terça-feira, 25 de junho de 2024

Uma paixão silenciosa.

Nos seus olhos o mistério do luar, em brilhos tresloucados que me dizem tudo. Seu sorriso é o sol e a lua, que iluminam meus dias e noites, em sonhos resilientes de alegrias e paixões. Em cada gesto seu, com a batuta silente e coordenada em harmonias, como o seu corpo em simetria, entrelaçado ao meu, como em danças de valsas ou boleros, em que você a maestrina, que envolve e conduz o meu coração, em melodias apaixonadas, em danças provocativas e celestiais. Seu cabelo é como a seda ao vento a bailar, seu toque suave, como brisa a me acariciar. Na sua carne, eu encontro a alegria que inspira, E em seus braços e abraços, meu mundo se refaz, na fantasia de dançar e amar. Você é a musa que insufla meus versos apaixonados, A doce melodia que embala meus sonhos. Seus passos são poemas que ecoam no ar, E mesmo sem o seu amor, um tesouro que guardo com carinho, em razão das minhas palpitações, uma morada da minha ilusão.

domingo, 23 de junho de 2024

Depois da despedida.

Nessa noite enluarada, as estrelas testemunharam nossas despedidas. Sabe! Aquela dor no coração em que o destino nos chama em direções opostas? É assim que eu me sinto. Desmotivada, com lembranças de risadas e sonhos compartilhados, esse que fora para mim um futuro incerto, concretizou-se. Ainda guardo a ternura de nosso encontro. Os momentos vividos intensamente, os quais nós amanhecíamos bem, com o sol a contemplar à minha alegria, vendo as montanhas verdejantes atrás da minha casa. Costumeiramente, nós tomávamos café, olhando o perfil do maciço da Tijuca e o céu em anil, rodeados de pássaros em cantos e encantos coloridos. Infelizmente, a tristeza se aloja no silêncio do adeus. Posto que o tempo cure as feridas da separação, onde o amor se faz verdadeiro e amigo. Em novos braços eu encontrarei um novo abrigo. Um novo refúgio, seguro para meu coração, numa eterna entrega e devoção, no ritmo de novas paixões sem segredos, entre sombras e esperanças perdidas, futuramente, renascidas.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

A expectativa de uma paixão.

Hoje eu acordei mal. É como eu estivesse em frente ao precipício, sem luz pela sua profundidade, tampouco, sem som. Nesse meu espaço secreto e invisível, como escalas entre o céu e o inferno, uma dor antiga, me persegue até a esse ponto mais alto da montanha. Eu me reinvento a esse mistério com letras que saem dos meus olhos, com gritos ecoados pela minha boca sedenta de beijos, na esperança de reencontrá-la. Infelizmente, como outras noites, eu cuidei dessa, sem sucesso, mais adoecida e ressentida com vistas abertas ao luar, por um caminho, que penso na volta da amada, do meu coração, desprendida, como aquele calor frio do sol que nunca brilhou em minha vida. Na pedra, que eu tropeço diariamente nas minhas ilusões, as insônias me acompanharão, enquanto perdurarem as tristezas e solidão, onde a estrela da minha vida ao longe e em despedida aquece outros corações. Nesse deserto de emoções, espero mais uma surpresa, pelas quatro letras que mudariam a minha vida e bem longe do passado. Não está em Roma, aquela cumplicidade, um ambiente perfeito em acolhimento. Uma nova estrela guia surgirá e meu céu brilhará apaixonado. Penso que sempre haverá uma recompensa ao ouvir estrondos das tempestades, para amar. Um sopro da paixão.

Busca pelo prazer.

Amores impossíveis atraem-se pelas inviabilidades. Assim como o perigo, nos motiva, nos impulsiona, o acesso a informações íntimas de outra pessoa. Neles cabem todos os sonhos que se meçam pelas dificuldades, excepcionalmente pela busca do prazer. O improvável, também, é belo. O anonimato e as volúpias, por redes sociais aglutinam novos viciados em sexo virtual. As mulheres preferem as salas de ‘chats’ com imagens, fotos eróticas entre outras preferências. Já os homens, além disso, às fantasias sexuais. Mais focado no corpo da parceira e no momento único. As aventuras sexuais têm seus mistérios, mesmo de longe na magia da sedução. Os prazeres apaixonantes da vida continuam na velhice. Pensar que não há desejos e sexualidade na terceira idade é um equívoco.

terça-feira, 18 de junho de 2024

Uma reflexão da minha vida.

O meu passado, foi como uma tela de televisão em preto e branco com chuviscos, eu via vagamente, algumas silhuetas em danças, frenéticas e fora de tons. Mudava de canal, zapeava mais alguns e os desempenhos eram idênticos, daquela confusão eletromagnética. Nessa época, eu também, me encontrava na mesma situação. Tentava sem solução, uma seleção com o poderoso potenciômetro vital, ajustes da minha vida. Fiz muitas coisas boas. Passei pelo teste sem ser notado, com muita discrição. Alguns percalços e desencontros, também, que, na verdade, foram contornados com bastante resiliência e sabedoria. Mergulhei de cabeça, bem cedo. Constituí família, o meu bem maior. Vivi mau momentos como nuvens no céu espalhadas ao vento. Sou mais um afluente que a vida preservou indo enfim, para o grande rio de correntes perigosas, que sustentei com todas as minhas forças, desviando de pedras e lodaçais. Tenho defeitos como outro qualquer, mas a minha vida não foi decretada por falência, muito pelo contrário, defendida com muita abnegação da minha administração e colaboradores como esposa, filhos, ainda mais com netos excepcionais, um novo complemento da nossa existência. Com ideias e projeções para o futuro renovado que me restam na velhice, em novos sonhos, sendo as essências do que a vida nos reserva, apesar de um passado duríssimo. A vida é maior que todos os livros, que eu li, e sobre ela eu me debruço em frente a uma nova televisão. Uma quatro K, em cores fortes, com imagens lindíssimas sem fantasmas e tremedeiras, com vozes firmes, com ‘flashes’ de aves altaneiras, em voos de liberdades como nós pretendemos viver até nossos dias.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

A velhice chegou.

No combate, relativo com o tempo de vida, o meu mundo ficou preto e branco. Enfim a velhice chegou. Deu-me ela, vários presentes, um deles, a bengala para a prudência ao caminhar, atravessando mais obstáculos com o avançar da idade. A jovialidade que tornava o conhecimento da minha alma em visões e sonhos multicores deixaram meus olhos vazios a contemplar com saudades os sonhos realizados. Nesses lábios amargos e ressecados, que hoje eu tenho, acumulado em rugas pelo corpo, tornaram-se calados, congelados por uma nova situação de pavor. Em espelho, a minha face perdida, um novo retrato da minha vida, um pacto com a solidão. Passei com nota máxima pelas idades de interrogações, afirmações, às de negações, ainda não assimiladas, fiquei em segunda época. Eu passei por todos os prazeres da infância e juventude, hoje, consumidos pela tirania da velhice. Minhas costas curvadas, como badoque, são a prova disso. A única certeza que eu tenho é que o amanhã os prazeres serão precários. A beleza tem o seu tempo exíguo. O espaço entre a juventude e velhice, em intervalo de paixões e decepções, são essências que nunca passarão despercebidas. O tempo da velhice depende exclusivamente da nossa sabedoria de viver mais otimista com fé e esperança. As últimas fases de vidas merecem contemplações saudosistas.

quarta-feira, 12 de junho de 2024

A namorada de escola.

Hoje, eu vi aquela moça, menina, linda como sempre. A minha paixão dos tempos de escola pública. O meu coração disparou quando ela apareceu toda charmosa com andar elegante e inadvertidamente, atravessou a rua, fechando o trânsito, sem me notar seguindo seu caminho, deixando o seu perfume, inigualável em minha face, que chegou a estremecer meu corpo. Ali, eu vi nascer esta maravilhosa mulher. Lá no colégio, nós trocávamos olhares inocentes, mas não nos falávamos. Os olhos dizem tudo. Quando ela aparecia nos diminutos tempos de recreio vinha àquela forte sensação inexplicável, que eu nunca imaginei em sentir. Na hora do recreio, eu meio tímido, procurava localizá-la nas dependências da unidade, sem muita oportunidade de dar um simples ‘bom dia’, que em insegurança consumada, alimentava meus sonhos inconscientes. Esse reencontro casual aqueceu as minhas mãos que pingavam de nervoso, pela emoção em meu rosto, estampada. Sei que o meu amor não desfez com o tempo. Ela dava passos rápidos com elegância, talvez, perdida em seus momentos de escola, talvez, pensando em outros braços, o amor que entre nós, não viveu, que em sonhos diferentes o destino traçado escreveu.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

A distância do sol.

Por que o sol está tão distante? Os astros também têm seus segredos. Emana calor aos desesperados em desilusões e enfraquece um pouco aos bem aventurados. Rasga as nuvens, algumas traiçoeiras e nas madrugadas ilumina aos sonhadores vislumbrando a beleza da lua que se retrai em fases consumidas. Ao nascer de um novo dia ela chora e adormece por fim. É claro que o sol sempre virá e os luares, nos embalos dos versos seguem como destinos aos desconhecidos. A escuridão e todo o azul do mar resplandecem as liberdades das estrelas. Iluminam e escurecem como estiagens. Sempre haverá temporadas de alegrias e tristezas. Até o último dia de minha vida, eu farei como o sol. A distância sempre dependerá do acaso. O ocaso do sol possibilita-me organizar as minhas ideias e escolhas para um novo brilho ao amanhecer.

domingo, 9 de junho de 2024

Sem despedidas.

Ontem, uma bala certeira acertou o meu coração. Ela chegou sorrateira. Não ouvi o seu estampido, e atingiu-me em cheio. A minha aorta, que irrigava diariamente meus sonhos e projetos, foi seccionada de aspirações partilhadas. Já não existe mais. As mensagens travadas e ocultas sucumbiram. Nas minhas poesias apaixonadas, onde inicialmente nossos olhos se encontraram, perderam o brilho intenso como o sol. Uma estrela que jamais poderei alcançá-la. Em mundos distintos seguimos nossos caminhos. Às mágoas, como ponteiros de relógio passam com o tempo. O céu amanheceu nublado. Uma nova canção de amor eu ouço bem longe. Apesar da dor, na imensidão dessa vida sempre aprendemos uma lição. Esfumaram-se a esperança e a desilusão, que me escorrem em meus dedos, como areia fina da praia, levadas ao sabor dos ventos. Amor é só para gente que acredita e não se cansa de esperar, ou a tudo isso se contentar.


sábado, 8 de junho de 2024

O despertar do amor.

