sábado, 31 de agosto de 2024

O adeus.

Um prólogo e epílogo, sem espaço de tempo, um romance conturbado de emoções incontidas. Um livro de várias páginas espaçadas por mais um ciclo, perdidas em números de páginas. As tempestades e bonanças equivaleram-se por oportunidades em momentos distintos. Hoje, as minhas mãos vazias, sem publicações que alimentavam meus desejos e venturas, perdidas no espaço, ocasionadas pelo tempo. Assim como pássaros, os poemas não sabem onde eles pousam na mente do leitor. Os momentos perfeitos passaram-se. Hoje na solidão, não vejo mais aquela estrela luminosa que clareava minhas angústias de sonhos e contentamento. Como o som de cigarras, uma estratégia de atração, que precede chuvas, estas que limparão minha mente, com belas canções em lindos versos. Difícil é dizer adeus!

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

A espera.

Espera... Incertezas e esperanças de que algo desejado se concretize.

Espera... Pode parecer um vazio. Um intervalo que parece interminável.

Espera... Uma oportunidade para crescer, refletir e estar preparado para o que está por vir.

Espera... Um espaço desconfortável, com ansiedade ao desconhecido.

Espera... Reafirmar nossas emoções, desejos e metas.

Espera... É a chave durante esses períodos.

Espera... Suportar com dignidade angústias sobre nossas decisões.

Espera... Força para perseverar e enfrentar desafios.

Espera... Jornada de paciência, apreciação e gratidão.

Espera... Um fio delicado, entre o desejo e o destino. Onde o futuro é um mistério, um mundo.

Espera... Onde o silêncio acalma um coração que desespera.

Espera... Brilha como estrela distante, em livro de capítulos abertos.

Espera... O tempo constante de tique-taques em passos lentos e certeiros.

Espera... Enfim, expectativa e inquietação.

sábado, 24 de agosto de 2024

Armadilhas de convicções.

1.    “Glaucoma só afeta pessoas idosas.”

o    Realidade: Embora o risco aumente com a idade, o glaucoma pode ocorrer em qualquer faixa etária, incluindo jovens e até crianças.

2.    “Se eu não sentir dor, não tenho glaucoma.”

o    Realidade: O glaucoma muitas vezes não apresenta sintomas iniciais. A forma mais comum, o glaucoma primário de ângulo aberto, pode não causar dor ou desconforto, tornando os exames regulares essenciais para diagnóstico precoce.

3.    “Curas alternativas podem substituir os tratamentos médicos tradicionais para glaucoma.”

o    Realidade: Embora alguns métodos alternativos possam ajudar a complementar o tratamento, eles não devem substituir os tratamentos médicos comprovados, como colírios prescritos ou cirurgia, que são fundamentais para controlar a progressão da doença.

4.    “Uma vez que o glaucoma é diagnosticado, não há mais o que fazer.”

o    Realidade: Embora o glaucoma não tenha cura, tratamentos eficazes podem controlar a pressão intraocular e prevenir a progressão da perda de visão. O acompanhamento regular é crucial.

As descrições acima são verdadeiras. Eu estive em uma clínica credenciada pelo ‘SUS’ e lá, fui diagnosticado com as doenças de catarata e glaucoma. Logicamente, eu procurei outro médico para ratificar/retificar àquelas informações. Para minha surpresa, o segundo oftalmologista do consultório particular, declarou que eu não tinha essas doenças, mas pela dificuldade da visão em uma das vistas, ele solicitou que eu fizesse dois exames que comprovariam a sua tese. Assim foi feito. Primeiramente eu fui à especialista do primeiro atendimento. Ela ficou incomodada e constrangida com o relatório nos meus exames e convicta de suas ideias reafirmou seus diagnósticos. Sentei-me em um banco e refiz os exames. No final, disse-me ela, que pelo estado dos meus olhos, apesar da idade ‘sugeriam’ essas doenças. Esqueceu-se ela, que sugerir não é afirmar. O conceito de algo não conclusivo, não demonstra certeza. Na próxima semana eu irei ao outro especialista, para o veredito desse impasse e como será o procedimento de cura ou diminuição de progressão da minha visão, caso ele esteja certo.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Os meus sonhos.

Meus sonhos, um refúgio mágico, em minha mente. Nos momentos mais serenos e tranquilos, os bons sonhos emergem, de paz e esperança. Nos meus bons sonhos, a vida é simples e plena. Acordo em um lugar onde as preocupações se dissipam como névoa ao amanhecer, como pinturas de artistas retratadas de felicidades. Cada cenário é único, com suas próprias variantes e detalhes que cativam os sentidos e alimentam a imaginação. Uma realidade de ilusões, que me fazem renascer.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

O que somos nessa vida?

