segunda-feira, 6 de março de 2017

Dois brasileiros na Suíça – Parte 2

 Na parte da manhã de vinte e nove de janeiro, acordamos, tomamos café e, fui explorar o local. A área do camping tinha diversas possibilidades de praticar exercícios e diversões: desde área de snow board até piscinas térmicas. Mais tarde o senhor Roman nos fez uma visita ao trailer com as crianças e as levou para tomarem banho de piscina. Três horas depois nos encontramos após uma breve visita a cidade de Engelberg, aonde assistimos pessoas aterrissarem de para pente, números significativos de pessoas esquiando nas ladeiras cheias de obstáculos, parecendo competirem por alguma coisa. Como tínhamos visitado a cidade à pé, retornamos de ônibus. Encontramo-nos novamente na cafeteria do camping, tomamos agua e os demais quiseram lanchar e em seguida saímos para o trailer. Às cinco horas da tarde retornamos para Mulligen, antes passamos na residência de Roman e deixamos Perckson que estava conosco, em sua casa, em seguida paramos no Mc Donalds, o Markus comprou um lanche para Paris, a deixamos em casa porque no dia seguinte ela iria para a escola e ela mora com a sua mãe. O Markus tem a guarda compartilhada e aos fins de semana fica com ela, depois seguimos para casa, a Glaucia fez uma macarronada, jantamos e em seguida fomos dormir. Em trinta de janeiro, acordamos, tomamos café e ficamos em casa a Tania acordou gripada e Markus trouxe o xarope solmucol para ela tomar e melhorar da tosse. Com a temperatura a 6 graus ficamos em casa observando o degelo da neve sobre os telhados das casas vizinhas. Em trinta e um de janeiro, aniversario da minha sogra Iolanda, que se encontra na cidade de Lambari em Minas Gerais, acordamos por volta de meio dia, tomamos café e também permanecemos em casa. Choveu o dia todo, a neve desapareceu. Ajudamos a Glaucia arrumar um quarto que tinha bagulhadas. Mais tarde lanchamos, tomamos banho e por volta da meia noite fomos dormir. Hoje dia primeiro de fevereiro, acordamos às onze horas, tomamos café e eu fui à floresta levar algumas flores murchas remanescentes do casamento da Glaucia. À noite o Markus disse que nos levaria a outra parte da cidade de Zurique, no dia seguinte. Então fomos dormir mais cedo para acordarmos às oito e meia da manhã do dia seguinte. Em dois de fevereiro acordamos cedo, tomamos banho, nos arrumamos e seguimos para a cidade, logo após um breve cafezinho em casa. Depois de quase uma hora de viagem já estávamos em Zurique. O Markus nos mostrou os monumentos, praças, e a principal rua de Zurique, que no momento não me recordo o nome, com muitas marcas de grife. Tiramos varias fotos nesse local. Passeamos pelos shoppings, tomamos novamente um café reforçado e por volta das catorze horas fomos almoçar no restaurante onde foi realizado o casamento da Glaucia. O senhor Iódi, proprietário do restaurante nos atendeu com presteza, almoçamos e após a refeição tomamos mais um cafezinho expresso. Às dezesseis horas, chegamos a nossa casa em Mulligen e permanecemos em casa. À noite o Markus nos participara que iriamos no dia seguinte a cidade de Berna, aonde a sua mãe mora. No dia quatro de fevereiro, acordamos bem cedinho, tomamos o nosso café da manhã e seguimos para Berna. Chegamos por volta das onze horas na casa da mãe do Marcos, dona Elfridges que reside na comuna Köniz, nome dado aos bairros. Ao estacionarmos fomos blindados com uma chuva de neve em seguida subimos ao segundo andar do apartamento da residente. Conversamos um pouco, fizemos um lanche e seguimos em visitação a cidade. A neve já tinha acabado e caía uma leve garoa. Lá visitamos monumentos, igrejas, lojas, shoppings, etc. Depois entramos no Migros e fizemos uma pequena paradinha para o cafezinho. Mais tarde, a senhora Elfridges e Paris seguiram de ônibus para a sua residência e nós ainda ficamos um pouco mais em visita à cidade. Por volta das quatro horas, interrompemos a visitação, porque a chuva prejudicava a nossa caminhada e o joelho da Tania já começara a doer, então, seguimos para o apartamento da mãe do Markus e mais uma vez fomos recepcionados por dona Elfridges e o senhor Werads, companheiro dela, e participamos de um fondue de queijo. Conversamos muito sobre vários assuntos inclusive os familiares. Depois do fondue comemos uma suculenta salada de frutas, seguida de docinhos. Saímos da residência dos anfitriões logo depois de uma hora da manhã. A noite fora muito proveitosa e agradável. Fomos dormir depois das duas horas da madrugada, depois de uma boa ducha de agua quente. Acordamos no dia cinco de fevereiro às dez e meia, tomamos café da manha, conversamos em família e às duas horas da tarde, o Markus nos convidou para irmos a Engelberg, nas montanhas, aonde ele é o proprietário de um trailer, a fim de apanharmos um par de esquis, porque Paris participará de um evento escolar e será necessário o uso do equipamento. Na volta paramos rapidamente na cidade de Lucerna, pena que estava chovendo, andamos alguns quarteirões, tiramos fotos, além da tradicional filmagem, seguimos até uma cafeteria e retornamos a Mulligen, antes deixamos a Paris na casa da sua mãe e seguimos com Markus a uma comuna, pois um devedor o aguardava para pagar-lhe uma dívida. Chegamos a nossa residência às dezenove horas, lanchamos, tomamos banho e fomos dormir. Hoje, dia seis de fevereiro, acordei tarde a Tania acordou primeiro. Tomei café e em seguida acompanhei a Glaucia até Brugg. A Tania ficou em casa porque teríamos que pegar o ônibus, caminhar, e seus joelhos não estavam bons hoje para fazermos estrepolias. Fomos a três mercados pesquisar e comprar obviamente os artigos mais baratos. Retornamos às três horas da tarde, fizemos o almoço e às dezessete horas almoçamos e jantamos ao mesmo tempo. À noite quando Markus chegou, conversamos logo depois da sua janta a respeito das despesas contratadas no Brasil e na possibilidade de entregar imóveis que estão alugados, pois a despesa dele esta muito elevada. Conversamos também sobre o custo para terminarmos as obras referentes à construção de duas casas em Praia Seca, distrito da cidade de Araruama/RJ, que fica na região do lagos. Em sete de fevereiro, acordamos às dez e meia, tomamos café. Quando estávamos no quarto a Tania descobriu que estava sem aliança. Procuramos em todos os lugares e a aliança de ouro encontra-se perdida. À noite a temperatura caiu. Jantamos, tomamos banho fomos dormir.