Você é como o sol da manhã. Beija meu rosto, depois da noite fria sem seu calor. A falta que faz em meu cobertor. No seu jeito sedutor, como girassol, eu busco a sua luz. Trago nas palavras em lampejos as minhas sinceras tensões. Entrego-me ao seu corpo nu, às minhas mãos libertas em toques descarados com fervor de transpirações e boca ofegante, que modificam nossos pulsos e aceleram as batidas de nossos corações intensos. Na suave palma de suas mãos, em afagos, com perfumes de intentos, eu vejo as linhas do passado, riscando outras, em convulsões, que reconhecem a entrega entrelaçadas às carícias da saudade de você, clamando por mais beijos, de seus lábios em desejos. À noite em claro me faz assim. Enlaçado a seu destino, para seguirmos de mãos dadas a caminho do amor.

terça-feira, 4 de junho de 2024

A tristeza da velhice.

Aquele sentimento de solidão, de inutilidade, da dificuldade em lidar com as limitações, juntando com a perda de um familiar da vida privada e amorosa, além de outros motivos emocionais, sensibilizam em demasia muitas pessoas da terceira idade. São imprescindíveis as relações familiares e interpessoais. Isso por que, a falta dessa interação acarretam a perda de memória, declínio cognitivo e um crescente estado de isolamento. O idoso deve ter pensamentos positivos e alegres, estimulante em suas conversas e pensamentos que contribuem para que não haja os surgimentos da depressão e redução da autoestima, que se agravam com a perda de contatos pessoais. Os distúrbios de comportamento com sintomas psicóticos, ansiedade, irritabilidade e instabilidade emocional, são meramente confronto de personalidade perpetrada por essas desordens no cérebro de septuagenários, isso porque eu tenho setenta e quatro anos, acreditando que prolonguem com maior profusão aos bem mais idosos. Portanto, o cérebro deve ser exercitado plenamente. Uma batalha diuturna que só depende dos acometidos, inclusive da frequência da vida sexual, com benefícios da saúde do corpo e da mente, sem quebrar a regra de sua autonomia e independência no decorrer da sua existência. Eu pratico várias atividades sem preocupação da idade avançando sobre o meu corpo, para manter a saúde e a vitalidade suportada pela minha estrutura física, sempre pensando em que a minha simplicidade, com capacidade de valorizar o que já possuímos inclusive as amizades.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Quem sabe um dia?

Quem sabe um dia, se for nossos destinos, que nos encontremos mesmo em quaisquer outros planetas, onde haja vida, com um talvez, de hesitações, hipóteses e senões, num reflexo transparente e atraente, descobrindo em nossos sexos, mesmo por caminhos nublados após tempestades em despudoradas fantasias carnais de satisfação, na perfeição do absoluto prazer, a dois. Quem sabe um dia, redescobrir o mundo em pensamentos ocultos. Quem sabe um dia, colorir de azul o infinito, enxergando todo o nosso amor que na sua frente eu a perdi. Quem sabe um dia, eu me perdoe pelo ato falho, em deixá-la fora dos meus pensamentos nos derradeiros acenos de despedida das suas delicadas mãos. Quem sabe um dia, voltar a sentir o seu perfume adocicado, que eu, em desatinos, sem rumo na estrada, com descuidos e incertezas, na procura com tenacidade de um predador à presa. Quem sabe um dia, você invada a minha porta escura na sombra de meus anseios, e com ar de apaixonada, nós vivermos para sempre. Quem sabe um dia, o sacrifício e a persistência em que reclamo a sua ausência, o seu sorriso invisível. Quem sabe um dia, nossos corpos celestes, sem serpentinas e confetes, saia do bloco da solidão e transforme-se novamente em turbilhão de paixões. Quem sabe um dia, você também, me diga não.

domingo, 2 de junho de 2024

Confissões de bar.

Aos prantos emocionais, com choros e lembranças, eu desabafo no copo, sentado à mesa do meu tradicional e preferido ‘Unimé Bar’, aquele traçado que só o atendente bigode sabe fazer. Essa é a triste realidade. Girando o copo a cada golada, reservadamente, eu escondo a minha mágoa, acumulado de tanta dor, para que ninguém veja um derrotado, que tinha um peito forte para receber de forma violenta, resistência a obstáculos defenestrado por alguém, que com duas consoantes e vogais. ‘Amor. ’ Hoje eu carrego como Jesus a cruz do meu calvário. Lamuriando-me pela estrada e exausto de desconsolos. Lá, naquele bar, tenho a sensação de que encontro vários irmãos da dor, revelados em rugas e decepções, através de talagadas das branquinhas ou amarelinhas. Tanto faz o que importa é matar a sede de suas angústias, como eu na requintada bebida de novos dias. Como Chico Buarque, pode ser que a gota d’água surja em alguns potes deles. O meu transborda de saudades e esperança. A pureza do meu ser, que me deixa pensando em você, a espera que naquele lugar, tudo possa recomeçar.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Amigos.

As redes sociais já não me bastam. Gradualmente eu perdi meus companheiros de trabalho, de infância, principalmente os da escola. Aquelas amizades arraigadas de brincadeiras com caçoadas entre colegas, que no final, nós terminávamos em apertos de mãos. Brigas! Somente labiais, no momento de adrenalinas. Recentemente, eu perdi o contato com o meu amigo Euran Vieira de Melo, um grande companheiro de escola primária. Só sei que hoje ele reside em Vila Velha no Espírito Santo. Eu tinha muitos colegas, mas esse era o camarada verdadeiro, tanto que eu consegui gravar o seu nome todo. Na admissão para o ginásio, não me lembro de ninguém. Praticamente não conversávamos. Primeiro, porque a professora, dona Nilza era exigente e não admitia conversas, na sala de aula e segundo porque éramos obstinados para nos prepararmos muito bem no enfrentamento da grande demanda de alunos para o ginasial. Eu consegui passar para o Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, onde a diretora era a professora Henriette Amado, uma excelente amiga dos alunos. Lá foram os dias mais felizes da era escolar. Eu fiz vários amigos. Primeiramente, pelo futebol que eu exercia. Eu não chegava a ser um astro, mas modéstia parte eu jogava bem. Outra amizade foi formada. O inesquecível, e admirador do meu futebol, doutor Abel Monteiro de Miranda, um extraordinário aluno e nos ajudávamos nos deveres de sala. Ele é pneumologista e por simples curiosidade foi o médico da minha finada mãe. Estive algumas vezes em seu local de trabalho no Centro Comercial Barão da Taquara, lá na Rua Nelson Cardoso, para reencontrá-lo sem sucesso, mas oportunidade não faltará para conversarmos e colocarmos os assuntos em dia. Tive muitos colegas também pela passagem naquele grande educandário, por coincidência, na Taquara. Mais um constante nessa jornada. O grande Lair de Azevedo Senra, este um incansável parceiro em nossa passagem pela Petroserv S.A., uma empresa de prospecção de serviços petrolíferos. Nós costumávamos brincar com a frase ‘É preciso ser formado? Passou em um concurso para o Banco do Estado da Guanabara e seguiu o seu caminho. Eu o encontrei na rede social pelo sobrenome, nada corriqueiro. Trocamos várias mensagens diariamente. Outro irmão de labuta, lá do extinto Banco Nacional da Habitação, excelentíssimo escritor Tarcísio de Alencar Júnior, um mestre da poesia. Foi difícil reencontrá-lo e hoje nos falamos bastante sobre as nossas vivências e projeções para o futuro, apesar da idade. Ao longo da minha vida eu fiz muitos colegas com poucas afinidades, mas as amizades verdadeiras são inesquecíveis. O pouco com Deus é muito, como dizem. Hoje, minhas amizades são filtradas, já fui enganado por um falso amigo de Ipanema, que frequentava semanalmente a minha residência em Muriqui, aproveitando-se da minha hospitalidade e confiança. Agradeço ao magnânimo e a todos mencionados pela oportunidade pela intensa participação de vocês na minha história de vida. Por fim, eu conservo as novas amizades com parentes por consideração, como Denise Costa Ribeiro, que esteve casada com o meu finado primo Carlos Magno, que se foi prematuramente. Fazer novos amigos faz bem à alma e felicidade.


quinta-feira, 30 de maio de 2024

Fotografia.

Era apenas um retrato e nada mais para alguns, mais para mim, a sua imagem perfeita das minhas noites perdidas, com aquele gesto labial e angelical de ‘Monalisa’, o encanto da galeria e de minhas agonias. Eu na captura de sua beleza, para uma perfeita cena de poesias em meus olhos apaixonados, por um instante, mas não o bastante. Na sua companhia estática, a minha liberdade presa em seu amor é inexplicável. Amor proibido ou amor escondido que a distância me revela sem filtros de emoções, o da sua fascinação. O tempo passa, mas não interessa a idade, se o interior do meu corpo aquece a minha ilusão. Ao roçar a sua imagem na tela um pouco descolorida, reacende também o pulsar do meu coração, que nas garras de seu sorriso imploram em rimas que jamais a esquecerei. Escondido em meus segredos com risadas e choros, eu guardo no peito esses momentos que valem ouro. Mesmo sem termos um ao outro, você sempre será o meu tesouro.

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Estão faltando eles.