Cada dia, nós aprendemos mais sobre a vida. Somos sem dúvidas, criaturas de complexidades inigualáveis, com infinidades de momentos de nossa existência. Um exemplo recente, a perda do rei da televisão. Um iluminado em toda magnitude. Autentico animador e comunicador de auditório que nos prestigiava aos domingos com muitas alegrias e brincadeiras. Falo de Sílvio Santos. Hábil em se comunicar com rara oportunidade na rádio, ganhando notoriedade e respeito como locutor, em estilo único de apresentação e criação de formatos de programas. O que devemos fazer? Procurar a nossa verdade interior, para desempenharmos papel ativo, na construção de nosso próprio futuro, e é através da busca que encontramos a riqueza de nosso investimento. Apesar de sorrimos e cantar, nós podemos melhorar sempre fazer o melhor. Por que do mundo não se leva nada? Humildade e pés no chão, sempre. Porque as lições sem chicotadas nos proporcionam melhorias de comportamentos, pela breve passagem de incontáveis emoções e desafios.

 

 

 

 

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Estado de espírito, um sentimento.

Eu navego por uma mistura complexa de emoções e preocupações. Por um lado, sinto uma profunda gratidão pelas pequenas alegrias diárias que me fazem sorrir, como o sol da manhã. Agradecido por simples carinho, de conforto amigável, em afagos, e primordialmente, minha família. Contudo, há momentos de incerteza e introspecção que me fazem questionar e refletir sobre minha jornada. Ansiedades, para resolver problemas contemporâneos. Pensamentos sobre minha recente qualidade de vida de idoso, com prognósticos de doenças, entre outras inquietações. Estou buscando um equilíbrio entre essas perturbações contrastantes, tentando encontrar paz e clareza no meio do caos, ora envolvido. Às vezes, sinto um peso no coração, como se estivesse carregando uma bagagem invisível que me desafia incessantemente. Em outros momentos, há uma sensação de esperança e renovação, embora fracionadas, como se eu estivesse à beira de uma nova fase que me traz a promessa de transformação. Essa montanha-russa emocional é, simultaneamente, cansativa e enriquecedora. Estou aprendendo a abraçar todos esses sentimentos, reconhecendo que eles fazem parte do meu crescimento e da minha experiência de vida. Na velhice, os desafios se tornam oportunidades para reflexões sobre o que foi vivido e aprendido.

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Coração sem degelo.

O frio do coração é um gelo que não derrete com a chegada da primavera. É uma sensação que se espalha lentamente, como a neve que cobre à terra, implacável e silenciosa. Quando o calor da vida parece distante, o coração sente a falta, não de uma estação, mas de uma chama que um dia existiu e agora se apagou. Em momentos de solidão, esse frio se torna uma companhia constante. Ele se instala sem pedir permissão, envolta em camadas invisíveis de dor e desilusão. Cada batida parece mais distante, como se o próprio ritmo da vida estivesse sendo abafado por uma espessa camada de gelo. O frio do coração é uma sombra que se estende por paisagens interiores, onde a luz parece não alcançar. É uma sensação que não se limita ao corpo, mas se infiltra na alma, tornando cada pensamento um lembrete de que o calor que um dia existiu se dissipou. A dor do vazio é um eco que ressoa nas paredes frias, um lamento que o vento não pode apagar. Às vezes, o frio é uma proteção, uma maneira de evitar o sofrimento ainda maior que vem com a abertura para o mundo exterior. Outras vezes, é um sinal de que algo precioso foi perdido e que a recuperação parece uma jornada interminável. Mesmo no frio mais intenso, há uma faísca, uma esperança de que, um dia, o sol possa brilhar novamente e que a vida possa voltar a aquecer os espaços que agora estão gelados. O frio do coração pode ser profundo e persistente, mas ele também pode ser uma oportunidade para refletir, para buscar o calor em outros lugares e, eventualmente, encontrar uma nova forma de alegria. Pois, mesmo no inverno mais rigoroso, a promessa da primavera sempre existe, esperando para derreter o gelo e trazer de volta o calor da vida, em verões de aquecimentos. Nisso, o coração agradece.

 

 

sábado, 10 de agosto de 2024

Desejos e adversidades.

Intentos são como estrelas que iluminam nosso caminho. Nossas mentes perseguem as vontades que sempre nos impulsionam para algo em busca das melhores realizações. Desde pequenos os sonhos ambiciosos, moldam os grandes interesses, em vontades das nossas jornadas e nos motivam a superar os desafios. No entanto, a via dos projetos não é tão fácil, como pensamos. Os infortúnios são os obstáculos que encontramos ao longo do percurso, as dificuldades que testam nossa determinação e resiliência. Elas podem assumir diversas formas. Uma oportunidade perdida, um fracasso inesperado ou uma situação imprevista. Cada dissabor transformado em agonia, é uma lição disfarçada, um convite para aprender e crescer. É nessa convergência plausível entre objetivos e contratempos que realmente nós conhecemos verdadeiramente nossas posturas. Enquanto os propósitos nos atraem para frente, os percalços nos desafiam a encontrar forças em nós mesmos para lutar por conquistas. A maneira como lidamos com as dificuldades muitas vezes definem nossa capacidade de alcançar objetivos concretos. Por isso, é essencial cultivar a paciência e a perseverança. As pretensões podem nos dar a visão, mas são as adversidades que nos fornecem o caráter. Ao enfrentar os desafios com coragem e resiliência, não só nos aproximamos de nossos sonhos, mas também nos transformamos em versões mais fortes e completas de nós mesmos. Assim, o caminho para realizar nossos desejos é um equilíbrio delicado entre aspirar e enfrentar, e sonhar e superar. Cada passo dado, cada obstáculo superado, já é uma vitória. Ao final da jornada, o verdadeiro triunfo não é apenas alcançar o que desejamos, mas também descobrir a força e a sabedoria que adquirimos ao longo do caminho. Vale a pena perseguir nossos sonhos. Desejos e adversidades são interseções. Caminham em linhas diferentes.

