sexta-feira, 5 de abril de 2024

A lua

Nos braços do meu violão cantarolo musicas de amor. Os meus dedos trastejando acordes dissonantes, provocando choques em harmonias, que ouço, como os gorjeios de pássaros saltitantes. A minha mente ávida olha o reluzente satélite natural com montanhas sem fim, assim como o meu amor, clareando a minha mente de bondade e afeição. Esse corpo celeste que gira em torno do planeta, em fase de noite cheia, com ondas mansas, arrepiam a minha pele em luau entusiasmado. Até o sol, o seu amado, com um amor impossível, reencontra-se em eclipses, num eterno momento de glória em atrações recíprocas. Como num sonho, eu persigo nesses estágios por quase um mês, sem minguar minhas aspirações. Bem como os astros, esses corpos celestes que orbitam no espaço, tão distantes, mas encantam os enamorados e sonhadores. O destino da lua me faz pensar na minha direção à alguém que não vejo e se distancia a medida que o sol desaparece no horizonte. Nua como uma mulher, tão crua da sua dor, a lua tem seus mistérios, principalmente com a ausência da estrela magna, que nas manhãs iluminam as minhas fantasias com melodias de amor, à procura de um lugar como o sol, em sua esfera, desde que eu esteja com a minha viola enluarada descobrindo um novo amor.

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