Naquela mesa, normalmente aos domingos, que por força do imperioso trabalho que exercia como administrador em hospital governamental, ele sentava a gente e na hora do almoço, servido com muito amor por nossa mãe, nós conversávamos sobre vários assuntos. Um pai moderado, com profunda sensatez, ainda trabalhava em casa anotando nomes de empregados em cartões de ponto, por ocasião de mudança de mês. Americano para valer, o seu clube por simpatia, ele torcia para que todos nós seguíssemos uma conduta irrepreensível de amor, força e sabedoria, em nossas vidas. Assim foi feito. Os ensinamentos, e principalmente o respeito, com a fundamental ajuda da nossa genitora, uma bússola que guiou nossos caminhos, apesar de percalços que somos habitualmente expostos, nos fizeram independentes e conscientes, em nossa educação, para o futuro. Mesmo com suas ausências físicas, nós carregamos seus fabulosos legados, às novas gerações. A vida é cheia de momentos e as lembranças deste marcante dia, hoje, viraram saudade. Ainda restam naquela mesa da Carlos Gross, as marcas das mensagens talhadas com orientações designadas aos seus filhos. Somente nós ouvíamos o som do seu violão fazendo a seu modo, o solo da ‘Última Inspiração’. Sim! José e Moema, os alicerces das nossas vidas, não imaginam a falta em nossos corações. Dói em nós, quando olhamos aquela mesa surrada pelo tempo, nas recordações. As suas missões cumpridas merecem aplausos. No jardim da rua em que só foi felicidade, as flores não morreram, florescem a cada amanhecer, como as nossas eternas memórias.

terça-feira, 28 de maio de 2024

Um lavrador feliz.

Mãos carcomidas pela terra seca, mas feliz. Essa é a minha vida no campo. Sabe aquele olhar de liberdade e privacidade, que eu e a maioria da população não conseguida em superar mesmo com esforço de precauções, por conta de maus gestores com mazelas da ordem pública, em grandes cidades com multidões, falatórios, buzinaços, saqueadores de lares, veículos, celulares entre outros e alguns latrocínios. Na lavoura não tem crime. Os insetos que infestam as verduras e legumes, para consumo, são exterminados. Lá eu tenho horário para tudo. Não tenho tempo de ver televisão, não vejo redes sociais, por iniciativa ao meu único projeto. Viver e corresponder às minhas expectativas de partilhar as minhas mercadorias aos grandes centros. Sou um lavrador solitário. O meu tempo é integral. Eu cultivo o solo. Faço a aragem da terra, adubo e semeio. Eu tenho à terra como a minha poesia, alimentando a minha alma com paixões e os efeitos do amor. As minhas plantações floridas, são os sentidos da minha vida.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

A idosa rebelde.

No sábado dia vinte e seis de maio, do corrente ano, Tania e eu fomos assistir ao espetáculo musical, ‘A Noviça Rebelde’, no excelente ‘Teatro Riachuelo’, localizado no ‘Passeio Público’, perto da Cinelândia. Por força do evento ‘Marcha para Jesus’, marcado para o mesmo horário da apresentação da peça, eu decidi sair de casa mais cedo, porque a ‘Avenida Presidente Vargas’ ficaria totalmente interditada ao trânsito, no sentido zona sul. Para evitar atropelos, nós fomos de ‘UBER’. Chegamos por volta das treze horas e trinta minutos, bem adiantados para o evento. Lá no saguão do teatro, a Tania sentiu aquele cheiro de pipoca no ar, como diz a ‘Xuxa’ e pediu-me para comprar um pote do milho amanteigado, um pouco distante da recepção. Lá, enquanto eu aguardava para ser atendido e com as mãos postas sobre o granito eu senti sob a minha outra esquerda uma esmaltada e lisa de mulher, a acariciar meu dorso e aliança. Instado, eu olhei para o lado e era uma senhora afeiçoada, sobrancelha destoante do rosto, lábios pintados de paixão, bem avermelhados, que também suponho com idade semelhante à minha. Então ela disse: ‘Estou precisando de companhia para agora e principalmente para depois da exibição. Eu adoro pipoca amanteigada’. De pronto, eu recebi da atendente o recipiente com a iguaria quentinha e ao mesmo tempo concatenando as minhas ideias para a resposta. Como um velho andarilho das noitadas cariocas na boemia, malandramente, eu percebi de longe a Tania olhar para mim, como me indagasse. Assim, eu retornei para ela que estava sentada, por problemas de articulação no joelho, ainda com a insistente senhora em meu encalço, e quase aproximando dela eu perguntei: Você troca duzentos reais?  Essa senhora está precisando trocar e eu disse a ela que não carrego muito dinheiro, porque eu tenho outros meios para efetuar compras. A senhora, inibida desculpou-se com a Tania pelo embaraço que ela mesma causou e desapareceu. No recinto, novamente nós a vimos. Estava em pé, como procurasse alguém. Ao nos ver fez um breve aceno com as mãos, respondidas por nós. Em seguida, as luzes se apagaram e depois de três breves apitos o espetáculo começou. Após hora e meia, houve uma pausa de quinze minutos. As luzes acenderam e aquela senhora desinibida já não estava mais lá. Penso que, ela deve ter ido outra vez, àquele balcão tentar trocar a sua nota de duzentos reais. Uma idosa atraente por sua voluntariedade, a nova noviça e cantora à procura de um capitão ‘Von Trapp’ desimpedido. Por último, nós assistimos a uma bela apresentação, belos figurinos, paisagens exuberantes, coros vogais afinadíssimos, o bom humor do fabuloso ‘tio Max’, com direito às músicas inesquecíveis das nossas adolescências.  Todos mereceram os aplausos de pé. Na saída, por volta das dezenove e trinta, finalizado por chuva de neve, nós pegamos o metrô bem perto dali. Saltamos na estação de Irajá. De lá nós seguimos mais uma vez de ‘UBER’, até a nossa residência, encerramos nosso esplendoroso sábado, proporcionados pelo belo presente de nossos filhos pela passagem do ‘Dia das Mães’.

sábado, 25 de maio de 2024

Segredos de escrivaninha.

No canto do escritório da minha residência, eu guardo a sete chaves a minha privacidade. Lá eu preservo as amizades, carinhos, excitações, principalmente as loucuras de alcova, entre outras. Todos os sentimentos arrumados na gaveta simbolizam as venturas e desventuras, como herança dos bem-aventurados. As revelações nessa retangular caixa mágica do móvel, que mantidas em silêncio são os grandes mistérios de um futuro possível. Essas rememórias, em pequenos barcos a vagar em minha mente estão em direção opostas a felicidades, aos amores e, sobretudo a uma intensa interação aos mais próximos confiáveis em meus pensamentos. Um segredo aberto ao presente, no dia em que eu me for talvez apareça alguém com coragem de abrir o cofre. A vida tem seus mistérios.

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Sexo na terceira idade.

Um tabu na sociedade, o sexo na terceira idade, reforçam as dúvidas e incertezas de quem deseja ter uma vida sexual ativa, e simultaneamente, dando atenção às mudanças fisiológicas decorrentes do avanço dos dígitos. Independentemente de tudo, o sexo após sessenta anos ou além dessa faixa etária é normal, saudável e muito possível, proporcionando qualidade de vida. Como a flexibilidade e mobilidade diminuem na última fase da vida, vale a pena testar posições mais confortáveis, com mais folego, sem dores e constrangimentos, em relação à parceira. Os desafios relacionados ao próprio envelhecimento permite dizer que a sexualidade continua latente, intensificando uma saudável vida sexual ativa. As transformações com mudanças fisiológicas nos corpos de pessoas, independente de gêneros fazem com que o casal se estimule bastante para o ato. Nosso estilo de vida, também impacta em hábitos. Uma alimentação saudável, a prática de exercício físico regularmente, um sono de qualidade, que podem interferir diretamente na sexualidade são muito importantes. Um encontro sexual vai muito além da penetração. Penso que a sexualidade e libido podem se mantêm até o final da vida, claro com as adaptações que eventualmente o envelhecimento possa trazer.  

terça-feira, 21 de maio de 2024

Amizade verdadeira.

Amizade! Através dela os indivíduos encontram-se, em apoios mútuos. A comunicação aberta, respeito e aceitação são tácitos nessa relação. A confiança é primordial, na sinceridade de sentimentos, acrescidos de limites, as estimas tornam-se perfeitas e inabaláveis, o que nos eleva diariamente comportamento às raras virtudes. Raras e preciosas, como diamantes, sem lapidações e elogios fortificados, as estreitezas se solidificam em nossos corações. Essa afinidade, elemento nobre das relações interpessoais, em solidariedades e compreensões. A espontaneidade, no interesse de saber de amigos, também faz parte da lição. Não nos esqueçamos de que nos momentos sombrios de escuridão e solidão, sempre haverá um farol amigo a iluminar a estrada escoltando a verdadeira amizade. 

segunda-feira, 20 de maio de 2024

O envelhecer com saúde.

A minha idade bem adulta ainda não atingiu o ápice. Meus olhos já não enxergam com aquela tenacidade de lince. A mocidade passou rapidamente, mas o meu coração continua palpitando de tão jovem, como versos coronarianos. As minhas artérias continuam ativas. O nosso ciclo biológico, na velhice, compara-se a um carro velho. As peças defeituosas precisam ser reposicionadas. Já não são originais, apesar de a ciência ainda tentar as células-tronco. Às genéricas obtidas por doação, às vezes surtem efeitos. Eu ainda tenho esse privilégio. Por enquanto, eu não preciso desses procedimentos. Ainda não me foi tirada a vida social, amorosa e profissional, muito diferente como eram as vivências há alguns anos.  Azar para o tempo. Ele é invejoso. Sempre quis apagar o sorriso do meu rosto. Fez meus cabelos envelhecerem, e nunca satisfeito, em uma atribulada perseguição. Fez os ventos arrancarem os meus fios de cabelos. Não me importa como ele deixou o meu corpo. Magro ou obeso, eu não tenho medo de olhar ao espelho. Sempre dei preferência para o meu interior. O valor e nobreza da minha vida são mais importantes. Assim eu encaro a longevidade. Saber envelhecer é uma constante. Infelizmente, apesar de tudo, a saúde em primeiro lugar. Na minha cesta de flores exalando os perfumes do campo, em ramas, estarão sempre em oferendas para o amor, que se espalha a quem na velhice me acompanhar. A saúde com amor nos dá longevidade e prosperidade.

sábado, 18 de maio de 2024

Vingança ou punição.

