Distante de ti, a minha tristeza aumenta. É infinita a grandeza de ti, mulher! Proprietária do meu coração, em não saber que o meu amor secreto, esse drama, que teimo de ato falho, em agir a minha investida, por medo de perder-te. As intensidades dos meus sentimentos são avassaladoras. Corrói minhas entranhas. Congelam minhas veias. Essas frustrações, disseminadas pelos meus pensamentos seriam um caminho para superar as minhas intenções. Penso também no meu amor-próprio. Sei também, que a probabilidade da dor do amor correspondido, seja infinita, mas não é. Nunca deixarei que a minha desilusão, seja determinante para a minha infelicidade. Contudo, o destino é implacável e nossos caminhos cruzam-se diariamente, e esse amor indomável e arrebatador me saltam aos olhos, ao ver-te radiante como o brilho do sol, nos caminhos da minha vida, em vastidão de amor intermitente. Aprendi que o amor é um conjunto de proteção, afeto e confiança, entre outros. Ele surge naturalmente, nesse conjunto de emoções. A expectativa é da mesma forma, mãe do desencanto. Por isso, nesse jardim florido de desejos, eu curto a minha dor, regando a esperança, obstinadamente, de um dia, como num prêmio de consolação, em saber que também por ti, eu serei amado. Tu és inigualável. A misteriosa da minha solidão.
domingo, 10 de setembro de 2023
quinta-feira, 7 de setembro de 2023
Um vulto de mulher.
Amanheceu. Imaginando sobre você, delineei a sua escultura em meus pensamentos. Comecei pela cabeça, por onde as tarraxas comandam as cordas, com seus lindos trastes, que delimitam as notas, pressionadas pelos meus dedos. Nessa escala produzo em você diferentes notas musicais. A minha mão direita, apoiada, percorre essas casas, definindo as notas tocadas por mim. As cordas, tensionadas, importantes para os deslizes das minhas duas mãos, alisa o bojo do seu corpo, nesse maior membro do instrumento, onde eu aumento ou diminuo o volume das sensações. Logicamente, os sons se perdem na ponte dos meus devaneios, com sussurros da sua boca, ampliados pelas cordas imponentes, junto às pestanas, em apoio nesse final de braço, desejado por mim. Os marcadores de casas definem as determinadas posições, que me trazem a sua localização para tocá-la. Eu tenho nervos de aço e nesse escudo, protejo a sua proeminência das intensas palhetadas. Esse lindo mosaico na entrada da sua boca, que na lateral, predomina em cores diferentes, eu acarinho o seu tampo. Nesse rastilho de paixões, defino a altura correta em relação a sua imagem. Como uma ligadura entre corpo e braço, sobre uma das minhas pernas, possibilitam-me enxergar a maravilha desse vulto que é você. A mulher dos meus secretos sonhos, que cerceia o meu sono nas madrugadas mal dormidas com cada lágrima caída, em minhas memórias repetidas.
domingo, 3 de setembro de 2023
Tudo acabado, a vida é assim mesmo.
Hoje
eu acordei, com a minha certeza! Sabe aquele jogo de carteado, chamado ‘sueca’,
em que o adversário com uma determinada mão de trunfos, e sorridente, aguarda o
momento de jogar. Pois, bem! Iniciada inadvertidamente, pelo opositor em
destrunfar a jogada, visto ter somente um trunfo, e pensando que isso, seria o
melhor, para a dupla? Ledo engano. O seu parceiro (a) também não tem nada a
oferecer. Só números. Assim, quem ganha à jogada, depois dos três participantes
colocarem números, damas e valetes, do mesmo naipe, sobre a mesa é o último
jogador. Detentor do rei e da rodada, logicamente, ele fez uma ‘passagem’. Fatalmente,
inicia-se uma nova jogada com o ‘As’, para obtenção da cobiçada carta, que é o
número ‘sete’, valendo mais dez pontos para o ganhador. Normalmente a dupla
recheada de trunfos ganha o jogo. Pois é! No jogo da vida arriscamos todos os
nossos sonhos, um algo a mais, e a definição de nossa jogada, para vencer o jogo,
depende exclusivamente da nossa cartada. Por isso, sozinho ou em companhia de
alguém, devemos procurar os melhores caminhos de progressão. Creio eu, que sozinho,
fica mais difícil, porque nossos neurônios nos levam a quaisquer trilhas e às
vezes, as direções controversas geram desânimos e angústias, prejudicando
nossos ideais, com poucos trunfos na manga. A cumplicidade entre casais, no meu ver, é
cabível, quando o desejo de vencer é de forma coesa. O casal tem várias
prioridades e poderá vivenciá-las se tiverem uníssonos em seus objetivos com os
recursos em suas mãos, abastados ou não de situações destoantes. Como exposto acima,
a dupla perdedora, não foi cautelosa, o participante, tentou sozinho resolver a
adversidade, sem consultar seu companheiro (a). Embora seja uma certeza
irrefutável, a morte é um mistério. Feliz daquele, que conseguiu suplantar suas
dificuldades, levando consigo suas ideias e projetos, mesmo àqueles que lutaram
até o final, com seus propósitos, de formas inconclusivas, não apenas como
morremos, mas também, sobre como vivemos. Neste texto, concluo o meu
pensamento, obrigado. Estejam com Deus!
quinta-feira, 31 de agosto de 2023
Viagem pelo Brasil.
