Sempre foi assim ou será o meu fim?
Quando eu me aproximo você foge.
Quando eu a persigo, você se esconde.
Quando eu a vejo, você vira o olhar.
Quando eu tento falar algo, você finge não me ouvir.
Se eu mudasse de tática, talvez você me correspondesse.
Se eu pudesse vê-la sorrindo, mesmo zombando de mim.
Melhor seria esse sonho continuar assim.
Se eu ao menos tivesse uma resposta ou uma palavra amiga.
Talvez eu acalmasse os meus sentimentos.
Mas não, o destino não bateu a minha porta.
Você partiu. Partiu também o meu coração.
E eu nunca saberei dizer se essa desilusão.
Foi tudo para ser assim.
Só sei dizer que agora me resta sonhar.
E quem sabe um dia.
Este grande amor recordar.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
sábado, 19 de dezembro de 2015
Sorriso ao amor
Sorrio
quando choras.
Sorrio
quando me agrides.
Sorrio
quando gritas.
Sorrio
quando te apavoras.
Sorrio
quando cantas.
Sorrio
quando te enervas.
Mas se
sorris quando me distraio.
E sorris
também quanto a meu choro e canto.
Encanto-me
cada vez mais e sem tristeza.
Que esse
amor em nós vem das profundezas.
Que risos
nenhum hão de separar.
E quando
sorrirmos juntos por esses comportamentos.
Este nosso grande
amor sempre será argumento.
De um novo sorriso
a reclamar.
E o infinito
amor do meu sorriso.
Fá-lo-á
acalmar.
Marcha do Apoloca
MARCHINHA EM HOMENAGEM AO MEU FILHO CAÇULA AUGUSTUS.
MARCHA DO APOLOCA
ÍNDIO VIVE NA OCA.
EU MORO COM O MEU APOLOCA.
ÍNDIO VIVE NA OCA.
EU MORO COM O MEU APOLOCA.
NÃO VEM QUE NÃO TEM.
NÃO VEM QUE NÃO TEM.
O APOLOCA É MEU NENÉM.
NÃO VEM QUE NÃO TEM.
NÃO VEM QUE NÃO TEM.
O APOLOCA É MEU NENÉM.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Esmolas em sinais
Outro dia, passando pela rua, vi uma criança no semáforo pedindo
esmolas. Ao fundo, tinha uma mulher sentada com uma garrafa de cerveja sobre a
mesa. Assim que o sinal abriu a criança saiu correndo em direção à mulher, na
mesma calçada, e a entregou o dinheiro amassado juntamente com moedas. Já eram doze horas e eu me perguntei: Será que aquela criança
frequenta a escola? Estaria aquela criança com fome? Homens e mulheres
indiscriminadamente usam crianças para pedir esmolas às pessoas, que
sensibilizadas com a chegada do Natal cometem esse erro que não ajuda em nada
para acabar com essa prática perniciosa. Eu estacionei o meu carro em uma rua
próxima e fui lá conferir, pois com a chegada do fim de ano e férias escolares,
cresce a demanda de trabalho para os pais e folga para as crianças. Em alguns
casos alguns preenchem os seus tempos com atividades informais, outros levam os
pequenos para as esquinas onde há grande fluxo de carro com um único objetivo:
pedir esmolas. Perguntei ao menino o que ele fazia naquele cruzamento sozinho e
obtive a confirmação que a senhora que estava ao longe bebendo cerveja era a
sua mãe, e que ela não permitia conversa com estranhos para não atrapalhar a
atividade e pasmem a criança estava sem estudar a cerca de dois anos. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, os responsáveis
pelos pedintes não seguem a lei conforme os artigos abaixo:
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos
seus direitos fundamentais.
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça
ou violação dos direitos da criança e do adolescente.
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao
adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem
ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou
responsável;
III - em razão de sua conduta.