Tido como acerto de contas, a vingança, uma atitude nem sempre compreendida, diferentemente de punição, nem sempre traz a sensação de justiça. Esse sentimento de melhora em devolver na mesma medida, ou ainda pior, o que lhe foi feito não se coaduna como herança maior dada por alguém. Tudo bem, também eu não sei se eu conseguiria me perdoar. Em valorização de amizades e sem ressentimentos, o viável é a pessoa prejudicada dedicar-se a si mesma. Nada melhor coordenarmos as nossas ideias e caminhos. A vida é feita de resultados positivos e negativos, e aquelas frustrações arquivadas em nosso consciente fazem parte dela. Vingar, punir, destratar, endeusar, reverenciar entre outras do extenso vocabulário, permitem dizer que o remorso mói palavras e em pó esvoaçam ao sabor do vento, até serem diluídas ao esquecimento. As desforras nos cerceiam de liberdades e compreensões. Vida que segue.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Tempos de solidão.

Será que eu estou caminhando em sentido errado, oposto à realidade? Por que eu, entre desconhecidos e desapaixonados, ainda continuo na carência de relacionamentos insatisfatórios, com liberdade em ficar só? Eu rejeitado de sentimentos inconscientes, com bloqueios de comunicação, na ansiedade em saciar as minhas inconstâncias, procuro uma adaptação, no que será melhor para mim. Essa depressão que persegue meus pesadelos, também devasta a minha saúde. Cercado de agonia e medos em meu encalço, sob estresse, com meu sistema imunológico afetado, mais fraco, fragilizado por decisões e indecisões sobre o futuro, podem ajudar a minha empatia em um futuro próximo. Esse mal-estar no laço social causa-me apreensões, em sofrimentos inabaláveis, com condutas irrepreensíveis, apesar de minhas falhas na comunicação. Dói-me ser excluído, com ideias, autoprovocadas por fortes emoções expressivamente afetivas. As minhas conexões profundas dificultadas pela timidez, me fazem assim. Essas ausências de laços por isolamento e vazio interior, com certeza estarão equilibradas, conforme a minha posição, ainda sem saber em que direção seguir. As relações significativas de que eu gostaria de ter dizem a verdade. Triste é viver na solidão. Na dor cruel de uma paixão. Será que Jobim e Elis estavam certos?

 

domingo, 12 de maio de 2024

À nossa mãe querida.

Maravilha, que Deus nos deu.

Ontem, sem despedidas partiu e nos restou a saudade.

Ela sempre nos ouvia em silêncio.

Mãe, amor sincero, sem segredos e sem exageros.

Aqueles nove meses, envolto de alegrias, submerso em bolsa d’água.

 

Deus a escolheu, e somos gratos por ela.

E dela, nós recebíamos cuidados e carinhos.

 

A sua missão bem cumprida, até seus últimos momentos.

Luz que iluminou nossos caminhos.

Mãe, amada em três letras.

E nos amou, como ninguém.

Iluminada, por sua bondade e compaixão.

De um sentimento raro e incondicional.

A mais bonita nos jardins do céu.

 

Se hoje, nós estamos aqui.

Agradecemos a você, pela companhia que nos dispensou.

Não foi por um acaso, com um perdão louvado.

Tudo tem um porquê, e aprendemos muito com você.

O tempo tem o seu prazo.

Sós, nos despedimos. Obrigado!

De tê-la eternamente em nossos corações. Seus filhos: Alice, Candido, Angelo, Marco, Almir, Angela,  Ana, André e Telma.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Sansão e Dalila.

Num piscar de olhos, acordei em minha rede que balançava sincronizada com o vento, que batia em meu rosto, movimentando a minha extensa cabeleira. Eu vi sobre uma varanda em um acesso a uma das casas, à frente da rua em que resido, uma linda mulher em atitude suspeita, envolta em um vestido fabuloso. Fixei firmemente o meu olhar quarenta e três e notei que fora correspondido. Aquela bonitona tentava abrir uma porta, que eu não sei como se emperrara por dentro e ela, com seu aspecto irritadiço, de poucos amigos, tentava dobrar a chave e empurrando com firmeza a madeira compensada meio cinzenta. Eu não entendia o que ela dizia. Só fazia gestos, pela indiferença que a passagem lhe era negada. Prontamente eu decidi ajudá-la. Subi rapidamente o muro e em fração de segundos, galgando as grades, o protetor de janelas do primeiro, rumo ao segundo andar. Assim que cheguei, eu senti o perfume adocicado que saía do seu corpo, e apresentei-me. Disse-me ela que se chamava Dalila, com seu olhar esverdeado penetrante. Ela estava muito nervosa, porque a porta estava emperrada. Pedi-lhe que ficasse calma, porque eu iria ajudá-la. E com uma pequena pressão abri a porta, danificando o miolo da fechadura. Ela agradeceu-me, em seguida convidou-me para entrar. Ofereceu-me uma bebida para descontrair um pouco. Conversamos sobre vários assuntos desse nosso primeiro encontro e nos tornamos amigos. No dia seguinte, pela manhã, eu fui ao seu apartamento com o material, de modo reparar o meu estrago. Ela, ainda sonolenta atendeu-me com presteza e deixou-me à vontade para o conserto da porta. A troca do ferrolho foi relativamente rápida. Em seguida, me foi oferecido um pretinho quentinho com pão na manteiga. O seu humor modificara drasticamente e o seu belo sorriso me contagiava. Mais tarde eu a convidei para passearmos e almoçamos na taberna de um amigo de infância. Dali uma nova amizade se formou e até hoje ela não perguntou o meu nome. Não sei o porquê. Ela só dá um breve ‘oi’, quando me vê. Penso que a nossa amizade é sincera. Ah! Se ela soubesse que o meu nome é Sansão.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Nem tudo está acabado.

Atravessei a rua sem olhar para trás. Deixei tudo lá. Minhas roupas, minhas conquistas, minhas alegrias e minhas frustrações. Aborrecido não estou porque, nada poderá mudar as nossas decisões. Ela, provavelmente, seguirá o seu caminho e o meu destruído, novamente se reerguerá. Nós, partimos, indistintamente, para um novo rumo. Só penso em seguir uma nova estrada, sempre em frente, e obediente às minhas verdades. Recomeçar com as minhas emoções revigoradas! Isso, eu vou fazer. O meu instinto de sobrevivência é mais forte que as experiências adquiridas que eu duvidei nos dispersivos dias vividos. Parecia que eu estava no corredor da morte. As incertezas e dores definem novas perspectivas para o meu futuro. A esperança, minha amiga, me diz que o amanhã, incerto para alguns, me fortalecerá e eu vencerei os meus obstáculos. O fim é assim, uma dor consumida a bel-prazer. Nesses momentos mais difíceis, o meu coração confia e me dirá o que fazer. Um novo domingo de sol sorrirá para mim. Na espera de uma segunda-feira qualquer, um novo amor virá para dissipar a falsa felicidade. Das tristes memórias sem relembrar, sempre a procura do verdadeiro amor.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Manequim

Caminhando casualmente, pela loja da ‘Chanel’, deparei-me com uma linda boneca, que imóvel, em pé e gesto sofisticado, esnobava um padrão diferente, em forma de convite, que representava uma semelhança de figura humana. No expositor de rua envidraçado e ornado em pétalas, aquele olhar fixo, esverdeado, e penetrante, me hipnotizava como a força da mente, que sem fim, em minha direção, persistia em abraça-la e tocá-la como o corpo de um violão. Isso fez, com que eu a observasse por horas, sem me importar com o escaldante sol de rua na magnífica ‘Quinta Avenida’, em mês escaldante de julho, lá em Nova Iorque. Aquele manequim me admirava exaustivamente e meu coração, como em catarse, pressentia que aquela figura escultural em plástico se tornasse um ser com vida sem cansaços respiratórios, em que eu, do outro lado, via pela pulsação da sua jugular em êxtase, com olhar divinizado, me provocando ao amor. Aquela negra, da cor do pecado, vestida de vermelho ofuscante, fez-me florescer a fantasia de um grande desejo, em beijos impetuosos e sedentos de amor. Inconformado com aquela linda visão e como sou pecador, atirei a primeira e única pedra, na vidraça, que estilhaçada, eu a vi pela última vez diante de mim. Eu acordei com os latidos do velho amigo, ’Max’ embaixo daquela exuberante marquise, que me abriga em todas as madrugadas das estações, anunciando um novo dia. Peguei os meus poucos pertences e dei a última olhada no interior daquele estabelecimento, pela vidraça intacta. Aquele manequim, que iludiu os meus pensamentos, havia saído da loja a procura de mais outro admirador e eu caminho todas as noites, aqueles olhares da minha imaginação.

Cego de amor.

Diferentemente de Saramago, em seu livro ‘Ensaio sobre a Cegueira’, o qual revela as reações dos seres humanos acomodando às suas necessidades, em relação ao ponto de partida da epidemia, em um sinal de uma movimentada rua, a insensatez de várias pessoas com buzinadas histéricas, em que eu, nesse contexto sou mais um distinto personagem. Um secundário da vida. Subjugado ao destino, sou cego de amor. Tenho admiração por pessoas, amizades e respeitos, mesmo não correspondidos. Um amor sem limites me faz ver alguém sem defeito, a quem admiro profundamente, e observando à individualidade dela, apercebo-me das minhas verdades, imprescindíveis em minha vida. Nas abstratividades, às vezes, não vemos como a pessoa é realmente, enaltecendo a sua perfeição sem ver o seu lado humano. Nos relaxamentos de critérios, reduzi a minha visão, um refém da minha crença no amor e na alegria de viver. Esse apego das minhas convicções, a minha alma sofre em silêncio, mesmo sentindo a ausência da pessoa amada incondicionalmente. As decepções são óculos para um amor cego. Nada que uma nova lente no cristalino, não resolva.

domingo, 5 de maio de 2024

Ai, quem me dera!

Ai, quem me dera se eu repousasse no seu ninho e nesse jardim florido, a espera de uma noite sem fim, recebendo um sim. Adentrar entrançado em seus cabelos, arrancando suspiros, no arfar da sua respiração delirante de gemidos e desejos, vividos intensamente, sem tempestades e ilusões. Nessa escuridão de mistérios, nossas posições no peso da noite sela nossos lábios, como feras no cio, banhados de suor sem lágrimas no olhar, como estrelas a brilhar.  Ai, quem me dera que a minha transfusão doada a seu corpo sem arritmia, compassando e compensando nossos batimentos em uma só compleição, fechados de verdades nos amando em suaves movimentos de prazer. Ai, quem me dera acordar em seus pensamentos em fantasias e realidades de seus sorrisos e alma tocar, porque entre todas as queridas, você é a preferida e quem me dera em sonhos a lhe pertencer e amar.

sábado, 4 de maio de 2024

Esposas. As maiores deusas.