*Atenção professores e mães! Ao final da
leitura faça seu filho pesquisar os estados brasileiros, cujas capitais
encontram-se grifadas*.
Viagem
pelo Brasil
Acredito
que foi uma *Vitória*. Viajei pelo *Rio de Janeiro*, encontrei com *João Pessoa*, (mesmo não sendo irmão do
Fernando). Em seguida, parti para *Campo
Grande*, onde tive uma visão panorâmica com uma *Boa Vista*. Mais tarde, ao longe, apreciei um final de tarde
maravilhoso, visualizando um *Belo
Horizonte*. Para mim não há incômodo de viajar por meios terrestres ou
aéreos. Indo para *Porto Alegre* e
depois a *Porto Velho*, bem distante
de lá, encontrei pelas estradas, vários indígenas que batiam *Palmas* para mim. Viajei também, de
barco, por *Rio Branco*, até a foz,
onde parei numa belíssima praia. Lá fiquei preso em um *Recife*, até que apareceu um *Salvador*,
para livrar-me daquela situação. Nessa hora, o que importa é que eu reze para *São Luis* ou *São Paulo*, nem que com toda *Fortaleza*,
eu encontre *Teresina*. Já em
dezembro cheguei a *Natal*, e ao
longe vi também, pelo telescópio, a estrela reluzente de *Belém*, destacada. Retornando para o sul do nosso continente, considerado
por mim, pelo tamanho da nossa dimensão, eu fui obrigado a passar pelo território
do Distrito Federal, com escala em *Brasília*.
Lá senti que o tempo havia mudado. Muita turbulência no avião com raios e
trovões. Daí, eu saí rapidamente para *Aracaju*,
mas com meus pensamentos, novamente para *Florianópolis*,
como também *Curitiba*. Eu deixei
vários amigos pelos lugares que passei e a pedidos de alguns deles do norte e
nordeste, regressei a *Maceió*, com
passagens rápidas em *Cuiabá* e *Goiânia*. Encerrei a minha visita em *Manaus*, nas calmas águas do maior rio
do mundo, em extensão. Foi uma satisfação enorme excursionar por estes lugares
do nosso querido Brasil!
terça-feira, 29 de agosto de 2023
A biblioteca
Estou muito triste. Eu vivo em lugar repleto de poeira. Ninguém me procura mais. Passam-se dias, sem que eu veja uma pessoa, sequer, para olhar as minhas frases com carinho. Nesse apertado espaço físico, perfilado em ordem catalogada, ninguém senta à mesa, para estudos e pesquisas. Ela, envernizada, sob o teto, reluz com uma tênue claridade à espera de alguém. Antigamente, antes das redes sociais, eu ouvia sistematicamente, o sino da porta principal, da minha casa. Foram-se também as minhas propostas em ensinar o aluno pensar de forma crítica, refletir e questionar, como a minha neta Carolina, ainda novinha, mais dotada desses conceitos. Infelizmente, os celulares, tablets, etc., tiraram a minha hegemonia da literatura. Às vezes, e eu posso até contar nos dedos, a entrada de alguns curiosos que chegam até a mim e folheiam rapidamente as minhas desoladas páginas, escritas com muito apreço, para seus aprendizados, rumo ao conhecimento. Pois é, pobre de mim, das minhas poesias sufocadas ao tempo e sem esperança em ver novamente a conexão entre pessoas, bem pertinho de mim. Mas, continuo firme, com uma só razão. Disseminar aos interessados, minhas percepções, mesmo nessas situações adversas. Feliz daquele, que procura o exercício da sabedoria.
domingo, 27 de agosto de 2023
Primavera
Os flamboyants já deram os sinais. A primavera está chegando. Diversificados
em cores, trazem à alegria dos pássaros em revoadas, ouriçados com a nova
estação mais bonita do ano. As primeiras florações dos jardins dão um ar de paz
e harmonia às nossas almas. Sim, borboletas e abelhas, disputam em voos
rasantes as mais bonitas das flores brasileiras, em várias formas, cores e
tamanhos, entre outras. A orquídea, uma delas, a flor da confiança e gratidão,
é a minha preferida. A rosa, símbolo da pureza e da conquista é a mais
disputada para presentes, como também um buquê de tulipas, que simbolizam um
verdadeiro amor. Quaisquer ramalhetes dessas preciosas flores, suaves e
delicadas, as quais exalam essências perfumadas, com certeza encontrará um
coração alegre para um novo amor de verão. As adversidades do inverno,
esquecidas, evidenciam que novos caminhos surgirão. Que o amor de primavera,
não seja só bonito e passageiro. Que perdurem eternamente em corações amantes juntos
para mais outra estação! As flores regadas diariamente brilham muito mais, que
a paixão.