Dois brasileiros na Suíça – Parte 3

Dois brasileiros na Suíça – Parte 3

Em oito de fevereiro, acordamos, tomamos café, quando Markus chegou do trabalho, almoçamos com ele que em seguida foi cumprir a segunda etapa laboral. Às vinte e uma horas lanchamos, tomamos banho e fomos dormir. Hoje nove de fevereiro, acordamos novamente tarde, tomamos café e ficamos no quarto o dia estava friorento. À noite Markus e eu fomos à Lucerna apanhar o carro BMW na casa do seu amigo Roman e às vinte e duas horas retornamos. O Markus trouxe a BMW e eu o carro da marca Volvo. Hoje dez de fevereiro, acordamos às onze e meia, tomamos café e ás quatorze horas, fomos à cidadezinha de Wholen, cerca de vinte e cinco quilômetros de Mülligen, a passeio. Passamos por vários mercados e às dezenove horas retornamos para casa. A viagem foi tranquila, pois foi a primeira vez que eu dirigi sozinho e somente com a ajuda do GPS. As placas têm padrão internacional, mas algumas eu desconhecia, além das palavras em alemão. Hoje onze de fevereiro, acordamos quase meio dia, porque não consegui dormir desde três horas da manha. Dirigi-me a cozinha e todos me aguardavam na para tomarmos café. Depois do café Markus, Paris e eu fomos levar os carros para lavar. Após o almoço fomos ao shopping passear e logo depois das vinte e duas horas retornamos para a nossa casa e fomos dormir. Já doze de fevereiro, Markus levantou cedo e levou a Paris para uma excursão escolar. Lá ela entrou num ônibus juntos com seus coleguinhas e partiram inclusive para fazer competições de snow board. Depois Markus retornou e nos apanhou para passearmos. Fomos a cidade de Turgal, divisa com a Alemanha, depois visitamos Reinsfall, por onde passa o rio Reno. Retornamos ás dezoito horas e lanchamos uma comida turca muito boa chamada “Kebap”. Hoje, treze de fevereiro, saí antes das oito horas, antes tomei café, e fui com a Markus a uma empresa que vende reboque e fomos tentar arrematar sete reboques para depois revendermos. Passamos na garage do libanês Hassan, que nos atendeu muito bem. À tarde retornamos para casa, mas não conseguimos o valor que queríamos para arrematar os equipamentos. Hoje catorze de fevereiro, acordamos às dez e meia, tomamos café e depois fomos a Baden comprar algumas coisas. À noite jantamos, conversamos um pouco, assisti com o meu genro o jogo em que o Barcelona de Neymar foi goleado pelo Paris Saint Germain por quatro a zero e depois eu fui dormir. Hoje, dia quinze de fevereiro, acordei por volta de meio dia, tomei café e fiquei no quarto direto na internet. O meu genro Markus saiu a trabalho na cidade de Wettingen, que fica a aproximadamente duas horas de Mülligen, estará dois dias fora a fim de resolver pendencias relativas ao novo emprego. A Glaucia fez uma faxina na casa.  À noite jantamos Glaucia, Tania e eu e em seguida fomos para o quarto da Glaucia. Assistimos a um programa da televisão brasileira, através da internet e dormimos por lá já que o Markus viajara a serviço. Hoje, dezesseis de fevereiro, acordamos por volta das onze e meia e tomamos café. À noitinha fomos novamente a Wholen, no mercado Denner fazer algumas compras. Logo que chegamos a nossa casa, o Markus retornara de Wettigen, a serviço, jantamos e conversamos vários assuntos ate a meia noite, depois fomos dormir. Hoje dia dezessete de fevereiro, acordamos às nove e meia, tomamos café e decidimos fazer as nossas malas para retornar ao Brasil no dia vinte de fevereiro. Fizemos um pequeno lanche, ou melhor, comemos algumas coxinhas de galinha assadas e após as dezoito horas, nos encontramos com o senhor Baumann que nos convidou para comermos um fondue no restaurante perto de Wolhen. Após duas horas de jantarmos, fomos visitar o Castelo de Lensburg, com mais de mil anos de existência. Chegamos a nossa casa às vinte e três horas e fomos dormir. Acordamos hoje às nove e meia da manha, tomamos café e em seguida Markus na BMW e eu no Volvo nos dirigimos para a garagem de um amigo em Danikon, a fim de guardarmos o Volvo lá.  Após deixarmos o carro seguimos para a cidade de Bremgarten, uma cidadezinha aconchegante cortada pelo Rio Aar, afluente do Reno. Em seguida pegamos a Paris que retornara do acampamento férias escolares e voltamos para casa, aproximadamente às treze e trinta. Logo após o almoço, partimos para a cidade de Basel, a Paris não foi porque estava cansada da viagem e ficou em casa. O Markus nos deixou na cidade e foi cumprir a sua missão de treinador com o seu time da quarta divisão local. Tania, Glaucia e eu visitamos vários lugares da magnífica cidade de Basel. Após cinco horas o Markus chegou a Basel um pouco chateado porque o time dele perdera por dois a zero, tomamos um cafezinho e nós retornamos ao nosso lar. Cansados pela exaustiva caminhada, todos nós fomos dormir. Hoje, dezenove de fevereiro eu acordei às seis e meia da manhã. Não consegui dormir. Estava clareando o dia aqui na Suíça e eu fiquei no meu velho laptop digitando o que eu vivi aqui nesses dias. Talvez a insônia seja causada pela ansiedade de retornar ao Brasil. Por volta das dez horas o Markus entrou no nosso quarto alegremente com uma medalha de ouro. A filha dele ganhara o primeiro lugar no evento de esqui nas competições de sua escola. Um grande incentivo para os alunos. Em seguida o meu genro preparou o nosso café especial de despedida. Logo depois o meu genro nos chamou para conhecermos o aeroporto próximo a casas dele. Acabei dirigindo o MBW, após muita insistência de meus anfitriões. A minha filha Glaucia preparou para o nosso almoço o famoso raclette. Um prato típico da Suíça que consiste de batatas cozidas, bacon e queijo raclette que derrete facilmente com o calor da racleteira, como se fosse um fondue. Às dezesseis horas o Markus levou a Paris para casa, retornou uma hora depois, almoçamos juntos a raclette preparada com muito carinho pela minha filha Glaucia. Demos uma breve vistoria nas malas e antes da meia noite nos recolhemos para dormir. Hoje dia vinte, dia de nossa despedida. Acordamos ás três horas da manha. Aprontamo-nos e fiz um cafezinho para nós e ficamos aguardando o Markus acordar para nos levar ao aeroporto. Chegamos ao aeroporto de Zurique por volta das cinco horas da manha. Fizemos o check in, o Markus e Glaucia tomaram um cafezinho e logo depois nos despedimos. Passamos pela policia local para carimbar o passaporte e nos dirigimos ao avião com destino a Lisboa com horário de saída ás seis horas e vinte minutos. Chegamos a Lisboa às oito horas e vinte minutos. Lá apanhamos um ônibus e fomos para outro terminal. Assim carimbamos novamente os nossos passaportes e aguardamos o embarque com saída para o Rio de Janeiro às dez e meia da manha. Chegamos ao nosso destino às dezessete horas e trinta minutos. Apanhamos as nossas malas, passamos pela polícia federal, saímos do corredor e deparamos com os nossos filhos Aline e Augustus que estavam ansiosos com a nossa demora. De lá seguimos para casa e fomos jantar no Bosque da Praça. Em seguida apareceu a nossa neta Natália que viera da faculdade e também participara do jantar. Os nossos filhos nos levaram novamente para casa. Tomamos um bom banho e fomos dormir bem cansados da fatigante viagem, deixando a abertura das malas para o dia seguinte. Mas isso é outra história.


