As redes sociais já não me bastam.
Gradualmente eu perdi meus companheiros de trabalho, de infância,
principalmente os da escola. Aquelas amizades arraigadas de brincadeiras com
caçoadas entre colegas, que no final, nós terminávamos em apertos de mãos.
Brigas! Somente labiais, no momento de adrenalinas. Recentemente, eu perdi o
contato com o meu amigo Euran Vieira de Melo, um grande companheiro de escola
primária. Só sei que hoje ele reside em Vila Velha no Espírito Santo. Eu tinha
muitos colegas, mas esse era o camarada verdadeiro, tanto que eu consegui
gravar o seu nome todo. Na admissão para o ginásio, não me lembro de ninguém. Praticamente
não conversávamos. Primeiro, porque a professora, dona Nilza era exigente e não
admitia conversas, na sala de aula e segundo porque éramos obstinados para nos
prepararmos muito bem no enfrentamento da grande demanda de alunos para o
ginasial. Eu consegui passar para o Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, onde
a diretora era a professora Henriette Amado, uma excelente amiga dos alunos. Lá
foram os dias mais felizes da era escolar. Eu fiz vários amigos. Primeiramente,
pelo futebol que eu exercia. Eu não chegava a ser um astro, mas modéstia parte
eu jogava bem. Outra amizade foi formada. O inesquecível, e admirador do meu
futebol, doutor Abel Monteiro de Miranda, um extraordinário aluno e nos
ajudávamos nos deveres de sala. Ele é pneumologista e por simples curiosidade
foi o médico da minha finada mãe. Estive algumas vezes em seu local de trabalho
no Centro Comercial Barão da Taquara, lá na Rua Nelson Cardoso, para
reencontrá-lo sem sucesso, mas oportunidade não faltará para conversarmos e
colocarmos os assuntos em dia. Tive muitos colegas também pela passagem naquele
grande educandário, por coincidência, na Taquara. Mais um constante nessa
jornada. O grande Lair de Azevedo Senra, este um incansável parceiro em nossa
passagem pela Petroserv S.A., uma empresa de prospecção de serviços
petrolíferos. Nós costumávamos brincar com a frase ‘É preciso ser formado? Passou
em um concurso para o Banco do Estado da Guanabara e seguiu o seu caminho. Eu o
encontrei na rede social pelo sobrenome, nada corriqueiro. Trocamos várias
mensagens diariamente. Outro irmão de labuta, lá do extinto Banco Nacional da
Habitação, excelentíssimo escritor Tarcísio de Alencar Júnior, um mestre da
poesia. Foi difícil reencontrá-lo e hoje nos falamos bastante sobre as nossas
vivências e projeções para o futuro, apesar da idade. Ao longo da minha vida eu
fiz muitos colegas com poucas afinidades, mas as amizades verdadeiras são inesquecíveis.
O pouco com Deus é muito, como dizem. Hoje, minhas amizades são filtradas, já
fui enganado por um falso amigo de Ipanema, que frequentava semanalmente a
minha residência em Muriqui, aproveitando-se da minha hospitalidade e
confiança. Agradeço ao magnânimo e a todos mencionados pela oportunidade pela
intensa participação de vocês na minha história de vida. Por fim, eu conservo
as novas amizades com parentes por consideração, como Denise Costa Ribeiro, que esteve casada com o meu finado primo Carlos Magno, que se foi prematuramente. Fazer novos amigos faz bem à
alma e felicidade.
sexta-feira, 31 de maio de 2024
Amigos.
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