 

 

 

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

A amizade, quando verdadeira.

Nossas opiniões falham, mas a experiência, no meu juízo, não. Às palavras exprimem quaisquer pensamentos, mas também falham quando expressam a realidade. Velhos amigos não são esquecidos. Pura verdade. O tempo passa. Destrói nossas fisionomias, mas sempre teremos um amigo de braços abertos para um novo recomeçar. O verdadeiro amigo nos dá força para superarmos nossas agruras. É para isso que os amigos servem. Sorrindo ou chorando os autênticos amigos não se afastam. São colecionadores de histórias, segredos e parcerias afetivas, compartilhando momentos inesquecíveis. Por fim, a fidedigna amizade é eterna e incondicional.

 

terça-feira, 6 de agosto de 2024

O sorriso nos lábios e olhos.

Eu sempre fui tímido. Relativamente feio, com muita dificuldade para um relacionamento com as meninas da minha idade, na escola pública, isso, nos idos anos sessenta. Com pouco conteúdo de lábia, por motivos óbvios, já que naquela época, nós não tínhamos a fartura contemporânea de opções, para a melhoria do vocabulário, eu era limitado à Barsa, entre outras enciclopédias, para explorar o meu conhecimento e ter assuntos para uma relação interpessoal. Lembro-me vagamente que, aos doze anos, enfim, decidi sobre minha vida. Já que eu não poderia mudar a natureza, o constrangimento de inferioridade perante colegas, então comecei a investir na minha independência. Lia vários jornais na casa da minha avó. ‘O Diário de Notícias’, ‘O Globo’, ‘Jornal do Brasil’ e às vezes os sanguinários ‘Ultima Hora’ e ‘A Luta Democrática’, como também o saudoso jornal dos ‘Sports’. Aos catorze anos, eu fui ao Ministério do Trabalho e tirei a minha primeira carteira de trabalho. Ela era de capa grossa, na cor verde, com o logotipo da República. Àquela façanha, encheu-me de brios. Comecei a trabalhar como ‘Aprendiz de Arquivista’, que nada era um entregador de cartas, não menosprezando o pessoal que atualmente ainda pratica esse serviço. Naquele período, havia o racionamento de luz. Eu trabalhava no décimo sétimo andar do Clube Militar, lá no final da Avenida Rio Branco. O prédio ficava em frente ao cinema ‘Odeon’, na Cinelândia. Eu não tive muita sorte nessa empreitada. Todas às vezes que eu ia entregar as correspondências do setor de compras da empresa em que eu trabalhava o local estava temporariamente sem luz. Eu era obrigado a subir as escadas por vários andares, de modo a cumprir minhas obrigações. Depois de quase um ano nessa atividade, eu fui promovido. Passei a controlar os remédios em estoque, na administração da fábrica ‘The Sydney Ross Co’, hoje, o ‘Shopping Guadalupe’. Essa atividade demandou com o auxílio da matemática, uma elaboração de planilhas, tudo à mão, que foi aplaudida pela minha chefia superior, porque por iniciativa própria eu implantei esse sistema de conferência, com o nome dos remédios em ordem alfabética. Pela minha espontaneidade de regular a entrada e saída de produtos, eu recebi uns trocados a mais. Afinal, eu tomava conta de mais de cento e vinte produtos. Por isso, o meu sorriso em suplantar as minhas expectativas. Em seguida, já na maioridade eu dediquei-me à poesia, impulsionado pelas fabulosas letras da bossa-nova, alguma dos ‘Beatles’ e Roberto Carlos. Mas isso, é outra história. Consegui espantar os medos que me afligiam e ainda hoje, apesar das lembranças, eu sorrio por minha determinação que norteou a minha vida alçando novos pensamentos para o futuro, uma característica de quem quer vencer afastando obstáculos. Hoje, desgastado pelo tempo, o senhor da razão, eu sigo sem plásticas. Orgulho-me mesmo com as marcas do tempo, sem acobertar a mentira das verdadeiras máscaras procedimentais.   

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

As medalhas da minha vida.