Seria muito bom que as leis nesse país fossem
cumpridas.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
A diferença entre Mariana e Brasília
Coitados dos moradores que perderam tudo, lá em Mariana. Perderam
famílias, perderam as preciosas lembranças de ente queridos. Perderam as suas
identidades. Mas uma coisa o povo não perdeu. “A fé”. Toda a lama foi para o
mar, e nos escombros com máquinas e cães farejadores ainda continuam a
encontrar corpos. Enquanto isso lá em Brasília, a lama avança lentamente. Todos
os dias, assistimos os noticiários envolvendo alguns dos poderes constituídos
nessa perversa ideia de dilapidar ou subtrair o erário público. A polícia
federal farejando passo a passo o dinheiro da corrupção tenta deslindar esse
ninho de maracutaias que se alinham com essa corrente dos envolvidos, e a cada
dia encontra uma intromissão com relação aos réus da lava-jato. Assim como os
habitantes de Mariana, eu não perdi a fé. A lama que hoje se hospeda em
Brasília não tem hora para escoar. Desejo que o judiciário encontre os
verdadeiros culpados e que eles também percam todos os seus valores materiais e
monetários devolvendo ao nosso patrimônio o que foi tomado. Lá em Mariana a
lama seguiu para o mar e em Brasília, em breve, lentamente, para o Paranoá.
sábado, 28 de novembro de 2015
"Haja tempo"
O meu tempo não sei onde anda.
Eu seguirei o meu destino sem esperá-lo.
Sem contratempos, os tempos perdidos serão
recuperados.
Por isso não perco tempo.
Não tenho tempo a perder.
Só me resta contemporizar.
Que em qualquer tempo da minha vida, levará tempo para
o tempo me levar.
" Brasil! Absolutamente verdade!"
Quem disse que tem a verdade absoluta, pode absolutamente não ter
com precisão a informação da verdade. Pode ser que na verdade nada é
incondicionalmente certo, mas não é verdade que todas as afirmações são
semelhantemente presumíveis. Aqui no Brasil estamos nessa situação. A
verdade e a mentira caminham juntas. E nesse enigma em que nos encontramos,
acreditamos nas mentiras e verdades de nossos políticos. Não havendo
claridade nas informações em delações premiadas, e defesas convictas de réus
investigados, seguimos na escuridão sem perspectivas de encontramos uma luz
nesse longo túnel em que nos encontramos. Mas eu sempre acredito na verdade. O
tempo ainda será o senhor da razão, mesmo que ela não seja totalmente absoluta.
Se o judiciário obtiver uma enxurrada de informações, será provável que
encontre um pingo de verdade. "Verdade absoluta".
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
A Praça Seca não tem lágrimas para chorar.
Quando éramos crianças nós costumávamos a ficar ao pé da jaqueira, uma árvore grande e copada, em frente à casa do senhor Antônio empinando papagaio, principalmente em função das correntes de vento que nos eram favoráveis, além de ficarmos à sombra, muitas vezes do sol escaldante. Todos nós brincávamos alegremente e notadamente eram visíveis os confrontos em virtude de “cortes” de pipas, com algumas reclamações de quem havia perdido o brinquedo. Mas isso fazia parte do contexto. Se a pipa estivesse ao sabor do vento, logicamente se praticava o “cruza”, termo usado na minha época para cortar as linhas das pipas, e na maioria das vezes linhas com “cerol”, hoje acertadamente com a proibição da venda do produto. Às tardes como de hábito íamos à várzea praticar o futebol. Lá também às vezes, por entrada desleal de companheiros adversários as brigas ressurgiam. Em nossa residência não havia água encanada. Éramos obrigados a retirar água de poço, para beber, cozinhar, lavar e limpar. Imagine uma família com nove integrantes naquele momento, depois, nasceram mais dois irmãos, mas a situação já estava sob controle em relação à água. Apesar disso, a minha infância, e acho que as de meus irmãos, foram muito boas.
Morávamos em Jacarepaguá, num lugar tranquilo, situada na Praça Seca, onde todos se conheciam. Hoje eu tenho um imóvel bem próximo aonde fomos criados. E lamentavelmente só escutamos tiros de fuzis, traficantes fazendo vendas de drogas através de motos, assaltos à luz do dia, mortes, imóveis com varias marcas de balas de vários calibres, pessoas totalmente desconhecidas e mal encaradas.