Dentre às sete maiores deusas, cantadas em versos e prosas, todas em jardim de rosas que espalham essências distintas em mitologias de crenças na natureza. A Afrodite, que era obstinada por sua fertilidade e desejos, por sua indiscutível beleza, a prodigiosa do amor humano. Atena, uma divindade da sabedoria, protetora dos heróis e poetas. Ártemis, a deusa da lua, do parto da virgindade, protetora das meninas. Deméter, a deusa da agricultura, protegia e garantia a fertilidade dos grãos. Hera, a preferida das mulheres, dos casamentos, da família. Perséfone, a senhora do submundo, deusa da vegetação e Héstia, a reconhecida deusa do lar, da vida doméstica. Na atualidade, a união afetiva entre duas pessoas, que decidem compartilhar o resto de suas vidas juntos, que obviamente não se definem pelas dificuldades, mas pela capacidade de superá-las juntos, determinam esses comportamentos. As esposas têm todas as qualidades e atribuições, das sete deusas mencionadas acima. Se o casal não demonstra vontade de dominar os entendimentos sobre suas atitudes e comportamentos, surgem às divergências de opiniões, causando a despersonalização que é muito perigosa, atinge a ambos e os amores fraternais, românticos, incondicionais e amizades terminam por falta de interesse comum. As esposas decantadas em estribilhos, assim com Hera, a rainha dos deuses, têm em seus súditos, maridos e filhos a contemplação da soberania dos lares, com sapiência e equilíbrio das suas casas. Salve as esposas detentoras dessas qualidades divinas em seus seios familiares.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Obscenidades. Práticas milenares.

Com a criação das redes sociais, quaisquer visualizações, programadas e executadas pelos ditos ‘influencers’, com relação à sexualidade, atos sexuais, preferências de posições para os atos, como no polêmico filme ‘Garganta Profunda’, o primeiro clássico ‘pornô’ exibido no Brasil, nos anos setenta, em que uma mulher infeliz, orientada por seu médico, praticava o sexo oral, para atingir o seu orgasmo. Naquela época, esse filme foi alvo de muitas críticas, hoje banalizadas. Esses direcionadores de opiniões visam apenas o engrandecimento de suas fortunas. As variações de libidinosidades apresentadas pelos desenvolvedores desse enredo fazem com que no imaginário de seus seguidores, mediante ao atual e liberado mundo em que vivemos uma forma de preencher os vazios de suas aflições particulares, principalmente nos temas sexuais, de onde se originam muitos ‘likes’, na expressiva expectativa, de valorizarem, por conseguinte, aumentarem as suas monetizações. Ao abrirmos alguns aplicativos vemos imagens indecentes com linguajares chulos, os quais angariam novos adeptos para as devassas amizades virtuais. O que se vê é um ‘remake’ de filmes adultos, acessíveis às plataformas. Há milênios, essa prática já era conhecida, como em ‘Sodoma e Gomorra’, onde havia vários pecados sexuais, inclusive a homossexualidade. Na época dos faraós a situação era pior. O incesto imperava, para a manutenção da realeza. Como na televisão, nada se cria. Tudo se copia. O ‘Piranhão’ está diante de nossos olhos. Lá, aonde ele foi erguido, era um antro de prostíbulos, com ainda, alguns remanescentes nos arredores do imponente prédio, Nesses, que ainda sobrevivem, expõe a prática ao vivo do sexo, com ou sem pudores, em que os novos e antigos clientes seguem as suas preferidas parceiras, sem lentes e no anonimato de suas necessidades e desejos nos anseios de extravasarem as suas emoções.

 

 

 


quinta-feira, 2 de maio de 2024

Uma coroa, na princesinha do mar.

Copacabana está em festa. Madonna, a musa do ‘pop’, fará o ‘show’ de encerramento da turnê de quarenta anos de carreira ‘The Celebration Tur.’, no Rio de Janeiro, com dispêndios para o Estado e Município, com gastos cerca de sessenta milhões de reais, aos cofres públicos. Um aparato de quase três mil servidores públicos, em torno da apresentação da artista, sem contar com os quase cinco mil funcionários entre policiais e garis, para um mega evento que será realizado no próximo sábado, dia quatro de maio de dois mil e vinte e quatro, além de interdições de veículos nos arredores, prejudicando a bem-estar dos moradores próximos àquele local, para uma apresentação de um pouco mais de duas horas. Um absurdo.  Com muitos problemas no Rio de Janeiro, os governantes do nosso estado, alegaram investimento de turismo em nosso quintal, após estudos de potencial impacto econômico. São esperados mais de um milhão de pessoas, em frente ao Copacabana Palace. Enquanto isso, a segurança, saúde, educação, transito e alimentação dos mais necessitados estarão à deriva em alto mar, a ver navios. Não existe boa vontade para eventos de responsabilidade que atendam a população. Os passageiros em agonia clamam por melhorias no serviço público. A letra da música ‘Like a Player’. Sé Deus, para nos salvar.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Caretas.

Muitos trejeitos, eu fiz em frente aos espelhos. Por onde eu passava, era comum fazer isso, às vezes com amigos. Essa continuidade prosseguiu até as nossas adolescências. Caras e bocas de todas as formas. Naquela minha época, não existiam ‘selfies’. Entre sorrisos e olhares, alguns fingidos, talvez por ciúmes de uma pretendente, mas sem coragem de tentar um namorico, tipo amor platônico, que quando eu a via estranhamente, um rubor esquentava a minha face, sem precedentes. As expressões faciais nos fazem revirar do avesso. Nem sempre simbolizam as verdadeiras intenções. Aquelas divertidas imagens, que remotamente eram brincadeiras, estão gravadas em minha retina. As verdades do reflexo da minha imagem, hoje, espelham-se em rugas, em desesperos. Atualmente, o espelho zomba de mim. Nunca mais eu reencontrei os meus amigos, mesmo com auxílio das redes sociais, aquela linda jovem que eu insistia em não me declarar, uma coisa louca, que eu via como a minha alma, no universo de conquistas, e que afligia o meu coração, se perdeu como aliança folgada em anelar. O tempo passou rapidamente. O principal espelho, de festas, onde eram as nossas diversões, também hoje, oxidado, está pouco menos desgastado como eu. Atualmente, esse refletor, às gargalhadas de mim, contrariando as minhas vontades e caçoando das lágrimas deslizando sobre o meu rosto, de forma vingativa e sem complacência, se finge em não me reconhecer. Nem tudo se reduz a pó. O tempo faz com que nossos corpos sigam os caminhos da imperfeição, assim como o abatimento da velhice provocada pelo retrato compadecido das minhas certezas, que outrora eu admirava no calor das emoções juvenis. Como o sol, ele nos cega e nos iludimos para sempre, escondendo em pensamentos que ele, o tempo, é dono do espelho da vida. Os reflexos são meros desejos de visões.

 

 

 

terça-feira, 30 de abril de 2024

A humildade do poeta.

O pranto do poeta enxugado em modéstias toalhas, que ninguém vê em contraponto aos sorrisos e apreensões de seus leitores, nos editados livros que se convergem a um ponto comum, na felicidade de agradar seus ledores de ofício, apesar de suas angústias e sofrimentos. Mesmo que sejam esses sentimentos de mocinhos, bonzinhos, maldosos, traidores, aproveitadores, dentre outras ficções relatadas em engendradas tramas, o fingidor das ilusões, faz com que as embaralhadas letras de suas obras, possam transmitir toda a sua essência e proezas em páginas ávidas de emoções comportamentais de seus personagens, no alento de reconhecimento do esforço em proporcionar aos plantonistas da leitura, uma concepção da vida. A vida é uma poesia. As nossas reflexões sobre o autoconhecimento, validam em abordagens poéticas, o íntimo de cada leitura, que propicia navegação pelo descrito nos textos, a cada capítulo desfolhado. O poeta sabe esconder a sua decepção. Camufla-se com seus olhos marejados, simulando-se alegre, mas é com satisfação que a maioria dos escritores descreve seus objetivos e contentamentos em suas residências de diversas livrarias, sempre sabendo sofrer, em bem-estar de seus escolhidos para uma nova leitura. Assim é o nosso ciclo, as fases de nossas passagens da nossa existência.

sábado, 27 de abril de 2024

Amanhecendo sem ti.

As pétalas em nosso leito me advertiram. Acordei sentindo a tua presença. Acariciei-me acreditando sentir tuas mãos, desvelando segredos, nunca explorados. Bebendo o meu pecado, disfarço a saudade de tê-la em meus braços, com fortes abraços, de pensamentos em ti, que como música tocou meu coração. Estremecida, minha pele arrepia de paixão e desejos. Nossos olhos, insanos e fascinados, fazendo amor sem temores, como águas profundas em turbilhão de explosões. Se tu soubesses do meu ímpeto, na sede de teu corpo de saciar em fantasias a voz da tua ausência nessas loucuras de posse, como folhas verdes agarradas em caules. Eu, um viajante perdido, na procura em meus sonhos sozinhos, a um sentimento vazio na alma, mergulhado no teu corpo, como mãos calejadas de flores e espinhos na, desmedida vontade de amar-te. De tocar-te, como brumas de emoção.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

A intimidade.

