sábado, 21 de novembro de 2015

Aos nossos pais José e Moema



Na estrada da vida, caminho sem saber se retornarei. Sigo os meus passos freneticamente, mas não consigo alcançar os obstáculos. Com esses percalços, de início pensei que fossem naturais, mas não, são estas lembranças aqui dedilhadas no teclado que me fizeram pensar e anotar as vidas de meus pais: pontilhadas de superações, alegrias, tristezas, esperanças e, sobretudo do entendimento mútuo que conservaram até os seus derradeiros dias. Obrigado, “José e Moema”, pelas orientações dedicadas a nós, pela competência em administrar as nossas vidas, enquanto pequenos, pelo entendimento de discernirmos o certo e o errado, pela orientação espiritual, pelos ensinamentos simples de compreender que as nossas necessidades deveriam ser supridas pelo trabalho e muita dedicação. Lembro-me que com o meu “pequeno” e primeiro salário mínimo, comprei uma enceradeira para a minha mãe. Aquele ato me deixou muito orgulhoso. As lembranças para mim não são barreiras, as intransponíveis sim. Elas me deixam inquieto, risonho, tristonho, detalhista, conservador.
Hoje ao acordar, ao longe, vi um canário cantando e percebi que a vida é bela. Esse canto poderia ser a definição do que foram as vidas de nossos pais e o que eu considerava impossível, aconteceu. Venci. Desobstrui o que me impedia passar. Quando eu não estiver mais entre os vivos, retornarei e cantarei seguindo ao infinito acreditando que voarei sobre os empecilhos, como nossos pais nos transmitiram através das suas orientações, e quem sabe trinando agradecido a José e Moema, pelo o que hoje somos. Seus filhos: Alice, Candido Alberto, Angelo José, Marco Aurélio, Almir Roberto, Angela Moema, Ana Cristina, André Luiz e Telma.

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