quinta-feira, 4 de abril de 2024

O sol de outono.

 O sol de outono retornou. Meio morno, eu sei. Mais mesmo assim, ele é o mais bonito, apesar de meus sentimentos.  O calor das emoções, com sensações mais profundas, em desalinho com atitudes frias em altas nuvens, também, me desmotivam. É essa magia que me inspira, com raiados contagiantes, em vários ângulos, encontrando caminhos para entranhar-se em meu coração, que até então tornara-se em geleira. A tulipa, uma linda flor desta estação, também faz parte da minha ilusão. Quando eu a coloco em minha boca ressecada, tento esquecê-la, tragando com voracidade a minha infelicidade. À noite, o sono me bate. O cansaço e o abatimento que transmitem sossego momentâneo, aceleram em mim o desânimo nas longas noites de agonia, em silêncio, o meu refúgio de mais um dia de madrugada fria. A casa, onde habito já não é a mesma. Morna como o sol da época, a ansiar mudança por uma nova estação, com um novo amor a brilhar, assim como arvores renovando o seu visual, com desprendimentos de folhas, como o reluzente olhar de um amor a imaginar. Claro, se os desejos dos lindos sóis das estações, que guardam segredos, me fizerem esperar e renovar em perseguição aos outonos da minha exaurida vida.

 

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