O meu poder de conquistas de medalhas, na Olimpíada da vida foi traçado por muita fé, resiliência e obstinação. Na grandiosa arena da vida, onde as medalhas não são de ouro, prata ou bronze, mas sim de experiências vividas, superações pessoais e conquistas emocionais, apoiadas por familiares e amigos. Em todos os desafios enfrentados, diariamente, foram de competições internas, provas de resistências e coragem, e essas vitórias merecem ser celebradas, mesmo sem aplausos ou reconhecimentos públicos. As medalhas são importantes no desenrolar de nossas vidas. A de ouro, por exemplo, pode vir de um sonho realizado.   A de prata pode representar a persistência, a capacidade de continuar mesmo quando os resultados não são os esperados. A de bronze, muitas vezes, é um lembrete de que a jornada é tão valiosa quanto ao destino almejado, e que o progresso contínuo será uma conquista significativa, futuramente. Cada galardão é único e conta uma história. Essas medalhas invisíveis são conquistas que definem nosso caminho e nos inspiram a continuar lutando. Portanto, celebre suas condecorações nas Olimpíadas da vida. Elas são o testemunho de sua força, resistência e paixão por viver. E lembre-se: o valor dessas insígnias não está em compará-las com as dos outros, mas em reconhecer o quão longe você chegou e o quanto ainda pode conquistar. Nunca deixe seus sonhos esmorecerem! Um paradigma de liberdade e sonhos em suas escolhas.

domingo, 4 de agosto de 2024

As migalhas de amor.

Às vezes, no silêncio das horas vazias, eu me pego juntando as migalhas do amor que um dia eu fui capaz de experimentar. São pequenos pedaços, fragmentos de um tempo que parece tão distante agora. Cada pedaço é um lembrete de que um dia eu fui intenso ao meu grande amor e agora se tornou disperso e esparso, como se o amor tivesse se desintegrado em partículas aos ventos. Lembro-me das tardes ensolaradas em que as risadas se misturavam ao aroma de um chá de cidreira, e o mundo parecia girar em torno de um único ponto de luz. Assim, como os fragmentos que caem da mesa e se perdem no chão, essas memórias são agora como vagas do mar, pedaços de um todo que já não existe. Recolho essas migalhas com um cuidado quase reverente, como se cada uma delas contivesse um segredo sobre o que fomos. Há uma melancolia na tarefa, uma sensação de que, embora o nosso amor resoluto, com as pequenas evidências em minha mente, ainda permanentes, em minha vida. São estas migalhas que me lembram do calor das manhãs convividas, do aconchego das mãos entrelaçadas, com juras eternas, sob o céu em puro êxtase, e das promessas sussurradas sob a luz da lua. Por mais que eu tente juntar todas essas partes, elas nunca mais formarão o mesmo amor que conheci. O tempo e a distância pode desfazer o que era completo e sólido, transformando-o em algo desmembrado e incerto. No entanto, há uma beleza triste naquilo que restam nas migalhas que ainda carregam o eco de um sentimento profundo. Talvez, um dia, eu possa aprender a viver com essas migalhas como um lembrete de que o amor, mesmo quando se vai, deixa marca profunda, essas, mesmo que seja apenas um traço, um resíduo do que foi uma vez a alegria do meu interior. Não estou sozinho. Ainda sonho com as migalhas desse amor sob meus lençóis, na esperança de revê-la, com desejos inimagináveis, impulsionados por um coração em agonia que descompassa os meus dias, demonstrando toda a minha ternura e capacidade da reconquista espaços que eu gostaria desesperadamente em preencher essas memórias distantes as nossas promessas e sonhos.

 

sábado, 3 de agosto de 2024

A riqueza das rosas.

Colhi rosas no jardim. Radiantes essas flores preciosas. Pétalas delicadas em danças, que pintam o ar, com um toque de esperança. Diante da brisa, ela sorri. Ocultando seu charme com espinhos, em versos encantados, desvelando segredos do amor, sempre amado. Essa paixão ardente, em vermelho profundo. Cada cor, um conto diferente para um toque de sol. Elas, contempladas pelas manhãs em orvalho sereno, e ao entardecer em perfumes límpidos, como céu azul em espera, sempre exalando amor em delicadas danças, aos ventos. Sua beleza é sublime e rara, como um beijo da primavera, que nunca separa. Que suas cores e aromas nos guiem sempre! Em um mundo onde o amor é um presente quente, na esperança e ternura de sorrisos, mesmo que ausentes, em mistérios que nos fazem sonhar, como o branco imaculado de pureza e paz. Chega à noite. O silêncio é interrompido pelas fragrâncias roubadas de frios, no seu corpo envolto. Rosas expostas, mesmo na escuridão, onde sua beleza eterniza em exuberância, para um novo crepúsculo de emoções. A verdadeira certeza que alivia o meu coração. As rosas não mentem aos enamorados. Às vezes ardentes de paixões.


Uma namorada na escola da vida.

