terça-feira, 7 de maio de 2024

Cego de amor.

Diferentemente de Saramago, em seu livro ‘Ensaio sobre a Cegueira’, o qual revela as reações dos seres humanos acomodando às suas necessidades, em relação ao ponto de partida da epidemia, em um sinal de uma movimentada rua, a insensatez de várias pessoas com buzinadas histéricas, em que eu, nesse contexto sou mais um distinto personagem. Um secundário da vida. Subjugado ao destino, sou cego de amor. Tenho admiração por pessoas, amizades e respeitos, mesmo não correspondidos. Um amor sem limites me faz ver alguém sem defeito, a quem admiro profundamente, e observando à individualidade dela, apercebo-me das minhas verdades, imprescindíveis em minha vida. Nas abstratividades, às vezes, não vemos como a pessoa é realmente, enaltecendo a sua perfeição sem ver o seu lado humano. Nos relaxamentos de critérios, reduzi a minha visão, um refém da minha crença no amor e na alegria de viver. Esse apego das minhas convicções, a minha alma sofre em silêncio, mesmo sentindo a ausência da pessoa amada incondicionalmente. As decepções são óculos para um amor cego. Nada que uma nova lente no cristalino, não resolva.

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