quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Colhendo rosas para Tania

Hoje eu estive no jardim.
Colhi rosas. 
Por um descuido, um espinho furou um dos meus dedos.
Em principio senti uma intensa dor.
Não notei que saia sangue do meu dedo indicador.
Uma gota pingara sobre a rosa rubra.
Como se fosse uma lagrima caindo do rosto.
A sua cor ficou inalterada.
As pétalas suaves e aveludadas.
Abriam-se mais e mais.
Aprecei-me em levar esse belo ramalhete.
A meu amor, que na estação me aguardara.
O vento corria sereno em meu rosto e as rosas exalavam odor.
O mesmo perfume que saem dela.
Ainda cheguei à gare a tempo de deslumbrara mais uma vez.
Ao entregá-la as flores ardentes de amor, outro espinho, o guardião da flor, furara um de seus dedos.
Uma nova gotícula caíra sobre a anterior.
Essas gotas de sangue não são perdidas
Não se encontraram por acaso.
São perpétuas.
Nessa viagem seguimos juntos com as pétalas sob nossos caminhos.
Tentaram ser discretas.
Arrancadas ao coração.
Nunca deixarão acabar.
Intensidade de nosso amor.
Ainda que nossa dor fugaz não perca o nosso fulgor.




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