Minha primeira namorada da escola pública foi um marco inesquecível na minha vida. Era um tempo simples, onde os sentimentos eram puros e as preocupações pareciam menores. Eu a conheci no começo do sétimo ano, e nossa história começou de uma maneira que só poderia acontecer na escola. Lembro-me de como ela entrou na sala, com seu sorriso radiante e uma risada contagiante que rapidamente conquistou todos ao seu redor. Ela tinha uma maneira especial de fazer com que cada momento se tornasse mais leve e divertido. Nossa amizade começou com conversas sobre tarefas escolares e nossos artistas favoritos, e logo isso evoluiu para algo mais. Nos primeiros meses, o que sentíamos era como um jogo leve e alegre. Trocar bilhetes, pequenas surpresas e olhares discretos se tornaram parte do nosso cotidiano. O simples ato de caminhar ao lado dela pelos corredores da escola era o suficiente para me fazer sentir que tudo estava no lugar certo. Com o tempo, percebemos que o que havia entre nós, era mais que apenas uma amizade. Era uma conexão genuína que nos fazia sentir que nós éramos a dupla perfeita para enfrentar qualquer desafio escolar ou pessoal. Às tardes, no parque, após a escola, os passeios de bicicleta e as conversas sobre sonhos e planos para o futuro foram momentos que ficaram gravados na minha memória. Embora nosso relacionamento tenha mudado com o passar do tempo e com as novas fases da vida, as lembranças daquela época sempre estarão comigo. Ela me ensinou o valor de uma conexão verdadeira e o que significa sentir-se confortável e feliz ao lado de alguém. A experiência de ter uma namorada na escola pública foi um aprendizado sobre o amor e a amizade, e eu sou grato por obter essa oportunidade de crescer e descobrir esses sentimentos ao lado dela. Saudades daquele tempo, em que o amor puro predominava com bastante intensidade.

 

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Um carnaval de ilusões.

No coração do carnaval, onde a realidade se dispersa em um mar de cores e sons, surge um amor que parece brilhar com uma intensidade quase mágica. É um amor que se ergue no meio da euforia coletiva, onde cada sorriso e toque são amplificados, pela energia da festa. No entanto, é essa própria grande ilusão do carnaval que molda a essência desse romance efêmero. À medida que a cidade se transforma em um espetáculo vibrante, o amor parece adquirir uma dimensão única. Os ritmos envolventes das músicas e a profusão de brilhos e confetes criam um ambiente onde os sentimentos se tornam mais intensos e as conexões, mais profundas. Entre as multidões dançantes e as luzes cintilantes, dois corações se encontram e entrelaçam-se, como se fossem as estrelas de um conto de fadas momentâneo. Nos dias de festa, o tempo parece se esticar, permitindo que o amor floresça com uma paixão arrebatadora. Cada momento compartilhado é preenchido com uma sensação de eternidade, como se o universo tivesse conspirado para unir essas almas em um laço que desafia o próprio tempo. Promessas são feitas com a certeza de que nada pode abalar a magia que une os amantes, enquanto os confetes caem como um véu de encantamento sobre o cenário. Mas, como toda grande ilusão, o carnaval tem um fim. À medida que, a festa se dissolve e a realidade aparece, o brilho do amor vivido sob o efeito da celebração começa a se desvanecer. O que antes parecia imutável e sublime, agora se confronta com o cotidiano, revelando a fragilidade da paixão criada sob o fascínio da festa. O amor na grande ilusão do carnaval é um lembrete de que, por mais verdadeiro e profundo que pareça enquanto dura, ele é influenciado pelo ambiente mágico da festa. Quando o carnaval se encerra, o que resta é a memória de um romance que viveu no ápice da celebração, uma recordação de um momento de pura euforia. Em última análise, o amor de carnaval é uma experiência valiosa e inesquecível, mesmo que não tenha a durabilidade prometida. É uma oportunidade de vivenciar a intensidade do sentimento em sua forma, mais pura e efêmera, um testemunho de que, mesmo nas ilusões mais passageiras, podem ser encontrados momentos de verdadeira beleza e alegria. Na fragilidade de amores de carnaval, os desencantos são como plumas aos ventos. Têm vida breve, mas vale a pena ter um carnaval de ilusões.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Um passeio, uma garota em Ipanema.

Era uma tarde ensolarada de sábado quando decidi dar uma volta na Praça General Osório, um lugar muito aprazível, para passear e flertar, lá, em Ipanema, onde passei uma boa parte da minha adolescência, em tocatas instrumentais, que me deixam saudades de grandes amigos. Naquela praça, o cheiro de grama fresca e muitas árvores frondosas, movidas pelo vento, e com o barulho da água jorrada pelo chafariz, ainda dava para ouvir os sons das risadas das crianças brincando ao fundo que criavam uma atmosfera leve e descontraída. Enquanto eu caminhava, avistei uma cafeteria charmosa, no final da praça e resolvi parar para um café. Ao entrar, a música suave envolvia o ambiente e o aroma do ‘pretinho’ fresco me recebia calorosamente. Escolhi uma mesa na varanda, onde poderia observar as pessoas que passavam. Enquanto saboreava meu expresso, notei uma conhecida, que sempre circulava nos arredores. Era comum, a sua passagem diurna, em suas atividades físicas, mantendo seu corpaço em forma. Sentada sozinha, absorta em seus pensamentos, em uma mesa próxima, mergulhada em um livro divertido, era impossível não perceber o sorriso no rosto dela, como se estivesse viajando para um mundo diferente. Depois de alguns minutos, a curiosidade falou mais alto e, impulsionado por uma mistura de coragem e espontaneidade, me levantei e fui até a mesa dela. “Desculpe interromper, mas parece que o seu livro é fascinante”. Posso perguntar sobre ele? Ela levantou os olhos, um pouco surpresa, mas logo sorriu e começou a partilhar a trama do livro. A conversa fluiu de forma natural, como se já nos conhecêssemos há tempos. Falei sobre meus livros favoritos e que eu tinha vários textos e poesias em meu ‘blog’ e ela compartilhou imediatamente, sendo uma nova seguidora. Entre risadas e histórias, percebi que o tempo havia voado. Acabamos pedindo mais cafés e, antes que percebêssemos, já estávamos planejando um segundo encontro. A conexão era inegável, e aquele momento casual se transformou em algo especial. Naquele dia, o que começou como um simples passeio se tornou o início de uma nova amizade, ou quem sabe algo mais. Às vezes, os melhores encontros acontecem nos momentos mais inesperados. Ipanema tem disso. Sempre tem uma mulher bonita, cheia de graça, e um coração sozinho, num mundo perdido em sorrisos.