Boa Noite!

 Boa noite!

Boa noite a todos. Infelizmente estive afastado do meu site em virtude de viagens e em sequencia o carnaval. Como se diz o ano recomeça hoje dia seis de março de 2017. Fiz um balanço de minha viagem ao exterior, precisamente na Suíça e em seguida passei o carnaval junto com a minha família em Praia Seca, Distrito de Araruama/RJ. Espero que todos sem exceção que me seguem ou não tenham conseguido se divertir com muita paz. Estou feliz porque a Portela, minha escola de samba, sagrou-se campeã e vida que segue.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Até breve Suíça

Bom dia! Acordei agora às seis e meia da manha aqui na Suíça e duas e meia da madrugada aí no Rio de Janeiro. A diferença de fuso horário aumentou em virtude da finalização dos transtornos de muitos trabalhadores brasileiros no verão. Não consegui dormir direito, talvez seja a ansiedade porque não tive dores nem pesadelos. Hoje é o nosso ultimo dia em Mülligen. Apesar de ser uma palavra extremamente forte, pretendemos retornar aqui mais vezes. Já aprontamos as malas, sem alusão a letra da musica Bilhete de Ivan Lins, elas permanecem ainda em nosso quarto. Levaremos conosco as boas lembranças, as quais, tivemos oportunidade de conhecer. Agradecemos mais uma vez ao meu genro Markus e a minha filha Glaucia pelo acolhimento, pela paciência e disposição para nos levarem a varias cidades com suas histórias e tradições. Adoramos todas as metrópoles visitadas. Não nos esqueceremos dos momentos em que passamos e passeamos juntos, dos almoços e jantares em família, dos lanches, das pessoas que conhecemos e também se tornaram amigas, enfim de tudo que nos fora proporcionado. Hoje não ouvi o canto dos pássaros, que vieram nos saudar ontem. O sol também não quis aparecer. Amanhã dia vinte de fevereiro, partiremos de Mülligen ainda de madrugada por volta das três horas da manhã, porque temos que fazer o check in e a aeronave com certeza estará lotada na semana que antecede o carnaval. Alçaremos voo às seis horas e vinte minutos do aeroporto de Zurique com escala em Portugal. A previsão de nossa chegada a Lisboa será por volta das oito horas e quinze minutos. Lá faremos uma parada, (mais ou menos duas horas), passaremos pela alfandega, carimbaremos os passaportes novamente e aguardaremos uma nova chamada para finalmente às dez e meia da manhã rumarmos ao Brasil. À duração do voo será de dez horas, portanto chegaremos ao Tom Jobim em torno das dezesseis horas e trinta minutos. Abraços a todos!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Nova chance e o destino

Quando abri a porta, não a fechei para não ver o seu rosto. Eu estava magoado, rancoroso, e bastante nervoso parti para não ser lembrado. Atravessei a rua e vi um casal alegre aos beijos e abraços. Eles não me viram porque naquele momento eu era insignificante. Irrelevante também foi a minha entrada no ônibus que abrira a porta com seu motorista mau humorado. Paguei a minha passagem, passei na catraca e ao sentar-me no banco deparei com uma medalha de São Judas Tadeu, o santo dos desesperados, um pouco arranhada, usada com descuido. Peguei-a e senti o relevo da imagem que parecia sorrir para mim. Segui sem direção e atordoado com o meu gesto refleti bastante o que acontecera e me acalmei. Resignado retornei para pedir-lhe desculpas, segurando firmemente a medalha do santo, implorando que ele intercedesse nessa impossível causa. Na minha volta quis o destino que eu entrasse no mesmo ônibus, com o mesmo motorista. Este sorridente abriu a porta para mim e passou a viagem até ao meu ponto de partida cantando. Por coincidência encontrei o mesmo casal discutindo e brigando talvez por ciúme, quase chegando as vias de fato. Atravessei a rua novamente, caminhei alguns metros e um profundo silencio no meu lar. Toquei a campainha mesmo com a porta entreaberta e ela apareceu linda e formosa.  Seu olhar era de remissão pelo que eu fizera. Quis o acaso que eu visse todas as situações com a minha saída. Abracei-a fortemente e com longo afago ofereci a medalha do Santo. Ela prontamente aceitou-a e a colocou em seu peito junto ao seu coração, sem dizer uma palavra. O destino me concedera uma nova chance. A oportunidade de permanecer novamente ao lado dela. Errei sim, mas voltei atrás arrependido. E quando ele chega faz-nos sofrer e chorar. Sendo o destino uma força misteriosa ou a vontade de Deus, devemos sempre ter uma nova chance. Depende de você mudar seus objetivos! 

A casa da Suíça

A casa da Suíça a qual estou hospedado tem uma peculiaridade. Descendo a escada para o subsolo vemos um grande cômodo, onde se encontram o tanque e a máquina de lavar, com varal apropriado para estender roupas. Lá ainda estão guardados vários pneus, carrinhos, aparador de grama, tacos e bolas de beisebol, esquis, bicicletas, etc. No porão foram construídos quatro quartos. Eles são claros e arejados, não dependendo da luz artificial enquanto perdura o dia, porque na parede de cada cômodo existe um tipo de janela retangular, como se fosse basculante, o que dá claridade e ventilação necessária para enxergarmos e movimentarmos no recinto.  No primeiro quarto fica a caldeira, junto com equipamentos que monitoram a temperatura ambiente. No segundo, lavanderia composta de armários com objetos em desuso, vários sapatos e botas, pratarias, mesa com materiais para engraxar, artigos eletrônicos, ferramentas grandes e utensílios usados no verão. No terceiro, onde a minha filha passa roupas, uma estante com vários documentos contendo pastas catalogadas com contratos extintos, juntamente com móveis e ferramentas pequenas. No último quarto, o mais frio, a adega porque no chão foram colocados tijolos com furo para cima. Lá se encontra o freezer, vários objetos e também móveis obsoletos. Mais adiante tem uma porta que dá para a lateral da casa, com uma escada que interliga o subsolo ao solo para a parte exterior do imóvel. No solo, temos a porta principal, logo na entrada um hall, com portas para uma ampla sala, dois quartos e um banheiro grande, seguida de uma espaçosa cozinha com todos os equipamentos necessários para uso. No segundo andar mais dois grandes quartos, tendo um deles uma varandinha com banheiro na mesma dimensão dos cômodos primeiro andar. A casa é bem arejada e confortável.  O imóvel foi construído ha quarenta anos e é bem conservado, inclusive os seus equipamentos.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Amanhecer