quinta-feira, 24 de agosto de 2023
Despedida
A hora da minha partida está próxima. Sentimento misturado de choro e alegria. Meus pensamentos não se encontram com a minha triste realidade. É claro que para muitos deixarei saudade, e a outros não tanto assim. Também não sou Deus. É normal a diversidade de opiniões. Eu sempre procurei como paradigma, a minha verdade e verdadeiramente, ainda não consegui pelos percalços que a vida me impôs, saber se a minha opinião é a exatidão dos meus pensamentos. Tive também uma vida amorosa turbulenta, tão intensa que o meu corpo desguarnecido, não superou as expectativas, do amargor da derrota, com relação ao amor. Tentei por muitas vezes esquecer através dos cheios copos, os caprichos da sorte. Foi em vão. Fui vencido pela paixão. Pode ser que eu tenha mesmo um destino reservado. Desafiei várias vezes as circunstâncias da vida, debalde também, foi o enfrentamento das minhas questões com outros relacionamentos. Assim, procuro nas notícias diárias, de todos os meios de comunicação, entender se existe alguém em mesmas situações vividas por mim e quais foram as suas soluções encontradas, neste poema abaixo:
Já não choro mais. O
meu choro de alegria, secaram as minhas faces.
Através dos ventos sussurrantes
e penetrantes seguirei a minha viagem, sozinho.
Passei por muitos
obstáculos e transpus abismos sem cair na escuridão.
Mesmo assim, fui
envolto na solidão, abandono e resignação.
Retas e curvas, essas
trajetórias marcaram todos os sentidos da minha vida.
O compartilhamento com
outras pessoas foram experiências mal vividas e dolorosas.
As caras-metades
passaram como um raio em meu coração. Logo veio a depressão.
A minha sina, foi
projetada de ilusão. Sem saudades e esperanças nesse turbilhão.
Fui perseguido pelos
maus momentos.
Momentos que amei,
persegui e não encontrei.
Sim. Sem apoio e
conforto a minha despedida, é uma dor inexorável.
Nesses ‘flashes’ de
autoafirmação em que vivi, não existe revelação.
A minha despedida é
despida da realidade da minha visão e emoção.
domingo, 20 de agosto de 2023
Mordaça
Amordaça-me com lenços sutis. Mesmo assim, nunca deixarei de
amá-la.
Se na minha garganta suporta, esse amor! O que me importa?
Se na fé de meus desejos.
Na tua face aos meus beijos.
Molhados de excitação, em ouvir a tua voz ausente.
Enlaça-la a meu corpo.
Se teu silêncio, é como da noite.
O que me leva à exaustão.
Esse desejo persistente.
Que na eterna aventura.
Minha paixão é ferida.
Pelas fantasias ao teu amor.
Na loucura, da noite perdida.
Esse amor, puro e verdadeiro.
Que arrasta delirante e fagueiro,
De ver as tuas mãos trêmulas.
Em libertar a minha boca marcada.
Tocada e ferida com a vermelhidão.
De meus pensamentos em ti.
Para agradar o meu amado coração.
Dormindo e amanhecendo junto a ti.
sexta-feira, 4 de agosto de 2023
Os enganos da vida
O amor é sensacional. Engana-se quem
teme gostar de alguém. Os enganos e desenganos, naturais nos comportamentos
humanos, faz com que entendamos em aceitarmos que não vamos mais errar. Podemos
ter pessoas próximas, por muito tempo, com análises de autoestima por elas, mas
basta uma desinteligência, uma rusga, que causará essa ruptura, e,
consequentemente, o afastamento, aparecendo o seu verdadeiro EU. Ninguém é
obrigado a ser amigo de quem quer que seja. Se houver decepções, é claro que a
pessoa tenta esquecer, largando de mão, mas nem todos agem assim. As lições da
vida são interessantes. O que realmente importa são os sonhos, os valores, enfim,
os sentimentos de cada indivíduo. A gratidão, também faz parte desse contexto.
As ilusões nos afligem. Tropeços fazem parte dessas ideias. A amizade que se
foi despercebida são os desenganos. Esses nos corroem por dentro,
alimentando-se de nostalgia. Uma lembrança melancólica que as desilusões em
nossos corações, fazem parte dos enganos de nossa vivência.
quarta-feira, 26 de julho de 2023
O que realmente importa em nossas vidas?
Para mim, à família, à nossa saúde,
os amigos, entre outras, são fatores preponderantes em nossas vidas. Não
necessariamente nesta ordem, para algumas classes sociais. As boas lembranças, a
respeito de algo ou alguém, são também, fatores relevantes em nossas memórias,
que levaremos até o final da nossa existência. Às vezes eu digo que o tempo é o
senhor das respostas, nas minhas atitudes, e comportamentos. Se falarmos de
pais, filhos, netos, bisnetos, nada nos detém. O sangue sempre fala mais alto.
A força do amor, sempre será imperiosa. Então, nesse ‘Dia dos Avós’,
congratulamo-nos Tania e eu, por termos a oportunidade de assistirmos nossos netos
e netas, seguirem o rumo de suas vidas, com resiliência e fé em suas aspirações
de um futuro melhor no trajeto de seus destinos, no roteiro de suas vidas.