Na confiança do meu amor, revelei o livro da minha vida na expressão da minha amorosidade. As estreitezas, raramente são correspondidas, que em versos e atitudes desvairadas das perdas de orientação, nessas minhas alucinações, as quais abaladas pela falta de cumplicidade na crença da reciprocidade que o meu destino reservou. O melhor que se tinha quando havia amor nos bons momentos do ‘Vento levou’, que você me proporcionou. Sem timidez e bem à vontade nós dois em liberdades não vigiadas, nus pelas estradas e relvas, onde os pudores se põem de lado, nos silvos agudos dos ventos que uniam os nossos corpos na intensidade de um cometa incandescente, flamejante de desejos, nas íntimas relações que nos enchiam de encantos. Com a sua escultura exposta, entre a meiguice de seus braços, esperando de você a resposta nos beijos apaixonantes e na magia fundamental da secreta certeza da sinceridade, essa obra-prima dos meus sonhos. Hoje, restam-me feridas, lambidas de saudades, que acariciam as minhas dores, uma vez em que eu lhe permiti ser a dona da minha alma, da minha respiração, mas por desventura, eu não consegui fazê-la feliz. Agora, na privacidade, em meus pensamentos, calo-me em silêncio, na distância da solidão, no frio profundo no mistério da minha dor.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Amor à primeira vista.

Um homem arrebatado está sempre buscando uma forma de conquistar em agrados a sua vigorosa atração, mesmo que seja à primeira vista.  Uma mulher, também apaixonada, com atributos irretocáveis, com certeza, mais vaidosa, admirada, elogiada e notada por sua inteligência, as quais suas qualidades, superam o sexo masculino, e que independem de corpos esculturais, porque a beleza é passageira, pois o tempo muda nossos corpos que servem somente para serem observados naquele momento, mas que para o amor suplanta adversidades, e valida essa investida impulsionada ambos que se desejam. Subjetivamente, o que adianta aproveitar os momentos amorosos da jovialidade, em atrações carnais, se esses desejos são apenas momentâneos em suas emoções que se desconectam rapidamente, em breve adeus. Um relacionamento harmonioso e verdadeiro, e pelas forças que as palavras têm com aquelas promessas íntimas de alcova, essas sim, devem ser cumpridas e preservadas, porque a compreensão e valorização da amada, sempre estarão em primeiro lugar. Alguns realmente acreditam nos olhares penetrantes vistos pela primeira vez, e ele ou ela, na sensação de saberem que vão amar, por compreenderem que já conhecem profundamente, suas índoles, como também suas personalidades individuais por um infinito amor, na garantia dessa expectativa geram preocupações. Penso que a cara-metade, sorridente, que preenche vazios nos corações aparece para quem tem como o alimento, as necessidades dos amores, mesmo à primeira vista. Por essa arte de encontro, profetizada por ‘Vinícius’, eu acredito no brilho de um olhar e na intensidade de um sorriso. Sabendo que amar infinitamente é um precedente perigoso. O eterno é uma sombra. As pessoas se transformam e vidas seguem com presságios de sonhos e loucuras, nas paixões súbitas. O acaso, também despertam paixões e ilusões.

 

  

terça-feira, 23 de abril de 2024

A despedida.

Muitas juras eternas de amor, lá no ‘Porto dos Casais’, às margens do ‘Guaíba’, que gradualmente, altercavam-se em desejos e discussões, e naquele ‘Dia de São Jorge’, o santo guerreiro, ele perdeu a briga, com a sua amada. Eles também foram os fundadores coloniais, daquela vila. Lá, palco das paixões, ele em nenhum momento se apercebeu que ficaria sozinho, com a decisão de sua companheira, naqueles últimos olhares que incrédulos marejados de tristeza, e compartilhados somente com ‘Deus’. Talvez, em breve até logo no percurso das suas dores. As derradeiras despedidas melancólicas embaralhadas entre palavras e lástimas seguiram as correntezas barrentas das águas, que no mar, assim como regem as vidas tendem a clarear. Cada um direcionou seu caminho, entre choros e saudades, com as dores avassaladoras que envolvem emoções. Por contradições cruéis, as declarações são efêmeras. As razões dispersam-se em ataques motivantes, na ira da discussão. Os ventos as carregam, e nas suas ambas noites vazias, onde se ouviam as secretas palavras, somente o silêncio do barulho de lágrimas ao chão. Ele ainda desperta a esperança de olhá-la novamente. As mágoas marcadas pelos caminhos opostos poderão um dia, quem sabe, que eles se reencontrem e nas incertezas enlouquecidas, vê-la passar através de perdões e a chorarem desesperadamente o tempo feliz que passou no abismo do passado e dessas angústias sofridas, das ilusões esquecidas daquele embarcadouro de esperanças e ardores verdadeiros que em desentendimentos, tudo começou.


domingo, 21 de abril de 2024

Sabedoria ou inteligência.

As melhores decisões da sabedoria são as pessoas com o dom de mentes mais abertas? Não sei! Dizem que os indivíduos com essa capacidade pensam bastante antes de fazerem suas escolhas, portanto, seus conhecimentos não são tão profundos. Conseguem relacionar assuntos, naquilo que conhecem o que os levam a terem uma pequena supremacia sobre os inteligentes. Os habilidosos, mais práticos e objetivos na vida com resoluções detalhadas, exigentes em suas seleções criteriosas, compensam essa balança de neurônios. Às vezes, na vida de modo geral, as decisões, quase sempre são multifatoriais. Dependem de diferentes informações. Para o bem ou para o mal, os sagazes, podem usar suas habilidades para mentir, manipular, etc., provocando sofrimentos. Já a sabedoria é comedida. A prudência tende a ser empregada com mais consciência. Pessoas sábias são mais otimistas. Compreendem que os altos e baixos fazem parte da vida. Aos inteligentes, uma maior necessidade de aprofundar conhecimentos e habilidades. Às duas frentes devem ser harmoniosas com entendimentos sensatos. Penso eu, que os sábios aprendem observando com uma compreensão mais profunda e os argutos pela capacidade de processar informações e resolver problemas. Para mim, duas formas independem de perspectivas de pensamentos.


sábado, 20 de abril de 2024

As amizades.

Falsas ou não, as amizades exercem um fascínio de liberdade e confiança. O tempo sempre mostra o verdadeiro caráter e o ilusório comportamento, pelo abalo da crença. Assim como os livros, as capas e conteúdos, às vezes caminham em lados opostos. O principal é observar os comportamentos dos supostos parceiros, sem escutar suas palavras em profusões de mentiras na dúvida pela verdade. As verdadeiras retidões desviadas e desprovidas destroem vidas e não somente estreitezas e relacionamentos. A afinidade acaba pelo silêncio, de uma forma dolorosa, como o fechar das cortinas nos atos teatrais, saindo de cena, até que o tempo traga resposta. As distâncias desonestas desmascaram as aparências e as mentiras são expostas nas personalidades, que são atingidas pela sua consciência e fingimentos, quando um desleal aliado vira um estranho. Na minha lista de íntimos, eu as faço á lápis. A borracha me facilita escolher partidários, para eu refazer o amor e a esperança, no lugar da dor. As coleções de hipocrisias criam confrontos. Por isso, eu sou de poucos amigos. Eu cultivo as minhas amizades em solos férteis, adubadas de carinhos, flores, e também, os trevos-de-quatro-folhas. Difícil de encontrar e sorte em tê-los. Os sentimentos são incontroláveis. Quando eu vou ao zoológico eu visito a jaula da traiçoeira onça, tida como enganadora em contos de histórias. Sem reciprocidade, as amizades malsucedidas tornam-se tóxicas, por isso, eu procuro a  perfeição da amizade. A sinceridade em primeiro lugar.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

O meu grande amor.

 No momento em que eu a vi, as minhas pernas bambearam. Meus olhos como rubis, escuros e flamejantes, com púrpuras do amor, a fitavam como uma vertigem verdadeira, na certeza que o futuro senhorio da sua morada, chegara furtivamente para arrebatar o seu coração. Você, também, perplexa, com seus lábios de carmim, desejosos do meu rosto em chamas, onde a ouço e sinto, os seus breves sussurros como o vento em relvas frias verdejantes, que em harmonia, encontraram nossos irresistíveis olhares de excitações e afeições. Estes suspiros seduzentes, nossos peitos ardentes, ansiados em êxtase, já entrelaçados no alvo lençol da cama, as nossas quimeras das paixões perdidas, com os dois corações vibrantes em um só som. Você serena, como sempre, após o ato, no seu silêncio contumaz, com os lindos olhos claros que me devoram como o fogo sobre astros lampejantes de prazer. O dia em que eu me for, você para mais uma visita de dor, naquele nosso jardim de amor, leve também, as nossas memórias em brancos lenços amassados. Não fique triste com a minha partida, porque as lágrimas de entusiasmos dos dias e madrugadas vividas estarão sempre neles, já que o amor não tem definição. Ele nunca se desgasta, e na razão de viver, quando você lembrar-se de mim, abra a gaveta perfumada do seu quarto, e lá eu estarei para acalmar as saudades de lhe amar, também em silêncio a lhe desejar.

terça-feira, 16 de abril de 2024

O meu julgamento.

Um dia eu serei julgado pelo Supremo Tribunal Celestial (STC). Por certo, que quando eu estiver na minha prisão perpétua, a quarenta e cinco centímetros de fundura, tudo se resolverá. Diferentemente das leis terrestres, explicitadas em nossa constituição, as tábuas de pedra do ‘Monte Sinai’, têm poder e jamais foram violadas. A regra é simples: o senáculo, com muitos constituintes representativos em partido único, que passam em todos os processos legais, são subdivididos por mandamentos, com atribuições independentes, mas não votam. Nós, aqui na Terra é que fazemos as nossas escolhas, esquecendo-se do mais importante que são os sacrilégios. Os nossos algoritmos, também não são transgredidos e sem margem de erros como em urnas eletrônicas. Eles, simplesmente enviam ao magnânimo juiz dos juízes, seus relatórios, após minuciosa análise de todos os nossos passos dado em vida, nas atitudes, nas palavras e nas ações, para arbitrar a pena máxima ou não, em consonância com os princípios divinos. Os togados de branco, são transparentes, não fecham os olhos, sem dedos na balança, como nos dias atuais. É quase certo, que eu não escaparei. Eu sempre tive misericórdia de outras pessoas. Creio que passarei nesse quesito. Talvez eu tenha que purificar-me no ‘Purgatório’. Penso que eu não tenha entendido muito bem o: ‘Ame o próximo como a si mesmo’ com o: ‘Não cobiçarás a mulher do próximo’, um adultério não consolidado. Deus é único em sua sabedoria e talvez reveja os meus pecados, em relação ao original, com penas menores, porque eu sei que ele é o dono da clemência e compaixão. Espero a minha absolvição divina, que separado do meu corpo em decomposição, livre dos pesos, das memórias e desejos de consciência, na esperança de receber o dom da ressurreição, e livre das imperfeições.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

A conquista.

