrelas vou colher na imensidão.
Se as rosas falassem e os céus escutassem.
A certeza que eu tenho no coração.
Vou seguindo os caminhos desse chão.
Enxergando os valores do sertão.
Nem as caatingas, sem terras, divididas.
Conseguem enrijecer meu coração.
Descobri que o amor renasceu
É meu destino seguir em frente sem sofrer. Porque!
No céu brilham as estrelas.
Lá no oceano, reflete o luar. E eu aqui a sorrir.
Vendo ondas do mar revirar.
Nos limites dos caminhos desse chão.
Num lamento a violência segue então.
Desigualdades é veracidade.
De norte a sul, pedimos proteção.
Já não posso alimentar a minha ilusão.
Ver que os pobres pedem esmolas e pedem em vao.
Que a impunidade é imoralidade.
Satisfaz só uma parte da nação.
É só dizer que o mundo é melhor.
Num moinho a nossa vida vira pó. Porque!
O tempo desfaz as marcas.
Da voz que não se cala.
De ver tanta injustiça.
Que no povo é sempre praga.
Gente que sente.
Onde há felicidade.
Não importa a saudade.
Zombando da tristeza.
Aonde o eterno. Glorifica a bondade.
A espera da felicidade.



Ricos falsos


Lá no pé do morro vejo no asfalto.
Ricos falsos os falsos pobres, zombando de mim.
Eu faço parte da classe desassistida, oprimida.
Mas um dia isso terá um fim.
Agora! Maria e eu vamos trabalhar.
Revolver lixos das calçadas até cansar.
Hoje nos vivemos amargurados.
Nosso teto é a marquise de um bar ao lado
Mas um belo dia, alguém estendeu a mão.
E sem sacrifícios, nos levou a multidão.
Logo avistamos um profeta falando com o dedo em riste, que nós pecamos.
Se for pecado ser pobre eu sou um pecador.
Não levo vida de sonhos, não sou um sonhador.
Mas rezo todos os dias ao nosso senhor.
Que acabe com o meu sofrimento e dor.




Canção para ninar Carolina


Carolina! Há tanto tempo esperei por você.
Carolina! Isso é sublime e a mamãe Aline irá sempre lhe proteger.
E tudo isso é condição sequa non.
Indispensável o dedicado papai Ramon.
Carolina! Você ainda não entende.
A conjugação do verbo amar.
Quando você crescer pelos corredores da vida.
Você é e sempre será a melodia da minha vida.
Carolina!

Despedida doída


Sim, foi tudo um sonho, eu acordei.
Você não foi a pessoa que desejei.
E que um dia jurou me amar.
O meu peito está dilacerado.
E o meu coração desalinhado.
Com promessas ao pé do altar.
Vai, embora com o seu sorriso.
De a um outro, o seu cinismo.
Mas um alguém para enganar.
Esqueça, que da minha boca só ouvirá a partida.
Que não merece a despedida.
O sofrimento de uma alma perdida.




Carolina


Olha como está linda a noite.
É o clarão da lua sobre o mar.
Você é uma estrela, que brilha mais que o luar.
E quando o sol desponta.
As ondas vão acalmar.
Para fazer mais um dia de felicidade.
Essa é a Carolina, que irradia beleza e encanto.
E que consegue parar o próprio vento.
Olha como está linda a noite.
É o clarão da lua sobre o mar.
Você é uma estrela, que brilha mais que o luar.
E quando o sol desponta.
As ondas vão abrandar.
Para fazer mais um dia de alegria.
Essa é a Carolina, que irradia fascínio  e encanto.
E que consegue calar o próprio vento.


sábado, 30 de março de 2019

TIRO, o RITO do momento!