O mundo mudou. Inclusive as pessoas. Infelizmente a nossa Praça está “Seca” de policiais, e raramente presenciamos agentes da lei em nossa rua, que outrora fora uma das melhores do meu bairro, como as demais de quase todo o bairro.
Que saudades da minha infância!
Morávamos em Jacarepaguá, num lugar tranquilo, situada na Praça Seca, onde todos se conheciam. Hoje eu tenho um imóvel bem próximo aonde fomos criados. E lamentavelmente só escutamos tiros de fuzis, traficantes fazendo vendas de drogas através de motos, assaltos à luz do dia, mortes, imóveis com varias marcas de balas de vários calibres, pessoas totalmente desconhecidas e mal encaradas.
O mundo mudou. Inclusive as pessoas. Infelizmente a nossa Praça está “Seca” de policiais, e raramente presenciamos agentes da lei em nossa rua, que outrora fora uma das melhores do meu bairro, como as demais de quase todo o bairro.
Que saudades da minha infância!
sábado, 21 de novembro de 2015
Saudade e lembrança
A saudade é eterna companheira da lembrança.
Então me digno a lembrar dos tempos de criança.
Da minha infância muito boa com muito trabalho e
divertimentos. Lembro-me
da ida ao armazém do Zeca, quase sempre às seis e meia da manhã, para comprar
dois litros de leite, vendidos em recipientes de vidro. Às
vezes eu preparava o café da manhã, em seguida, após tomá-lo, eu partia para a
escola pública Evaristo da Veiga, cuja diretora era a dona Iracema do Carmo
Valente, que exigia dos alunos pontualidade para o hasteamento da bandeira
brasileira. Sagrado
também era passar na casa dos meus avós, toda a vez em que eu retornava da
escola. Lá, era raro eu não fazer um lanche, e em seguida eu me encaminhava
para a minha residência, a cerca de dez minutos do local em que eu estava. Depois
do almoço, tinham os deveres de casa, que eu chamava carinhosamente de
“parolar”. Após
os afazeres domésticos, restava o futebol, sempre à tarde, que era obrigatório,
e todos os dias, independente do tempo, e na maioria das vezes com o
consentimento de minha mãe. À noite, algumas brincadeiras com os amigos, que não eram virtuais. E
depois disso tudo, eu me preparava para dormir, e no dia seguinte, refazia os
caminhos que a mim foram destinados. Mas eu não considerava isso monotonia,
porque a cada dia era um aprendizado. Na escola, nas brincadeiras, e nas
descobertas que continuo adquirindo, exercitando novos conhecimentos, até os
dias de hoje.
Vale a pena ter lembrança com saudade!
Nunca mais
Nunca mais seguirei os teus passos.
Sem meus abraços tu vais perceber.
Que a minha alegria é a de te esquecer.
Quando me avistares na rua.
Finjas que não me vês.
Porque a tua presença, para mim sempre será desapercebida.
Despercebidas também serão as tuas mãos, que tentarão tocar em
meu corpo.
Sentir-te-ás frígida a minha pele.
Descrevo a ti minha forte e profunda emoção.
E tu saberás o gelo que carrego em meu coração.
Aos nossos pais José e Moema
Na estrada da vida, caminho sem saber se retornarei. Sigo os
meus passos freneticamente, mas não consigo alcançar os obstáculos. Com esses
percalços, de início pensei que fossem naturais, mas não, são estas lembranças
aqui dedilhadas no teclado que me fizeram pensar e anotar as vidas de meus
pais: pontilhadas de superações, alegrias, tristezas, esperanças e, sobretudo
do entendimento mútuo que conservaram até os seus derradeiros dias. Obrigado,
“José e Moema”, pelas orientações dedicadas a nós, pela competência em
administrar as nossas vidas, enquanto pequenos, pelo entendimento de
discernirmos o certo e o errado, pela orientação espiritual, pelos ensinamentos
simples de compreender que as nossas necessidades deveriam ser supridas pelo
trabalho e muita dedicação. Lembro-me que com o meu “pequeno” e primeiro
salário mínimo, comprei uma enceradeira para a minha mãe. Aquele ato me deixou
muito orgulhoso. As lembranças para mim não são barreiras, as intransponíveis
sim. Elas me deixam inquieto, risonho, tristonho, detalhista, conservador.
