terça-feira, 16 de abril de 2024

O meu julgamento.

Um dia eu serei julgado pelo Supremo Tribunal Celestial (STC). Por certo, que quando eu estiver na minha prisão perpétua, a quarenta e cinco centímetros de fundura, tudo se resolverá. Diferentemente das leis terrestres, explicitadas em nossa constituição, as tábuas de pedra do ‘Monte Sinai’, têm poder e jamais foram violadas. A regra é simples: o senáculo, com muitos constituintes representativos em partido único, que passam em todos os processos legais, são subdivididos por mandamentos, com atribuições independentes, mas não votam. Nós, aqui na Terra é que fazemos as nossas escolhas, esquecendo-se do mais importante que são os sacrilégios. Os nossos algoritmos, também não são transgredidos e sem margem de erros como em urnas eletrônicas. Eles, simplesmente enviam ao magnânimo juiz dos juízes, seus relatórios, após minuciosa análise de todos os nossos passos dado em vida, nas atitudes, nas palavras e nas ações, para arbitrar a pena máxima ou não, em consonância com os princípios divinos. Os togados de branco, são transparentes, não fecham os olhos, sem dedos na balança, como nos dias atuais. É quase certo, que eu não escaparei. Eu sempre tive misericórdia de outras pessoas. Creio que passarei nesse quesito. Talvez eu tenha que purificar-me no ‘Purgatório’. Penso que eu não tenha entendido muito bem o: ‘Ame o próximo como a si mesmo’ com o: ‘Não cobiçarás a mulher do próximo’, um adultério não consolidado. Deus é único em sua sabedoria e talvez reveja os meus pecados, em relação ao original, com penas menores, porque eu sei que ele é o dono da clemência e compaixão. Espero a minha absolvição divina, que separado do meu corpo em decomposição, livre dos pesos, das memórias e desejos de consciência, na esperança de receber o dom da ressurreição, e livre das imperfeições.

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