domingo, 14 de abril de 2024

Algumas recordações da minha infância.

 Lembro-me das iguarias caseiras da minha mãe: dos doces, de batata-doce, do tradicional (abóbora com coco), indispensáveis nas festas de família,  leite condensado na panela de pressão na hora de fazer o feijão, que virava doce de leite, bolos de cenoura, fubá, também com alta dose de coco e sabor excelente,  do manjar com ameixa, do pudim, feito com  condensado, que era espesso e demorava a sair da embalagem, entre outros, com briga para lamber a lata da marca ‘Moça’, altamente cortante, das gelatinas de diversas marcas, do sorvete feito em casa com palito de dente.  Que saudade dessas iguarias! Do amendoim na frigideira para torrar, do famoso mingauzinho de aveia, do arroz-doce, da aletria, daquele famoso suco de limão feito pelo meu pai, de sabor inigualável. Das balas puxas, estendida na pia, de tostar e moagem do café em grãos, também da moedura da carne, dos tradicionais peixes às sextas-feiras, que era o dia consagrado para o almoço e janta, fato veiculado através de propagandas radiofônicas, e às vezes a marca era usualmente da ‘Frescal’. Da famosa surpresa, que era um bolo de batata que consistia em cobrir com carne moída ou camarão em seu interior. Das noites do (sanduíche) de presunto com o pão de forma cortado na panificadora, quando o nosso pai vinha do cinema. As galinhas abatidas e assadas no forno, com farofa em seu interior. Das brincadeiras com amigos e amigas em folguedos de crianças, das festas juninas com muita fartura e diversões, do carnaval, passeando para ver coretos, blocos de rua, e diversas fantasias. Da cobertura da televisão com bailes e apresentações de fantasias originais e de gala, em diversos clubes e teatros, dos amigos da escola pública. (Hoje eu ainda tenho um dessa época. Euran Vieira de Melo. Ele mora em Vila Velha e ainda nos falamos em redes sociais.), dos professores que me proporcionaram alegrias com suas dedicações para aprendermos e seguirmos nossas vidas. Se eu fosse relatar todas as lembranças que me ocorrem nesse momento, daria para fazer um ‘Tomo’. Hoje a nostalgia bateu à minha porta e será sempre um prazer compartilhar com irmão, sobrinhos, netos e amigos, todas as maravilhosas experiências vividas na saudosa casa da Rua Doutor Carlos Gross, 139. Nós eramos felizes e não sabíamos, mas tudo muda e hoje, o tempo explica que a renovação de atitudes e valores, imprescindíveis no seio familiar, já não existe mais. Eu falo de  organização familiar, desmontada e ausente de autoridade, na condução de seus filhos, para a vida. Uma futura e grande preocupação que os, reserva. Noites sombrias e tempestades a cada amanhecer. Que essa e futuras gerações mudem de rota!

Nenhum comentário:

Postar um comentário