 


terça-feira, 30 de julho de 2024

Abandono de animais.

O abandono de animais é um problema sério e crescente em muitas partes do mundo. Quando um animal é abandonado, ele enfrenta uma série de desafios que podem comprometer sua saúde e bem-estar. Isso inclui a falta de comida, água, abrigo e cuidados médicos. Além disso, animais abandonados muitas vezes se tornam vulneráveis a doenças, acidentes e até mesmo as agressões de outros animais ou pessoas. O abandono pode ocorrer por diversas razões. Alguns responsáveis não têm condições financeiras para manter o animal, outros por subestimarem o compromisso que a posse de um animal exige, enquanto alguns por incapacidade, simplesmente, não querer mais por motivos pessoais ou circunstanciais. Infelizmente, a solução não é tão simples quanto devolver o animal ao seu tutor. Muitos desses animais acabam em abrigos ou nas ruas, onde a situação pode ser ainda mais precária. O impacto do abandono vai além dos próprios animais. Ele sobrecarrega abrigos e organizações de resgate, que muitas vezes enfrentam dificuldades financeiras e estruturais para lidar com o grande número de animais em necessidade. Além disso, a presença de animais abandonados nas ruas pode afetar a segurança pública e criar problemas de saúde pública, como a proliferação de doenças transmitidas por animais. Para combater o abandono de animais, é crucial promover a educação sobre a responsabilidade da posse de ‘pets’ e apoiar políticas que incentivem a adoção responsável. Programas de castração e esterilização também são fundamentais para controlar a população de animais de rua e reduzir o número de abandonos. Além disso, é importante que a comunidade se engaje ativamente no apoio a abrigos e organizações de resgate, oferecendo voluntariado, doações e, claro, promovendo a adoção responsável de animais. Cada ação conta para criar um mundo mais seguro e acolhedor para os animais. Ao assumir a responsabilidade pelo bem-estar de nossos companheiros de quatro patas, podemos fazer uma diferença significativa e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e compassiva.

 

Eu fui uma criança feliz.

Lembro-me com uma clareza surpreendente dos dias em que a infância era uma vasta tela em branco, pronta para ser preenchida com aventuras e sonhos. O mundo parecia infinito, e cada dia trazia novas descobertas e brincadeiras. Os verões eram especialmente mágicos, por férias escolares. Meus amigos e eu passávamos horas correndo pelos campos, imaginando que sermos, naquela época, exploradores em terras desconhecidas. Aquelas tardes intermináveis de sol eram pontuadas por risadas e pequenas travessuras. A sensação de liberdade era palpável, e a alegria, contagiante. O som dos pássaros e o cheiro do mato fresco eram os acordes que compunham a trilha sonora da nossa infância. As brincadeiras eram simples, mas sempre cheias de emoção. Construíamos cabanas com galhos e folhas, inventávamos histórias e aventuras, e jogávamos bola até o sol se pôr. Os brinquedos não precisavam ser sofisticados; um pedaço de corda ou uma pedra bem colocada já bastavam para criar um jogo novo e fascinante. Os dias de chuva eram reservados para a magia, em casa. Montávamos nossas próprias tendas com lençóis e cadeiras, e ali dentro, o tempo parecia parar. Livros se transformavam em portais para mundos encantados, e cada história era uma nova viagem sem sair do lugar. Às vezes, a chuva batendo na janela era como uma melodia suave, criando um ambiente aconchegante para nossa imaginação. Os momentos com a família também eram especiais. As tardes em que ajudava a mãe nos afazeres domésticos. Afinal, lá em casa tinha muita gente, o cheiro de bolos assando no forno e as conversas ao redor da mesa durante as refeições criavam um senso de pertencimento e amor incondicional. As festas de aniversário, com suas decorações coloridas e bolos deliciosos, eram marcos de um tempo em que a felicidade parecia ser um estado constante. Como os tempos de criança deixam marcas inapagáveis em nossa memória? O simples prazer de correr sem destino, a alegria genuína de pequenas conquistas e a sensação de estar completamente imerso em um mundo próprio são lembranças preciosas que carregamos conosco ao longo da vida. À medida que crescemos, a vida pode se tornar mais complexa e desafiadora, mas os momentos da infância permanecem como um refúgio de simplicidade e pureza. Eles nos lembram de quem éramos, do que amávamos e dos quão maravilhosos eram os pequenos momentos da vida. É um lembrete de que, apesar das mudanças e das responsabilidades que vêm com a idade, sempre podemos voltar a esses momentos com um sorriso e um coração cheio de reconhecimento dos melhores momentos vividos nos tempos idos de criança.

