terça-feira, 18 de junho de 2024

Uma reflexão da minha vida.

O meu passado, foi como uma tela de televisão em preto e branco com chuviscos, eu via vagamente, algumas silhuetas em danças, frenéticas e fora de tons. Mudava de canal, zapeava mais alguns e os desempenhos eram idênticos, daquela confusão eletromagnética. Nessa época, eu também, me encontrava na mesma situação. Tentava sem solução, uma seleção com o poderoso potenciômetro vital, ajustes da minha vida. Fiz muitas coisas boas. Passei pelo teste sem ser notado, com muita discrição. Alguns percalços e desencontros, também, que, na verdade, foram contornados com bastante resiliência e sabedoria. Mergulhei de cabeça, bem cedo. Constituí família, o meu bem maior. Vivi mau momentos como nuvens no céu espalhadas ao vento. Sou mais um afluente que a vida preservou indo enfim, para o grande rio de correntes perigosas, que sustentei com todas as minhas forças, desviando de pedras e lodaçais. Tenho defeitos como outro qualquer, mas a minha vida não foi decretada por falência, muito pelo contrário, defendida com muita abnegação da minha administração e colaboradores como esposa, filhos, ainda mais com netos excepcionais, um novo complemento da nossa existência. Com ideias e projeções para o futuro renovado que me restam na velhice, em novos sonhos, sendo as essências do que a vida nos reserva, apesar de um passado duríssimo. A vida é maior que todos os livros, que eu li, e sobre ela eu me debruço em frente a uma nova televisão. Uma quatro K, em cores fortes, com imagens lindíssimas sem fantasmas e tremedeiras, com vozes firmes, com ‘flashes’ de aves altaneiras, em voos de liberdades como nós pretendemos viver até nossos dias.

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