quarta-feira, 12 de junho de 2024

A namorada de escola.

Hoje, eu vi aquela moça, menina, linda como sempre. A minha paixão dos tempos de escola pública. O meu coração disparou quando ela apareceu toda charmosa com andar elegante e inadvertidamente, atravessou a rua, fechando o trânsito, sem me notar seguindo seu caminho, deixando o seu perfume, inigualável em minha face, que chegou a estremecer meu corpo. Ali, eu vi nascer esta maravilhosa mulher. Lá no colégio, nós trocávamos olhares inocentes, mas não nos falávamos. Os olhos dizem tudo. Quando ela aparecia nos diminutos tempos de recreio vinha àquela forte sensação inexplicável, que eu nunca imaginei em sentir. Na hora do recreio, eu meio tímido, procurava localizá-la nas dependências da unidade, sem muita oportunidade de dar um simples ‘bom dia’, que em insegurança consumada, alimentava meus sonhos inconscientes. Esse reencontro casual aqueceu as minhas mãos que pingavam de nervoso, pela emoção em meu rosto, estampada. Sei que o meu amor não desfez com o tempo. Ela dava passos rápidos com elegância, talvez, perdida em seus momentos de escola, talvez, pensando em outros braços, o amor que entre nós, não viveu, que em sonhos diferentes o destino traçado escreveu.

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