terça-feira, 30 de julho de 2024

Sangue nas veias.

Às vezes, sinto como se minhas veias seccionadas fossem o reflexo das minhas emoções mais profundas. O fluxo do meu ser parece interrompido, como se o sangue que uma vez correu vibrante e cheio de vida agora estivesse estagnado, preso em um ciclo de dor e perda.

As veias separadas representam para mim a fragilidade da minha alma, exposta e vulnerável. Cada vez que a vida me atinge com seus golpes inesperados, sinto como se um pouco mais de mim, fosse retirado, deixando um vazio que não pode ser facilmente preenchido. É como se, ao cortar essas veias invisíveis, a essência da minha força e da minha esperança se escoasse, tornando-me mais consciente da minha própria vulnerabilidade.

Nesse estado de desolação, o desejo de recuperação e cura torna-se uma âncora. Espero que, mesmo com as veias divididas, eu possa encontrar maneiras de me recompor, de cicatrizar essas feridas internas e de reencontrar a vitalidade que me permitia viver com plenitude. Que a dor, embora presente seja também um lembrete da minha resiliência e da capacidade de reconstruir, mesmo quando tudo parece fragmentado.

Em meio à dor, há uma pequena chama de esperança que se recusa a se apagar. É a esperança de que, com o tempo, as feridas cicatrizem e que eu possa aprender a viver com as marcas, mas sem permitir que elas definam toda a minha existência. Desejo que, eventualmente, eu encontre um novo equilíbrio e que minhas veias, embora ainda marcadas, voltem novamente, o sangue a fluir com a força e a vida que me fazem seguir sempre em frente, amparado por dias melhores de desejos e esperanças, olhando com gratidão, acreditando que o melhor está por vir.

 

 

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