terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Bom dia Suíça!

Há dezenove dias na Suíça, eu vejo a neve, a chuva, o sol, mas não vejo o calor humano. O pessoal daqui é individualista. Eles são criados para serem autossuficientes. Raramente saem de suas casas. Todos ficam trancafiados, prisioneiros deles mesmos.  Casualmente vejo alguns fumando do lado de fora, em frente a minha janela, quando vou fazer as minhas refeições e logo retornam para seus ninhos. Agora! São disciplinados e sem exceção cumprem a cartilha do país, tanto as pessoas físicas como jurídicas. Aqui as regras são claras. Se houver algum erro a penalidade será uma multa bem pesada no bolso, o que eu acho até correto. Respeito é a palavra certa aqui na Suíça. Tudo é feito para preservar o espaço do próximo. Falar baixo e não fazer barulho é um deles. Aqui desconhecem a palavra empatia. Pelas cidades em que eu percorri, assisti pessoas andando rapidamente com aquele ar rabugento. O sentimento passado a meus olhos é de que são solitárias. Parece-me que estou em um daqueles filmes do futuro. Elas são robotizadas, tem horários para tudo. Os habitantes dessa região estão habituados a pesquisar o tempo antes de saírem para o trabalho. Não se preocupam com o que você veste, não olham para você direta ou indiretamente e nem ficam a observar o vizinho, coisas que no Brasil é normal, como a maioria de brasileiros fofoqueiros. Eu soube pelo meu genro Markus que existe uma ponte em Berna, onde há muitos suicídios. Esses suíços são essencialmente profundos.

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