Amanheceu. O sol brilha com intensidade, assim como seus olhos. Os passarinhos cantam sinalizando que o hoje será melhor que ontem. As flores em cores vivas refletem luzes em seu corpo, assim como as ondas a procura da areia. Parado sobre o girassol, o colibri coleta o néctar para a sua sustentação. Eu me alimento de vê-la diariamente, rindo da revoada dos pássaros. O seu sorriso me deixa impressionado e me faz um bem. Cai à tarde e o sol começa a despedir-se, anunciando que as estrelas estarão prontas para refletir sobre nós. As sombras do copado pomar entristecem com a sua partida, mas a do seu corpo continua um primor, que em câmera lenta rodeia o jardim fazendo uma breve parada, reafirmando que após a noite enluarada ou não, haverá um novo amanha. A certeza de que a verei no outro dia me faz despertar com mais vigor, porque o meu amor e a sua perfeição anunciam que algo entre nós haverá de acontecer. E o meu sonho não há de perecer. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Aprendendo com a vida

Nada de novo por aqui. A cidade está deserta. Não ouço barulhos. Poucos carros se movimentam em ruas marcadas por folhas desbotadas caídas nas calçadas. A rotina é um desafio. Hoje o tempo está sombrio. O vento gelado passa pelos troncos e assobiam como se estivesse chamando por mim. Sigo olhando as folhas desarvoradas que não querem sair de seus caules. Algumas não resistem a essa ação e rolam por vários caminhos. Perdidas se abrigam em pedras, fugindo da corrente implacável. Então imagino como nós agimos em nossas vidas quando acontece algum problema. Tentamos nos aproximar de alguém, contar nossos problemas, achando que tudo será resolvido, como se fosse um abrigo, mas a tormenta continua. Portanto devemos fazer igualmente as folhas que ficaram grudadas em suas hastes. Resistir às intempéries e resolver da melhor maneira possível às adversidades, porque o vento este sim se dará por vencido e os seus conservadorismos também aos poucos perderão estimulo em busca de uma vida melhor. Saia do cotidiano e procure imaginar que os dias sempre lhe possibilitarão a resolverem seus obstáculos. Sem ciclones e refúgios. Abraços a todos do face!

Despedida da Suíça

Esta é a ultima semana que estarei hospedado na casa da minha filha, pois no dia vinte de fevereiro retornamos ao Brasil. Agradeço também ao meu genro Markus pela acolhida generosa, pelos passeios, enfim por tudo que fizeram por nós. Esperamos visita-los por mais vezes. Este país é muito bonito de organização sem igual.  Aprendi bastante com a cultura espetacular dos habitantes desta comuna. Infelizmente não podemos visitar outros países em virtude da Gláucia ainda não ter recebido o famoso “permisso”, em fase final de liberação que dependia única e exclusivamente da certidão de casamento realizado em vinte de janeiro, ultimo. Mesmo com esse percalço conhecemos várias cidades e todas sem exceção são belas e exuberantes. Sentiremos saudades, Tania e eu e com um até breve nos despedimos, visto que voltaremos com certeza, para buscar mais  conhecimentos  desta Suíça maravilhosa. Danken Scheiz.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Acorda Brasil! Nada de guerra civil.

É muito triste a situação dos estados brasileiros. Revolta por falta de salários, rebeliões em presídios, greves referentes às privatizações de varias empresas publicas, depredações de patrimônios públicos e privados em suma, caminhando para uma guerra civil. Cerca de hum mil e duzentos homens das Forças Armadas, foram enviados ao Estado do Espírito Santo, sem ironia com uma das três pessoas da Santíssima Trindade, e já estão de prontidão para conter a bagunça generalizada onde se viu e ouviu uma perfeita escalada do medo registrada pelos veículos de comunicação, resultando mais de cento e vinte mortes em sete dias, provenientes dessa baderna e confrontos gerais instaurados naquele Estado. A Federação de Comércio estadual estima um prejuízo de trezentos milhões de reais.  Precariamente funcionam escolas da rede publica, postos de saúde e ônibus. Segundo o governo, as Forças Armadas assumiram o controle da segurança pública e está restabelecendo a lei e a ordem naquele estado. É um espetáculo deprimente a que assistimos aqui nos veículos de comunicação da Suíça, afetando ainda mais a imagem do Brasil em mais esse quesito. Estamos vivendo um filme de terror. Cada dia um capítulo mais sinistro que outro. Esperemos que os homens sérios de Brasília tomem medidas enérgicas para as situações constrangedoras que estamos vivendo. Basta de corrupção! Temos que atacar com todos os instrumentos possíveis esses apátridas malfeitores de leis e facínoras, pois o inicio dessa anarquia toda começou com a corja de políticos investigados e presos que não nos deixarão saudades, nessa situação. Estamos agora nas mãos de Deus. Quem viver verá.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Lágrimas e saudades!

Ontem encontrei com a saudade. Há muito não nos víamos. Emocionei-me ao aproximar-me dela. Ela sorridente perguntou-me: - Por que você está com este semblante? Respondi-lhe: - Eu não sei explicar, quando a vi me deu vontade de chorar. A saudade retrucou: - De alegria ou de tristeza? Nem eu sabia explicar a fundo o que estava sentindo. As lembranças sobre o que vivi, veio como num flash. Institivamente a respondi: - De alegria porque sinto muito a sua falta. Lembro-me de muitas coisas e você sempre permanecia comigo em todos os lugares em minha caminhada. Cresci e lentamente você afastara-se de mim. Eu não a culpo porque eu não tinha tempo de pensar no passado. As estradas do meu presente e futuro me consomem de tal forma, e hoje permanecem em minha companhia, as rugas, residentes no meu rosto. As lagrimas que caem e vagarosamente seguem pelos caminhos da minha face, regam em cada trilha ao meu destino. Você poderá partir novamente, mas eu sempre a encontrarei. Nós somos amigas e de você novamente sentirei... saudades!


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dia aziago!

Acordei hoje sobressaltado. Muito frio em meu corpo. As unhas roxas e dedos esticados aparentavam que eu estava com artrite no dedo indicador. Como se estivesse apontando para alguém. Abri a fresta da minha cortina. Esta dificultava a visão pelo medo que a mim se apresentava. Através dela vi pássaros pretos, parecidos com corvos, que olhavam incessantemente para o meu vulto. Não! eu não estou pensando em coisas negativas. Olhei em volta do meu quarto e reagi: - Isso é irreal, não esta acontecendo comigo. Temi que algo ruim tivesse acontecido. Belisquei-me e acordei desse terrível pesadelo. Abri vagarosamente os olhos, Levantei-me da cama e lentamente olhei pela janela. Lá fora uma borboleta fazia voos rasantes em torno de uma flor. O sol ainda não havia brilhado na relva macia orvalhada. Sorri e rezei a Deus por mais um novo e belo dia. Portanto internautas nossos pesadelos são os nossos medos. Reaja não os deixe se apoderarem de suas mentes.

Bom dia Suíça!

