Muitas juras eternas de amor, lá
no ‘Porto dos Casais’, às margens do ‘Guaíba’, que gradualmente, altercavam-se
em desejos e discussões, e naquele ‘Dia de São Jorge’, o santo guerreiro, ele
perdeu a briga, com a sua amada. Eles também foram os fundadores coloniais,
daquela vila. Lá, palco das paixões, ele em nenhum momento se apercebeu que
ficaria sozinho, com a decisão de sua companheira, naqueles últimos olhares que
incrédulos marejados de tristeza, e compartilhados somente com ‘Deus’. Talvez,
em breve até logo no percurso das suas dores. As derradeiras despedidas
melancólicas embaralhadas entre palavras e lástimas seguiram as correntezas barrentas
das águas, que no mar, assim como regem as vidas tendem a clarear. Cada um
direcionou seu caminho, entre choros e saudades, com as dores avassaladoras que
envolvem emoções. Por contradições cruéis, as declarações são efêmeras. As
razões dispersam-se em ataques motivantes, na ira da discussão. Os ventos as
carregam, e nas suas ambas noites vazias, onde se ouviam as secretas palavras, somente
o silêncio do barulho de lágrimas ao chão. Ele ainda desperta a esperança de
olhá-la novamente. As mágoas marcadas pelos caminhos opostos poderão um dia,
quem sabe, que eles se reencontrem e nas incertezas enlouquecidas, vê-la passar
através de perdões e a chorarem desesperadamente o tempo feliz que passou no
abismo do passado e dessas angústias sofridas, das ilusões esquecidas daquele
embarcadouro de esperanças e ardores verdadeiros que em desentendimentos, tudo
começou.
terça-feira, 23 de abril de 2024
A despedida.
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