quarta-feira, 26 de junho de 2024

Amar em silêncio.

No silêncio do meu peito, um grito na escuridão, a paixão por você, que em meu ser ressoa, esvaecem em turbilhões apavorados de consternações. Seus olhos, estrelas que me guiam de um céu distante, iluminam meus caminhos que em espinhos atravessam minha carne de um amor não correspondido, um sonho errante, por agora. Caminho nas sombras do seu desprezo, ao encontro de seu sorriso e um singelo abraço, o novo recomeço desses descaminhos. Busco em vão o brilho do seu olhar, mas encontro a neblina do seu recusar. Meu coração pulsa, insiste, persiste, na esperança tola que ainda resiste aos meus sucessivos agrados, contudo, ignorados. Seu nome, uma melodia que não cessa, num refrão de dor que a alma atravessa. Ainda que, sabendo que não é minha, cultivo em segredo a esta dor que aninha. Pois, amar mesmo em vão, é viver. Um sentimento puro que não posso conter. Então, guardo-lhe em versos e rimas, nas noites solitárias, em sonhos e climas. Apesar de que nunca saiba deste amor, vivo na lembrança do seu suave fulgor e na esperança que o meu silente intento desperte em chamas a agonia de mais um dia, o meu coração desalinhado pelas emoções ressentidas.

 

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