terça-feira, 6 de novembro de 2018

Sanhaço coqueiro, visita especial




Todos os dias minha esposa Tania e eu somos agraciados com a visita de um passarinho nas janelas do nosso apartamento. Ele bica alegremente o vidro da nossa primeira janela da sala, que ainda está fechada, parecendo fazer-nos uma saudação. Seu nome “sanhaço coqueiro”. Esse pássaro habita normalmente em palmeiras, sendo logicamente o coqueiro um parente próximo da palmeira. Achamos interessante ele fazer ataques à sua silhueta em função da reflexão de sua imagem no vidro da janela. Ali o pássaro permanece alguns minutos cantando e fazendo acrobacias. Depois ele voa para a outra janela e repete o mesmo ritual. Talvez ele esteja interpretando que nós estamos recolhidos e quais seriam os nossos sentimentos, visto que ele está livre, leve e solto. Depois de breves trinadas, ele alça voo para outro lugar. À tardinha logo que o sol se põe, nós recebemos novamente sua visita. Dessa vez com um gorjeio mais imponente, parecendo despedir-se de nós. Assim todos os dias essa visita que já não é mais inesperada faz parte do nosso dia. Então eu me reporto à nossa velha constituição, que fez em outubro de 2018 trinta anos. O direito de ir e vir. Seria muito bom se nós tivéssemos a vida desse magnifico pássaro. Temos os direitos inalienáveis de ir e vir preservados, assim como no reino animal. Por enquanto nós seres humanos nos encontramos engaiolados em função da falta de segurança, tanto no Rio de Janeiro como no Brasil. Será que deveremos aprender com a fauna brasileira os princípios da nossa liberdade? Com a palavra o Legislativo, Executivo e o Judiciário, porque eu estou cansado de discursar sobre esse tema.

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