Às vezes, sinto como se minhas veias seccionadas fossem o reflexo das minhas emoções mais profundas. O fluxo do meu ser parece interrompido, como se o sangue que uma vez correu vibrante e cheio de vida agora estivesse estagnado, preso em um ciclo de dor e perda.
As veias separadas representam para mim a fragilidade da minha
alma, exposta e vulnerável. Cada vez que a vida me atinge com seus golpes
inesperados, sinto como se um pouco mais de mim, fosse retirado, deixando um
vazio que não pode ser facilmente preenchido. É como se, ao cortar essas veias
invisíveis, a essência da minha força e da minha esperança se escoasse,
tornando-me mais consciente da minha própria vulnerabilidade.
Nesse estado de desolação, o desejo de recuperação e cura torna-se
uma âncora. Espero que, mesmo com as veias divididas, eu possa encontrar
maneiras de me recompor, de cicatrizar essas feridas internas e de reencontrar
a vitalidade que me permitia viver com plenitude. Que a dor, embora presente seja
também um lembrete da minha resiliência e da capacidade de reconstruir, mesmo
quando tudo parece fragmentado.
Em meio à dor, há uma pequena chama de esperança que se recusa a
se apagar. É a esperança de que, com o tempo, as feridas cicatrizem e que eu
possa aprender a viver com as marcas, mas sem permitir que elas definam toda a
minha existência. Desejo que, eventualmente, eu encontre um novo equilíbrio e
que minhas veias, embora ainda marcadas, voltem novamente, o sangue a fluir com
a força e a vida que me fazem seguir sempre em frente, amparado por dias
melhores de desejos e esperanças, olhando com gratidão, acreditando que o
melhor está por vir.
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