 Meus desvarios de amor. Uma desordem em meu coração. Provocada por insistências em suas ausências. Eu a observo de longe, em pensamentos nas teimosias silenciosas. O que me faz viver infindavelmente do coração de quem amamos, mais ainda com alternativas de preencher a esperança de conquistas. O medo é verdadeiramente inundado de sentimentos. A minha metade é o silêncio, e o grito é a outra, da sua partida. Nesse convívio de temor e solidão, posso até fazer uma canção, para apaziguar minhas paixões. Nesse meu caminho, que em uma ponte de sonhos eu atravesso, em desejos, que revelam às minhas vontades, um amante do seu corpo em prazeres intensos e calorosos de beijos, dispersos de conquistas arrebatadoras, em minhas imaginações transcendentais, caminhando na contramão em sua direção. Eu mostro meus defeitos e segredos. Proíbo-me de chorar, porque as lágrimas secam e a minha persistência é muito maior em amar e respeitar as individualidades, sem rejeitar as minhas fragilidades. Hei de amar em paz, a procura do seu olhar esquecendo a linguagem da minha fala, confiando no meu incerto destino de um amor não correspondido. Você é a flor, que ao longo do meu caminho, exalam os doces perfumes de amor.

domingo, 14 de abril de 2024

Algumas recordações da minha infância.

 Lembro-me das iguarias caseiras da minha mãe: dos doces, de batata-doce, do tradicional (abóbora com coco), indispensáveis nas festas de família,  leite condensado na panela de pressão na hora de fazer o feijão, que virava doce de leite, bolos de cenoura, fubá, também com alta dose de coco e sabor excelente,  do manjar com ameixa, do pudim, feito com  condensado, que era espesso e demorava a sair da embalagem, entre outros, com briga para lamber a lata da marca ‘Moça’, altamente cortante, das gelatinas de diversas marcas, do sorvete feito em casa com palito de dente.  Que saudade dessas iguarias! Do amendoim na frigideira para torrar, do famoso mingauzinho de aveia, do arroz-doce, da aletria, daquele famoso suco de limão feito pelo meu pai, de sabor inigualável. Das balas puxas, estendida na pia, de tostar e moagem do café em grãos, também da moedura da carne, dos tradicionais peixes às sextas-feiras, que era o dia consagrado para o almoço e janta, fato veiculado através de propagandas radiofônicas, e às vezes a marca era usualmente da ‘Frescal’. Da famosa surpresa, que era um bolo de batata que consistia em cobrir com carne moída ou camarão em seu interior. Das noites do (sanduíche) de presunto com o pão de forma cortado na panificadora, quando o nosso pai vinha do cinema. As galinhas abatidas e assadas no forno, com farofa em seu interior. Das brincadeiras com amigos e amigas em folguedos de crianças, das festas juninas com muita fartura e diversões, do carnaval, passeando para ver coretos, blocos de rua, e diversas fantasias. Da cobertura da televisão com bailes e apresentações de fantasias originais e de gala, em diversos clubes e teatros, dos amigos da escola pública. (Hoje eu ainda tenho um dessa época. Euran Vieira de Melo. Ele mora em Vila Velha e ainda nos falamos em redes sociais.), dos professores que me proporcionaram alegrias com suas dedicações para aprendermos e seguirmos nossas vidas. Se eu fosse relatar todas as lembranças que me ocorrem nesse momento, daria para fazer um ‘Tomo’. Hoje a nostalgia bateu à minha porta e será sempre um prazer compartilhar com irmão, sobrinhos, netos e amigos, todas as maravilhosas experiências vividas na saudosa casa da Rua Doutor Carlos Gross, 139. Nós eramos felizes e não sabíamos, mas tudo muda e hoje, o tempo explica que a renovação de atitudes e valores, imprescindíveis no seio familiar, já não existe mais. Eu falo de  organização familiar, desmontada e ausente de autoridade, na condução de seus filhos, para a vida. Uma futura e grande preocupação que os, reserva. Noites sombrias e tempestades a cada amanhecer. Que essa e futuras gerações mudem de rota!

sábado, 13 de abril de 2024

O desejo, é tudo.

Uma palpitação que controla vidas. O desejo que me traz felicidade. Que me ilumina ao ouvir a sua voz! Sentindo o canto dos pássaros, em dias chuvosos ou não. Das noites de luas espelhadas em quartos escuros, na solidão. Aconchegado no ninho do amor, onde recolho migalhas de doloridas lembranças, das causas em soluços, rastejando-se, somente para mim. Sem ansiar de vê-la em prantos e nem magoá-la com a minha ira, em não tê-la para mim, em sonhos perturbadores. Não ter que perceber palavras negativas. Recordar um amor platônico de ilusão jovial. Tocar um violão para você, amada, mesmo com a ausência de seus olhos, sempre fixos no horizonte, alheia aos meus encantos e decepções. À minha mente sempre ativa na fantasia de seus perdidos beijos. Eu sou mais um íntimo da noite, com a sua voz presente ou ausente, sem coragem, para partilhar este segredo em cofres lacerados, o algoz da minha tristeza. Mesmo assim, os  meus pensamentos e devaneios, que sempre inspiram os quereres do meu amor e felicidade são inabaláveis, com um profundo desejo de abraçá-la e sufocá-la num só beijo.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

O tricentésimo texto.

 As páginas de um livro dizem tudo sobre o comportamento de um autor, em seus textos, comedidos de autocríticas em suas convicções. Comigo, não é diferente. Eu tento escrever tudo que se passa ao meu redor. Penso que, nem toda a concordância é pacífica de aprovação, por existências de acatar parcialidade ou não no conceito do que é apresentado ao leitor. O choque de opiniões é importantíssimo para os autores. Hoje, eu completo o meu tricentésimo texto para este “blog”, dentre músicas, poesias, histórias, publicações infantis, situações políticas contemporâneas, entre outros. Neste site pessoal, há diversidade de assuntos interessantes, principalmente, sobre a minha vida e conquistas originadas de muitas lutas e abnegações. Eu estou satisfeito, por partilhar ao público as minhas vivências aqui no Brasil e internacionalmente, onde eu tentei de forma sucinta passar para aqueles que habitualmente, utilizam a minha plataforma à cultura, condições de vida, altos níveis de escolaridades, elevados números de idosos, alta renda ‘per capita’, dentre outros, em alguns países europeus que eu tive a oportunidade de conhecer. Portanto, eu estou muito satisfeito de ter chegado até aqui, honrando meus seguidores, por mais uma vontade de exprimir em palavras os meus pensamentos sobre todos os assuntos, que se tornam posteriormente, em histórias e memórias com  repletas de informações, com obrigações de transcrever futuras trechos, para conhecimentos de todos. Que venham mais centésimos de informações!

domingo, 7 de abril de 2024

Será metodologia da inflação astuciosa? A irrealidade em nossos bolsos.

O governo, através de seu Ministério do Planejamento, tem o ‘IBGE’, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, como subordinado a essa Pasta, o qual constitui o principal provedor de dados e informação do País, em todos os segmentos da sociedade civil e órgãos das esferas governamentais federais, estaduais e municipais. A segmentação desse Instituto, produzem dois dos mais importantes índices de preços: O INPC e o IPCA, este último considerado oficial pelo governo federal. São várias formas abomináveis para eles chegarem ao cálculo oficial da inflação. Indubitavelmente, os gêneros de primeiras necessidades básicas ao ser humano, aumentam, substancialmente, já que são inseridos no bojo de outros produtos em que a maioria da população não tem acesso, fatores que desregula o poder de compra de assalariados e aposentados. Eu tomo, por exemplo, o preço da batata. Esta é consumida praticamente, por todos. Em dezembro de 2022, o preço médio da batata era de R$ 6,48 reais. Hoje, em abril de 2024, o preço médio é de R$ 9,00, e com poucas promoções nos supermercados. Um aumento considerável de mais de trinta e oito por cento. Desta forma, nós contribuintes viramos arcabouços. Esqueletos, por falta de alimentação adequada em nossas vidas. Mesmo com problemas sazonais, esses números recolhidos pela entidade acima, é minimamente questionável. Não sabemos se a média desses cálculos são verdadeiros. Partindo do governo federal, nós podemos concluir que podem sim, através de manobras, maquiar essas informações importantíssimas à população. Para mim, a inflação deveria ser calculada, pelo consumo da maioria do povo. Penso que, não é difícil fazer isso. O convívio de bons e maus, também fazem parte da providência divina. O Regime Fiscal Sustentável, criado para controle do endividamento federal, no intuito de equilibrar arrecadação e despesas do governo. Isto é um prenúncio do que nada do que foi será, do jeito que já foi um dia, frase do músico. Uma onda no mar, pode virar ‘tsunami’. O povo sabe que retrocessos e artimanhas são imperdoáveis, na sistematização da ‘INFRAÇÃO’ dos poderes da república.  Chega de ‘INFLAÇÃO’, disfarçada. O povão, já não aguenta  mais. Os supermercados são anexos de igreja. Todos falam a mesma palavra. ‘MISERICÓRDIA’. Ainda não sabemos a que horas a morte chegará, com preços exorbitantes.

sábado, 6 de abril de 2024

Trechos da minha vida.

