segunda-feira, 15 de julho de 2024

Um novo amor.

No silêncio dos bares da vida, onde os murmúrios são confissões entre copos, eu a encontrei. Um novo amor que se achava perdido, há tempos. Sentada com pensamentos ignorados por mim, uma linda mulher. Um presente de Deus, esculturada em meus longínquos sonhos. Quando eu a vi, ressurgiu-me a alegria de viver para um novo destino, em que meu coração voltou a sorrir cadenciado de alegrias e prazer. Entre goles e canções de nostalgias itinerantes, eu a desnudava com meus olhos de paixão. Seus olhos brilhavam como estrelas, refletindo histórias por contar. Assim, nos versos que o destino escreveu eu a ofereci na dança do acaso, uma linda canção suave e romântica em compassos harmonizados, com pernas entrelaçadas, que nos guiavam em sincronia e as intenções dos nossos corpos. Esse encontro foi poesia viva, orquestrada por loucuras e felicidade, entre risos e segredos repartidos, no balanço suave da noite, e no perfume dos amores recém-criados. Penso que nesses bares da vida encontramo-nos em novo capítulo a desabrochar, onde cada verso foi um beijo trocado, e cada momento, um eterno amar. Por isso, brindo ao nosso amor descoberto, nas esquinas dos botecos das desventuras, onde se reúnem os desesperados pelas derrotas, onde os destinos sussurram seus planos, malsucedidos de carências, a procura de um verdadeiro amor. A poesia se faz real e infinita, enquanto as luzes dos bares estiverem acesas. Nas veredas de nossos sentimentos, sempre haverá uma linda mulher, a eterna companheira das nossas fantasias.


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