 

Sangue nas veias.

Às vezes, sinto como se minhas veias seccionadas fossem o reflexo das minhas emoções mais profundas. O fluxo do meu ser parece interrompido, como se o sangue que uma vez correu vibrante e cheio de vida agora estivesse estagnado, preso em um ciclo de dor e perda.

As veias separadas representam para mim a fragilidade da minha alma, exposta e vulnerável. Cada vez que a vida me atinge com seus golpes inesperados, sinto como se um pouco mais de mim, fosse retirado, deixando um vazio que não pode ser facilmente preenchido. É como se, ao cortar essas veias invisíveis, a essência da minha força e da minha esperança se escoasse, tornando-me mais consciente da minha própria vulnerabilidade.

Nesse estado de desolação, o desejo de recuperação e cura torna-se uma âncora. Espero que, mesmo com as veias divididas, eu possa encontrar maneiras de me recompor, de cicatrizar essas feridas internas e de reencontrar a vitalidade que me permitia viver com plenitude. Que a dor, embora presente seja também um lembrete da minha resiliência e da capacidade de reconstruir, mesmo quando tudo parece fragmentado.

Em meio à dor, há uma pequena chama de esperança que se recusa a se apagar. É a esperança de que, com o tempo, as feridas cicatrizem e que eu possa aprender a viver com as marcas, mas sem permitir que elas definam toda a minha existência. Desejo que, eventualmente, eu encontre um novo equilíbrio e que minhas veias, embora ainda marcadas, voltem novamente, o sangue a fluir com a força e a vida que me fazem seguir sempre em frente, amparado por dias melhores de desejos e esperanças, olhando com gratidão, acreditando que o melhor está por vir.

 

 

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Meus olhos.

Olhos meus! Esses movimentos dos meus sentidos, os faróis da minh’alma.

Que desenham no infinito, as fantasias de jornadas achadas e perdidas.

Cores e sonhos que acalmam o humor, que me extasia.

Reflexos de um mundo bonito, como a brancura de espuma.

Desbravando horizontes sem fim em retinas, retidas em fotografias.

Olhos que brilham como estrelas no céu. Estes, um mistério profundo.

Cada olhar é um doce véu, revelando os segredos do mundo.

São as janelas que do meu universo, na espera por trás do olhar.

Quando piscam, soltam mistérios, em histórias de vida e de amor.

Em cada piscar essa magia rara de encantos e sedução.

Olhos meus são poesias, que refletem à luz do dia, sem a total escuridão.

 

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Minhas tardias lembranças.

As mãos em que eu acariciei. Os lábios que eu toquei. Assim ficaram gravadas as minhas dez digitais em seu corpo. Essas, não se apagam das minhas lembranças. São memórias, intensas e profundas, como se cada toque e cada beijo tivessem deixado uma marca, permanente em você. Às vezes, as lembranças dessas experiências podem ser tão vívidas que é difícil não se perder nelas. É como se cada detalhe permanecesse registrado em sua mente, resistindo ao passar do tempo. Foi um amor num crepúsculo de uma tarde dourada, onde o sol se despede com um último abraço de calor. No entanto, mesmo nos momentos mais turbulentos, a chama nunca se apagou completamente. Agora, nessas memórias de fotografias desbotadas e maltratadas, mais ainda cheias de vida, eu ainda me indago nestes comentários de solidão em pensamentos inesquecíveis. Você me fez abstrair de pesadelos obscuros, principalmente, nas tempestades de noites vazias e secretas, de amor e compaixão, em busca de mais um ‘não’.

terça-feira, 16 de julho de 2024

A vida em sua intensidade.

Viver intensamente é abraçar cada momento com uma paixão e vigor que transformam a vida cotidiana em uma experiência vibrante e significativa. Significa estar completamente presente, mergulhando nos altos e baixos da existência com uma entrega total. Quando se vive intensamente, cada riso é genuíno e cada lágrima carrega uma profundidade única. É sobre explorar os limites pessoais, enfrentando desafios com coragem e perseverança. É também abraçar a beleza dos detalhes, encontrando prazer nas coisas simples da vida que muitas vezes passam despercebidas. Viver intensamente não se trata apenas de buscar aventuras radicais, mas sim de encontrar propósito em cada dia, cultivando relacionamentos genuínos e buscando constantemente o crescimento pessoal. É aceitar que a vida é fugaz e preciosa, e merece ser vivida com entusiasmo e gratidão. Ao viver intensamente, estamos mais conectados com nossas emoções e com o mundo ao nosso redor, passivo em aspirações de felicidade. Valorizamos cada experiência como uma oportunidade de aprendizado, lições bem dadas no autoconhecimento. É em fazer da vida uma jornada de descoberta e plenitude, onde cada momento conta e contribui para a construção de uma existência rica e gratificante. Enfim, as intensidades de uma vida, são como águas dos rios. Correm para o mar. O mar da alegria incessante.