Folheando as páginas da minha vida, algumas esgarçadas e amareladas pelo tempo, eu releio com um pouco mais de atenção, nesses quase setenta e quatro anos de existência, muito bem vividos, apesar dos percalços que envolvem todos os seres humanos, em sua trajetória e desígnios da minha presença, aqui na Terra. Esses conhecimentos adquiridos não são exagerados. Alguns fatos sem explicações. Eu fui salvo, primeiramente, por Deus, porque o meu relógio não despertou. Eu tinha um excelente relógio de época, da marca 'Kienzle', com som abrangente e de longo alcance. Esse fato, foi o mais intrigante e impactante em um dos meus trechos de vida. Com viagem programada para Macaé, em um dia útil, eu coloquei o relógio para despertar no dia seguinte, de madrugada. Precisamente às quatro horas da manhã. Eu teria que pegar o ônibus para Macaé, na rodoviária Novo Rio, às seis horas da manhã, e de lá seguir para o aeroclube, onde sempre nos aguardava o helicóptero, o meio de transporte rápido para a nossa base, lá na plataforma Ocean Zephyr. Felizmente, para mim e infortúnio de outro colega de trabalho, o qual eu não soube o nome, face rotatividade de funcionários, o meu medidor de horas não despertou e a minha chefia enviou essa pessoa em meu lugar, logicamente depois de uma grande bronca e risco de demissão. Lá no aeroclube de Macaé, a aeronave, que sempre aguardava o pessoal para a troca de turma na plataforma, decolou com os tripulantes e por fatalidade, explodiu no ar, e caiu no mar, em direção ao seu destino, ceifando as vidas dos tripulantes em resgate coletivo. Eu soube disso, no dia seguinte, no meu escritório. Naquele dia eu cheguei bem cedo, para recolher os meus pertences, certo que eu seria afastado da minha ocupação. Quando o inglês Skyrme, meu chefe, chegou, com o seu peculiar horário britânico, às oito horas da manhã, que em seguida chamou-me em sua sala de modo que eu me explicasse sobre o acontecido. Expliquei-lhe o motivo e informou-me ele, do decorrido lá em Macaé, e mandou-me, automaticamente a desfazer a minha mochila e assim, eu me dirigi à minha sala para as corriqueiras atividades, sem dispensas. Por viajar com frequência para as plataformas, lembro-me até da cor branca e vermelha da aeronave. Outra ocorrência com muita adrenalina e final feliz, quando tentaram roubar o meu carro da marca ‘Monza’, na avenida Brasil, a caminho de Muriqui. Apesar dos três tiros, minha família e eu escapamos ilesos. Esses dois casos foram os mais intrigantes, entre os muitos em que vivenciei. Por aqui, eu encerro momentaneamente, minhas lembranças e interferência divina. Já as saudades eu relatarei em um futuro próximo, se Deus permitir.  Penso que eu ainda tenho muita lenha para queimar, e salvo por Deus em duas oportunidades. Sei que eu não sou bonito, mas ainda tenho cinco vidas. Por fim,  dizer que a vida é fácil, extremamente fácil, não é bem assim como diz Rogério Flausino. Cada um tem o seu tempo e destino. No meu, eu agradecido, por ter a oportunidade de partilhar com parentes, amigos e leitores, através das redes sociais.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

A lua

Nos braços do meu violão cantarolo musicas de amor. Os meus dedos trastejando acordes dissonantes, provocando choques em harmonias, que ouço, como os gorjeios de pássaros saltitantes. A minha mente ávida olha o reluzente satélite natural com montanhas sem fim, assim como o meu amor, clareando a minha mente de bondade e afeição. Esse corpo celeste que gira em torno do planeta, em fase de noite cheia, com ondas mansas, arrepiam a minha pele em luau entusiasmado. Até o sol, o seu amado, com um amor impossível, reencontra-se em eclipses, num eterno momento de glória em atrações recíprocas. Como num sonho, eu persigo nesses estágios por quase um mês, sem minguar minhas aspirações. Bem como os astros, esses corpos celestes que orbitam no espaço, tão distantes, mas encantam os enamorados e sonhadores. O destino da lua me faz pensar na minha direção à alguém que não vejo e se distancia a medida que o sol desaparece no horizonte. Nua como uma mulher, tão crua da sua dor, a lua tem seus mistérios, principalmente com a ausência da estrela magna, que nas manhãs iluminam as minhas fantasias com melodias de amor, à procura de um lugar como o sol, em sua esfera, desde que eu esteja com a minha viola enluarada descobrindo um novo amor.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

O sol de outono.

 O sol de outono retornou. Meio morno, eu sei. Mais mesmo assim, ele é o mais bonito, apesar de meus sentimentos.  O calor das emoções, com sensações mais profundas, em desalinho com atitudes frias em altas nuvens, também, me desmotivam. É essa magia que me inspira, com raiados contagiantes, em vários ângulos, encontrando caminhos para entranhar-se em meu coração, que até então tornara-se em geleira. A tulipa, uma linda flor desta estação, também faz parte da minha ilusão. Quando eu a coloco em minha boca ressecada, tento esquecê-la, tragando com voracidade a minha infelicidade. À noite, o sono me bate. O cansaço e o abatimento que transmitem sossego momentâneo, aceleram em mim o desânimo nas longas noites de agonia, em silêncio, o meu refúgio de mais um dia de madrugada fria. A casa, onde habito já não é a mesma. Morna como o sol da época, a ansiar mudança por uma nova estação, com um novo amor a brilhar, assim como arvores renovando o seu visual, com desprendimentos de folhas, como o reluzente olhar de um amor a imaginar. Claro, se os desejos dos lindos sóis das estações, que guardam segredos, me fizerem esperar e renovar em perseguição aos outonos da minha exaurida vida.

 

quarta-feira, 3 de abril de 2024

A criação de verbetes

Assisto televisão, quase que diariamente, e sempre focado em esportes, filmes e entretenimentos, além de ‘Netflix’, ‘Max’, etc. As notícias importantes eu leio em redes sociais. Eu olho também, cotidianamente, no meu celular, vários jornais importantes do país, que em sua maioria, só trazem notícias desagradáveis, praticamente de todo globo terrestre. Casualmente eu ouvi hoje em um programa de Patrícia Poeta, da (Globo), a qual eu raramente vejo, (somente esportes por ter uma imagem melhorada dos lances em suas transmissões), e mesmo assim com locutores sem neutralidade em seus comentários, como também pelos seus jornalismos com narrativas vergonhosamente tendenciosas, com suas reportagens degradantes, sem profissionalismo, agindo com parcialidade, promovendo informações insidiosas para seus telespectadores, uma entrevista com uma atriz, que eu não me lembro, por não está assistindo o programa, o nome, mas soou nos meus ouvidos a palavra ‘irrefazível’ Na entrevista a atriz usou a palavra ‘irrefazível’. Pelo que me consta essa palavra não faz parte do nosso dicionário. Depois do imorrível, do ex-ministro Antonio Magri, que passou a ser adotado na língua portuguesa todos começaram a usar os seus verbetes. Nesse caso ao explanar as suas atuações no palco, a entrevistada deveria ter usado a palavra ‘infazível’. Na dramaturgia a nossa língua deve ser usada com seriedade, porque atingem a uma boa parte do público. Também não sei se esse vocábulo consta das tramas desenvolvidas pelos seus atores. Nesses novos tempos torcemos por ‘INRUINDADES’ das informações.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Emoções.

À flor da pele. É como eu me sinto há bastante tempo. Esse estado emocional intenso provocado por assaltos, tiroteios, descrença na política, juízes viciados em suas decisões, corrupções, cancelamentos, como motoristas e usuários de aplicativos de viagens, esquecido em redes sociais, sem amigos, afastado de parentes, pela violência diária, proibido de transitar, sem direitos de ir e vir, com alguns travamentos de ‘internet’, dependendo da disponibilidade de provedores, que aliviam um pouco os meus sofrimentos. Vivo como um eremita dentro da minha própria residência, cercado dessas situações adversas, e, simultaneamente, sem o poder de reação. Essas são as emoções, aqui sentidas neste instante. Os tempos mudaram. É certo que o errado prevalece em nosso país. Aqui, no Rio de Janeiro, não vivemos momentos lindos. Esses,  em que vivenciamos são inesquecíveis e tristes para a minha memória. Que saudades da minha infância, que agora sinto partindo. Sem sorrisos e lágrimas nos olhos, sinto até hoje, a sensação se repetindo. Sem paz, atualmente e com muita fé, torcendo para que meus netos e bisnetos sorrirem com sentimentos de alegrias em suas vidas para que o meu otimismo seja concretizado sem decepções. São essas as emoções que eu  atualmente vivo. O choro da emoção é relativo, em sentido absoluto. Que venham dias melhores! Emoções! Deixemos com Roberto Carlos.

terça-feira, 26 de março de 2024

A ditadura e os dias atuais.

Há sessenta anos, precisamente no dia primeiro de abril de mil, novecentos e sessenta e quatro, instaurava-se inevitavelmente a ditadura militar no Brasil. A mobilização das tropas, foi iniciada em trinta e um de março de mil, novecentos e sessenta e quatro. Tido como autoritário e nacionalista, o golpe militar derrubou o governo de João Goulart, o então presidente democraticamente eleito pelo povo. A intenção das forças armadas seriam de uma intervenção transitória, mas durou vinte e um anos. A ditadura intensificou-se com publicações de diversos atos institucionais, entre outros objetivos. Ela atingiu o auge de sua popularidade nos anos setenta com os famosos milagres econômicos. Isso teve um custo. As censuras de todos os meios de comunicação do país, entre outras, com exílios de dissidentes. Não vou me aprofundar sobre essa triste história do Brasil. Acontece, que hoje, já no século vinte e um, vivenciamos tentativas de manipulações de concepções através da polarização exacerbada, por motivações ideológicas e perigosas com aproximações de países travestidos socialistas, mas de fato, com princípios comunistas, que são perseguidores contumazes, com conceitos de esquerda,  que comungam por ora, com o governo  petista do Brasil. As expectativas com esse recente mandatário petista me causam estranheza, porque o conteúdo, que na minha opinião, é desenterrar projetos e definições que não deram certo no passado desse mesmo governo com outra personagem. Pouco mais de quinze meses, mesmo com ajuda do judiciário, o governo Lula patina em todas as áreas de seus ministérios, com às desculpas que o governo anterior entregou o país à bancarrota. Muitas viagens internacionais, com valores expressivos,  e inócuas em sua objetividade. Conseguiu irritar países em que visitou com pensamentos esfarrapados e ultrapassados, que não condizem a um chefe de Estado. Ele fez um grande turismo com o nosso dinheiro. Aquele discurso que faziam crer a população em que ‘dias melhores virão’, já não encanta mais. Com a popularidade em baixa, intensificada por mentiras, o governo Lula tenta salvar-se e somente a mídia mediática para tentar apaziguar e melhorar a sua imagem. Que nós tomemos cuidados com à conjuntura atual da política para uma nova ditadura!