terça-feira, 17 de setembro de 2024

Reencontro.

Chove no meu peito. Minhas lágrimas salgadas misturam-se às sementes caídas por beija-flores em balés alvoraçados, deixando um rastro de doçura e promessas que não se cumpriram, no silêncio da chuva interior e em cada gota desperdiçada de esperanças, perdidas em suspiros de desejos não alcançados. Um manto de sentimentos suaves e amargos. Uma flor renascerá nesse meu espaço pessoal e privado cultivado pela saudade. Nos trilhos do tempo, os destinos são como fios invisíveis. Traz de volta, o sol, o perfume das flores regadas por gotas ávidas de amor. Por ironia do destino, essas marcas profundas doadas pelo tempo, não mais guardam espaço, para o meu enfraquecimento. É fácil trocar as palavras. Só interpretamos a paz, quando chega ao coração. Este me preenche de expectativas, enquanto eu tiver folego de vida. Os medos se dissolvem em sorrisos e lágrimas. Nos seus olhos, como sempre, o brilho que o tempo não apaga. Nas asas dos colibris, as sinfonias de leveza e agilidade, deslizando pelo ar, tocam a minha alma com sua perfeição, no profundo e oculto reencontro das fantasias e alegrias, uma parte de mim, um abrigo, da minha imaginação, acolhida em seu leito, um refúgio extasiante. Uma verdadeira felicidade em cada amanhecer.

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