Hoje ao acordar, ao longe, vi um canário cantando e percebi
que a vida é bela. Esse canto poderia ser a definição do que foram as vidas de
nossos pais e o que eu considerava impossível, aconteceu. Venci. Desobstrui o
que me impedia passar. Quando eu não estiver mais entre os vivos, retornarei e
cantarei seguindo ao infinito acreditando que voarei sobre os empecilhos, como
nossos pais nos transmitiram através das suas orientações, e quem sabe trinando
agradecido a José e Moema, pelo o que hoje somos. Seus filhos: Alice, Candido
Alberto, Angelo José, Marco Aurélio, Almir Roberto, Angela Moema, Ana Cristina,
André Luiz e Telma.
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Tempestade
Você agita o meu
coração.
Que atormenta minha vida nessa canção.
Sentimento que bate é alguma razão, de escolher.
Quando a vejo desfilar na avenida.
Ao longe observo o seu corpo esguio.
E sob o batuque do samba sincopado.
Minhas veias palpitam e com os olhos marejados.
Enxergam os seus cintilantes de amor.
Com a exuberância do seu corpo.
Que se aproxima de mim pouco a pouco.
Um repique descompassa as minhas batidas.
Explode o meu peito, com a força do amor.
Sempre a responder o inverso da dor.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Podem me prender
A necessidade de argumentar uma opinião não carece respeita-la. Caso
contrário eu estaria fazendo parte de um presépio, num gesto de aprovação. Agora
é imprescindível o respeito ao seu direito de opinar. As pessoas são distintas
de ideias.
Vemos nas redes sociais várias interpretações sobre artigos
veiculados na mídia. Em diversas opiniões, algumas absurdas e outras tantas
evasivas. Normalmente, me pego cantando a letra interpretada por nossa eterna
Nara Leão. Era um direito dela não mudar a sua vontade. Acho que a sua convicção
pode ser propalada ao universo. Por isso não entro em redes sociais, porque
muitos não têm a consciência do que dizem.
Mas sempre acolherei o seu direito de opinar.
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Sobrevivência
Sentado em frente a minha janela, vislumbro a imagem do Redentor
de braços abertos parecendo dar-me proteção. No entanto nesta selva de pedra em
que resido, reluto acreditar que haja tanta violência. Assim cercado em uma
prisão 3x4, sou obrigado a assistir impassível a covardia diária a cidadãos que
cumprem suas obrigações e deveres nessa sociedade que se encontra
sem regras e aplicações das leis.
Suportar esta situação é o segredo da “sobrevivência”, pelo menos aqui na nossa Cidade Maravilhosa. Isto configura que o nosso Estado está falido, gerando incompetência nesse processo. Notadamente somos uma população assustada e neurótica, submissa a impunidade e ao aviltamento que na realidade são corresponsáveis os nossos políticos demagogos que de quatro em quatro anos tentam renovar a esperança praticamente inexistente na maioria da população.
Ainda em frente a minha janela, assistindo a subida e descida do Bondinho do “Pão-de-Açúcar”, vejo que a doce vida que poderíamos desfrutar é alheia a nossa vontade.
Toda mudança só dependerá de nós mesmos, portanto devemos sempre escolher melhor os candidatos. Pensem nisso.
Suportar esta situação é o segredo da “sobrevivência”, pelo menos aqui na nossa Cidade Maravilhosa. Isto configura que o nosso Estado está falido, gerando incompetência nesse processo. Notadamente somos uma população assustada e neurótica, submissa a impunidade e ao aviltamento que na realidade são corresponsáveis os nossos políticos demagogos que de quatro em quatro anos tentam renovar a esperança praticamente inexistente na maioria da população.
Ainda em frente a minha janela, assistindo a subida e descida do Bondinho do “Pão-de-Açúcar”, vejo que a doce vida que poderíamos desfrutar é alheia a nossa vontade.
Toda mudança só dependerá de nós mesmos, portanto devemos sempre escolher melhor os candidatos. Pensem nisso.
Sonho merecido
Eu nunca pensei que fosse assim.
Você sempre foi alegre, me tratava tão bem, e com certeza me amava como também a amo.
Eu corri com o tempo, tentando penetrar nessa pretensa escuridão em que você se encontrava.
De repente eu a vejo distante, como uma luz no fim de um túnel.
E na diagonal em que eu me encontrava, eu a via na tênue penumbra.
Com a sua boca balbuciando, insistentemente, eu ouvi que iria me deixar.
Fazendo gestos com as duas mãos que se entrelaçavam com seu véu.
E lá descubro que você não está só.
A princípio me desconcentrei e chorei.
Havia alguém com você. Fiquei mais calmo e reparei uma aura em sua frente.
Percebi que você um dia havia me falado.
Que até nos sonhos seus. Só haviam olhos para Deus.
Ela sacudiu-me e gritou: “Meu Deus, o que está havendo”!
“Acorde meu amor”!
E com um lenço as minhas lágrimas enxugou.
Eu sussurrei: “Pensei que eu a tivesse perdido”!
Ali notei que devemos sempre ouvir e falar a Deus.
Porque um homem sem fé.
Não tem capacidade para amar a uma mulher.
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
O Brasil acordou?
Os brasileiros acordaram! E as vistas que estavam remeladas, pararam de chorar. O que se viu nesses últimos dias foi inimaginável aos olhos e ouvidos dos políticos brasileiros. É bem verdade que assistimos cenas de vandalismos com alguns poucos furiosos e também desanimados com o desempenho das elites políticas de nosso país. Por outro lado, a truculência de policiais como sempre, despreparados para essa ação. Mas prevaleceram as manifestações pacíficas. Os brasileiros estão fartos de promessas que não são cumpridas, da elevada cobrança de impostos para a nossa sociedade, sem retorno plausível para o nosso bem estar, razão pela qual, desencadearam essas manifestações. O que determina a consonância entre eleitos e eleitores, são as participações ativas de projetos de políticas públicas que se adéquam aos direitos civis e constitucionais dos indivíduos. As medidas impopulares nunca são bem-vindas, principalmente medidas aviltantes como aumento de tarifas de ônibus. Se o governo federal já havia desonerado os combustíveis e outros custos inerentes ao transporte, quais seriam os motivos para o aumento? Não adianta também transferir esse aumento que foi cancelado para compensar em outra área. Precisamos valorizar a saúde pública, transporte, educação, segurança pública, etc. Nesse papel os governos federal, estaduais e municipais estão coesos, ou seja, não fazem nada ou pouco fazem em detrimento aos interesses do povo. Nessa mesma linha estão os poderes legislativos e judiciários que não se mexem para reformular as nossas velhas leis que permitem impunidades, corrupção, etc. No que tange ao novo pesadelo com a volta da inflação, vimos todos os dias os aumentos substanciais de gêneros alimentícios, vestuários, serviços e etc., sem que houvesse alguma intervenção dos nossos mandatários, alegando que eram fases, e que os aumentos por si só estancariam em breve e que estariam tomando providencias para estabilizar a disponibilidade interna. O que não ocorreu até o momento. O despertar desses jovens ganharam espaço em todo Brasil em virtude das descrenças com os políticos acostumados a desrespeitarem os cidadãos que trabalham mais, ganham menos e são descontados na fonte de seus impostos, sendo assim alijados de quaisquer benesses governamentais. Quanto aos gastos esportivos, não houve um plebiscito para saber o que o povo precisava naquele momento, e mais uma vez foram à Suíça e acertaram que a copa do mundo e as olimpíadas seriam realizadas no Brasil. A FIFA por sua vez obrigou ao nosso governo a reformulação e construção de arenas esportivas, onde foram gastos até agora valores expressivos com recursos mal aplicados. Algo em torno de R$ 30.000.000.000,00 (trinta bilhões de reais) Após a conclusão de alguns estádios, muitos jornalistas reclamaram dos dispêndios, mas as efetivas reclamações emanaram das ruas, vieram do povo. Fala-se em reforma política, mas nenhum partido se posiciona a respeito. O recado vindo das manifestações deixaram os políticos perplexos. Eles colocaram o aparelho de surdez nas orelhas e agora passaram a ouvir as ruas. Os manifestantes, exercendo os seus direitos dentro de uma democracia, farão uma pausa para avaliarem os rumos que tomarão diante do discurso da presidenta Dilma. Será que o Brasil acordará de vez ou ficará na madorna, aguardando novos desmandos de nossos comandantes.