Há dezenove dias na Suíça, eu vejo a neve, a chuva, o sol, mas não vejo o calor humano. O pessoal daqui é individualista. Eles são criados para serem autossuficientes. Raramente saem de suas casas. Todos ficam trancafiados, prisioneiros deles mesmos.  Casualmente vejo alguns fumando do lado de fora, em frente a minha janela, quando vou fazer as minhas refeições e logo retornam para seus ninhos. Agora! São disciplinados e sem exceção cumprem a cartilha do país, tanto as pessoas físicas como jurídicas. Aqui as regras são claras. Se houver algum erro a penalidade será uma multa bem pesada no bolso, o que eu acho até correto. Respeito é a palavra certa aqui na Suíça. Tudo é feito para preservar o espaço do próximo. Falar baixo e não fazer barulho é um deles. Aqui desconhecem a palavra empatia. Pelas cidades em que eu percorri, assisti pessoas andando rapidamente com aquele ar rabugento. O sentimento passado a meus olhos é de que são solitárias. Parece-me que estou em um daqueles filmes do futuro. Elas são robotizadas, tem horários para tudo. Os habitantes dessa região estão habituados a pesquisar o tempo antes de saírem para o trabalho. Não se preocupam com o que você veste, não olham para você direta ou indiretamente e nem ficam a observar o vizinho, coisas que no Brasil é normal, como a maioria de brasileiros fofoqueiros. Eu soube pelo meu genro Markus que existe uma ponte em Berna, onde há muitos suicídios. Esses suíços são essencialmente profundos.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Buraco Negro



Que buraco negro eu me meti. A cartografia é essencial para mim. Eu estou na superfície, vivo em um ambiente com outros elementos. O clima não está nada bom. Tenho muitas variações. As minhas temperaturas oscilam. O meu relevo pode ser influenciado por agentes internos e externos. Eu tenho uma bacia hidrográfica espetacular, ou melhor, a maior do planeta. A minha vegetação é rica e diversificada. Agora o meio ambiente deixa a desejar. Tenho me preocupado com o efeito estufa e o aquecimento global. Não posso falar aqui na geografia humana, pois o homem que está fazendo essas transformações não liga. A geografia econômica também é muito importante para mim. As estações do ano ocorrem devido à inclinação da terra em relação ao sol. Eu sou Brasil! Maltratado, mas amado! Depende de nós essa transformação.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Nao tenha medo do tempo

Bom dia, senhor tempo! Aliás, porque chamá-lo senhor! Você está sempre jovem e nós aqui preocupados com os nossos futuros. Por favor, não corra que quero dizer-lhe umas verdades. Não gosta da gente, porque só nos lembramos de você quando acontece um infortúnio? E eu imagino o porquê das suas ações. Só sabemos que estamos mal acompanhados quando nos olhamos no espelho. Se eu fosse biólogo, o classificaria como parasita. Você não tem pena da gente. Persegue-nos até os nossos derradeiros dias. Só nos deixa de vez, quando damos o último estalo. E como numa simbiose, você não perde a oportunidade de procurar outras vítimas. Você sabia que os cientistas estão desenvolvendo vários estudos sobre genoma, células-troncos e outras mais? O que será de você quando essas pesquisas se tornarem realidade? Pense nisso, tempo! Vou dizer a você uma frase do Alexandre Pires. Saia da minha aba, mas bem depressa. Continuarei sim, nessa luta. Talvez eu constate a sua derrota através do meu reflexo num futuro próximo, mas nesse caso, não o considero o detentor da razão. Enquanto você não chegar aos meus impulsos nervosos, lutarei e sempre o procurarei para mais um desafio. Portanto, amigos da rede social, não se incomodem com o tempo. Viva diariamente, com muita intensidade. Vocês são mais importantes. Preocupar-se com ele, seria um contratempo.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O amanhã


Amanhã, será outro dia. Nem que tu chores, nem que te perturbes se é imperativo, não grites nem blasfemes. Tu não estás sozinha. O dia nasce e não sabemos em que posição as nuvens ficarão sob o sol. Elas podem cobri-la, assim como alguém a acolherá.Então com serenidade, tu dirás todo dia: - O sol nasceu e brilhou para mim hoje! No brilho incessante dos teus olhos fixo ao firmamento terás a transmissão da benção celestial e tu verás que à noite, estrelas não se apagarão, assim com a tua alegria única e virtual em desejar a todos do Facebook, Istagram, Twitter, etc, mais um bom dia. Amanhã... Amanhã... Amanhã...

Colhendo rosas para Tania

Hoje eu estive no jardim.
Colhi rosas. 
Por um descuido, um espinho furou um dos meus dedos.
Em principio senti uma intensa dor.
Não notei que saia sangue do meu dedo indicador.
Uma gota pingara sobre a rosa rubra.
Como se fosse uma lagrima caindo do rosto.
A sua cor ficou inalterada.
As pétalas suaves e aveludadas.
Abriam-se mais e mais.
Aprecei-me em levar esse belo ramalhete.
A meu amor, que na estação me aguardara.
O vento corria sereno em meu rosto e as rosas exalavam odor.
O mesmo perfume que saem dela.
Ainda cheguei à gare a tempo de deslumbrara mais uma vez.
Ao entregá-la as flores ardentes de amor, outro espinho, o guardião da flor, furara um de seus dedos.
Uma nova gotícula caíra sobre a anterior.
Essas gotas de sangue não são perdidas
Não se encontraram por acaso.
São perpétuas.
Nessa viagem seguimos juntos com as pétalas sob nossos caminhos.
Tentaram ser discretas.
Arrancadas ao coração.
Nunca deixarão acabar.
Intensidade de nosso amor.
Ainda que nossa dor fugaz não perca o nosso fulgor.




segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Sem desilusão


Não consigo pensar nesse ar frio, que penetra no meu coração.

Congelam as veias, a face e todo o meu interior, a minha boca se cala.

Não consigo balbuciar o teu nome, as minhas pálpebras esbranquiçadas, tremem e quase não consigo te olhar.

Vejo o céu azul através do espelho que reflete ao chão.

Vejo a tua sombra partir quando as nuvens atravessam o sol.

O teu sorriso branco como a neve me faz inspirar até o meu corpo exaurir.

Não consigo pensar que tu vais embora sem se despedir.

Um rubor surge em meu rosto e apesar desse ar frio ainda tenho forças.

Para gritar que te amo, mas o vento sussurra outros cantos.

E por encanto, fixo o meu olhar no horizonte e nesse caminho as tuas marcas brancas e cadenciadas, me vem a vontade de chorar.

É o teu adeus, o teu até logo, mas não vou desistir, porque o meu amor por ti é maior.

Maior que a estrelas. Maior que o sol.

O meu coração seguirá o teu caminho e esse ar frio que estava em mim passará.

E novamente arranjarei forças para dizer: - eu vou te amar.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

A difícil escolha

Senhores! Eu estou aqui na Suíça, enquanto me refugio do frio, criei essa pequena história de uma humilde família nordestina e trajetórias de suas vidas. Abraços a todos que me leem.