Lembremo-nos que nunca devemos desistir de nossos objetivos. Desejando a vocês
netos, muita paz e proteção divina em suas vidas.
segunda-feira, 17 de julho de 2023
As minha emoções
As minhas emoções
Eu
tenho medo. Medo da doença, uma luta inexorável para a cura, ocasionalmente
ceifando vidas alheias. A raiva momentânea, às vezes, não me acolhe por eu não
conseguir meus intentos. A surpresa! Essa, sim, é surpreendente. Pode ser por
felicidade ou tristeza, eventualmente. Orgulho-me em dizer que as minhas
emoções básicas, não são empecilhos para o meu cotidiano. Divirto-me sem
ansiedade. Tenho desejos, excitações, cercados pelo tédio também. Eu admiro as
pessoas inteligentes, como você, que me lê. Não tenho inveja de ninguém. As
minhas alegrias são sempre compartilhadas com alguma pessoa de minha afinidade.
Não sei se as pessoas ao meu redor sentem simpatia por mim, mas procuro habilidades
em agradar a todos, à minha volta. Procuro dividir os meus poucos triunfos,
fundamentais pela minha existência. As minhas sensações agradáveis ou não, não
tornam a minha vida difícil. Esses estímulos servem também, para equilibrar a
minha mente. Lembre-se, o enfraquecimento de nossas funções, relacionados com
algum transtorno, nos levam a desencadear várias doenças neurológicas. Dentre
todas as emoções do ser humano, como eu disse acima é o medo. Essa reação
involuntária é um alerta de extrema importância para a minha sobrevivência.
segunda-feira, 3 de julho de 2023
Um doente, sem esperanças
(Esse texto é a expressão do descaso dos governantes, ao povo brasileiro.)
Eu
nunca tive esse problema. Hoje com muito mais dificuldade em urinar. Há anos,
após idas e vindas a vários médicos particulares, constatou-se uma neoplasia
benigna. Continuo tomando o remédio ministrado pelo urologista, sem sucesso,
para estancar o avanço da doença, eu recorri a hospitais públicos, muitos sem
médicos específicos para a minha situação, e fui justamente cair numa clínica
da família. Anteriormente, eu estava cadastrado no SISREG, mas não sei por que
cargas d’água excluíram-me da relação de espera. Esse é o descaso com os
desassistidos, que peregrinam para vários lugares, enfrentando longas filas sob
o escaldante sol e chuva, sem resolução de suas doenças. À saúde está no CTI.
Não temos médicos, remédios, insumos, etc. Estamos entregues á própria sorte.
Criaram um aplicativo para monitorarmos nossa classificação. O ‘minha saúde’.
Lá, depois que é feito o cadastro, pode-se observar na página de agendamento, o
encaminhamento para o médico e sua especialidade, mas antes você tem que estar
cadastrado no sistema SISREG. Isso também demora. São muitos meses. Após essa
maratona, enfim, vem à famosa cirurgia eletiva. Não é mentira o que estou
relatando, mas há casos de atrasos, com até cinco anos de espera para fazer os
procedimentos. Infelizmente, não deu tempo para mim. A minha enfermidade foi
agravada e hoje, passou de benigna para maligna, com metástases. No meu
desespero, eu aguardo a intervenção divina, mesmo sabendo que o meu caso é
irremediável, mas acredito em Deus para a minha salvação, já que os governantes
de todas as esferas, responsáveis da nossa nação, omissos de suas
responsabilidades, procrastinam as devidas necessidades e submetem ao povo
todas as mazelas de suas atribuições.
domingo, 2 de julho de 2023
Roteiro da vida
Não me considero uma pessoa
sortuda. Meu itinerário seguiu rapidamente, desde criança, passando pela adolescência
até a esse ponto, mas não me sinto velho. Não estou em fim de carreira, para
essa vida. Meus neurônios permanecem vivos, trabalham diuturnamente, e eu os acho
ainda, melhores pelo tempo. Faço várias atividades físicas diariamente, eu
mantenho o meu corpo em forma. E sem segredos com meus pensamentos sempre voltados
para o futuro, sem olhar o retrovisor, vejo ao meu redor, infelizmente, pessoas
infelizes, com expressões rancorosas, pelos infortúnios de suas vivências.
Viver em harmonia com seu corpo é salutar. Não podemos lutar contra a natureza,
mas entender as nossas limitações com a idade é muito importante. O sexo,
também é uma parte importante do relacionamento. A falta de libido entre gêneros
é uma discussão constante, mas contornável. O roteiro de nossas vidas nos dá
liberdade para tomar decisões, algumas irreparáveis. Portanto, caminharmos sem
roteiro, as nossas vidas ficam dificultosas. Sendo assim, sorria para a vida.
Lembremo-nos que somos autores de nossos destinos.
quinta-feira, 29 de junho de 2023
Mais de meio século
Há 55 anos Tania e eu, começamos a
nos relacionar. Morávamos na Rua Cândido Benício, 2080, uma vila festeira e animada,
ela residia na casa dez e eu na casa quatro. Lembro-me daquele dia. Fizemos uma
festa, como de praxe, para comemorarmos o santo que detém as chaves do céu. Acordamos
cedo, tomamos café, e coube aos homens à tarefa de apanhar bambus, ornamentar a
vila com adereços, preparar as bebidas quentes, etc. Todos participaram
ativamente, cooperando para o melhor desempenho da festa. Arrependo-me de não ter
tirado fotos daquele dia. Eu tinha uma máquina fotográfica e na empolgação para
namorá-la, julguei que era irrelevante naquele momento, releguei essa
alternativa em segundo plano. A alguns meses antes, do meu pedido, nos
reuníamos no portão e nós brincávamos e cantávamos como também, conversávamos
sobre vários assuntos da época. A bossa-nova e jovem guarda estava em voga.
