segunda-feira, 20 de maio de 2024

O envelhecer com saúde.

A minha idade bem adulta ainda não atingiu o ápice. Meus olhos já não enxergam com aquela tenacidade de lince. A mocidade passou rapidamente, mas o meu coração continua palpitando de tão jovem, como versos coronarianos. As minhas artérias continuam ativas. O nosso ciclo biológico, na velhice, compara-se a um carro velho. As peças defeituosas precisam ser reposicionadas. Já não são originais, apesar de a ciência ainda tentar as células-tronco. Às genéricas obtidas por doação, às vezes surtem efeitos. Eu ainda tenho esse privilégio. Por enquanto, eu não preciso desses procedimentos. Ainda não me foi tirada a vida social, amorosa e profissional, muito diferente como eram as vivências há alguns anos.  Azar para o tempo. Ele é invejoso. Sempre quis apagar o sorriso do meu rosto. Fez meus cabelos envelhecerem, e nunca satisfeito, em uma atribulada perseguição. Fez os ventos arrancarem os meus fios de cabelos. Não me importa como ele deixou o meu corpo. Magro ou obeso, eu não tenho medo de olhar ao espelho. Sempre dei preferência para o meu interior. O valor e nobreza da minha vida são mais importantes. Assim eu encaro a longevidade. Saber envelhecer é uma constante. Infelizmente, apesar de tudo, a saúde em primeiro lugar. Na minha cesta de flores exalando os perfumes do campo, em ramas, estarão sempre em oferendas para o amor, que se espalha a quem na velhice me acompanhar. A saúde com amor nos dá longevidade e prosperidade.

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