Coitada da Belinha, uma cachorrinha brincalhona que tinha a mania de dormir na cama beliche, na parte do alto. Para subir ela fazia um grande contorcionismo. Ia pela estante e galgava rapidamente a parte superior do leito. Todos os dias ela fazia isso quando queria descansar. Era costume eu colocar o seu almoço, na parte externa da área. Até que em determinado dia, na hora da refeição ela não apareceu como era de costume. Eu tinha ido ao mercado e antes de sair coloquei o seu prato preferido, “grãos de carne prensado”, para sua alimentação. Quando cheguei à minha casa, vi uma cena horripilante. A minha Belinha estava toda ensanguentada. Ela ainda se encontrava viva. Enrolei-a em uma toalha e segui para a clinica veterinária, próxima a minha residência. Lá constataram que ela havia sido baleada. Fizeram todos os procedimentos necessários, mas infelizmente ela não resistiu. O projétil havia atingido órgãos vitais da minha cadela. Após o sepultamento da minha “filha”, fui para casa e lá reparei que no vidro da janela havia um buraco feito à bala. Essa situação aqui no Rio de Janeiro está insustentável. Muitas mortes ocasionadas por tiros disparados de todos os lados. Policiais, traficantes e milicianos em confrontos esquecem-se da população. A bala nunca é perdida. Ela sempre encontra alguém, e até os animais não estão livres dos descasos dos políticos que deveriam criar leis mais severas para acabar com essas mazelas de nosso Estado. Rio de Janeiro também virou um Rio de sangue.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Sorte no amor.


Eu sou um rapaz de sorte.
Tenho um amor, que me venera, até a morte.
Já cansei de procurar.
Até esqueci, de outras, amar.
Eu fui o andarilho, da vida.
Também tive mulheres, perdidas.
Se agora alguém vem me abraça.
Eu logo vou me esquivar.
Porque o meu bem, não vou magoar.
Das juras de amor.
Eu peço perdão.
Meus olhos rasos d’água.
Ainda enxergam os olhos seus.


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Eterno amor


Na porta de um bar.
Eu vi o meu grande amor passar.
Ela sempre bonita e estonteante.
E eu a me afogar.
Quando eu a conheci.
Meu coração sorriu.
E a alegria, de tê-la comigo fugiu.
Hoje eu sou um sonhador.
Carrego comigo essa dor.
E no copo da minha cerveja.
A espuma derradeira.
Que esse amor, me deixou.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Sanhaço coqueiro, visita especial




Todos os dias minha esposa Tania e eu somos agraciados com a visita de um passarinho nas janelas do nosso apartamento. Ele bica alegremente o vidro da nossa primeira janela da sala, que ainda está fechada, parecendo fazer-nos uma saudação. Seu nome “sanhaço coqueiro”. Esse pássaro habita normalmente em palmeiras, sendo logicamente o coqueiro um parente próximo da palmeira. Achamos interessante ele fazer ataques à sua silhueta em função da reflexão de sua imagem no vidro da janela. Ali o pássaro permanece alguns minutos cantando e fazendo acrobacias. Depois ele voa para a outra janela e repete o mesmo ritual. Talvez ele esteja interpretando que nós estamos recolhidos e quais seriam os nossos sentimentos, visto que ele está livre, leve e solto. Depois de breves trinadas, ele alça voo para outro lugar. À tardinha logo que o sol se põe, nós recebemos novamente sua visita. Dessa vez com um gorjeio mais imponente, parecendo despedir-se de nós. Assim todos os dias essa visita que já não é mais inesperada faz parte do nosso dia. Então eu me reporto à nossa velha constituição, que fez em outubro de 2018 trinta anos. O direito de ir e vir. Seria muito bom se nós tivéssemos a vida desse magnifico pássaro. Temos os direitos inalienáveis de ir e vir preservados, assim como no reino animal. Por enquanto nós seres humanos nos encontramos engaiolados em função da falta de segurança, tanto no Rio de Janeiro como no Brasil. Será que deveremos aprender com a fauna brasileira os princípios da nossa liberdade? Com a palavra o Legislativo, Executivo e o Judiciário, porque eu estou cansado de discursar sobre esse tema.