Voto infernal
Do alto do cortiço vejo fumaças brotando das telhas e uma tênue brisa corre em meu rosto umedecido pelo suor. Fico a imaginar que os abastados fechados em seus lares desfrutando dos seus 18º graus não pensam como o indivíduo em condição subumana vive ou teima em viver, convivendo com esgotos, mosquitos, ratos, falta de água, falta de luz, e principalmente falta de uma solução de nossos governantes. Para nós, que estamos na base da “pirâmide”, agregados a uma dura realidade que consumidos à exaustão, tentamos de quatro em quatro anos recuperar o fôlego para mais longos períodos de sofrimentos e dor. Mesmo aqui onde o Redentor de braços abertos tenta nos proteger da violência, somos aviltados por alguns políticos que se beneficiam de seus cargos, para participarem de barganhas, se deixando corromper em troca de alguns benefícios em prol de seus mandatos. A nós só resta à brisa, que às vezes passam em nossos corredores, torcendo para que não haja incêndios em nossos barracos, se resignando com essa estrutura conhecida por todos, no aguardo de um milagre. O milagre da igualdade social, que aguardamos com paciência. Vontade política é o desejo de todos, mas a maioria aprovam os projetos de acordo com a sua conveniência e não pela própria vontade. A minha arma é o voto. Com ele eu posso liquidar essa famigerada corja da política brasileira que só pensam em enriquecimento ilícito e negando aos pobres um direito digno de sobrevivência.
José dos Santos, o que contava aos filhos
Não fui militar, eu era um simples funcionário público, como
muitos outros, mas não sei por que terminei na Capitão.
Machado era o nome dela, mesmo assim, o meu santo não ia com o
dela, enfim eu não gostava dela. Tudo que sei, é que nunca ostentei títulos da
realeza e nem tampouco militares, mas eles me perseguiram até o momento do
desfecho, mas de alguns eu até gostei. Menezes era bom. Foi onde iniciei a
minha trajetória, conquistando juntamente com a minha família, a independência
tão sonhada, pois, após o casamento eu morei com a minha mãe Lucia, e deu para
guardar um pouco de dinheiro, para comprar um modesto terreninho nas imediações
da Praça Barão da Taquara. Comprei com um parceiro com o nome de “Job”, ele era
esperto, mas creio que não era chegado ao trabalho. Por isso deram-lhe esse
nome. Lá, no 139, na Doutor Carlos Gross, foi o meu pé de coelho. Com a
ajuda de meus amigos, em especial a de “Zezé molequinho”, ergui a minha casa
para a acomodação da minha numerosa família, eu era feliz e não sabia. Geralmente,
eu sentava no meu cantinho predileto da varanda e passava várias horas, absorto
e pensando nos meus desejos realizados e sempre sonhando em conseguir melhorias
para todos, entre uma tragada e outra, acompanhando os caminhos da fumaça em
busca de novos horizontes. Lembro-me de que nos fins de semana eu era brindado
com a visita do meu irmão Haroldo, para almoçarmos aquela deliciosa galinha
assada, preparada por Moema. Muito antes disso, perdi uma das vistas num
acidente doméstico. Lutei bravamente e mesmo assim não esmoreci e consegui
criar meus nove filhos, sempre acompanhado da minha incansável esposa, Moema,
na base de “melhores dias virão”. Um acontecimento me marcou, quando fui ao
necrotério entregar mais uma vítima da morte, na função que era delegada a mim.
