Quem sabe um dia, se for nossos destinos, que nos encontremos mesmo em quaisquer outros planetas, onde haja vida, com um talvez, de hesitações, hipóteses e senões, num reflexo transparente e atraente, descobrindo em nossos sexos, mesmo por caminhos nublados após tempestades em despudoradas fantasias carnais de satisfação, na perfeição do absoluto prazer, a dois. Quem sabe um dia, redescobrir o mundo em pensamentos ocultos. Quem sabe um dia, colorir de azul o infinito, enxergando todo o nosso amor que na sua frente eu a perdi. Quem sabe um dia, eu me perdoe pelo ato falho, em deixá-la fora dos meus pensamentos nos derradeiros acenos de despedida das suas delicadas mãos. Quem sabe um dia, voltar a sentir o seu perfume adocicado, que eu, em desatinos, sem rumo na estrada, com descuidos e incertezas, na procura com tenacidade de um predador à presa. Quem sabe um dia, você invada a minha porta escura na sombra de meus anseios, e com ar de apaixonada, nós vivermos para sempre. Quem sabe um dia, o sacrifício e a persistência em que reclamo a sua ausência, o seu sorriso invisível. Quem sabe um dia, nossos corpos celestes, sem serpentinas e confetes, saia do bloco da solidão e transforme-se novamente em turbilhão de paixões. Quem sabe um dia, você também, me diga não.
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