Minhas fantasias foram de pura magia, em trajes de sonhos e desejos. Os meus medos, já não os tenho. São fragmentos que me importaram em alguns momentos. Mas, o avançar da idade, que me disfarçaram de risos e dores, sob os olhares desconcertantes e profundos, em que a fala sem sons, de danças com sombras nos enredos, me fizeram refletir sobre o que a vida, me preservou em desencanto sutil às minhas verdades, com notas mínimas na apuração, sem comissão de frente, sem bateria, descarregada pelo sentimento de perda. Mil máscaras de amores eu encontrei. São muitas fantasias de um mundo invisível, difícil de alcançar. Em seus trajes de sonho e espelhos, uma me interessou, que dançava na pista em delírios, entre esperanças e temores. Sim, eu tive um amor fantasiado de estrela distante. Um sonho, levado pelos ventos errantes. Era um amor feito de espelhos quebrados, em reflexos de um rosto que jamais encontrei. E nesse enredo sem fim, sem chegada, o meu ‘tic tac’, ainda teima em querer, pois, o impossível, que eu já tenho, não se renova na estrada da vida, o que revigora o exercício das insistências e perseveranças de sempre sonhar em amar.
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