domingo, 5 de maio de 2024

Ai, quem me dera!

Ai, quem me dera se eu repousasse no seu ninho e nesse jardim florido, a espera de uma noite sem fim, recebendo um sim. Adentrar entrançado em seus cabelos, arrancando suspiros, no arfar da sua respiração delirante de gemidos e desejos, vividos intensamente, sem tempestades e ilusões. Nessa escuridão de mistérios, nossas posições no peso da noite sela nossos lábios, como feras no cio, banhados de suor sem lágrimas no olhar, como estrelas a brilhar.  Ai, quem me dera que a minha transfusão doada a seu corpo sem arritmia, compassando e compensando nossos batimentos em uma só compleição, fechados de verdades nos amando em suaves movimentos de prazer. Ai, quem me dera acordar em seus pensamentos em fantasias e realidades de seus sorrisos e alma tocar, porque entre todas as queridas, você é a preferida e quem me dera em sonhos a lhe pertencer e amar.

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