Tínhamos também, colegas que residiam na Pedro Teles, e normalmente aos fins de
semana, explorávamos as nossas gargantas, à exaustão. Nessas brincadeiras, os
homens ficavam literalmente nas entre linha, com os olhares mais acentuados, às
adolescentes, e alguns dos nossos encontraram as suas caras metades. A Tania
morava em Campo Grande e foi morar na vila antes de mim. Aos fins de semana o
namorado dela, que também residia lá, ia para a Praça Seca, mas ela não queria
mais nada com ele. Então esse namorado ficava conversando com os pais dela, e
às vinte e duas horas em ponto, retirava-se para o seu lugar de origem. Ao
perceber a persistência do rapaz, fazendo semanalmente longa viagem e sem
sucesso, eu tive que intervir e aconselhei-o a terminar o namoro, visto que a
Tania também ficava comigo o tempo todo no portão, deixando-o a bel-prazer na
sala de sua família. De conversa em conversa, começamos a trocar nossas
impressões, reservadamente, um pouco distante do grupo de portão. Eu trabalhava
em uma empresa de produtos farmacêuticos, o meu primeiro emprego. Às vezes,
antes do pedido íamos de mãos dadas á igreja, onde assistíamos à missa oficiada
pelo padre João, que celebrou nosso casamento. Reportando a vinte e nove de
junho, um dia especial, eu excedi um pouco na bebida, temeroso da resposta
negativa e praticamente, quase no final da festa, declarei-me a ela. Já no
domingo, começamos a namorar no portão, até sermos descoberto pela minha
cunhada Sandra, que de pronto, nos entregou ao meu falecido sogro Gerdal, que
era policial e tinha uma rigidez, quanto ao horário e dia para namorarmos. E
assim formamos nossa família, com filhos e netos maravilhosos. Como muita luta
e força de vontade nessa longa trajetória, seguimos em frente, com o nosso lindo
passado e oportuno presente, agradecidos ao onipotente, para expressar aqui, em
poucas palavras o nosso projeto vitorioso de vida, deixando o futuro nas mãos
de Deus. Obrigado Senhor!
terça-feira, 27 de junho de 2023
Desejo
Acordei bem cedo hoje. Deu para
ver o sol despontando no horizonte e a despedida da lua, que iluminou meus
sonhos, nessa longa noite fria de inverno. Eu senti muito frio. Nem o cobertor
de lã merino, vindo da Austrália, presente de um grande amigo de infância,
também, fez a diferença. Sei que a felicidade reside em quem sabe desfrutar de
cada momento da vida. Busco meu propósito. O meu objetivo é você, que raramente
está aqui, para compartilhar da minha sofreguidão nas noites de solidão. Desejo
escutar seu coração. De lhe escrever uma canção. De pegar a sua mão e dizer em
brado tom: ‘eu a amo’, ’eu a amo’. Você alivia as minhas dores, que recarregam
as minhas forças, nas tenebrosas escuridões que obstinam minha privação.
segunda-feira, 26 de junho de 2023
Incontrolável
Descobri algo sobre o amor. Sabe
àquela ânsia de ficarmos com alguém. Vivi isso por longos tempos com uma
colega, amiga e posteriormente, minha amada. Esse desejo de viver intensamente
com olhos sempre voltados para o meu bem, melhor. Eu sempre alimentava as
minhas propostas, com pensamentos para seguirmos sempre, em frente. Tudo em
nome do amor. Amor para mim, floresce, prospera de uma forma inconsciente,
irresistível. Eu procuro sempre, demonstrar tudo o que realmente sinto. Eu abri
o meu coração de todas as formas, mas sei também que ninguém precisa
compreender o que eu vivencio. Fecho os olhos, medito e penso à exaustão, que
hoje mais do que ontem, acordei com uma vontade incontrolável de amá-la. Eu não
consigo controlar o meu coração, e a felicidade indiscreta que tento esconder,
quando meus olhos observam os seus, sob o incansável desejo do amor eterno,
irreprimível, como sempre.
terça-feira, 13 de junho de 2023
Nada mais.
Nada mais na minha alma. Comecei a
minha vida com expectativas, grandes projetos, e hoje restam amargas lembranças
de um passado que eu nunca quis. Como num balão, o fogo que me ardia na bucha, entreabria
os gomos, que seriam os meus desejos cheios de esperanças. Aquele grande momento,
adornado pela cangalha de fogos, que espocavam a minha juventude, com uma força
inexpugnável, eu sorria para a sorte, sem saber o que me esperava. Eu me
considerava um predestinado. Até, que conheci você. Nessa ocasião, meus olhos
voltaram-se aos seus, e, passei a viver intensamente esse amor platônico, o
qual meus olhos negavam-se a enxergar. Falhei em tudo. Fracassei nos
planejamentos, no amor, na confiança, e hoje, amadurecido por minhas imperfeições,
eu não a culpo pela sua ida prematura da minha vida. Perdi a minha confidente,
companheira e amante. Hoje, tenho como acompanhantes, o frio e a solidão,
compartilhando as minhas desventuras, com a sua voz ausente, bem lá, no fundo
do meu coração.
sábado, 10 de junho de 2023
A alguém
Tento escrever em poucas linhas, a
admiração que sinto por ti.
Mesmo ao relento e sozinho, vivo sem carinho, a procura dos braços teus.
A cada noite que passo, eu vejo e ouço bem longe, os rastros, deixados pelos movimentos teus.
Todas as noites, olho o firmamento. Contemplo-te entre todas as estrelas, a mais cintilante e radiante, que me envolvem aos olhos teus.
No meu jardim, dei um nome a uma flor.
‘Alguém’ é o nome dela, que a tua virtude, dilui a dor e a tua ausência impulsiona o desfecho com a perfeição de quem é vigorada pelo desejo.
Mas, se um dia eu já houver partido, e por ventura tu quiseres me ouvir.
Observe o vento cálido, sussurrando aos teus ouvidos atentos, que mesmo distante de ti, a minha ternura nunca morreu.
Essas flores colhidas ornamentarão o palco da tua vida, que o meu amor cultivou.
Estou sempre contente. Os meus lamentos ninguém vê.
Sou feliz, porque alimento comigo o sofrer.
Sofrer de amor e saber viver, mesmo distante do mundo, sem alguém, só com a tristeza de não te ver.
terça-feira, 6 de junho de 2023
Aparências
Nada está como antes. Acordo bem
cedo com os trinados dos pássaros em voos rasantes, sobre o vidro da minha
janela do quarto, ainda molhado pelo orvalho, da longa noite friorenta, que
passei sem ela. Não sei o que fiz, para merecer esse castigo. Durante o dia, faço
minha caminhada, como de costume, em volta da Rodrigo de Freitas. Vejo muitos
rostos alegres, alguns tristes, outros temerosos, com os amigos do alheio. Eu,
com a minha sisudez, aceno com a cabeça aos que passam por mim, em sentido contrário.
Às vezes, esses acenos são correspondidos, outras não. É normal, no ser humano
a mudança de semblante, sobretudo, quando o visual é somente uma capa,
camuflando o seu verdadeiro interior. A minha tristeza, mora comigo, mas eu não
esmoreço. Cabe a mim, nortear as minhas vontades, verdades e desejos de ser uma
pessoa consciente, generosa e atenciosa com as pessoas, mesmo ás desconhecidas.
Em passos trôpegos, depois de várias horas de esforço, sento-me em um banco à
sombra de uma árvore e observo novamente o vai e vem das garças sobre as mansas
águas da lagoa, a procura de peixes. Bebo um pouco de água, que eu trouxe a
tiracolo, ainda suada, descongelada gradualmente. Enganam-se, àqueles que vivem
de aparências. A ausência dela, na minha vida, não é uma ilusão, e disfarço
cotidianamente os meus pensamentos em sonhos de reencontrá-la, sem fingimentos,
para que em meu rosto, as alegrias me transformem em um novo ser. Aparentemente,
eu estou bem, mas por dentro, uma sensação que falta algo. Alguma coisa me diz
que somente ela recompensaria a harmonia, quando nos encontramos pela primeira
vez, aqui mesmo, nessa orla, com juras eternas de amor, sem aparências e sem
enganos.
terça-feira, 30 de maio de 2023
Gemidos
Eu não consegui dormir. Esta
noite, sofri bastante. Meus pensamentos estavam diretamente ligados aos teus.
Senti em meus tímpanos, teus gemidos. Uma inquietação, que fez-me enlouquecer
de tanto prazer. Estou te aguardando para percorrer teu corpo, arrancar os murmúrios
de teus lábios e deixá-la doida de paixão. Desejo o teu olhar desmedido. Teus
beijos vorazes. De abrigar-me em teus braços, teu corpo, tua alma, desnudo do
nosso querer. Esse é o mistério da noite mal dormida. E a razão disso tudo,
foste tu, que nesse frenesi de amor, fez dois corpos, uma só alma. É bom gemer,
sem sentir dor.
domingo, 2 de abril de 2023
Brasil, um novo país de Plutão.
Plutão é um planeta anão do
sistema solar, composto de rocha e gelo. Como um planeta desse pequeno porte
pode incorporar o Brasil ao relevo de sua esfera? Plutão leva aproximadamente
duzentos e quarenta e oito anos para completar uma órbita, segundo informação
da Wikipédia. Aqui no nosso Brasil, não é diferente. Lula, curiosamente
vencedor do pleito de 2022, após conspirações do universo sobre apurações das
urnas, ainda não digeridas, pela maioria da população, reinicia seu terceiro
mandato cheio de incertezas. Criou 37 ministérios, mediante acertos políticos
com bases aliadas, que não preponderam nenhuma novidade para impulsionar suas
atribuições delegadas ao sabor do vento. O novo método do PT é receitar
políticas públicas comprometedoras que não deram certo no passado recente,
assim como ressuscitar defuntos, como a Eletrobrás. Estamos sem luz, como Plutão.