sábado, 3 de novembro de 2018

Doença, inevitável nos seres vivos


Boa tarde a todos! Eu fui acometido por três doenças no mês de outubro desse ano e ainda estou com algumas sequelas. Inicialmente, exatamente no dia doze de outubro eu estive na UPA, Unidade de Pronto Atendimento de Campinho, perto da minha residência, com dores na barriga, no corpo e principalmente com dificuldade de urinar, acompanhado de febre muito alta. Lá fui atendido pelo médico que solicitou exames de sangue e urina. Aguardei aproximadamente por duas horas e eu fui medicado com antibiótico, por ter uma quantidade expressiva de bactérias na bexiga, como também com remédios para a gastrite. Quanto ao exame de sangue, as plaquetas estavam muito baixas, totalizando 118. Fui orientado a retornar ao posto de saúde, dois dias depois. Retornei conforme combinado e refiz o exame de sangue e acusou 127 o numero de plaquetas. O mesmo médico afirmou então que eu tive dengue e que deveria retornar novamente para fazer uma nova avaliação, pois elas ainda continuavam baixas. E assim foi feito. Retornei ao mesmo local e fiz novamente o exame de sangue, identificando que as plaquetas tinham subido chegando a 199. Após duas semanas eu fui ao urologista que me examinou e solicitou vários exames de imagens, juntamente com remédios porque eu estava com a próstata muito inchada e que seria necessária sua extirpação. Além disso, orientou-me a seguir por mais 30 dias com o uso do antibiótico. Em seguida eu fiz os exames de imagens e procurei dois hospitais públicos para agilizar a minha operação. Nos dois hospitais as respostas foram taxativas, ou seja, eu teria que procurar uma clinica da família e posteriormente ser examinado por um medico, no meu caso um urologista, a fim de que eu fosse encaminhado para uma fila  de operação, chamado “SISREG”, Sistema Nacional de Regulação. Então no dia primeiro de novembro foi providenciada pelo agente de saúde daquela unidade a inserção do meu nome para consulta com o urologista, que será no dia nove de novembro. Infelizmente, para quem precisa de hospital publico, é necessário fazer uma peregrinação a fim de resolver problemas de saúde. No Hospital dos Servidores do Estado/RJ, disse-me o medico que a minha operação estaria no valor de R$ 25.000,00 ( vinte e cinco mil reais), e que ele não tinha autorização para abrir um prontuário para mim, porque eu tenho hiperplasia benigna, caso fosse maligna, aí sim ele poderia abrir um prontuário e fazer os procedimentos necessários. Eu ainda tenho dificuldade para urinar em virtude da obstrução provocada pela próstata. Estou aguardando ansiosamente o dia nove de novembro para saber qual será o meu futuro, que ate o presente momento é incerto.


sábado, 27 de outubro de 2018

Problemas de saúde


Há dezoito dias eu tive três problemas seríssimos de saúde. Fui acometido de dengue, gastrite e infecção urinária. Tudo revelado através de exames solicitados pelo médico. As minhas plaquetas chegaram a níveis baixíssimos, e eu fui obrigado a refazer o exame de sangue por mais três vezes, até elas chegarem ao patamar desejado.   Até hoje, 27/10/18, ainda encontro-me debilitado por essas moléstias. Não obstante, melhorei e muito. O principal problema detectado pelo meu urologista é que eu terei que operar a próstata que está muito dilatada, prejudicando o fluxo da minha urina. Eu fiz exame de próstata há três anos e naquela época eu tinha hiperplasia benigna. Através de um novo exame de toque retal, na semana passada, o meu médico confirmou a evolução progressiva da próstata, que se encontra inflamada. Estou tomando remédios ministrados por ele através da farmácia de manipulação e tomando antibióticos, por mais 30 dias. Eu ainda irei realizar vários exames de ultrassonografia, para comprovar os procedimentos preliminares e assim fazer essa operação. Portanto oriento aos meus leitores que têm mais de 40 anos de idade, a fazerem o exame de próstata, a fim de que não sinta o desconforto que eu estou percebendo neste momento. Vida! “Vale a pena fazermos a caminhada por ela”.

Vai dizer a ela


Vai dizer a ela.
Que eu não quero mais.
Já cansei de viver de ilusão.
Magoas de mais transformaram o meu coração.
Tristeza só me deu melancolia.
O rio sempre corre para o mar.
As lágrimas caídas do meu rosto.
Vão com ele se encontrar.
E assim seguindo o meu dilema
Eu já sei o que vou fazer.
Procurar um novo ninho.
Até esse velho amor, fenecer.


sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Fuga


Eu ainda me lembro.
Quando você foi embora.
Bateu a porta e correndo.
Pela rua afora.
Vai! Eu não quero mais sofrer.
Isso não é modo de viver.
O seu tempo acaba aqui.
Se você vier arrependida.
Vou tomar outra medida.
E me livrar dos agrados seus.
Se você não quer me libertar.
Aos santos irei clamar.
Pra voltar aos dias meus.