 

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Um novo amor.

No silêncio dos bares da vida, onde os murmúrios são confissões entre copos, eu a encontrei. Um novo amor que se achava perdido, há tempos. Sentada com pensamentos ignorados por mim, uma linda mulher. Um presente de Deus, esculturada em meus longínquos sonhos. Quando eu a vi, ressurgiu-me a alegria de viver para um novo destino, em que meu coração voltou a sorrir cadenciado de alegrias e prazer. Entre goles e canções de nostalgias itinerantes, eu a desnudava com meus olhos de paixão. Seus olhos brilhavam como estrelas, refletindo histórias por contar. Assim, nos versos que o destino escreveu eu a ofereci na dança do acaso, uma linda canção suave e romântica em compassos harmonizados, com pernas entrelaçadas, que nos guiavam em sincronia e as intenções dos nossos corpos. Esse encontro foi poesia viva, orquestrada por loucuras e felicidade, entre risos e segredos repartidos, no balanço suave da noite, e no perfume dos amores recém-criados. Penso que nesses bares da vida encontramo-nos em novo capítulo a desabrochar, onde cada verso foi um beijo trocado, e cada momento, um eterno amar. Por isso, brindo ao nosso amor descoberto, nas esquinas dos botecos das desventuras, onde se reúnem os desesperados pelas derrotas, onde os destinos sussurram seus planos, malsucedidos de carências, a procura de um verdadeiro amor. A poesia se faz real e infinita, enquanto as luzes dos bares estiverem acesas. Nas veredas de nossos sentimentos, sempre haverá uma linda mulher, a eterna companheira das nossas fantasias.


domingo, 14 de julho de 2024

Na tristeza da minha Rosa.

Na bruma leve das paixões passadas, a rosa triste desfolha-se lentamente. Seu perfume, e agora melancólica, espalha-se no ar, sutil e ausente, por onde os espinhos em vozes consoladoras perfuram minhas veias. Eles sorriem para mim, em meus olhos comoventes, marejados de tristezas.

As pétalas, outrora viçosas e vivas, agora tingidas de sombras do passado, refletem as dores das lágrimas caídas, em cada gota, um amor despedaçado. Ah! Rosa, para mim, triste, símbolo de saudade. Teus ferrões cravados em meu peito marcam a minh`alma com sua profundidade, da paixão que se foi na dor da saudade.

No jardim do coração, tu és a ferida, que cicatriza devagar e sem pressa. Mesmo assim, tua beleza perdida em meu interior, que ainda me encanta e apesar da amargura, que me afaga e rasga-me em espaços preenchidos de ilusão, tu és a minha rosa triste. Bela e singela, em que o teu amor me ensinou em tempos compartilhados, de que mesmo após o meu padecer, atua na luz da janela, em tua partida, gemendo órfão sem despedidas, em esperanças brotadas de todos os sofrimentos.

O meu destino será como de um beija-flor, que dança no ar com tal fulgor, com suas asas brilhantes, como aurora, beijando flores com tanta dor, que em poesia viva bailam no firmamento, na distância do seu amor.

 

sábado, 13 de julho de 2024

Solidão, e um sussurro indescritível.

Os sussurros da solidão são como os ecos estrondosos de pensamentos não compartilhados, murmurando nos cantos mais sombrios da alma. Eles se manifestam quando a companhia se dissolve e o silêncio se torna mais tangível do que qualquer palavra. É nesses momentos que a solidão não é apenas a ausência de outros, mas uma presença palpável, uma entidade que murmureja ao ouvido da mente inquieta. As dores se unem ao desprazer da solidão. Os segredos do isolamento podem ser melancólicos, lembrando-nos de tempos perdidos e pessoas distantes. Eles ecoam com as memórias de momentos compartilhados que agora parecem estar congelados no tempo. Cada sussurro é um lembrete de que somos seres sociais, ansiando por conexão e pertencimento. Por outro lado, eles são também, às vezes, introspectivos, o qual cria uma oportunidade para a reflexão profunda e o autoconhecimento. Na quietude do isolamento, nossos pensamentos mais íntimos e nossas emoções mais profundas revisitadas, sem máscaras ou fachadas para escondê-las. No entanto, os sussurros da solidão podem ser desconfortáveis, às vezes até assustadores. Eles nos confrontam com nossos medos mais profundos e nossas inseguranças mais ocultas. A falta de distrações externas nos obriga a encarar a nós mesmos de frente, sem filtros nem escapismos. Assim, os sussurros da solidão são uma dualidade e simultaneamente, um lembrete da nossa humanidade compartilhada e da nossa singularidade individual. Eles nos desafiam a encontrar um equilíbrio entre a necessidade de conexão com os outros e a importância crucial de cultivarmos um relacionamento saudável e compassivo conosco mesmos. Vejo-me no espelho, o cúmplice do tempo, mas não quero a solidão, como companheira, no tempo que me resta.