Assistimos a tudo isso impassivelmente, mostrando uma oposição clara e
objetiva, para que nós não permitamos erros recorrentes em governos anteriores
do PT, nos seus ilícitos, ora apagados pelo Supremo Tribunal Federal, por
números, ou seja: CEP’s, como se números impedisse julgamentos. O povo já sabe
quem é o criador de gado que vai distribuir picanha e abóbora para oprimidos. Não
será enganado novamente. Lula foi eleito para governar para todos os
brasileiros, mas há três meses essa falsa narrativa de pacificação,
polarizada no Brasil, não se sustenta mais uma vez. Ele próprio faz apologia à
vingança, com enfrentamento de suas meias verdades e mentiras sobre políticos
desafetos, incitando cada vez mais a violência que aumentou em todo território
nacional, abonando a investida do Primeiro Comando da Capital em eliminar
Sérgio Moro, seu inimigo número um, notadamente, com a sua entrada peremptória no
palácio de planalto em janeiro de 2023. Curiosamente crimes e violências, de modo
geral, aumentaram em todo território nacional. Disse ele em sua primeira reunião ministerial
que quaisquer ministros que realizassem atos infracionais seriam convidados a
sair da equipe, mais uma balela. Juscelino Filho, do partido União Brasil,
useiro e vezeiro em suas atitudes, continua leve e solto como mandatário de seu
ministério. Então, nós estamos á deriva com ministra ligada a milicianos,
ingerência na Petrobrás, insatisfação com as alíquotas de juros do Banco
Central, farta distribuição de dinheiro a artistas renomados, arcabouço fiscal
discutível, porque ainda não tem garantia de receita plausível, principalmente
para sucesso desse plano, o qual é visto com ceticismo, por maioria de
renomados economistas, etc.. Apesar de esforços concentrados e incentivos dessa
absurda gestão, a grande mídia coparticipe mamadora das tetas do governo, com
publicidades pagas dos impostos suados do humilhado trabalhador, descontados de
seus aviltados salários, ou benefícios, e, juntamente alinhada aos institutos
de pesquisas, que declaram aprovação do desgoverno, com expressivo percentual elencado
em diversos jornais do Datafolha, conhecido em maquiar pesquisas sobre a
desastrosa governança, ora na berlinda, não conseguem sobrepujar o domínio do
bolsonarismo, principalmente em redes sociais. Como estamos falando do nanico
planeta, no enunciado do texto, essas estruturas do PT, são de pedras frígidas,
e nesse contexto, teremos uma rota de colisão com a Terra. Não desejamos Plutão
perto de nós. Chega de trevas. Que nós não esperemos mais de duzentos anos no
movimento de translação logo ali em 2026.
quinta-feira, 30 de março de 2023
Arcabouço fiscal e Bolsonaro.
Apresentado, hoje, as casas
legislativas, o arcabouço fiscal, enfim, será divulgado pela equipe econômica do
PT. As regras, ainda, não são bem claras à população. Fala-se em percentuais
para cá e para lá, como se fosse uma gangorra. Esse ardil, segundo eles, permitirá
o governo fazer gastos ‘primazes’ e ensejar investimentos públicos, com regramento
nas contas públicas, e zerar o déficit público, daqui a pouco, em 2024, como se
eles tivessem bola de cristal na prevenção da inflação que avança
gradativamente no país. Esse projeto de lei, que será submetido ao Congresso
Nacional, para observação de deputados e senadores, tem a limitação de setenta
por cento, teto máximo para gastos do governo. Particularmente, para mim, esse
projeto, que deverá ser aprovado no desespero dos cem dias, não terá
sustentabilidade. É simples de entender: se o meu extrato bancário estiver devedor
em (Hum mil reais), e eu pedir emprestado a um amigo, o valor equivalente,
terei que depositar (trezentos reais), para abater a dívida, mas mesmo assim,
ainda terei que pagar ao meu amigo a quantia emprestada, portanto, o meu saldo
ainda continuará devedor em (setecentos reais), sem mencionar os juros, e ao
amigo eu pagarei quando puder. No caso do governo o amigo, é a receita com os
impostos recolhidos da sociedade. Nesse complexo arcabouço, criaram também, um
gatilho, caso as despesas do governo, degringolem ladeira abaixo, aplicando
juros sobre juros no teto, acima descrito. O governo busca ter ao menos uma
parte da confiança do mercado, visando buscar um novo conjunto de regras. A meu
ver, apesar de não ser economista, o Brasil será novamente prejudicado, porque
com certeza as dívidas aumentarão. Por isso, o mercado está apreensivo. O
dólar, ao sabor do vento, oscila sem parar nesse dia de expectativa. Por falar
em expectativa, o nosso mito chegou hoje em Brasília, na véspera dos cinquenta e
nove anos do regime militar a que o Brasil foi submetido. Chegou contente,
abraçado a seus correligionários. Bolsonaro terá que fazer uma oposição
robusta, com muita ação, e contrapor quaisquer deslizes do atual governo, que
veio para prejudicar a população e o Brasil. Em síntese, nós estamos
ferrados...
quarta-feira, 29 de março de 2023
BRICS! Perigo, com Dilma presidente.