Amor fingido


Rogo neste momento.
A minha Santa Maria.
Canto que tu não voltes, e bem demores.
Já raiou o dia.
Tenho medo do silencio.
Se tua metade é o grito.
E assim mesmo distante.
Já me conformo.
E amor fingido.
Tua ausência.
Não me alimenta.
Só cicatrizes para curar.
Eu que sou um descartado.
Não conjugo o verbo amar.
Se for verdade, que o destino existe.
 Tempo perdido vou procurar.
No momento, o que eu preciso.
É de alguém e vou encontrar.


Não vás embora


Não vás embora.
Porque homem também chora.
As magoas que deixei.
Nosso amor desarvorou.
Só te peço um momento.
Reflexão e o bom senso.
Para vagar em silencio.
Ah! Amor, que tormento.
Não vás embora.
Sem ouvir os meus lamentos.
Mil perdoes, eu te suplico.
Só em teu peito.
Eu encontro abrigo.

Amor impossível


Na rua onde ela mora.
Eu conheci a paixão.
Foi um amor repentino, pelo divino, minha ressurreição.
O seu olhar cativante.
Flechou o meu coração.
Eu jamais saberia.
Que um dia ouviria.
Estou farta de ti!
Mesmo sentindo a sua falta.
Guardei um sorriso seu.
E nos momentos de abraços.
Nossa briga se perdeu.
Mas, caminho em frente.
Que me conduza novamente.
Se você sentir que é uma despedida.
A sua liberdade é concedida.


terça-feira, 21 de agosto de 2018

Portela, a guerreira


Osvaldo Cruz amanheceu reluzente.
Como estrela cadente.
O céu clareou.
Também fã de Madureira.
Como dizia a guerreira.
Filha de ogum e Iansã.
Osvaldo Cruz amanheceu reluzente.
Como estrela cadente.
O céu clareou.
Também fã de Madureira.
Como dizia a guerreira.
Filha de ogum e Iansã.
Quem vai desfilar na avenida.
É minha Portela querida.
Campeã das campeãs
Roda, majestade do samba.
Raiz e berço de bambas.
De eternos carnavais
A aguia esgueira se aproxima
Fazendo saudação
A porta bandeira girando.
No compasso do meu coração.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Azar, Zé Maria



Foi em uma roda de samba, que conheci Maria.
Sem lata d’água na cabeça.
Muito bonita e engraçadinha.
Saímos pela noite a vagar.
E encontrei outra Maria.
Agora vejam a minha situação.
Duas Marias eu não aguento não.
Vim pedir um conselho.
Ao amigo Baltazar.
Disse-me ele preciso.
Assim não pode ficar.
Você tem que escolher.
Com qual delas vai flertar.
Eu me chamo “Zé”.
Zé Maria que azar.

Coração dilacerado.


Quem me trouxe aqui foi à saudade.
Foi à saudade sim.
O meu coração dilacerado.
Pede para sobreviver.
Você foi embora sem motivação.
Deixou a emoção falar mais alto que o amor.
Insensatez! Não foi a primeira vez.
Você foi embora e não mais voltou.
Quem me trouxe aqui foi à saudade.
Foi à saudade sim.
O meu coração dilacerado.
Pede para sobreviver.
Eu já não suporto a sua ingratidão.
Sofro sem merecer, andando sem direção.
O tempo é o senhor da razão.
Seu nome está escrito.
Dentro do meu coração.






Cancão dia dos pais



Papai hoje é seu dia.
Parabéns pra você.
Onde quer que esteja.
Lembraremos-nos de você.
Você está sempre por perto.
A nos defender.
E nos momentos importantes.
A nos proteger.
Papai hoje é seu dia.
Parabéns pra você.
Onde quer que esteja.
Lembraremos-nos de você.
De janeiro a Janeiro.
Sempre pensando nos seus.
E com muita bravura.
Esquece-se de você.
Seus filhos agradecem por tudo.
Por nos levar sempre à frente.
E o nosso maior desejo.
É ter você aqui, para sempre.



sexta-feira, 29 de junho de 2018

Cinquenta anos de namoro.


