Na estrada da vida, caminho sem saber se retornarei. Sigo os
meus passos freneticamente, mas não consigo alcançar os obstáculos. Com esses
percalços, de início pensei que fossem naturais, mas não, são estas lembranças
aqui dedilhadas no teclado que me fizeram pensar e anotar as vidas de meus
pais: pontilhadas de superações, alegrias, tristezas, esperanças e, sobretudo
do entendimento mútuo que conservaram até os seus derradeiros dias. Obrigado,
“José e Moema”, pelas orientações dedicadas a nós, pela competência em
administrar as nossas vidas, enquanto pequenos, pelo entendimento de
discernirmos o certo e o errado, pela orientação espiritual, pelos ensinamentos
simples de compreender que as nossas necessidades deveriam ser supridas pelo
trabalho e muita dedicação. Lembro-me que com o meu “pequeno” e primeiro
salário mínimo, comprei uma enceradeira para a minha mãe. Aquele ato me deixou
muito orgulhoso. As lembranças para mim não são barreiras, as intransponíveis
sim. Elas me deixam inquieto, risonho, tristonho, detalhista, conservador.
Hoje ao acordar, ao longe, vi um canário cantando e percebi
que a vida é bela. Esse canto poderia ser a definição do que foram as vidas de
nossos pais e o que eu considerava impossível, aconteceu. Venci. Desobstrui o
que me impedia passar. Quando eu não estiver mais entre os vivos, retornarei e
cantarei seguindo ao infinito acreditando que voarei sobre os empecilhos, como
nossos pais nos transmitiram através das suas orientações, e quem sabe trinando
agradecido a José e Moema, pelo o que hoje somos. Seus filhos: Alice, Candido
Alberto, Angelo José, Marco Aurélio, Almir Roberto, Angela Moema, Ana Cristina,
André Luiz e Telma.
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