BRICS, composto pelos países:
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conhecido como grupo de países emergentes,
com objetivo de desenvolvimento. Será que teremos mesmo o Brics dos povos? Criado
visando o cenário mundial, com pensamento das vantagens de alta capacidade
industrial, potencial para ter o maior mercado consumidor do mundo,
investimento intensivo em infraestrutura e educação, entre outras. Irã e
Argentina postulam suas entradas neste conglomerado. Curiosamente Dilma incluiu
o Brasil no Banco, através de acordo firmado com a Índia. Preocupa-me, como
será esse financiamento para aplicação desses recursos, visto que o BNDES
perdeu muito bilhões de reais com empréstimos sob a responsabilidade do PT, sem
critérios estabelecidos, a países de esquerda e que dificilmente seremos
ressarcidos. Nós temos que ficar atentos aos feitos de Dilma, junto àquela
instituição. Será que ela foi à China para refazer os mesmos mecanismos que
outrora afundou o BNDES. Com olhar ávido para amanhã, com a chegada do mito,
deveremos ter uma guinada na politica, e que persigamos nossos intentos para um
Brasil melhor.
sábado, 28 de janeiro de 2023
Os três poetas.
Atravessei apressadamente a
movimentada Atlântica, numa noite chuvosa, perto do Copacabana Palace, e
cumprimentei os três magníficos autores brasileiros: Machado de Assis,
Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade, que sentados, conversavam
animadamente no Bar do Camargo, um grande amigo meu. Os três foram corteses e
responderam aos meus efusivos ‘Boa Noite’. Acho que notaram alguma coisa em mim
e chamaram-me para participar do bate-papo. Conversamos sobre diversos
assuntos. Eu, um pouco apreensivo, perguntei-lhes sobre as suas obras
literárias e todos gargalharam. Eu, sem jeito, ri também. Disse-me Machado, o
grande analista da alma humana, que ‘Memória Póstumas de Brás Cubas’, seria o
seu carro chefe, uma narrativa confusa, contradições, com limites da razão,
entre outros. Destacou também ‘Dom Casmurro’, onde Bento e Capitu apaixonam-se,
como também a desconfiança de que seu filho, Ezequiel, na verdade, fosse de
Escobar, seu amigo. Perguntei então a Guimarães, quais seriam as suas
principais obras. Respondeu-me ele ‘Grande Sertão Veredas’, onde Riobaldo e
Diadorim são destaques. Um assunto grande e muito interessante, nessa
confabulação. O suspense perdura até o final, com a descoberta da feminilidade
de Diadorim, a qual é uma mulher. Interpelei Carlos Drummond, sobre suas
criações. Eu não fico no ‘Meio do caminho’, mesmo tendo uma pedra. Respondeu-me
ele. Confessou-me que gostava das temáticas sobre o cotidiano, universalismo, e
modernismo, entre outras. Animadamente depois, de vários copos de chope, fui
perguntado sobre meus projetos de vida. Eu dei uma bela risada. Em seguida, em
tom provocador, disseram eles: - Essa chuva dá uma boa história. Concentre-se!
Então uma chuva brotou dos meus olhos compulsivamente, misturando-se ao amarelo
da bebida, pela alegria em participar daquela salutar reunião, à porta de um
bar. Acho que eu me perdi em algum
momento. Acordei no posto seis, com os primeiros raios solares, em frente ao
Drummond, que sem óculos, com olhar penetrante, olhava para mim, como se
indagasse, como fora a minha noite. Saí dali esfuziante, apesar de nunca ser
apresentado aos três prodigiosos, oficialmente. O sonho nos transforma, e
nossos caminhos terão que ser sempre livres de percalços.
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
Atestado de óbito
Hoje eu me dispus de tempo, para comentar sobre
inativos, de muitos assuntos, os quais eu presenciei: Covid-19, incertezas,
desconfianças, alternâncias de poderes, disputas de egos, corrupção em compras
de vacinas, estigmas das eleições presidenciais, ascensão de grandes equipes
para a primeira divisão, notas de falecimentos de somente personalidades, entre
outras, doenças quase incuráveis, como o câncer, e mais causas diversas, que
vieram se condensando. Os desvalidos aposentados, sem opções, entre a guerra
sem debates de candidatos, com arrogância na barganha dos presidenciáveis,
sobre o aumento do salário mínimo, como se fossemos objetos e motivo dessa
situação em que a economia se revela, face o aumento da inflação. Esses comportamentos
abjetos denotaram que só servimos para colocar o dedo na maquininha e rezar
para que a tempestade não caia mais uma vez, nas nossas cabeças. Os aposentados
já estão calejados com falsas promessas. Sabemos que morreremos um dia, e a
morte tem que seguir o seu curso natural. Coitado daquele que tem diagnosticada
a morte indeterminada. Eu sou persistente e resiliente, e com muita esperança,
porque observei depois de muitos anos, no rodapé da minha certidão de
nascimento, uma observação com letras nítidas e cursivas: “MACRÓBIO”. Dias
melhores virão. E se Deus me permitir mais tempo aqui na Terra, eu contarei
para os meus tataranetos com muita clareza e lucidez as histórias que vivi dessa
nefasta neoplasia política e maligna, desejando que seja banida de vez do
cenário brasileiro, sem falsificações de atestados, principalmente os
ideológicos. Estejam todos na paz do Senhor!