Há cinquenta anos começamos a namorar, precisamente no dia de São Pedro. Lembro-me que realizamos uma festa na vila da Rua Candido Benício, número 2080. Todos os moradores colaboraram e realizamos uma grande festa naquela data. Isso seria o prenúncio do meu pedido à minha eleita. Participamos alegremente do evento com brincadeiras típicas, e Tania e eu, ela com boa aparência, e eu talvez por cansaço pela movimentação e arrumação de bambus, bandeirinhas, lanterninhas, etc., juntamente com os demais, não me arrumei à altura para este relevante momento. À noite, já quase no meio da festa conversamos e eu visivelmente alegre pela ingestão de bebidas típicas investi sobre a minha preferida e com o coração descompassado formulei a tradicional pergunta. “Você quer ser minha namorada”? Naquele momento ela ficou um pouco atônita, mas de pronto respondeu que sim. O nosso encontro foi casual. Eu já morava na vila e ela veio junto com suas irmãs fazer a limpeza da casa que seu pai alugara onde iriam residir pela segunda vez no mesmo lugar, mas em casas distintas. Antes de pedi-la em namoro, conversávamos muito no célebre portão da vila, sobre ela, a respeito de mim e também vários assuntos da ocasião e o que mais nos aproximava naqueles momentos eram as musicas que a bossa nova nos proporcionava, e entre olhares nós sentimos que havia uma química que era intensa. Quando o seu namorado chegava de Campo Grande ela insistia em ficar conosco no mesmo local de encontro. O rapaz entrava e ficava conversando com os pais dela. Até que em dado momento eu tive que intervir e a perguntei se ela estaria incomodada com essa situação. Disse-me ela que sim. Então a prometi que resolveria o assunto. Conversei reservadamente com ele e o fiz reconhecer que a Tania não estava interessada nele e o pretenso namorado resignado não voltou a importuná-la. Ainda sobre nossos encontros no portão, eu comecei a insistir mais em seus interesses e seu futuro. Lá, rapazes e moças entoavam musicas tocadas pelo mano Candido, que por sinal era muito bom e amigo das cordas. A frente da vila sempre era o local da nossa reunião e quando chovia ficávamos embaixo da marquise. Às vezes íamos à missa na parte da noite, quando eu chegava de mais um árduo dia de trabalho e em menos de um ano mudamos nossos comportamentos de adolescentes visando mais o futuro, pensando em caminhar juntos nessa nova empreitada que se iniciava em nossas vidas. E exatamente no dia treze de julho do ano seguinte começamos a usar a aliança de compromisso para futuras realizações, até os dias de hoje. Isso aconteceu no dia 29 de junho de 1968.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Copa do Mundo e o Brasil.