O cidadão estava na maca inerte e movimentava o dedão do pé. Agora não me lembro
de se foi o direito ou esquerdo. Corri apavorado e perguntei ao médico se
haveria a possibilidade dele estar vivo. O guardião da vida informou-me que ele
de fato estava morto, usando termos técnicos para aquela situação. Aí, sim,
tive medo da figura que assusta principalmente as crianças com a foice na mão. E
essa visão me acompanhou por muitos anos, sendo comentada em toda a minha
existência aos parentes mais próximos. Os meus jalecos, bem passados e na cor
alva, deixavam os pacientes intrigados. Ora me chamavam de doutor, ora de
senhor, mas no fundo eu era administrador. Embora esse assunto seja
“dispensário”, o meu grande companheiro Conceição, com seu modesto caminhão.
Ele me quebrava alguns galhos e às vezes, me transportava de jipe do hospital
Dispensário Carmela Dutra, uma prerrogativa da minha função, às vezes do
trabalho para casa ou de casa para o trabalho. Na Candido Benício, minha estada
foi obrigatória, tanto que estive lá, por duas vezes. Na Bernardino, eu era
“doutor”, e minha especialidade “guloseimas”. Com o passar dos tempos, e sempre
buscando uma melhor tranquilidade para a minha família, mudei de ares. Estive
na Dona Clara e Travessa Carlos Xavier, onde adquiri outro imóvel, mas por
adversidades que a vida nos impõe, tive que vender. Enfim, Madureira não me
trouxera boas recordações. Com barões me empolguei e lembrei-me dos meus tempos
de menino. Na Rua Bom Retiro, eu vivi algumas apreensões, mas eu não achava
nada mal morar lá. Estive também na Nelson Cardoso, Godofredo Viana, Coronel
Tendim e consequentemente onde foi o meu fim. O tempo passou num passe de
mágica, meus filhos cresceram quase todos se casaram me deram netos e estes,
bisnetos. E só um filho permaneceu com o que restou. Com muitas ferramentas que
usei, lembro-me de duas que não trabalhei, porque eu não gostava. E tudo aquilo
que construí, se tornou um paradigma. No entanto, a minha vida ceifou. A foice
e o machado, definitivamente tudo acabou. E nos corações, a saudade de quem
ficou.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Amor e firmamento
Sempre irei ao firmamento para alcançar as estrelas.
É assim o amor.
Todo o esforço deve ser recompensado.
Mas, às vezes o amor não correspondido, faz-te esmorecer.
Não desistas, porque se o perdes lutando, é porque tentaste.
Por isso é bom lembrares que as flores despetaladas não significam o término do relacionamento.
Poderá ser o começo, se alimentares esse procedimento.
Será o fim, caso não consigas regar essa flor com paciência e carinho, apagando-se também o brilho em tua lembrança.
fato é que o amor se esvai, quando olhares ao céu e notares uma estrela cadente. Ela se apagará.
Na aposta de um grande amor, a velocidade da estrela que a vês no firmamento, é como um rastilho e o teu amor não deverá sucumbir a explosões. E nesse infinito de percepção, o amor e as estrelas são finitos.
Findam quando tu fizeres a tua opção.
Mas ele será decisivo se tu esvais esse teu sonho que sempre te alimentarás. Coragem e perseverança, sempre...
terça-feira, 27 de outubro de 2015
O tempo!
O tempo é nosso algoz.
O espelho, nosso amigo, nos comunica dessa transição imposta por
ele.
Ontem mesmo eu me espantei com a reflexão de um raio luminoso.
Estou ficando velho. Não importa.