 Cansada de ser humilhada em seu próprio lar, dona Maria das Dores, limitou-se a vender doces caseiros, com a pequena economia que fora reservada com muito sacrifício, já que seu marido, José Ribamar, quatro anos após o casamento largara o emprego, abandonando tudo, vivendo frequentemente em estado de embriaguez. Com cinco filhos para criar ainda menores, encarava exaustivamente o tanque de alvenaria, sem emboço, com muitas roupas suas e da prole. O destino de Maria das Dores estava traçado quando se enamorou deste contumaz viciado. Mas, o amor, segundo ela superaria as dificuldades que enfrentariam quando surgissem após o casamento. O que houve na realidade foi um conflito no relacionamento de ambos nos seis anos que se seguiram e que Maria das Dores não imaginara a dimensão dos transtornos que foram acontecendo em sua vida. Inconformada com as atitudes de seu marido também pelos maus tratos resolve abandonar a casa com seus cinco filhos, indo morar de favor em outro povoado um pouco distante tentando uma vida melhor. As meninas Josilene, Irislene, Jucilene e Wandilene eram raquíticas e sempre estavam doentes. Já o Ornil o único filho homem nada poderia fazer, porque além de ser caçula da família, com poucos anos de vida, não entendia os desentendimentos do casal. Eles moravam no interior do Piauí, um vilarejo com um pouco mais de dois mil habitantes, curiosamente com nome de santo casamenteiro onde a família passara a viver modestamente da agricultura familiar. Com muitas dificuldades as crianças iam à escola, pois o povoado era muito longe do estabelecimento escolar. Josilene, a mais velha tinha um sonho de ser professora e dar uma melhor condição de vida à sua família. A Irislene, sua segunda filha tinha o sonho de ser medica. A Jucilene sua terceira filha gostaria de ser modelo, já a Wandilene gostaria de ser das forças armadas. O Ornil quando perguntado o que queria ser e sem entender dizia que queria ser “critor”.
Os anos iam passando e a situação da família insustentável, pois se com José Ribamar já estava ruim, que às vezes fazia biscates, sem ele ficara pior, pesando também a idade de dona Maria das Dores que continuava avançando. No decorrer dos anos as trajetórias dos irmãos também mudam. Eles procuram emprego e com muita dificuldade se alinham a nova realidade já que todos largaram a escola dificultando assim o espaço para competir vagas na pequena cidade em que residem. A adolescência foi sofrida e todos tentavam se ajudar procurando amenizar as angustia da mãe Maria das Dores. Já aos vinte anos Josilene se encanta por Valdecir, amor à primeira vista, ocasionado por festinhas de bairro, caso corriqueiro nessas regiões, um rapazinho de Santo Antônio dos Milagres e com relacionamento conturbado por ciúmes, pois o rapaz era bonito, participava de vaquejada e tinha muitas admiradoras, o namoro tinha suas idas e vindas. Na perspectiva de priorizar o seu amor ela comete o mesmo erro de sua mãe. Larga os estudos e se entrega de corpo e alma a Valdecir. A família de Valdecir era uma família com melhores recursos estruturais e financeiros. Seus pais, senhor Zeferino e dona Josefa, são fazendeiros e os cinco filhos: Valdecir, Severino, Jesuíno, Raimundo e Juciléia, todos encaminhados. Valdecir, formado em agronomia e nas horas vagas participa de eventos.
- Você promete que irá me amar para toda vida? Disse Josilene.      
    - Prometo não só amá-la com também fazê-la feliz! Disse Valdecir.
E através dessas juras de amor, resolvem em pouco tempo morar juntos mesmo sem aprovação de suas famílias, por serem muito jovens. Anteriormente por coincidência Valdecir apresentara Josilene e seus irmãos à sua família. Dessa apresentação os irmãos uniram-se aos sexos opostos, Severino namorava a Irislene, Jesuíno a Jucilene e Raimundo a Wandilene. Somente Ornil e Juciléia se olhavam, mas não se aproximavam. Em principio mesmo contra a vontade da família Valdecir e Josilene, os mais velhos da família obtinham a ajuda do seu Zeferino que era mais sensato que dona Zefa, apelido carinhoso dado pelo primogênito, sobre a situação que seu filho se encontrava. O seu Zeferino é acometido de uma doença rara e gravíssima e ele e esposa seguiram para a Teresina a fim de fazer um prolongado tratamento em rede hospitalar privada. Ambos com idade avançada foram acompanhados do jovem casal, para a capital. Nessas idas e vindas ao hospital Valdecir e Josilene foram ao quarto do senhor Severino e encontram o pastor Francisco. O pastor começou a explanar os verdadeiros milagres de Jesus e que não perdêssemos a fé em Deus que logo o senhor Zeferino ficaria bom. Eles fizeram uma oração e em seguida o pastor iniciou a sua peregrinação, visitando as alas do hospital. Na dificuldade de sustentar a todos, pois o dinheiro encurtara, Valdecir resolve ingressar para o estado, através de seu padrinho político Virgulino, amigo de longas datas de seu pai. Fora convidado para ser presidente de uma estatal do Piaui. A nomeação saiu em sequencia. Os meses se passam e o senhor Zeferino continua internado. Mesmo cercado de melhores médicos a doença avança gradativamente e as perspectivas são negativas para a sua recuperação. Novamente a família tenta a transferência do senhor Zeferino para o hospital das Clínicas de São Paulo. Lá eles recebem a noticia desagradável que o senhor Zeferino tem pouco tempo de vida. Dona Josefa fica muito triste com o diagnostico e depressiva adoece, ficando ambos internados no mesmo hospital. Valdecir e Josilene também brigam muito. Ele poderoso chefe da estatal, costumeiramente chega tarde a seu lar, viaja muito e constantemente longe da família. O poder e o dinheiro mudam de forma rápida as atitudes de Valdecir que só tem olhos para os amigos de classe superiores desprezando os desassistidos. Já no meio do ano depois de muitas expectativas de melhoras o seu Zeferino falece e nesse dia que era de visita todos puderam vê-lo pela ultima vez com vida. A vida continua e Severino acelerou nos estudos, cursou a faculdade de direito e formou-se advogado. Abriu um escritório e com Irislene já casada começam uma nova jornada em São Paulo. Ela como sua secretária e ele desenvolvendo o seus trabalhos na área cível.  
Já Jesuíno e Jucilene foram morar juntos em Teresina, como não quiseram continuar os estudos começam a trabalhar. Ele em uma farmácia e ela como ajudante de serviços gerais em uma grande escola particular. As atividades dos dois transcorriam tranquilamente, quando Jesuíno fora abordado por traficantes para roubar medicamentos de seu emprego para tratamento de traficantes locais. Apavorado e com medo de ser morto ele comete o primeiro crime. Furta vários medicamentos e daí se envereda para o caminho das drogas, é demitido da farmácia, porque fora filmado e  não observara que o local de trabalho era monitorado dia e noite por câmeras escondidas. Sempre ameaçado e tendo que mostrar expansão nas vendas de drogas ele é obrigado a lançar mão de outros meios, exigindo que a sua companheira vendesse drogas na escola. Ela também foi descoberta através de comentários entre a grande quantidade de alunos e foi chamada a secretaria da escola, aonde ela confirmou que vendia, mas não usava. A diretora da escola dispensou-a dos serviços que executava e a demitiu, chamou a policia, mas como ela não tinha elementos que comprovassem que estava comercializando as drogas esta foi liberada. Não tendo onde morar, o casal refugiou-se numa favela local onde o ponto de venda funcionava diariamente. Com desejo de ser modelo mais distante ela e seu companheiro são perseguidos pela policia, e como o crime não compensa eles são presos e autuados por envolvimentos com o tráfico. Ela é encaminhada para a penitenciaria feminina e ele para a masculina no mesmo complexo penitenciário no interior de Teresina. Jogados a própria sorte, eles recebem a visita do pastor Francisco que peregrina nos hospitais e prisões, levando palavras confortadoras da bíblia a seus irmãos.  As famílias não sabiam da vida que os dois levavam e só foram descobrir quando o pastor Francisco informara ao irmão de Jesuíno que o casal estava preso. Severino e Irislene sabendo da situação de seus irmãos viajam para Teresina no sentido de ajudá-los. Com a saúde debilitada e sabendo que a filha está presa, dona Maria das Dores é acometida de um infarto fulminante, vindo a falecer, A morte fatídica de dona Maria deixam todos consternados. Todos os filhos e noras comparecerem, inclusive Jucilene que fora liberada da prisão para o enterro da mãe, faltando apenas e ex-esposo, José Ribamar, que nunca mais fora localizado pela família. Esta chorava copiosamente pedindo perdão pelos erros cometidos. O casal aguardará o julgamento ajudado por Severino.
Já Raimundo e Wandilene estudaram, se formaram e ingressaram juntos para as forças armadas. Viajaram a serviço para quase todos os estados do Brasil e seguiram felizes. Tiveram  dois filhos Raiwan e Waníra e vivem felizes. Atualmente estão sediados no estado de Sergipe.
Perto das novas candidaturas politicas o padrinho de Valdecir, o senhor Virgulino perde poderes e ele acaba demitido da estatal, juntamente com seu afilhado politico. Valdecir tenta trabalhar em empresas de agronomia, sem sucesso. Mais tarde ele e Valdecir são arrolados e presos por desvios de verbas destinadas a diversas áreas sociais, onde permanecem até o julgamento. Nessa mesma oportunidade Valdecir se separa de Josilene que irá tentar uma nova vida em outro estado da federação. Dona Josefa vai morar na casa da filha caçula Juciléia. Ornil e Juciléia foram se conhecendo aos poucos, casaram-se e vivem felizes e no momento sem filhos.
Essa foi a historia das nossas famílias e nós "Ornil e Juciléia" vivenciando os dramas de nossos parentes. Os sonhos sucumbiram: Josilene não foi professora, Jucilene não foi modelo e Irislene também não estudou medicina. Os únicos que concretizaram os seus sonhos foram Raimundo e Wandilene. O pastor Francisco continuou com as suas pregações e de vez em quando visita as famílias.

