Nada de novo por aqui. A cidade está deserta. Não ouço
barulhos. Poucos carros se movimentam em ruas marcadas por folhas desbotadas
caídas nas calçadas. A rotina é um desafio. Hoje o tempo está sombrio. O vento
gelado passa pelos troncos e assobiam como se estivesse chamando por mim. Sigo
olhando as folhas desarvoradas que não querem sair de seus caules. Algumas não
resistem a essa ação e rolam por vários caminhos. Perdidas se abrigam em
pedras, fugindo da corrente implacável. Então imagino como nós agimos em nossas
vidas quando acontece algum problema. Tentamos nos aproximar de alguém, contar
nossos problemas, achando que tudo será resolvido, como se fosse um abrigo, mas
a tormenta continua. Portanto devemos fazer igualmente as folhas que ficaram
grudadas em suas hastes. Resistir às intempéries e resolver da melhor maneira
possível às adversidades, porque o vento este sim se dará por vencido e os seus
conservadorismos também aos poucos perderão estimulo em busca de uma vida
melhor. Saia do cotidiano e procure imaginar que os dias sempre lhe
possibilitarão a resolverem seus obstáculos. Sem ciclones e refúgios. Abraços a
todos do face!
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