Boa noite amigos!
Nós brasileiros, atravessamos uma situação caótica, principalmente aqui no meu Estado do Rio de Janeiro. Pelo que vi na televisão, muitos brasileiros foram à Rússia para assistirem aos jogos da Copa. Ouvi também pelos meios de comunicação, que alguns conterrâneos antissociais ensinavam palavrões e piadas de mau gosto às mulheres daquele País, que riam sem saber o que estavam falando, como também de alguns exaltados russos, tendo um deles tentado beijar uma repórter de televisão. Lamentavelmente é assim que funciona o nosso Brasil. Corrupção ativa e passiva, falta de educação, mentiras, desvios nos erários públicos e toda a sorte de negatividade, causados pelos opressores da nossa democracia. Em consonância com o Executivo e Legislativo, os lenientes  juízes da alta corte, soltam bandidos e ladroes do colarinho branco sem atender ao clamor público. Tivemos  a alta de gêneros alimentícios e serviços com a greve de caminhoneiros, justa por sinal,  e o nosso governo diz que a inflação é baixa e controlada. Particularmente eu só me preocupo  com a copa da minha casa. Para abastecer a minha despensa, eu que sou aposentado, tenho que trabalhar arduamente como motorista de aplicativo para manter a minha família com um mínimo de dignidade. Aqui, na copa anterior, depois da goleada alemã,  herdamos estádios superfaturados com  roubos de políticos e empreiteiros e estamos pagando a conta com esses elefantes brancos inservíveis. Ainda sob a intervenção militar na área de segurança, nós aqui no Rio de Janeiro vemos perplexos a continuação de crimes e ilícitos de marginais e a resposta ainda não é conclusiva, como também as objetividades das forças militares que perdem razão nesse sentido. Espero que lá na Rússia essa simbiose momentânea nos traga alguma coisa de útil para o Brasil. Precisamos de uma seleção com homens decentes, sem máculas na vida pública, sem fichas sujas  e  de carácteres e comprometimentos com o nosso país. Jogadores que possam golear a inflação. E o gol de placa seria cumprir a nossa constituição federal, acabando com as desigualdades sociais, com mais segurança, educação, habitação e saúde dentre outros gols que precisamos. Essa taça  está bastante atrasada. Para mim seria a taça da prosperidade. Assim o mundo poderia ver com bons olhos a nossa copa. De que adianta ganharmos o hexa se as esferas dos três poderes só recebem cartões vermelhos da nossa maioria populacional. Avante Brasil! Que nós votemos certos para não chorarmos depois. Aqui tudo está explícito. Não precisamos de árbitros de vídeo. Mesmo porque não acreditamos em ninguém para nos dizer o que está acontecendo. As nossas verdades são esclarecedoras. Mudanças já! 


quarta-feira, 30 de maio de 2018

Caixa d’água saturada.



Há muito se falam de politicas, guerras, atentados e outros assuntos degradantes de nossa e outras nações. Falemos então do Brasil. Com o fim do autoritarismo, conseguimos enfim, a desejada democracia. A nossa soberania nunca foi exercida por nós e sim por famigerados políticos que periodicamente intercalam os seus para um novo ciclo promovendo maracutaias. A partir de mil, novecentos e oitenta e cinco, nós tínhamos um sonho e delegamos aos sete presidentes essa definição de renovação, como preconiza o significado deste número. A partir daquela data vários conchavos foram feitos com diversos partidos políticos, a saber: 1) Plano Cruzado, Moratória e novos planos econômicos, extinção do BNH e outros, no governo José Sarney, 2) Planos Collor I e II, Plano Marcílio, confisco da poupança, impeachment do “caçador de marajás”e por fim, a renúncia de Collor de Melo. 3) Tendo como passaporte para o futuro, veio o Plano Real, saudosista mandou ressuscitar novamente o velho ”fusquinha” e mais nada de relevante para o Brasil, seu nome: Itamar Franco. 4) Com o sucesso do Plano Real, vieram as privatizações, alvo de especulações com ilicitudes, além de outras indagações, seu nome: Fernando Henrique. 5) Relações conturbadas com a imprensa, envolvimento com propinas, varias crises politicas, Bolsa família, beneficiando muitos vagabundos, favorecimento a várias entidades bancárias, reeleito para o segundo mandato, retomada da atividade econômica, crise econômica em dois mil e oito, alta popularidade internacional e no fim de seu governo elegeu a sua sucessora. Seu nome: Luiz Inacio Lula. 6) Distorceu a nossa politica cambial, novas concessões para aeroportos, envolvida em falcatruas na área petrolífera assim como seu antecessor. Reeleita quis governar sozinha e sem apoio de parlamentares após varias praticas de mal sucedidas decisões e incompetência deixou o poder através de um novo impeachment. Seu nome Dilma Rousseff. 7) Crises deflagradas durante o seu governo, inclusive citado na operação lava-jato, culminando com a greve dos caminhoneiros. Seu nome: Michel Temer.
Esses setes presidentes definem muito bem o que foi a nossa democracia até hoje. A caixa d’água encheu, mas a boia travou e para não transbordar criou-se a única saída pelo “ladrão”. Afinal estes deveriam estar fazendo companhia ao Lula. O único que escapou foi o primeiro presidente eleito após a ditadura militar.  Tancredo Neves, que se fosse vivo estaria enraivecido com as atitudes de seu neto no senado federal.
Uma pena assistir a isso tudo em nosso Brasil varonil. Nessa democracia exigimos liberdade! Ainda que tardia.

sábado, 19 de maio de 2018

Marangá! Acabando o pesadelo.