É impressionante a determinação de Ornil que redigiu essa pequena história ajudado por sua esposa, e que desde criança gostaria de ser “critor”.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Dor que provoca dor da perda

Dor na cabeça, dor no joelho, dores em todas as partes do corpo, todos nós temos ou teremos um dia. Dores não são normais, mas o corpo cansa de ser maltratado e responde às nossas loucuras diárias feitas desapercebidas. Então tomamos remédios que sempre são indicados por amigos que em sua maioria se julgam médicos. Daí a dor retorna com maior intensidade, porque o remédio que a pessoa tomou está complicando outro órgão do corpo. Desse efeito colateral, os leigos tentam outro remédio para dissipar a dor. Através de uma sucessão de erros procuram um médico e relatam em poucas palavras o que está acontecendo e escondendo na maioria das vezes a automedicação. Outro problema preocupante, é que o médico irá receitar um remédio especifico para o paciente e este enganado pelo próprio autor, nesse caso o paciente. Haja paciência para ter um paciente  nessas condições. Eu tinha um amigo chamado Luiz, que sentia dor na barriga e queixava-se a vários outros amigos, mas infelizmente nunca me contara sobre a sua dor, e alguns deles foram indicando remédios para que ele se restabelecesse. A situação foi piorando e em três meses ele faleceu. Quando a dor tornou-se insuportável ele foi removido para o hospital. Lá se constatou que nada poderia ser feito pela demora na procura de uma unidade hospitalar, e a doença já havia disseminada pelo corpo causando a falência múltipla dos órgãos. Fica aqui um alerta. Ao primeiro sinal de dor, sempre procure um médico. Ele sempre prescreverá o remédio certo depois que forem realizados os exames. Sensações desagradáveis sempre estarão em nossas vidas. Temos que administrá-las e nos prevenirmos para uma melhor qualidade de vida.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Notícias desanimadoras que recebi na Suiça

Boa noite senhores!
Eu estou fazendo um diário aqui na Suiça que será divulgado futuramente, quando do meu retorno ao Brasil. Apesar de estar ausente do país tenho acompanhado pelas redes sociais inúmeras noticias nada confortadoras. Mortes de pessoas através de balas perdidas já não são estampa de primeiras paginas, pois é fato corriqueiro. Não estão respeitando nem as crianças que brincam em parquinho próximo a lojas de refeições rápidas. Os trabalhadores saem de casa, mas não sabem se voltam. Recentemente também nas redes sociais recebi a informação de que a mulher do ex- presidente Lula, fora acometida de um AVC. Não me vanglorio com relação a problemas de saúde com pessoas envolvidas em atos ilícitos como apontam o Ministério Público e a lava-jato, mas esse seria o momento de reflexão para todos e que existe também um Deus que cobra a todos e que devemos pagar pelos nossos atos aqui na terra como no céu. Agora o que causa perplexidade é a morte prematura de um juiz que se dedicava com a moralização do Brasil e que alguns políticos subtraiam para si e com ganancia elevada somas altíssimas em dinheiro e se achavam que com a praticidade de atos espúrios sairiam ilesos dessas falcatruas. Fatalidade ou não o governo deverá ter a lucidez e juntos com o STF acharem uma alternativa de não acabarem com o desenvolvimento do trabalho exercido pelo senhor Teori Zavascki que nos deixou precocemente nesse terrível acidente aéreo na costa sul fluminense em Parati/RJ. Eu estarei aqui em Mulligen/Suiça até 19 de fevereiro de 2017. Estou gostando muito desse país e aprendendo e quem sabe tentar passar um pouco desse aprendizado em meu país. Abraços a todos.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Dois brasileiros na Suíça

