sexta-feira, 26 de abril de 2024

A intimidade.

Na confiança do meu amor, revelei o livro da minha vida na expressão da minha amorosidade. As estreitezas, raramente são correspondidas, que em versos e atitudes desvairadas das perdas de orientação, nessas minhas alucinações, as quais abaladas pela falta de cumplicidade na crença da reciprocidade que o meu destino reservou. O melhor que se tinha quando havia amor nos bons momentos do ‘Vento levou’, que você me proporcionou. Sem timidez e bem à vontade nós dois em liberdades não vigiadas, nus pelas estradas e relvas, onde os pudores se põem de lado, nos silvos agudos dos ventos que uniam os nossos corpos na intensidade de um cometa incandescente, flamejante de desejos, nas íntimas relações que nos enchiam de encantos. Com a sua escultura exposta, entre a meiguice de seus braços, esperando de você a resposta nos beijos apaixonantes e na magia fundamental da secreta certeza da sinceridade, essa obra-prima dos meus sonhos. Hoje, restam-me feridas, lambidas de saudades, que acariciam as minhas dores, uma vez em que eu lhe permiti ser a dona da minha alma, da minha respiração, mas por desventura, eu não consegui fazê-la feliz. Agora, na privacidade, em meus pensamentos, calo-me em silêncio, na distância da solidão, no frio profundo no mistério da minha dor.

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