Boa noite a todos! Na madrugada do dia dezenove de maio, fomos surpreendidos por movimentação aérea e terrestre das forças armadas na nossa querida Praça Seca. Participaram também policiais militares e civis. O pessoal daqui se emocionou com a presença dessa grandiosa tropa. Afinal foram mais de três mil homens. Pelas fotos e vídeos veiculados em redes sociais, a Praça estava em clima de “guerra.” As comunidades foram tomadas sem tiro e os covardes embrenharam-se pelas matas adjacentes rumando para outras. Mas eles não sabiam que a ação orquestrada pela inteligência militar, a qual expandiu seu pessoal em todas as áreas originárias dessa violência desenfreada, até a estrada Grajaú/Jacarepaguá. As sete favelas que formam o complexo da Praça Seca estavam totalmente cercadas. A policia militar ficou com a responsabilidade de bloquear as vias de acesso às comunidades. Coube também a policia civil a checagem de antecedentes criminais e cumprir mandados judicias. Os homens das forças armadas posicionaram-se estrategicamente em todas as ruas e vielas desses despossuídos que habitam cortiços. Quando eu saí de casa para trabalhar, fui abordado por uma guarnição militar. Pediram-me para parar, checaram documentos e vistoriaram o meu carro. Essa verificação se fez necessária e obteve o meu apoio. Afinal todos os cidadãos de bem apoiam essas atitudes. Mas tarde foi divulgada a morte de Sergio Luiz da Silva, vulgo “Da Russia”, em confronto num morro do Lins que também estava cercado de policiais. Este responsável pelo estupro coletivo de uma menor de idade, em dois mil e dezesseis. Na ação deste sábado, ao menos outros sete suspeitos foram mortos. Aqui nas ruas que cortam a Marangá, todas as barricadas foram retiradas. Parabéns ao pessoal da intervenção e esperamos que essas blitzes sejam ostensivas a fim de que possamos ficar livres dessas raças sub-humanas que devem ser exterminadas paulatinamente do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

E a vida continua


Hoje não é dia de festa. Muitos tiros ecoaram aqui na Marangá. Roubaram dois caminhões. Um que transportava carnes bovinas e frangos e outro com refrigerantes e cervejas. Isso foi por volta das dez e meia da manha. Quando eu saí para trabalhar notei um “caveirão” nas redondezas. Este fez a manobra e virou a direita para a Rua Doutor Bernardino. Eu que vinha logo atrás ouvi varias rajadas de metralhadoras, que me pareceu serem direcionadas ao veiculo policial. Dei marcha ré e coloquei-me atrás do caminhão de bebidas abandonado, sem saber que este fora roubado. Logo em seguida eu atravessei a rua rapidamente e fui trabalhar. No meu retorno para casa o caminhão estava no mesmo lugar, com varias caixas de papelão que envolve latas de cervejas pelo chão, lonas rasgadas, sem refrigerantes e pallets revolvidos. Com certeza ali houvera uma grande baderna. Tudo fora saqueado. Vagabundos e moradores da localidade aproveitaram-se desse momento e a guarnição policial sem ação para proibir o furto, evadiu-se. No dia de hoje até a esse momento, já que são dezoito horas, ouvem-se muitos tiros e barulho de helicópteros em incursão na comunidade vizinha a meu condomínio. Infelizmente estamos sem segurança. Não respeitam forças armadas, intervenção, polícias, pessoas idosas, crianças. As facções criminosas estão acima da lei. Estamos desanimados com essa situação sem solução. Aqui na Praça Seca, todos sem exceção, rogam diariamente para que cesse essa ditadura imposta pelo crime organizado. Só está faltando esses bandoleiros baixarem o Ato Institucional. Tivemos aqui dezessete atos publicados pelos militares na década de sessenta. Para nós que vivemos nesse teatro, ansiamos aos governantes para a elaboração do último Ato com final feliz para a população. especialmente a de Jacarepaguá.