Bom dia! Viajamos minha mulher e eu no dia 19 de janeiro de 2017 para a Suíça. A viagem foi tranquila do Rio de Janeiro para Guarulhos e de Guarulhos à Suíça. Em Guarulhos aguardamos por mais quatro horas e embarcamos às vinte horas e vinte minutos até ao nosso destino. Chegamos  a Europa muitos entusiasmados, afinal foi a nossa primeira viagem internacional. Viemos especialmente para o casamento da nossa filha Glaucia com nosso genro Markus Ruesi. O desembarque foi sem transtorno, passamos pela migração, aonde fomos bem recepcionados pela integrante da policia  de fronteira que nos fez algumas perguntas sobre o objetivo da  nossa entrada e permanência no país e logo após carimbar os passaportes nos desejou boa sorte. Agradecemos e depois de caminharmos por dez minutos no gigantesco aeroporto de Zurique, pedi informações a cerca de nossa malas. Tivemos que descer um andar e entrar num trem idêntico ao metrô de Rio e três minutos depois chegamos ao terminal de bagagens, onde encontramos as nossas três malas intactas e sem rasgos, coisas que geram varias reclamações dos que viajam por esse mundo afora. Em seguida saímos desse setor e encontramos com os nossos anfitriões no hall do aeroporto e em menos de trinta minutos já estávamos em Mulligen, local da residencia de ambos. Após nos alojarmos eles no mostraram os compartimento da casa e achei muito interessante o seu interior como também a praticidade de uso dos maquinários da casa, coisa que no Brasil nem se iniciou. Nesse mesmo dia logo após a macarronada preparada por meu genro, recebemos a visita de amigos do casal, o Gelliton, Greice e sua filhinha Ana Beatriz que também são brasileiros e vivem na Itália. Ficamos conversando por mais algum tempo,. Disse-me Gelliton que era de Vila Velha. uma pequena cidade do Espírito Santos. Logo nos familiarizamos e fomos primeiramente a casa do senhor Baumann. Este já esteve no Brasil, hospedado na casa da minha filha na Taquara, bairro do município do Rio de Janeiro, por ocasião das Olimpíadas realizada no Rio e nos tornamos amigos. Fomos lá para arrumar hospedagens para Gelliton e família e o senhor Baumann muito solicito arranjou um quarto para ele pernoitarem lá até o dia seguinte do casamento. Depois fomos apanhar a filha de Markus, chamada Paris, fruto de um relacionamento anterior, em sequencia à floricultura e depois a um shopping em Brugg, bairro perto de Mulligen e meu genro comprou para nós duas botas apropriadas para a neve, fez umas compras no mercado, daí lanchamos e retornamos para nossa casa e continuar a preparação do casamento. À noite eu tomei um banho e fui dormir extenuado. Já a minha esposa, minha filha, genro e o casal mencionado acima foram ao restaurante fazer a ornamentação onde seria a realização do evento. No dia do casamento acordamos cedo, tomamos café juntamente com a família de Gelliton, que pernoitou na casa do Baumann e logo em seguida a luta contra o relógio, com algumas coisas para fazer  Para agilizarmos o almoço a Glaucia colocou um frango no forno, eu fiz o arroz e Gelliton, a salada e Markus resolvendo várias problemas de carro, como apanhar o bolo e outras coisa mais.. Antes do meio dia recebemos também membros da família e amigos de Markus. A casa ficou com bastante pessoas e um rebuliço para a preparação de vestuário para o evento. Às 15:10 seguimos para a celebração do matrimonio que foi no mosteiro Gnadenthal, Niederwil, Wollen, Argau, Suíça. Chegamos às 15:30 h e por cerca de meia hora foi oficiado o casamento pelo sr Wassmer, em seguida seguimos para o Thay Restaurant Yung Khan, Badenerstresse,811, em Zurique. Uma mesa estava armada com várias cadeiras e sentamos cercados da família de Gelliton e dos bispos da Igreja Apostólica Fonte da Vida, também oriundos da sucursal Taquara, ora sediados em Portugal, que vieram exclusivamente para o evento. A festa transcorreu normalmente, como esperado, toquei algumas musicas brasileiras no teclado cedido pelo amigo do meu genro, agradeci os aplusos a mim conferidos e às duas e meia da manha, retornamos felizes para Mulligem. No dia 22 de janeiro Gelliton e familia foram para a Itália e nós saímos para um hotel em Zurique, onde foi realizado o culto mediado pelo bispo Genésio e sua esposa a bispa Andréia, que brilhantemente transmitiram a todos participantes os ensinamentos da bíblia sagrada, e como deveríamos conduzir as nossas atribulações mediante explanação de profetas e parábolas. Minha esposa e eu estaremos na Suíça até o dia 20 de fevereiro de 2017, até lá pretendemos conhecer as maravilhas desse país. Abraços a todos

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Somos seguidores.

Eu tenho muitos seguidores. Quando estou na estrada vêm muitos carros atrás de mim. Quando eu estou atrás do pessoal nessa mesma estrada, a situação é inversa. Logicamente eu sigo atrás deles. Essa estrada é contínua e a cada momento uma imensidão de carros se aglomera nesse caminho, que continua sobrecarregado de veículos. Essa rodovia é infinita. Mas eu observei em uma parte da estrada que todos somos seguidores, independentemente da origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Somos seguidores de Deus, e ele sempre estará conosco. Portanto não devemos nos preocupar com a ultrapassagem para sermos seguidos porque somos discípulos do onipotente e o caminho sempre será esse. Mesmo aqueles que trocam de direção pelas estradas vicinais, chegarão ao mesmo lugar. Seguidores de Deus.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Chegou o verão

Chegou o verão! Verão também é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose. Verão é picolé de Kisuco no palito reciclado, é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca. Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis. Mas o principal ponto do verão é a praia. Ah, como é bela a praia! Os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção. Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias. Os jovens de jet ski atropelam os surfistas, que por sua vez, miram a prancha pra abrir a cabeça dos banhistas. O melhor programa pra quem vai à praia é chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as famílias estão chegando. Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa,toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de férias. Em menos de cinqüenta minutos, todos já estão instalados, besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia. E as crianças? Ah, que gracinhas! Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem. As mulheres também têm muita diversão na praia, como buscar o filho afogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo. Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como furar a areia pra fincar o cabo do guarda-sol. É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé. Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, da maravilha que é entrar no mar! Aquela água tão cristalina, que dá pra ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo. Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva. Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem àquela vontade de fritar na chapa. A gente abre a esteira velha, com o cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha. Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor! Mas, claro, tudo tem seu lado bom. E à noite o sol vai embora. Todo mundo volta pra casa tostado e vermelho como mortadela, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia pro próximo. O shampoo acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde creme de barbear até desinfetante de privada. As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa da praia oferece. Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo e ralar as costas queimadas. O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em família. Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e torcendo, pra que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundo possa se encontrar no mesmo inferno tropical. (Autor desconhecido)

domingo, 8 de janeiro de 2017

Amor nas estrelas

Sempre irei ao firmamento para alcançar as estrelas.
É assim o amor. Todo o esforço deve ser recompensado.
Mas, às vezes o amor não correspondido, faz-te esmorecer.
Mas não desistas, porque se o perdes lutando, é porque tentastes.
Por isso é bom lembrares, que as flores despetaladas não significam o fim.
Poderá ser o recomeço, se alimentares esse esforço.
Será o fim, caso não consigas regar essa flor com paciência e carinho, apagando- se também o brilho desse astro.
Crês na tua intuição, não desistas.
Eu aposto no amor.
E tu amarás muito mais a quem te desprezou.