Cada fio de cabelo perdido simboliza que não temos raiz.
O tempo e o vento provocam erosões.
Se você duvida, se olhe no espelho.
Mas não fique impressionada, a mudança sempre será inevitável.
(Homenagem a minha neta Natália)
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Marcha da marolinha
Você agita o meu
coração.
Que atormenta minha vida nessa canção.
Sentimento que bate é alguma razão, de escolher.
Quando a vejo desfilar na avenida.
Ao longe observo o seu corpo esguio.
E sob o batuque do samba sincopado.
Minhas veias palpitam e com os olhos marejados.
Enxergam os seus cintilantes de amor.
Com a exuberância do seu corpo.
Que se aproxima de mim pouco a pouco.
Um repique descompassa as minhas batidas.
Explode o meu peito, com a força do amor.
Sempre a responder o inverso da dor.
Marcha da Informática
A Minnie tem um mouse
E não empresta prá ninguém
Programa é só na Disney
E palm top
É prá meu neném
A Minie tem um mouse
E não empresta prá ninguém
Programa é só na Disney
E palm top
É prá meu neném
A memória run vai funcionar
E na minha rede processar
O tablet é só alisar
E com ipod vou escutar
No computador
Mickey manda e-mail para o seu amor
No computador
Mickey manda e-mail para o seu amor
E não empresta prá ninguém
Programa é só na Disney
E palm top
É prá meu neném
A Minie tem um mouse
E não empresta prá ninguém
Programa é só na Disney
E palm top
É prá meu neném
A memória run vai funcionar
E na minha rede processar
O tablet é só alisar
E com ipod vou escutar
No computador
Mickey manda e-mail para o seu amor
No computador
Mickey manda e-mail para o seu amor
Homenagem a Jamelão
Não é jabuticaba.
E nem melão.
Na voz do morro.
A Mangueira é Jamelão.
Surgiu. Surgiu uma nova estrela
no espaço sideral.
O intérprete do nosso carnaval.
Eta dor de cotovelo.
Exemplo de folha morta. É
solidão.
O meu segredo.
Nunca iremos esquecer.
Dessa paixão verdadeira.
É Jamelão a exaltação da
Mangueira.
O sol raiou
O sol raiou
E o samba não acabou
Na roda de bamba
Não é só a mulata
Que vai se mexer
Deixa de lado a vergonha
Que a tristeza também vai embora
Pula pra frente que a cuíca vai gemer
No compasso do cavaco
Bato mais forte e o coração vai partir
Explodir de alegria, no gingado do meu samba
Eu sou a corda procurando a caçamba
O sol raiou
E o samba não acabou
Na roda de bamba
Não é só a mulata
Que vai se mexer
Venha sambar também
A branca a loura e a morena
É a caçamba achando a corda
Em um samba
E o samba não acabou
Na roda de bamba
Não é só a mulata
Que vai se mexer
Deixa de lado a vergonha
Que a tristeza também vai embora
Pula pra frente que a cuíca vai gemer
No compasso do cavaco
Bato mais forte e o coração vai partir
Explodir de alegria, no gingado do meu samba
Eu sou a corda procurando a caçamba
O sol raiou
E o samba não acabou
Na roda de bamba
Não é só a mulata
Que vai se mexer
Venha sambar também
A branca a loura e a morena
É a caçamba achando a corda
Em um samba
Lamento
Chora
cavaco.
A sorte me
abandonou.
Depois que
ela se foi.
A minha
vida mudou.
Trazendo
mais um dissabor.
Eu não.
Os
conselhos de meus amigos.
Hoje
carrego um martírio.
Que enganou
meu coração.
Mas se um
dia ela voltar.
As notas do
meu amor vão afinar.
Dedilhando
as cordas ré, sol, si, ré.
Se eu
pequei.
Peço perdão
com muita fé.
Ela é meu
talismã.
Ela é a
deusa do meu coração.
Carregando
esse pranto e cobrindo o rosto prá ninguém ver.
Lágrimas
rolar com saudades de você.
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