quarta-feira, 29 de maio de 2024

Estão faltando eles.

Naquela mesa, normalmente aos domingos, que por força do imperioso trabalho que exercia como administrador em hospital governamental, ele sentava a gente e na hora do almoço, servido com muito amor por nossa mãe, nós conversávamos sobre vários assuntos. Um pai moderado, com profunda sensatez, ainda trabalhava em casa anotando nomes de empregados em cartões de ponto, por ocasião de mudança de mês. Americano para valer, o seu clube por simpatia, ele torcia para que todos nós seguíssemos uma conduta irrepreensível de amor, força e sabedoria, em nossas vidas. Assim foi feito. Os ensinamentos, e principalmente o respeito, com a fundamental ajuda da nossa genitora, uma bússola que guiou nossos caminhos, apesar de percalços que somos habitualmente expostos, nos fizeram independentes e conscientes, em nossa educação, para o futuro. Mesmo com suas ausências físicas, nós carregamos seus fabulosos legados, às novas gerações. A vida é cheia de momentos e as lembranças deste marcante dia, hoje, viraram saudade. Ainda restam naquela mesa da Carlos Gross, as marcas das mensagens talhadas com orientações designadas aos seus filhos. Somente nós ouvíamos o som do seu violão fazendo a seu modo, o solo da ‘Última Inspiração’. Sim! José e Moema, os alicerces das nossas vidas, não imaginam a falta em nossos corações. Dói em nós, quando olhamos aquela mesa surrada pelo tempo, nas recordações. As suas missões cumpridas merecem aplausos. No jardim da rua em que só foi felicidade, as flores não morreram, florescem a cada amanhecer, como as nossas eternas memórias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário